O RETORNO DE CRISTO

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No Novo Testamento, há muitas predições da volta de Jesus, e há elementos específicos que acompanham essa predições. Primeiro, somos assegurados de que a volta de Cristo será pessoal; em outras palavras, ele retornará em pessoa. Segundo, a sua volta será visível. Terceiro, a sua volta será em glória; será acompanhada de glória majestosa.

Atos dos Apóstolos 1.9–11 NAA
Depois de ter dito isso, Jesus foi elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fixos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois homens vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: — Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu virá do modo como vocês o viram subir.

Vemos todos esses elementos nesta passagem de Atos 1. O versículo 11 afirma que “esse Jesus” – a própria pessoa cuja partida o apóstolos haviam testemunhado – virá outra vez do “modo como”. Em outras palavras, o modo da volta de Jesus será correspondente ao modo de sua partida. Sua partida foi visível, ele ascendeu em nuvens de glória; portanto, sua volta no fim dos tempos será tanto visível quanto gloriosa.

Entretanto, apesar destas profecias claras, o assunto da volta pessoal, gloriosa e visível de Cristo é um assunto de controvérsia, que se deve mais especialmente à influência da alta crítica. Em meu livro The Last Days according to Jesus (Os Últimos Dias segundo Jesus), ofereço um resumo das teorias críticas que surgiram juntamente com o ataque ímpar contra a confiabilidade dos documentos do Novo Testamento e o ensino de Jesus.

Por exemplo, Albert Schweitzer, em sua busca do Jesus histórico, afirmou que Jesus esperava que a consumação do reino ocorresse em seu tempo de vida, razão por que enviou os 70 discípulos em sua missão (Lc 10) e ficou desapontado quando a consumação não aconteceu. De acordo com Schweitzer, na mente de Jesus, o momento crucial para a vinda do reino seria provavelmente a sua entrada em Jerusalém, e quando o reino não chegou, Jesus se permitiu ser levado à cruz. Seu clamor subsequente: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46), indica a desilusão de Jesus.

Outros eruditos têm argumentado que os escritores do Novo Testamento e o próprio Jesus esperavam e ensinavam a volta pessoal de Jesus dentro do tempo de vida da primeira geração de cristãos. Porque isso não aconteceu, eles dizem, podemos descartar seguramente os documentos do Novo Testamento como confiáveis e entender Jesus apenas como um modelo de amor.

Em resposta a esta teoria crítica, C. H. Dodd falou de “escatologia realizada”, significando que todas as profecias do Novo Testamento sobre o futuro e sobre a volta de Cristo se cumpriram de fato no século I. No que diz respeito a certas declarações feitas por Jesus, como “alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino” (Mt 16.28), Dodd afirmou que Jesus estava se referindo não à sua volta futura, e sim a manifestações visíveis de sua glória que aconteceram na transfiguração, na ressurreição e na ascensão.

O texto mais contestado está no discurso do monte da Oliveiras, especialmente a versão escrita no evangelho de Mateus, em que Jesus descreveu eventos futuros, incluindo a destruição do templo e de Jerusalém, bem como a sua volta. Os discípulos de Jesus lhe pediram: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (Mt 24.3). Em resposta direta à indagação dos discípulos, Jesus disse: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (v. 34).

Parece que Jesus estava dizendo claramente que estas coisas aconteceriam no período de tempo de uma única geração humana, que, em termos judaicos, era aproximadamente 40 anos. Se a crucificação de Cristo aconteceu por volta de 30 AD, poder-se-ia esperar o cumprimento da profecia por volta de 70 AD, que é a data da destruição do templo e a queda de Jerusalém para os romanos.

Os críticos argumentam que, embora o templo tenha sido destruído e a cidade, capturada, Jesus não voltou, o que o torna um falso profeta. Entretanto, nada prova mais claramente a identidade e a integridade de Jesus Cristo do que estas profecias específicas. Os eventos que ele predisse eram totalmente inconcebíveis para os judeus, os quais imaginavam que o templo e a cidade santa eram indestrutíveis. Mas Jesus predisse especificamente estes eventos antes de acontecerem. É irônico que o próprio texto que parece funcionar como prova irrefutável da confiabilidade de Cristo e dos documentos bíblicos tenha se tornado o texto que os críticos usaram para rejeitar a confiabilidade do Novo Testamento e da integridade de Jesus.

No que diz respeito a este texto, os evangélicos dizem que geração no discurso do monte das Oliveiras não se refere a um período de vida ou a um tempo específico, mas a um tipo de pessoa. Em outras palavras, geração neste contexto significa que o mesmo tipo de pessoa que vivia em Jerusalém no tempo de Jesus viverá lá no tempo de todos estes eventos futuros. Essa é uma interpretação possível do texto, mas uma interpretação improvável, porque a palavra geração é usada consistentemente nos evangelhos com referência especial a um grupo específico de pessoas.

Outros argumentam que “tudo isto” incluía apenas os primeiros dois elementos, a destruição do templo e de Jerusalém. O preterismo pleno ensina que Jesus retornou realmente em 70 AD, e todas as profecias futuras sobre a vinda de Cristo aconteceram invisivelmente quando ele executou seu julgamento em Jerusalém. Preteristas plenos argumentam que a linguagem bíblica de profecia faz uso frequente da figura de catástrofe.

No Antigo Testamento, por exemplo, os profetas descreveram o derramamento da justiça de Deus sobre cidades ímpias usando a figura da lua se tornando em sangue (Jl 2.31). E o mesmo tipo de linguagem é usado a respeito da volta de Jesus (Mt 24.2). Preteristas plenos creem que Jesus veio em julgamento sobre a nação judaica em 70 AD e que isso foi o fim do judaísmo. Isso foi o último julgamento. Foi o fim não da história e sim da era judaica, mas foi o começo da era dos gentios.

Auguste Comte, o filósofo francês do século XIX, disse que a história é dividida em três estágios: infância, adolescência e estado adulto. Ao descrever o desenvolvimento da civilização ocidental, ele disse que, em sua infância, as pessoas definiam sua vida em termos de religião, mas quando a civilização se tornou adolescente, as pessoas substituíram a religião por filosofia metafísica. O estado adulto só começa, disse ele, na era da ciência – e isso foi a antecipação otimista do que a ciência produziria que causou muita alegria nas pessoas.

A Primeira Guerra Mundial foi vista como uma enorme pedra de tropeço a este otimismo evolucionário, mas até os desapontados pela eclosão da guerra se apegaram às suas esperanças centradas no homem, declarando que o conflito seria “a guerra que acabaria todas as guerras”. É claro que eles não previram o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, nem as filosofias pessimistas do existencialismo ateísta nos escritos de Jean-Paul Sartre, Albert Camus e outros.

No âmago do otimismo do século XIX, estava as boas notícias de que, uma vez que Deus não existia, não há necessidade de temer um julgamento final, e, visto que não há um julgamento, não há responsabilidade moral.

Quando consideramos o pessimismo de nossos dias, reconhecemos que tem havido um afastamento radical do otimismo do século XIX. O homem agora é visto como um acidente cósmico que se move inexoravelmente em direção ao abismo infindo do nada. O pensamento existencialista niilista de hoje é que, se o homem não é responsável por sua vida, isso só pode significar que, em última análise, sua vida não é importante. O otimismo se tornou melancolia amarga, e a cultura se voltou para as drogas e outros meios de escape para evitar a horrível ideia de que nossa vida é um exercício em futilidade.

Em contrário a tudo isto, há o ensino claro do Novo Testamento e de Jesus no sentido de que nossa vida é realmente importante e de que somos responsáveis – verdades que todo ser humano sabe sem investigação e reflexão filosóficas. As pessoas têm um senso de Deus em seu coração. Seu criador lhes deu consciência, e, por isso, elas sabem que terão de prestar contas pelo modo como levam sua vida. Haverá um dia em que Deus julgará todo homem e toda mulher pelos padrões de sua lei sagrada.

Atos dos Apóstolos 17.24–31 NAA
— O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas; nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais. De um só homem fez todas as nações para habitarem sobre a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem Deus se, porventura, tateando, o possam achar, ainda que não esteja longe de cada um de nós; pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dos poetas de vocês disseram: “Porque dele também somos geração.” Portanto, visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam. Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu certeza disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.

No entanto, para Jesus, o julgamento final não era um assunto de especulação e sim uma declaração divina, e ele advertiu regularmente as pessoas sobre esta realidade certa, afirmando, por exemplo: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” (Mt 12.36). Isso nos traz à mente o profeta Isaías, que, confrontado com a santidade de Deus, foi tomado imediatamente pela consciência de sua indignidade e disse: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios” (Is 6.5). Se nossas palavras frívolas serão levadas a julgamento, quanto mais nossas palavras intencionais?

Mateus 7.15–20 NAA
— Cuidado com os falsos profetas, que se apresentam a vocês disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos vocês os conhecerão. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de ervas daninhas? Assim, toda árvore boa produz frutos bons, porém a árvore má produz frutos maus. A árvore boa não pode produzir frutos maus, e a árvore má não pode produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e jogada no fogo. Assim, pois, pelos seus frutos vocês os conhecerão.

Muitos evangélicos não sabem que Jesus falou sobre o julgamento final, mas ele falou com muita clareza e disse que cada pessoa será julgada de acordo com suas obras. Insistimos na doutrina da justificação somente pela fé, mas às vezes nosso entusiasmo com a redenção pela fé e não pelas obras nos leva a pensar que as obras não são importantes para Deus. Entretanto, nesta passagem lemos que o julgamento será de acordo com as obras. As recompensas que Deus concederá ao seu povo no julgamento final será de acordo com as obras. Somos encorajados, como cristãos, com o fato de que recompensas serão dadas de acordo com nosso grau de obediência. Portanto, as obras são extremamente importantes, tanto boas quanto más, porque serão todas levadas ao julgamento.

Mateus 7.21–23 NAA
— Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor!” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, vão me dizer: “Senhor, Senhor, nós não profetizamos em seu nome? E em seu nome não expulsamos demônios? E em seu nome não fizemos muitos milagres?” Então lhes direi claramente: “Eu nunca conheci vocês. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal.”

No dia do julgamento, pessoas reivindicarão conhecer a Jesus, dirigindo-se enfaticamente a ele como “Senhor”. Reivindicarão haver feito boas obras e se engajado em atividades da igreja, mas Jesus dirá categoricamente que nunca as conheceu.

Mateus 25.1–13 NAA
— Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, pegando as suas lamparinas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco delas eram imprudentes, e cinco, prudentes. As imprudentes, ao pegar as suas lamparinas, não levaram óleo consigo, mas as prudentes, além das lamparinas, levaram óleo nas vasilhas. E, como o noivo estava demorando, todas ficaram sonolentas e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: “Eis o noivo! Saiam ao encontro dele!” — Então todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lamparinas. E as imprudentes disseram às prudentes: “Deem a nós um pouco do óleo que vocês trouxeram, porque as nossas lamparinas estão se apagando.” Mas as prudentes responderam: “Não! Porque então vai faltar tanto para nós como para vocês! Vão aos que o vendem e comprem óleo para vocês.” E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens imprudentes, dizendo: “Senhor, senhor, abra a porta para nós!” Mas o noivo respondeu: “Em verdade lhes digo que não as conheço.” Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora.

Nosso Senhor dá tanto a nós quanto ao mundo estes avisos solenes. Deus estabeleceu um dia e já designou um Juiz – o Juiz é o próprio Jesus. Quando comparecermos diante do julgamento, convém que estejamos preparados.

O julgamento final não será uma avaliação casual de pessoas; em vez disso, ele será no contexto de um tribunal celestial, em que o Juiz de todos exigirá contas de tudo que tivermos feito. No final do julgamento, haverá um veredito de “inocente” ou de “culpado” que dependerá de a pessoa estar ou não estar coberta com a justiça de Cristo. Para aqueles que pertencem a Cristo, haverá recompensa, mas para aqueles que não pertencem, haverá punição.

O julgamento final será administrado por um Juiz perfeitamente justo e reto; por isso, não haverá nada arbitrário ou injusto no julgamento. Enfrentaremos o julgamento de Deus ou com base em nossas obras ou com base nas obras de Cristo. Se tivermos cometido mesmo um único pecado, uma única ofensa, contra a santidade de Deus – o que certamente temos cometido – então, precisamos desesperadamente de Cristo.

Salmo 130.3 NAA
Se tu, Senhor, observares iniquidades, quem, Senhor, poderá escapar?

Visto que o julgamento será perfeitamente justo, as Escrituras deixam claro que o julgamento será realizado de acordo com a luz que temos. O que acontece, então, à pessoa inocente que nunca ouviu o evangelho de Jesus Cristo? A resposta é que Deus nunca pune inocentes. Aqueles que são inocentes não precisam se preocupar com o julgamento de Deus. Mas, de acordo com o Novo Testamento, não há nenhuma pessoa inocente. Ninguém pode chegar diante do tribunal de Deus e dizer: “Não tive nenhuma luz de revelação”; essa é a importância de Romanos 1.

Ali, Paulo fala da ira de Deus sendo derramada sobre todos os que fazem o mal porque suprimiram o conhecimento de Deus que é claro por meio da natureza. Eles viraram as costas e se recusaram a honrar a Deus como Deus. Por isso, ninguém poderá estar diante do tribunal de Deus e dizer que não sabia que Deus existia.

No julgamento final, pessoas que nunca ouviram falar de Jesus não serão punidas por rejeitarem a Jesus. Deus julga de acordo com a luz que cada pessoa tem, e seria injusto Deus considerar pessoas como responsáveis por rejeitarem a Jesus se nunca ouviram falar dele. Sendo assim, Jesus veio para pessoas que já estavam sob a acusação de Deus – não por rejeitarem a Jesus, de quem nada sabiam, mas por rejeitarem o Pai, a quem conheciam por revelação que ele lhes dera na natureza. Mesmo que não tenhamos a Bíblia, os céus declaram a glória de Deus (Sl 19.1; Rm 1.20). De fato, nossa própria consciência testemunha que sabemos quem Deus é e que temos violado sua lei (Rm 2.15).

O destino ao qual estaremos sujeitos no julgamento final é inalterável. Muitos esperam por uma segunda chance depois da morte, como se houvesse um purgatório mítico onde podem pagar seus pecados e, depois, entrar no céu, mas a Escritura não nos dá a menor esperança disso. A Bíblia nos diz que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27).

Se tivéssemos de retratar a Jesus em pé num lado de uma sala, representando a justiça completa, e Adolf Hitler em pé no outro extremo da sala, representando o mal completo, em que ponto dessa escala colocaríamos um amigo que consideramos justo? Teríamos um lugar para nosso amigo tão perto de Hitler quanto possível e tão distante de Cristo quanto possível; de fato, nesta ilustração, a sala teria de ser infinitamente larga. Jesus é impecável, por isso o abismo entre ele e pecadores é imensurável. Devido à nossa estrutura de referência corrompida, podemos entender Hitler, mas Jesus confunde a nossa imaginação por sua justiça perfeita. Essa é a razão por que temos dificuldade em considerar o fato de que Deus, na execução de sua justiça, pode enviar nossos queridos para o inferno.

Apocalipse 20.9–15 NAA
Marcharam, então, pela superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos e a cidade amada. Porém, desceu fogo do céu e os consumiu. O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre. Vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o céu fugiram da presença dele, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, que estavam em pé diante do trono. Então foram abertos livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que estava escrito nos livros. O mar entregou os mortos que nele estavam. A morte e o inferno entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo.

Eu duvido que o inferno seja um lago de fogo literal, mas, o que quer que seja, aqueles que estão lá dariam tudo que tinham e fariam o que pudessem para não estar lá. Um símbolo é sempre excedido em intensidade pela coisa que indica; e, por causa disso, não obtemos nenhum consolo da ideia de que a linguagem do Novo Testamento sobre o inferno é simbólica. Se é simbólica, então a realidade tem de ser muito pior do que o símbolo.

O Novo Testamento também ensina que há graus de punição no inferno, assim como graus de recompensa são distribuídos a pessoas no céu. Alguém disse certa vez que no céu todos terão um cálice cheio, mas nem todos terão um cálice do mesmo tamanho. Jesus fez uma distinção frequente entre aqueles cuja recompensa será grande e aqueles cuja recompensa será pequena.

A justiça punitiva e retribuidora de Deus será perfeita, de tal modo que a punição será sempre apropriada ao crime, o que levou Paulo a nos advertir sobre acumularmos ira para o dia da ira de Deus (Rm 2.5). Jesus nos chama a acumular tesouros no céu; em contraste, Paulo diz que pessoas que não estão acumulando tesouros no céu estão acumulando punições no inferno, formando o grau de julgamento que receberão.

Em última análise, não sabemos os detalhes sobre o inferno, e, se somos honestos, devemos admitir que não queremos saber. Entretanto, se aceitamos com seriedade as palavras de Jesus e dos apóstolos, precisamos levar o inferno a sério. Se crêssemos realmente no testemunho bíblico sobre o inferno, isso mudaria não somente a maneira como vivemos, mas também a maneira como trabalhamos em termos de missão da igreja.

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