Com Cristo, missão dada é missão cumprida - Lc 12.1-48
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Proposição:
Proposição:
A garantia da vitória eterna nos faz superar o medo das ameaças temporárias
A garantia da vitória eterna nos faz superar o medo das ameaças temporárias
Introdução:
Introdução:
Todos temos uma mesma missão, e sabemos qual é (Mt28.19-20), mas nossa jornada é repleta de ameaças. É interessante vermos como os personagens dos contos de fada normalmente são levados ao limite, há um ponto de crise na história, e depois um final feliz. Tudo isso é um traço cristão.
- O peregrino e a viagem até a Cidade Celestial (John Bunyan);
- Frodo e a saga do anel até a Montanha da Perdição (Tolkien);
- Ripchip em As Crônicas de Nárnia (C. S. Lewis).
Ilustração:
Ilustração:
Minha sogra paralisada diante do perigo / eu fugindo do dono do coco. Como agir diante das ameaças que se colocam entre nós e nossa missão?
Contextualização:
Contextualização:
Jesus já está entrando na reta final de seu ministério. Já havia feito uma série de milagres, curas diversas. No entanto, suas ações vinham desagradando a casta dos líderes religiosos. Suas “más companhias”, seu ensino superior ao dos fariseus e mestres da Lei, a constante agregação de novos seguidores, sua popularidade, até imprecações diretas contra esses líderes (Lc11.42-52), tudo fazia aumentar a escalada da tensão. Jesus já havia predito sua morte algumas vezes, e alertado seus discípulos quanto às dificuldades que viriam pela frente. O ambiente era tenso, ameaçador, um barril de pólvora. Nesse contexto, ele não faz rodeios: apresenta uma gama de ameaças que se levantariam para impedir o cumprimento da missão pelos fieis, mas ao mesmo tempo encoraja seus discípulos a enfrentá-las destemidamente.
1) Primeira ameaça temporária: o tribunal dos ímpios (Lc12.1-12)
1) Primeira ameaça temporária: o tribunal dos ímpios (Lc12.1-12)
O cenário inicial que Jesus pinta diante de seus discípulos literalmente é o de um tribunal, um ambiente forense. Então precisamos nos lembrar que:
Em primeiro lugar, eles viviam sob um império romano armado até os dentes. Opressor, repressor. Calava qualquer tipo de rebelião ou tentativa de revolução. No capítulo 13 (Lc13.1)o povo vem falar para Jesus justamente de galileus mortos por pilatos no momento de sacrifício ordinário. Em At5.34 a Bíblia registra as palavras de Gamaliel, mestre da lei, a respeito de rebeliões (Teudas e Judas) abafadas pelo Império. No ano 70 d.C., ocorre a diáspora pelas mãos de Tito Fulgêncio (vide Lc21.5-6).
Em segundo lugar, havia o Grande Sinédrio, tribunal judaico composto por 71 membros da alta casta religiosa, os quais avocavam pra si, naqueles dias, autoridade de interpretação das Escrituras, subjugando todos aqueles que deles discordassem. Eles eram os guardiões oficiais da Lei. Então seguir Jesus, um “rabino rebelde”, significava, de alguma forma, contrariar ou mesmo subverter a ordem religiosa humanamente estabelecida. Mas Jesus nos pede, de fato, uma vida sacrificial.
Os mártires
Lutero contra o sistema
Cristo diante do Sinédrio e de Pilatos - Ele estava no controle o tempo todo!
Nós temos a garantia da vitória eterna, por isso podemos e devemos cumprir nossa missão corajosamente!
Ilustração:
2) Segunda ameaça temporária: a sedução do materialismo (Lc12.13-34)
2) Segunda ameaça temporária: a sedução do materialismo (Lc12.13-34)
Nesse ambiente de tribunal, um homem pede a Jesus pra ser o juiz de sua causa (Ilustração: Chaves). Jesus deixa claro que não está falando de ser juiz de questões civis, mas de ser um advogado perante Deus nas questões espirituais. Mas aproveita o ponto levantado por aquele homem, para chamar a atenção quanto à ameaça exercida pela sedução materialista. Enquanto Jesus falava de aspectos espirituais, aquele homem demonstrou que estava com a cabeça em bens materiais. Mas será que somos tão diferentes dele assim?
Quando saímos da igreja no domingo à noite, qual a primeira coisa em que pensamos? Na oportunidade que pode surgir amanhã pra pregação do evangelho, ou nas metas que precisam ser batidas na segunda?
Já perceberam o quanto nós inadvertidamente, automaticamente, fazemos uma espécie de separação entre “dia santo” e “dia não santo”?
Onde estão nossas prioridades de tempo?
Como tem sido nossa relação com o trabalho?
Onde mais investimos nosso dinheiro?
Que mensagem nosso modo de vida e nossas atitudes mostram a nossos filhos?
Preocupados o tempo todo! A importância de se entender o princípio do sábado (Gn2.2, Ex20.8-11, Hb3.7-11).
O medo de perdermos conforto ou mesmo o sustento básico vem de incredulidade e idolatria, porque tudo que foge a nosso controle nos desestabiliza. Esquecemos que mesmo os talentos naturais que temos foram dados por Deus; as pessoas que conhecemos, o “networking”, os concursos em que passamos, os clientes que vêm à nossa empresa, as metas batidas, tudo é providência divina, nada circunstancial é nosso.
Ilustração:
3) Terceira ameaça temporária: as dúvidas quanto ao sucesso da missão (Lc12.35-48)
3) Terceira ameaça temporária: as dúvidas quanto ao sucesso da missão (Lc12.35-48)
O oposto de viver preocupado em adquirir riquezas ou com a própria subsistência é viver conscientemente o Reino. Quem tem consciência do Reino vive de acordo com as diretrizes do Rei, e sempre de prontidão para recepcioná-lo em seu retorno. Para exemplificar a fundamentalidade de se viver desde já como súdito fiel do Rei, Jesus conta duas ilustrações (Lc12.36-40) e uma parábola (Lc12.42-48).
Preparados para receber o patrão ao voltar de uma festa de casamento (Lc12.36): há uma brevidade de tempo envolvida aqui. São no máximo 7 dias de festa. No entanto, o senhor poderia vir antes disso, ou mesmo um pouco além disso, por conta do tempo da viagem.
Lanternas acesas: necessidade de iluminação em tempos de escuridão. Notar que interessantemente a hora do retorno descrita por Jesus é “meia-noite ou de madrugada” (Lc12.38), parecendo sugerir um momento inesperado, de uma forma ou outra.
A pergunta de Pedro é curiosa: isso aí é pra todo mundo ou só pra nós?
A resposta de Jesus: as palavras para mordomo (líderes?) e para servos (vinculada a cura, à medicina). Lucas provavelmente não utilizou esse termo aleatoriamente! Há uma proporcionalidade na responsabilização dos servos, conforme seu conhecimento de Deus. E uma coisa é certa: as verdades do Reino foram dadas a todos nós, líderes ou não! Mas de fato, não é fácil, muitas vezes nosso coração duvida pela demora do Rei em retornar. Será que existe mesmo um Rei? Será que não estou fazendo tudo isso à toa?
A dúvida nasce no coração de Pedro ao andar sobre o mar (Mt14.25-30).
Talvez as dúvidas sejam um indicativo do quanto é equivocado nosso entendimento sobre o Reino de Deus. Não à toa esse é o principal tema do ensino de Jesus. Em função do tempo: o Reino de Deus vai desde a criação e finalmente se desprende do tempo na consumação. Mas não somos peparados pra pensar em eternidade, porque tudo nosso sempre está vinculado ao tempo. Nossas ações estão presas ao tempo, nossos planejamentos estão presos ao tempo, nossos referenciais estão presos ao tempo. Nossa história de vida é feita de eventos ocorridos dentro de uma linha temporal. O fato é que a eternidade não cabe em nossa lógica. Só que do ponto de vista de Deus, que não está restrito ao tempo, o Reino já está realizado plenamente, agora é mera questão de aplicação na história do homem, na criação. Em função do domínio: em abrangência, tudo é de Deus. Toda a criação, desde anjos a demônios, homens santos ou ímpios, tudo faz parte do Reino de Deus. Satanás e sua descendência, no entanto, formam um “território” rebelde dentro dos domínios de Deus, de forma que nada possuem por natureza, mas buscam usurpar. O que Cristo fez em sua primeira vinda não foi a inauguração de seu Reino, mas o início da retomada de seus domínios e a expulsão do usurpador (Lc11.14-22, Lc10.18, Ap12.9-10) de forma explícita, evidente. Lembrando que foi Deus quem permitiu a Satanás e sua descendência sua empreitada rebelde e sua expansão até aquele momento. Cristo vem revogar essa autorização.
Não pode existir em nós nenhuma sombra de dúvida quanto ao sucesso de nossa missão, porque nossa missão é antes, a missão de Deus! Ele voltará pra concluir a retomada do Reino, é apenas questão de tempo, porque Ele é o dono. Isso só não aconteceria se alguém pudesse resisti-lo, mas isso jamais acontecerá (2Ts2.8, Ap20.7-10)!
Ilustração:
O que faremos?
O que faremos?
Busque em Deus a coragem necessária para resistir às ameaças e intimidações dos homens. Eles tentarão a todo custo desviar-nos da missão. Peça a Deus força pra não vacilar!
Reconheça sua total dependência de Deus e volte-se para as coisas do Reino. Pare de se planejar apenas com base no dinheiro que você tem ou no que pode vir a adquirir.
Viva como um fiel cidadão do Reino, consciente de quem é seu Rei. Seja um disseminador da mensagem do Reino. Faça discípulos, ensine, cumpra a missão!