Aula Pindobal 26/11

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1 João

Palavras-chave - COMUNHÃO / AMOR / LUZ / JUSTICA / VIDA
Tema: Comunhão com Deus e com os filhos de Deus (Os cristãos devem andar na luz, praticar a justiça e manifestar o amor de Deus)
Versículos Chave:
1João 1.3 ARA
3 o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
1João 1.5 ARA
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
1João 2.29 ARA
29 Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.
1João 4.8 ARA
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.
Escrito por João. O discípulo que Jesus amava João 13.23
João 13.23 ARA
23 Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava;
È interessante notar a sequência das pessoas que Deus levantou no período apostólico, a saber; no primeiro século do Cristianismo'
Em primeiro lugar, Deus levantou Pedro, um rude pescador, como poderoso evangelista, um verdadeiro pescador de homens (Lc 5:10). Foi ele quem abriu a porta do Reino de Deus tanto para Judeus (At 2), quanto para Gentios (At 10). A figura deste apóstolo se destaca no princípio da história da Igreja (Atos 2 a 10). Seu ministério foi de evangelização;
Logo a seguir, vemos Deus levantando o apóstolo Paulo, um homem zeloso e extremamente capacitado intelectualmen-te, para edificar a Igreja com a sabedoria de um "prudente construtor" (1Co 3:10), pois sua profissão era fazer tendas (At 18:3). Paulo se destaca na maior parte do Novo Testamento (Atos 9 até a carta a Filemom). Seu ministério foi de edificação;
Por último, no final do primeiro século, Deus levanta o apóstolo João, também um pescador como Pedro, porém para consertar as redes (Mt 4:21). Seu trabalho foi reparar as brechas causadas à mensagem do evangelho pelas falsas doutrinas, e ele fazia isso com a sua mensagem de amor (Evangelho e cartas). Seu ministério foi de restauração.
Além do Evangelho que leva o seu nome e do livro de Apoca-lipse, João escreveu também três pequenas cartas. A primeira foi endereçada a uma igreja, enquanto que a segunda e a terceira foram escritas para indivíduos. Contudo, embora tenham sido escritas para públicos diferentes, todas tratam de um único assunto: a comunhão.
O tema da primeira carta de João é a comunhão cristã. No original grego, esta palavra é koinonia, que significa "repartir; compar tilhar as mesmas coisas". O apóstolo nos diz que uma perfeita e eterna armonia sempre existiu entre o Pai e o Filho (Jo 17.10,21). Mas Deus, por sua misericórdia, desejou estender essa cominhão divina para a raça humana, o que foi possível somente por meio da encarnação e sacrifício de seu Filho Jesus Cristo (1Cor 1.9).
A igreja (elkesia, no grego) é formada por aqueles que são "chamados para fora" do mundo e para dentro desta comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo (1João 1.3). Desde que todos os Cristãos têm comunhão com o Pai e com seu Filho, então eles também têm comunhão entre si. Em outras palavras, podemos dizer que a conunhão cristã está baseada e é uma extensão da comunhão entre o Pai e o Filho, e isso é realizado através do Espírito Santo que foi dado a todos aqueles que creem em Jesus (3.24). Assim, nossa comunhão de uns para com os outros é diretamente proporcional à nossa comunhão com o Pai e com o Filho. Não podemos ter comunhão com os irmãos sem, ao mesmo tempo, ter uma comunhão íntima e verdadeira com o Pai e com o Filho (1.7).
Portanto, a comunhão dos cristãos é baseada na vida de Cristo que está em nós. Isto significa que podemos (e devemos) ter comunhão com todos os que têm a vida do Senhor neles, indistintamente. Se excluirmos qualquer pessoa que tem a vida do Senhor Jesus, seja por diferença doutrinária ou qualquer outro motivo, nos tornamos uma seita, um partido, uma divisão. Por outro lado, esta comunhão é também exclusivista, ou seja, todos os que não tem a vida do Senhor, não podem fazer parte desta comunhão, não importa quão bons seja, pois a verdadeira comunhão baseia-se na vida interior e não no comportamento exterior.
A palavra chave do evangelho de João é "CRER", e de sua primeira epístola é "AMOR". O evangelho mostra como o cristão pode receber a salvação (pela fé), e esta epístola revela como ele sabe que tem a salvação (pelo amor). Contudo, apesar de sua mensagem de amor o "apóstolo do Amor" continua sendo ainda o "filho do trovão" (Mc 3:17), trovejando contra as heresias que atacam a pessoa e a obra de Cristo, pois o verdadeiro amor não significa tolerância com o erro (seja doutrinário ou moral). Assim, nesta carta, João combate tanto as heresias quanto as práticas gnósticas de seu tempo, referindo-se aos hereges como sendo "anticristos" (2:18), "mentirosos" (2:22), "Filhos do diabo" (3:10) e "falsos profetas" (4:1).
A principal e mais perigosa heresia no final do primeiro século era o Gnosticismo, doutrina que defendia a dualidade entre corpo e espírito. Eles criam que estas partes eram opostas e irreconciliáveis, ou seja, toda a matéria era essencialmente má (pecaminosa) e todas as coisas espirituais eram inerentemente boas (santas). Os principais pilares desta doutrina eram os seguintes:
Deus, que é perfeito, e é espírito, não poderia ter vindo a este mundo pecaminoso em forma humana, isto é, em carne isso significava um ataque tanto à humanidade quanto à divindade" de Cristo;
A salvação somente poderia ser alcançada transcendendo a dimensão física, através de uma sabedoria (gnosis) espiritual mais profunda e secreta - com isso, somente os sábios poderiam alcançá-la;
Como o corpo era, em sua essência, pecaminoso, dois tipos de atitudes diametralmente opostas eram possíveis no Jesus, e também discernir quem são os filhos de Deus e os filhos do maligno";
As evidências do novo nascimento são os sete testes da autenticidade cristã, revelados através das expressões "Se dissermos que" ou "Aquele que diz" (1:6 / 1:8 / 1:10 / 2:4/2:6/ 2:9 / 4:20);
Os resultados do novo nascimento são as sete características daqueles que se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus, reveladas através da expressão "todo o que é nascido de Deus" (2:29/ 3:9/4:7 / 5:1a/ 5:1b / 5:4 / 5:18).
Finalmente, os 4 principais objetivos que levaram o apóstolo a escrever esta epístola são":
para que os cristãos tivessem alegria completa (1:4); 
para que não pecassem (2:1);
para que não fossem enganados (2:26); 
para que soubessem que têm a vida eterna (5:13).
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