Adoração Imprestável
Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 10 viewsNotes
Transcript
Malaquias 1.6-14
6 “O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?”, pergunta o SENHOR dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome?’ 7 “Trazendo comida impura ao meu altar! “E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos?’ “Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível. 8 “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá?”, pergunta o SENHOR dos Exércitos. 9 “E agora, sacerdotes, tentem apaziguar Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá?”, pergunta o Senhor dos Exércitos. 10 “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz o SENHOR dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas. 11 Pois do oriente ao ocidente, grande é o meu nome entre as nações. Em toda parte incenso é queimado e ofertas puras são trazidas ao meu nome, porque grande é o meu nome entre as nações”, diz o Senhor dos Exércitos. 12 “Mas vocês o profanam ao dizerem que a mesa do Senhor é imunda e que a sua comida é desprezível. 13 E ainda dizem: ‘Que canseira!’ e riem dela com desprezo”, diz o Senhor dos Exércitos. “Quando vocês trazem animais roubados, aleijados e doentes e os oferecem em sacrifício, deveria eu aceitá-los de suas mãos?”, pergunta o SENHOR. 14 “Maldito seja o enganador que, tendo no rebanho um macho sem defeito, promete oferecê-lo e depois sacrifica para mim um animal defeituoso”, diz o Senhor dos Exércitos; “pois eu sou um grande rei, e o meu nome é temido entre as nações.”
Gostaria de convidar você a pensar comigo nesse momento, em quantos igrejas Brasil a fora, mundo a fora, se reúnem para juntos, celebrarem e cultuarem ao Senhor. Quantas vozes, quantas mãos levantadas, quantos corações contritos, é difícil nós mensurarmos, pessoas de todas as tribos, línguas e raças espalhados pelo mundo se achegando a Deus através do culto. Diante de tanta diversidade nesse cenário de adoração pública a Deus, não poderíamos deixar de nos perguntar: Será que Deus, diante disso, recebe e aceita toda essa adoração. Será que a todo culto prestado é recebido por Deus, será que Ele se alegra daquilo que fazemos?
Para nos ajudar a responder essa pergunta, vamos olhar nessa noite para o livro de Malaquias, o livro do profeta Malaquias nos ajuda a propor filtros, crivos, parâmetros que vão nos ajudar a responder se a nossa adoração é efetiva, e recebida com alegria pelo Senhor, ou se o nosso culto prestado a Deus pode estar sendo jogado no lixo, ou como o título da nossa mensagem diz, uma adoração imprestável.
Contexto
É uma coleção de profecias atribuídas ao profeta Malaquias. Este livro é um diálogo entre Deus e o povo de Israel. foi escrito em um período pós-exílico, Os babilônios haviam conquistado Jerusalém, destruído o Templo e levado grande parte da população judaica cativa para a Babilônia. Este foi um período de grande sofrimento e deslocamento para os judeus.
Posteriormente, sob o governo persa, liderado por Ciro, o Grande, os judeus foram autorizados a retornar à sua terra natal e começar a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Esse processo de retorno e reconstrução ocorreu ao longo do século V a.C.
O livro de Malaquias foi escrito em meio a esse contexto de retorno do exílio e reconstrução. Um século após o retorno do exílio o que vemos é, um povo tão infiel quanto seus antepassados, um povo caracterizado pela pobreza e injustiça e corrupção no culto apresentado a Deus.
É um livro de duras advertências, de um chamado urgente ao arrependimento.
É um livro que no escancara Deus rejeitando a adoração e u o culto de um povo infiel.
Objetivos
Reconhecermos as atitudes e circunstancias que nos impedem de sermos efetivos em nossa adoração; Que despejam o nosso culto na lata do lixo, uma adoração imprestável.
O fato de participarmos da adoração coletiva não significa, que necessariamente, estamos adorando a Deus de forma genuína.
Nem sempre a adoração prestada a Deus cumpri seu propósito.
· Rejeitou a adoração de Caim (Gn 4.5)
· Jesus nos fala que devemos nos reconciliar antes de apresentarmos nossas ofertas (Mt 5.23-24)
· Ele rejeita corações soberbos (Tg 4.6)
Ou seja, nem toda adoração prestada a Deus é aceita por Ele.
Sendo assim, elencaremos alguns obstáculos que impedem a nossa adoração; usaremos o livro de Malaquias para nos ajudar a entende e a reconhecer o que tem nos impede de efetivamente cultuarmos a Deus.
Uma atitude incoerente
Uma atitude incoerente
6 “O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?”, pergunta o SENHOR dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome!
Contexto
Claramente, percebemos a fúria de Deus com o povo Hebreu, principalmente com os sacerdotes. São tons duros, exortativos, que demonstram o quanto Deus desprezava a adoração e o culto daquela comunidade. Deus se queixa da forma como apresentavam seu culto a Deus.
Isso acontecia devido a uma atitude incoerente apresentada por eles. Eles apresentavam um culto a Deus descolado de reverência e respeito, sem devoção alguma. Deus faz duas comparações que nos mostram isso, vocês respeitam seus pais, respeitam seus senhores, mas Eu que sou o Senhor, não tenho o temor devido. Vocês desprezam meu nome.
Eles apresentavam a sua adoração a Deus, mas com uma atitude completamente incoerente ao que Deus desejava.
Aplicação
Vamos entender isso melhor.
Deus é muito claro como deseja ser adorado e cultuado. Ele define forma (Como deve acontecer essa adoração) e conteúdo. No velho testamento encontramos o livro de Levítico, que é a especificação da forma do culto e adoração a Deus, no novo testamento, agora pela graça, mas ainda sim com princípios e elementos bem estabelecidos que nos apontam a forma do culto.
Porém, muito antes da forma, dos contornos de como a adoração deve acontecer, o desejo primário de Deus, é pelos corações. Deus se preocupa com os corações, seu alvo é o coração. Ele deseja corações rendidos e prostrados aos seus pés.
Sempre que a adoração a Deus acontece descolada do coração, ela é rejeitada por Deus. Ele pode inclusive acontecer da maneira adequada, com a forma desejada, mas sem o coração, ela é inútil.
Os sacerdotes apresentavam o culto a Deus, como prescrito na lei do Senhor, mas tiveram a sua adoração rejeitada por que seus corações estavam frios e distantes do Senhor. A sua adoração não era fruto do reconhecimento da glória de Deus. Faziam apenas por fazer.
Mateus 15.8 (NVI)
“Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”
Jesus condenou os fariseus pelo mesmo motivo, cumpriam a risca as regras, mas com corações desconectados da verdadeira devoção.
A verdadeira adoração é uma atitude interna, acontece de dentro pra fora, nasce em nosso íntimo, como reconhecimento da boa graça, constrangidos pelo evangelho, então ela é traduzida em adoração externa.
Deus deseja que nos aproximemos dele com o espírito correto. Com o coração quebrantado, contrito;
Deixamos de adorá-lo corretamente quando nos achegamos com nossos corações cheios de expectativas que não sejam de prestar culto a Ele.
Deus não aceita corações que se apresentam com uma atitude incoerente, vaidosos, orgulhosos, ressentidos, cheios de pecado, amargurados ou incrédulos. Deus deseja corações rendidos, Ele deseja corações entregues. Não adianta nada virmos aqui, levantarmos as nossas mãos, cantarmos com toda a nossa força, orarmos com toda a energia se o nosso coração não pulsa com o desejo de retribuir e reconhecer, o desejo de amar e contemplar;
religiosidade vazia
religiosidade vazia
“Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome?’ 7 “Trazendo comida impura ao meu altar! “E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos?’ “Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível. 8 “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá?”, pergunta o SENHOR dos Exércitos.
Contexto
Depois de questionar a atitude daquele povo, o profeta lista de que forma prática isso acontece, ele condena o povo e os sacerdotes por apresentarem como sacrifício, animais doente e aleijados. Isso aponta que estavam apenas cumprindo uma liturgia, estavam apenas fazendo o que o ofício exigia, era uma religiosidade vazia e barata.
A grande questão é que o problema não se resumia no estado do holocausto, mas sim nos corações frios e religiosos dos israelitas naquele contexto.
Eles adoravam apenas por tradição, por uma herança religiosa herdade de seus ancestrais. Não adoravam como resposta a redenção e libertação de Deus, mas sim por conveniência.
O resultado prático do culto descolado do coração é uma religiosidade barata.
Aplicação
Muitas vezes, nós como igreja, vivemos uma realidade similar. Vivemos uma religiosidade fria e vazia. Fazemos por costume, tradição, por uma cultura religiosa. Por muitas vezes entramos no modo automático, e fazemos o que fazemos, por apenas fazer.
Quando nosso culto a Deus é desconectado do coração, ele nos leva a dois grandes problemas, ou passamos a fazer as coisas de qualquer maneira, como se o mínimo fosse o suficiente, ou passamos a nos preocupar de maneira excessiva com o externo, com o contexto, com o visível e o mensurável.
Culto Mínimo - Passamos a nos importar muito pouco com a qualidade do nosso culto, o mínimo é o suficiente, pouco nos importamos com o horário, chegamos atrasados, vamos embora antes, não nos importamos em nos conectar com outras pessoas e desfrutar de comunhão, estamos indiferentes quanto a palavra de Deus, temos uma atitude de irreverência, somos facilmente seduzidos pelas distrações ao nosso redor, tudo se torna mais atrativos do que o culto que oferecemos a Deus.
Sommeliers de Adoração - É quando passamos a nos importar muito com a qualidade estrutural do nosso culto, mas sem temor e reverência, sem coração e amor. Passamos a avaliar, pelo nosso crivo, se o culto foi bom ou não, se a música estava boa, se a mensagem foi inspiradora e nós em nossa loucura e vaidade chegamos a definir se o culto foi ou não suficientemente espiritual e inspirado.
Os dois problemas tem raízes em não nos lembrar o motivo de fazermos o que fazemos. E que motivo é esse? Todo nosso culto e adoração é uma resposta a boa notícia do evangelho é uma resposta ao que Deus fez em nós por meio de Cristo. Estamos aqui celebrando a vida daquele que viveu a vida que deveríamos viver, morreu a morte que deveríamos morrer, e nos permite desfrutar de todas as bençãos espirituais, conquistadas na cruz do calvário e na ressurreição! Então constrangidos por essa verdade, nos reunimos aqui, nesse tempo separado, onde temos a oportunidade, como corpo, de juntos, adorarmos a Ele em comunhão, o adorarmos em comunidade. Quando juntos podemos verbalmente e visivelmente cantarmos sobre as grandes obras e sobre a soberania de Deus.
Nos esquecemos em grande parte das vezes de nos lembrar de poque fazemos o que fazemos.
A bíblia é repleta de culto, louvor, adoração e canto. Ela nos fala que cantaremos pela eternidade, cultuaremos a Deus juntos com Cristo.
Isso tudo nos leva a urgência de entendermos que nosso culto importa, a nossa adoração importa, e ela não deve ser desconectada de corações quebrantados e contritos que desejam se prostrar diante da glória e majestade do Pai.
Nossa luta é nos lembrar sempre os motivos de porque nós adoramos, mantermos a chama acesa em nosso coração. O desejo de uma espiritualidade viva e genuína.
De descaso com o ordinário
De descaso com o ordinário
9 “E agora, sacerdotes, tentem apaziguar Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá?”, pergunta o Senhor dos Exércitos. 10 “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz o SENHOR dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas. 11 Pois do oriente ao ocidente, grande é o meu nome entre as nações. Em toda parte incenso é queimado e ofertas puras são trazidas ao meu nome, porque grande é o meu nome entre as nações”, diz o Senhor dos Exércitos. 12 “Mas vocês o profanam ao dizerem que a mesa do Senhor é imunda e que a sua comida é desprezível. 13 E ainda dizem: ‘Que canseira!’ e riem dela com desprezo”, diz o Senhor dos Exércitos. “Quando vocês trazem animais roubados, aleijados e doentes e os oferecem em sacrifício, deveria eu aceitá-los de suas mãos?”, pergunta o SENHOR. 14 “Maldito seja o enganador que, tendo no rebanho um macho sem defeito, promete oferecê-lo e depois sacrifica para mim um animal defeituoso”, diz o Senhor dos Exércitos; “pois eu sou um grande rei, e o meu nome é temido entre as nações.”
Contexto
O Senhor continua exortando o povo pelo culto imprestável que entregavam a Ele. Malaquias aponta que seria melhor se fechassem as portas do templo. Porém, existe uma expressão no texto que nos chama muito a atenção: “Que canseira” . Isso nos monstra que eles estavam sendo exortados porque estavam entediados com a rotina da adoração no culto judaico. Faziam de qualquer maneira porque estavam cheios de sempre fazerem as mesmas coisas, os mesmos ritos e os mesmos holocaustos. Permitiram com que a rotina esfriasse seus corações;
Aplicação
Essa também é uma luta nossa. Lutamos contra a rotina. Nós facilmente nos cansamos de coisas comuns e rotineiras. A nossa vida é feita de expectativas pelo extraordinário,
Temos dificuldades em lidar com aquilo que é ordinário, comum e recorrente em nossas vidas. E o que é mais comum do que um culto de Domingo, domingo após domingo, as mesmas pessoas, o mesmo lugar, o mesmo pastor, as mesmas canções, a mesma liturgia, lidando com os mesmos problemas. E é muito fácil para nós, diante da ordinariedade do que fazemos, perdermos o senso de beleza e solenidade do culto. E é uma loucura, mas é essa a maneira que Deus escolheu para que o adorássemos. Nas rotinas ordinárias, na simplicidade do culto.
Mas nós nos perdemos, nossa percepção é falha, lidamos com descaso, até mesmo irreverência, vou dar um exemplo.
Isso acontece muio por que estamos acostumados a não encontramos beleza nas coisas comuns. (Exemplo do Mar)
O mar perde sua beleza e majestade por que nos acostumamos com ele? Não. Assim é Deus também, mesmo quando caímos no descaso com o ordinário. Porque a glória e a beleza não está na nossa percepção, na forma que o vemos, mas nEle prórpio. no Senhor. A beleza do culto não está na forma, na maneira, como adoramos, mas em quem é adorado, a beleza está em Deus, a majestade está nEle, e Diante de tal glória e majestade, até os mais simples e ordinários cultos, se tornam manifestações gloriosas e belas de louvor e adoração a Deus.
Ou seja, ame cultuar ao Senhor na simplicidade da sua comunidade, ame adorar ao Senhor ao lado das pessoas que você vê sempre, se alegre em cantar as mesmas músicas de sempre, porque a beleza não está nisso, mas sim no objeto da nossa adoração: O Deus criador, autor da vida e Senhor da história.
Conclusão
Conclusão
Esses três pontos por mais distantes que pareçam, são reais e comuns na nossa vida cristã. Um coração descolado da devoção, a religiosidade vazia e o descaso com o ordinário atrapalham e muito o nosso culto a Deus. Nos impedem de adorá-lo e tornam a nossa adoração imprestável. Nossa desafio essa noite é manter os nossos olhos fitos no Senhor, é manter a nossa atenção focada nELE e refletir e avaliar constantemente o que fazemos e porque fazemos.
Nova Versão Internacional (Lamentações)
21 Todavia, lembro-me também
do que pode me dar esperança:
22 Graças ao grande amor do SENHOR
é que não somos consumidos,
pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
23 Renovam-se cada manhã;
grande é a sua fidelidade!