O Evangelho é o Poder de Deus para Transformação do Homem Pós-Moderno.

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Tema Geral: O Evangelho e a Mentalidade Pós-Moderna
Romanos 1.16-17.
Introdução:
Qual seria a mentalidade das pessoas que vivem no tempo atual, chamado de pós-modernidade?
Pós-modernidade é a expressão usada para descrever os últimos trinta ou quarenta anos,dando início na queda do muro de Berlim, e essa fase está sendo a que o homem ocidental desistiu da busca racional da verdade, afirmando que ela é múltipla e subjetiva, ou seja, não existe verdades absolutas, mas, tudo depende do ponto de vista de cada um. Desse modo, as verdades estão em toda parte. Segundo a visão pós-moderna, cada indivíduo tem a sua verdade particular, sendo todas as concepções e existentes igualmente válidas e dignas do respeito de todos. Assim, nós temos a morte da verdade, pois, a verdade não é exclusiva e absoluta.
A visão da pós-moderna invadiu a igreja de maneira que até mesmo as denominações históricas foram contaminadas deixando de lado a firme defesa da verdade única do evangelho e dando espaço para uma “mente mais aberta”, contrária às concepções cristãs sólidas, e agora o que antes a igreja prezava como verdade, são taxadas de “fundamentalistas” ou “radicais” aqueles que tentam permanecer nos princípios do Evangelho de Jesus.
Assim sendo, todas as áreas da sociedade foram afetadas, logo, a igreja como um todo foi afetada. Pois, a pós-modernidade trouxe várias ideias contrárias a Palavra, mas, ideias aceitáveis a todos.
Como afirmou Hernandes Dias Lopes:
A pós-modernidade começou em 1989 com a queda do muro de Berlim. Com a derrubada do muro, ruiu também a ideologia que mantinha o muro de pé. Agora vivemos num mundo plural e inclusivista. A pós-modernidade sustenta-se sobre o tripé: pluralização, privatização e secularismo. O mundo é plural e por isso, não se crê mais numa verdade absoluta. A verdade é privativa e cada um tem a sua. O secularismo empurrou Deus para a lateral do caminho e, assim, ele não interfere mais nos assuntos privativos. Nós, cristãos, porém, cremos que Jesus é a Verdade. Que a Palavra de Deus é a verdade e somos governados por essa verdade e não pelo relativismo do mundo!
Qualquer pessoa que vá contra o pensamento e a mentalidade do século presente chamado de pós- moderno, será taxado de retrogrado, intolerante e até mesmo de um radical religioso.
Como nós cristãos, como nós jovens, discípulos de Jesus Cristo, embaixadores de Cristo, devemos nos porta diante dessa sociedade? E o Evangelho? Ele deve ser moldado a essa era? Será que o Evangelho não precisa de adaptação? Será que a Igreja não precisa adaptar o modelo bíblico ao modelo do presente século?
Pretendo responder a essas perguntas com essa mensagem.
Paulo pouco antes de entregar a oferta as igrejas gentílicas em Jerusalém, logo após a sua terceira viagem missionária, ele estava neste tempo em Corinto e escreveu esta epístola aos crentes da igreja de Roma. Essa igreja não foi plantada por Paulo, e cremos que talvez por nenhum dos apóstolos, porém, sua fundação tem como uma grande probabilidade o tempo em que os judeus e prosélitos que estavam em Jerusalém no Dia de Pentecostes se converteram ao cristianismo, e então, voltaram para sua terra, levaram o Evangelho a essa grande cidade de Roma (At 2.10).
Paulo conhecia uma parte dos cristãos de Roma, embora nunca tenha visitado essa igreja em Roma antes, mas o próprio apostolo envia saudações no capítulo 16 deste escrito para alguns cristãos que lá congregavam, Paulo também destaca nessa epístola que a maioria dos crentes dessa igreja é composta por gentios e sua minoria são judeus. Ele enviou esta carta para os crentes da igreja de Roma com alguns propósitos, que ele mesmo destaca, sendo eles:
1- Com o intuito de receber ajuda da igreja de Roma, como uma igreja enviadora (mantenedora), para a missão de levar o evangelho para a Espanha.
2- Para que os romanos reconhecessem a autenticidade do seu ministério;
3- Para compartilhar com eles algum dom, e terem assim comunhão.
E Paulo era Judeu por nascimento, de sangue, mas, Paulo era um cidadão romano. Paulo, mesmo sendo lho de judeus, era cidadão romano (At 22.27), pois nasceu numa província romana, em Tarso da Cilícia. Recebeu o título de cidadão romano não mediante o pagamento de grande soma de dinheiro (At 22.28a), mas por direito de nascimento (At 22.28b).
E nesse contexto, ele envia esta carta a Roma e diz que se sente assim devedor.
Rm 1.14-15: Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; 15 por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma.
Paulo se sentia devedor aos que não conhecem o Senhor Jesus, Paulo tinha essa dívida, que não era uma dívida com os homens primeiramente, mas sim com o próprio Deus. Pois Paulo entendia que foi salvo com o fim de proclamar o evangelho, para que todos os povos ouvissem a mensagem de que Jesus é o caminho para Deus, de que Jesus é a mensagem que todos precisam ouvir, assim como ele ouviu e foi por essa mensagem salvo transformado e encarregado de pregar Cristo, o evangelho.
E Paulo estava certo sobre isso, pois, como disse Steven Lawson: “A maior alegria é conhecer Jesus Cristo. A segunda maior alegria é torná-lo conhecido.”
E isso também é verdade para nós. Pois, somos devedores a causa de Cristo.
Portanto, como transformar o homem Pós-Moderno?
Muitos de nós hoje estão sem saber o que fazer, e por isso não são poucos que estão abrindo mão do verdadeiro evangelho e trocando por um evangelho aceitável por todos e criado pela mentalidade pós-moderna.
Há alguns anos atrás Ronaldo Lidório quando foi missionário transcultural entre o povo Konkomba, um episódio aconteceu quando fizeram o primeiro culto aberto naquela aldeia, onde eles já com pessoas convertidas saíram com esses irmãos novos convertidos de palhoça em palhoça convidando todos para o culto que iria acontecer naquela manhã, debaixo de uma frondosa árvore, o culto seria no lado esquerdo da árvore, e é interessante que ao lado direito da árvore existia uma cresça que chamamos de fetiche local, os conhecidos pela aldeia como fetiches virilocais – que são identificados pela tribo como sendo habitações temporárias de espíritos, que podem ser construídos e também encontrados, como pedras, arvores e etc. Eles então tinham essa cresça que ao lado direito havia a habitação desses espíritos.
E isso era motivo de piada, pois de um lado estava o espírito, e do outro estavão eles cultuando a Deus. Naquela manhã vieram cerca de 120 pessoas, uma grande parte eram curiosos, e outros eram da parte dos feiticeiros da tribo.
Ronaldo conta dizendo: estávamos ali, e Deus falou poderosamente. Manifestou-se de uma maneira incrível, guiando os louvores, que liderados por três tambores, tocaram por uma hora e meia expressando as primeiras músicas compostas na língua Limonkpeln (língua da tribo) para o louvor de Deus. Contudo, a exposição bíblica, foi uma das mais complicadas das quais participei. Não pelo conteúdo, pois já havíamos definido uma forma cultural e objetiva de expor o evangelho, mas sim pela presença de dois feiticeiros que se postaram atrás de mim durante toda a exposição. A cada frase que eu pronunciava, eles contestavam em alto e bom som. Eu dizia uma coisa, eles diziam o contrário. Foi possivelmente a pregação mais difícil que proferi. Pela graça de Deus, após a exposição bíblica, 66 Konkombas vieram à frente entregando suas vidas ao Senhor Jesus e ajoelharam-se. Oramos por suas vidas, consagrando-os, e alegremente marcamos o nosso próximo encontro.
Quando olhei para o lado esquerdo, vi uma mulher que não era Konkomba, mas de outra etnia que habita entre os Konkombas. Essa mulher teve paralisia infantil quando criança, possuindo duas pernas mirradas as quais não conseguia mover. Uma mulher com cerca de trinta e cinco anos, que desde o seu nascimento não havia saído das imediações de sua casa, de sua palhoça, usando apenas os antebraços e a palma das mãos para se locomover. Aquela tribo a que ela pertencia, já havia sido evangelizada por Ronaldo, mas não houve ali aceitação da Palavra.
Entretanto, a semente foi plantada e germinada naquela manhã, levando aquela mulher paralítica a arrastar-se por cerca de dois quilômetros até a árvore onde nos reuníamos. Rastejou um longo tempo pelo mato, lama e pó para chegar até o local do culto. Olhamos para ela, toda suja de barro, o cabelo sujo de poeira e suas mãos ensanguentadas. Alguns cortes nos seus dedos por ser região bem rochosa. Lembro-me bem dela, prostada no chão, levantando sua mão direita e perguntando: “há ainda chance para que eu também aceite ao Senhor Jesus? Há ainda oportunidade para mim?” Lembro-me que também pensei: “Que poder é esse que faz uma mulher, com trinta e cinco anos de idade, rastejar durante uma manhã inteira, por cima de pedras e no meio da lama, para se entregar ao Senhor Jesus? Ele mesmo recebeu a resposta no seu coração e disse: é o poder de Deus”. Ele continua dizendo que: O retrato dessa mulher sentada e cobrindo a sua face com duas mãos e entregando a sua vida ao Senhor Jesus ilustra muito bem o nascer da igreja entre os Konkombas. Deus estava seriamente decidido a alcançar aquela tribo e todos os que estivessem ao redor. Aleluia!
A pergunta que fazemos é: Quem é que poder salvar esse mundo? Quem é o maior interessado nessa sociedade sem Deus, sem verdades absolutas, sem nada concreto, sem certo e errado?
Deus, Ele está tão interessado que te salvou com dois propósitos, te redimir dos seus pecados te transformando, mas, para também usar sua vida para levar essa mesma mensagem de transformação para outros que estão perto e também aos que estão longe.
Paulo nos dá essa resposta a pergunta, com que poder pode haver transformação para mentalidade pós-moderna?
Ele diz: o Evangelho!
Diante disto, quero meditar com vocês nesta manhã nos versículos 16-17, onde Paulo deixa o resumo, ou seja o tema de toda a sua carta aos Romanos.
Leia o versículo 16.
V.16a:
Não se envergonhe do evangelho - Paulo sente-se orgulhoso, orgulho esse, que consistia em pregar o evangelho, pois ele amava o que pregava, ele amava a mensagem de sua pregação, esse apóstolo aqui é talvez o que mais conhecemos, e bem sabemos, que ele considerou tudo como nada, para pregar a Cristo.
Paulo deixou tudo pelo seu chamado, deixou tudo para pregar a sua mensagem que consiste em ser o evangelho, Paulo não sentiu vergonha por pregar a Cristo, para pregar aquele que veio em carne, para pregar Jesus, para pregar aquele que se humilhou, se fez homem, que nasceu, não no melhor hospital da capital do seu estado, mas em uma manjedoura, pois não havia lugar para ele.
Paulo se orgulha, humildemente em pregar a Cristo. Paulo mesmo pregou dizendo: aquele que se gloriar, glorie-se no Senhor.
Paulo pregou que Jesus, aquele que foi tido como um falso profeta, como um mentiroso, um louco e blasfemo. Paulo diz que não se envergonha de pregar a Jesus, o mesmo que foi morto em uma cruz, que foi humilhado, ultrajado, aquele que disse que era o próprio Deus, e que veio para salvar os pecadores da morte, da perdição, da condenação, mas que visualmente parecia não poder salvar a si mesmo. Para os homens, essa mensagem, é ridiculamente uma farsa, uma vergonha, e como o próprio Paulo disse a mensagem dele para os homens daquele tempo era loucura, mas para nós cristãos, alcançados, é a sabedoria de Deus.
Jesus disse: aquele que se envergonhar d’Ele diante dos homens, ele também se envergonhará destes diante do seu Pai.
E Paulo de certa forma fez o mesmo quando disse a Timóteo: Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação, não segundo nossas obras, mas conforme a própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus.
Paulo não se envergonhou do evangelho em momento algum, mas ele se orgulhava de tal mensagem, e da excelente obra que é essa, que eu e você temos, que é pregar a Cristo, aquele que é a sabedoria de Deus, e mais, Paulo diz o porquê não se envergonha da sua mensagem, e porque nós semelhantemente não devemos se envergonhar do evangelho?
V.16b:
Porque é o poder de Deus para salvação dos que creem, tanto de Judeus como de Gentios (Gregos) – Paulo entendeu que o evangelho é poderoso, ele é o poder de Deus, ele não contém o poder, mas é o poder de Deus, o Senhor é poderoso, sua mensagem é poderosa, eu e você não somos poderosos, mas a nossa mensagem é, se pregamos o evangelho, pregamos o poder de Deus, você quer pregar com poder? Então viva o evangelho, e pregue o mesmo, você será poderosamente usado, pelo poder de Deus, que é a sua Palavra inspirada. Se pregamos a Jesus, pregamos o poder de Deus, é simples irmãos, mas nós somos muitas vezes enfadonhos, e sonolentos em nossos sermões, pois pregamos a Cristo como se estivéssemos apresentando um trabalho sobre quantos grãos de areias cabem em um caminhão de carga, ou seja, pregamos como se a mensagem fosse irrelevante, como se fosse algo bobo, como se fosse apenas uma história contada de pai pra filho, como se fosse balela.
Paulo, entretanto, não pregou assim, mas pregou com todo o seu ser, de todo coração, ele se empenhou por pregar o poder de Deus.
Poder esse que tem um fim, que não é sem propósito, mas que é a mensagem de salvação, esse poder foi revelado em Cristo plenamente, para que aquele povo, que viveu desde Adão, nós que vivemos, tenhamos uma esperança, tenhamos uma solução para o problema do pecado, da condenação. Deus, por graça nos deu seu único Filho, Jesus, para que tivéssemos o poder de Deus para salvação, revelado para alcançarmos salvação.
Portanto, Jesus é esse evangelho, Jesus é esse poder, Jesus é essa boa nova, mas, contudo, todavia, essa salvação não é universal, não é para todos, essa salvação é para todo aquele que crê.
Ninguém além dos que crerem em Jesus serão salvos.
Paulo ainda diz, que essa salvação foi manifesta para os Judeus primeiro, e depois para o Grego, ou seja, para o Gentio, e como sabemos, Gentio é todo aquele que não é Judeu, isso quer dizer que a salvação é todos os povos, para todas as raças, tribos, línguas e nações, sim para todos os que creem no evangelho, no poder de Deus.
Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça. Para que ele mesmo seja o justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
Não há acepção, não há distinção, a salvação é para todos os que creem. O muro de separação foi derrubado, Jesus veio para salvar todos os que nele crer, tanto Judeu, como Gentio, tanto brasileiro, como argentinos, seja pobre ou rico, seja o sábio, seja o ignorante, o analfabeto ao iletrado. Seja o presidente Biden dos Estados unidos, ao Missionário João Vitor, o que requer de nós, é fé, e essa fé, vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus, ela vem através do poder da Palavra, e não do pregador, a graça de Deus é concedida por meio da fé, que ele mesmo nos dá.
Eu e você devemos como igreja confiar no Evangelho.
Você realmente crer nesse Evangelho meu irmão minha irmã?
Jesus Cristo é o Evangelho e sua palavra vai dizer: todo aquele que nele crer, ainda que morra viverá. Todo o que nele crer já está salvo, e quem não crer, já está condenado.
Crer, confiar no Evangelho é algo interno e que resulta em algo externo, pois quando cremos em Jesus, somos impelidos a mudança, a entregar-se, a ter uma vida dedicada a adoração em todos os aspectos da nossa vida.
Paulo finaliza o tema desta carta, no próximo versículo, ele afirmou no v.16 que Deus salva por meio do seu poder, que é o evangelho, e isso ele faz com aqueles que creem na sua pregação, e agora Paulo prova que de fato o evangelho é o poder de Deus.
V.17
Leia o versículo 17.
Paulo escreve que a justiça de Deus é revelada no evangelho. O que é o Evangelho?
Nada mais é, do que o Deus soberano, revelando a si mesmo em sua Palavra encarnada, Jesus Cristo, o nosso Senhor.
É Ele revelando sua justiça no evangelho. Deus através dos profetas, e apóstolos, através dos livros do Antigo e Novo Testamento. Ele revela sua justiça, Ele se revela como o justo Deus, como o justo juiz, como aquele que não pode contemplar o mal, com os seus próprios olhos, Deus se revela como justo.
Essa justiça aqui, meus amados:
A justiça de Deus - Δικαιοσύνη - [The] righteousness no inglês, a tradução dessa palavra justiça de Deus, traz o sentido de que é uma justiça original, que não provém de outro ser, mas que se origina no próprio Deus.
Portanto, a justiça do evangelho, não é uma justiça que provém de nenhuma criatura, mas que provém, que tem como sua origem o Deus das escrituras.
Essa justiça é nos imputada, como diz Paulo em Romanos 4.3: Porque, se Abraão foi justificado por obras, ele tem do que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois que diz a escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para a justiça.
(tribunal de justiça) - Nós conhecemos esse ato como justificação: é um ato forense mediante o qual um crente é declarado justo, não se trata de um processo pelo qual alguém é tornado justo.
“Forense” significa legal – invoca a imagem de um tribunal de justiça. Envolve uma mudança de status e não de natureza.
Filipenses 3.8-9: Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;
Uma certa vez, uma pessoa perguntou a George Muller, qual o segredo de um homem como você. O segredo de George Muller...
Ele respondeu: “Houve um dia em que morri... Morri para o mundo... E desde então, tenho-me dedicado, somente, a ser aprovado por Deus.
Paulo disse: já não vivo, mas eu, mas Cristo vive em mim. A missão primeira nossa é morrer.
Portanto:
O justo viverá por fé
O justo - Δίκαιος - the righteous: no inglês, a tradução dá a entender que é alguém que é revestido de justiça, ou seja, que é revestido da justiça de Deus por meio de Jesus, o justo. Pois o próprio evangelho revela a justiça de Deus.
Jesus, é ninguém mais, ninguém menos que o próprio Evangelho encarnado, que revela a justiça de Deus.
Jesus não é uma vergonha para o Pai, Jesus não é a maior vergonha do Cristianismo, como alguns pensam, mas Jesus é a revelação exata do ser de Deus, Ele revela a justiça de Deus, dele procede a justiça que é imputada a nós, a justiça imputada a Abraão provém de Cristo Jesus, que é o próprio Deus que se fez carne, que cumpriu a lei, que morreu, pagou o preço da lei, que ressuscitou, que foi para o céu, e que em breve voltará para julgar vivos e mortos.
Jesus é a glória do evangelho, Jesus é a boa notícia do evangelho, Jesus veio, sofreu a ira, ele veio e tomou todo cálice, não deixou sequer uma gota para os que nele creem.
Jesus Cristo é a mensagem, Jesus é o caminho para Deus. Portanto, quando Paulo diz que o justo viverá pela fé, é a fé na promessa do Messias que viria, e que já veio, olhamos para trás e cremos em quem não vimos nem ouvimos, e somos por isso bem aventurados.
A justiça de Deus é revelada no Evangelho, o Evangelho não é boa nova para aqueles que não creem nele, mas é cheiro de morte, tem aroma de condenação, é a sentença de que a ira de Deus será derramada eternamente, para aqueles que o rejeitam, blasfemam e não creem no Senhor Jesus.
John MacArthur diz que a justiça divina é o ponto central do evangelho. A justiça de Deus, rejeitada pela humanidade pecaminosa, e que foi perfeitamente satisfeita em Cristo encarnado. É imputada ao pecador que se arrepende e crê no Senhor Jesus e se manifestará de forma prática na vida do cristão. E este é o resumo do evangelho que Paulo traz em Romanos.
Portanto, somos por Cristo revestidos de sua justiça. O que em apelida-se como sendo a justificação, que é pela fé, a fé no evangelho.
Qual o fim então dessa nossa justificação? O que faremos com ela? Basta esperar agora?
De modo nenhum, existe implicações e deveres, tarefas maiores e maravilhosas dadas por Deus em Cristo para nós cumprirmos:
Somos chamados por Deus a crer no Evangelho e viver para Deus por conta do Evangelho que nos salvou.
Enquanto a nós, quero destacar aplicações desse texto para nossa vida:
- Como Igreja, como filhos de Deus, nós somos devedores, e vocacionados(CHAMADOS); para pregar o Evangelho.
Portanto, se não pregamos o evangelho, seremos julgados por Deus, por omissão(por não fazer aquilo que fomos chamados e salvos para fazer), se não pregamos a mensagem, não somos mensageiros.
Faça evangelismo quando, onde, e o quanto poder, mas não limite a pregação do evangelho, ela deve ser feita com dedicação, preparo, debaixo de oração, intercessão, estrategicamente, não de forma pragmática, por meio de folhetos apenas, o evangelho não é só levantar a mão e dizer eu aceito, a conversão não é isso, seguir a Jesus requer tudo de mim e de você.
O Evangelho é mais que isso, é uma mudança de vida, de mente, de coração. Portanto, seja fiel, se empenhe para falar de Jesus Cristo para o seu colega, sua parceira de trabalho escola, ou mesmo ao seu ou sua vizinha, e Deus através do Espírito Santo fará o restante. Lembre-se, não é o pregador, mas é a mensagem que você prega que é o poder de Deus.
- Não mude a mensagem, não faça isso, você dará contas por tudo que você pregar, viver e deixar de fazer. A mensagem do evangelho é dura, ela é conflitante, mas ela é graciosa, ela é amorosa, ela é para que os que ouvirem e forem escolhidos que venham crer, e os que ouvirem ou não e não forem escolhidos, sejam indesculpáveis ainda mais diante do justo juiz.
Mudar a mensagem trará maldição pra quem prega e para os ouvintes. Está no campo, pregue o evangelho, não precisa inserir suas ideias, sua opinião, a opinião dos coachings, Jesus é suficiente, o evangelho é suficiente. Só o evangelho trás salvação, portanto, não negocie isso no ministério que o Senhor te confiou.
O missionário Ronaldo foi aquela tribo indígena, porque ele entendeu qual era o seu chamado, a igreja reconheceu esse chamado, enviou ele, ele foi lá, pregou o evangelho, não mudou nenhuma doutrina ou ensino do evangelho para que eles todos ouvissem ele. Ronaldo foi humilhado ali, foi motivo de chacota, mas continuou a pregar, portanto, não desista da missão, ela não é sua, é de Deus, você é apenas um vaso nas mãos do oleiro, o evangelho não é seu, portanto, não o mude, ele é suficiente, abra as escrituras pregue, e o evangelho irá transformará a vida dos escolhidos, não importa quem seja, ele é o poder de Deus.
Paulo creu na própria mensagem, entendeu o seu chamado, reconheceu que era devedor, não teve vergonha disso, não foi omisso. Todavia, pregou o evangelho, que é o poder divino, foi usado por Deus, e finalizou sua vida dizendo:
Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.
Quantos de nós pode dizer isso hoje?
Espero que a partir de hoje, eu e você possamos não mais viver sem pregar esse Evangelho.
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