ESTUDO PINDOBAL QUINTA 23/11/2023
Estudo sobre Mateus 6
O nome representa aquele que o leva. Por isso, o “nome” de Deus é uma soma de tudo o que Deus é e realiza. Seu nome já é santo no sentido de que está separado e é exaltado acima de todos os outros nomes. Mas oramos para que o nome de Deus seja santificado, “tratado como santo”, por aqueles que o mencionam. Nosso desejo é que o nome e o caráter de Deus recebam a honra que merecem.
Estamos orando para que o reino de Deus cresça à medida que as pessoas se submetem a Jesus como Salvador e Senhor
Uma vez que seu nome já é santo e ele já é Rei, sua vontade já está sendo feita no céu. Jesus pede que oremos para que a vida na terra venha de um modo que quase reflita a vida no céu.
É fácil dizer as palavras da oração do Senhor de uma forma repetida e sem sentido. Fazer de fato a oração do Senhor com sinceridade, no entanto, tem implicações revolucionárias.
Nosso pedido pelo pão nosso de cada dia deve ser entendido como algo que representa tudo o que é necessário para a preservação da vida: alimento, saúde, abrigo, trabalho, família, um bom governo e paz. Jesus estava focado nas necessidades da vida, não em coisas supérfluas.
O perdão é tão indispensável para a vida e a saúde da alma quanto o alimento o é para o corpo. Então, o próximo tema da oração é: “Perdoa as nossas dívidas”. O pecado é comparado a uma dívida porque merece ser punido. Mas, ao perdoar o pecado, Deus cancela o castigo e retira a acusação contra nós. Ao acrescentar a expressão “assim como perdoamos aos nossos devedores”, Jesus não quer dizer que o fato de perdoarmos os outros nos dá o direito de sermos perdoados. Pelo contrário, a expressão indica que uma das evidências de sermos perdoados por Deus é nossa disposição de perdoar aqueles que pecam contra nós.
As duas últimas petições provavelmente devem ser entendidas como os dois lados do mesmo pedido: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”. Podemos parafrasear o pedido da seguinte forma: Não permita que sejamos levados à tamanha tentação a ponto de sermos dominados por ela, mas nos livre das artimanhas do mal. A implicação é que o diabo é muito forte para o enfrentarmos sozinhos e nós, muito fracos para resistir sozinhos aos seus ataques. Mas nosso Pai celestial nos livrará se o invocarmos.
É possível ver nessas três petições uma alusão velada à Trindade: a criação e a providência do Pai nos dão o pão nosso de cada dia, a morte expiatória do Filho nos dá perdão, e a presença do Espírito que habita em nós nos dá o poder para vencer os ataques do maligno. Não é de admirar que alguns manuscritos antigos – mas não os mais antigos – terminem com a doxologia que proclama “o reino, o poder e a glória [de Deus] para sempre”.