Só Tu Tens Palavras de Vida Eterna
Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 38 viewsNotes
Transcript
João 6.51-71.
Jesus finaliza seu discurso do verso 51-59. E nos versos 60-71 temos a reação ao discurso de Jesus.
Jesus finaliza o seu discurso afirmando:
O Verdadeiro Alimento (v.51-59)
V.51: Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
Jesus resume tudo que disse anteriormente em poucas palavras, dizendo, eu sou o pão vivo que desceu do céu, e afirma que sendo esse pão, as pessoas deveria comer esse pão, e se eles comessem esse pão, eles teriam a vida eterna. Esse pão que Jesus está falando, é diferente de qualquer outro pão, incluindo até mesmo o maná do céu, pois é melhor e superior ao que o maná já fez ou poderia fazer: Jesus afirma que este pão transmite e sustenta a vida e expulsa a morte. Transmite e sustenta a vida espiritual; expulsa a morte espiritual. E ainda mais, esse pão vivo pode afetar ainda o nosso corpo no último dia, quando ele irá ressuscitar o nosso corpo da morte e glorificando ao nosso corpo como o de Jesus. Jesus é o pão da vida, e sendo Ele a fonte de toda vida, pode por meio de seu poder, nos transmitir vida. E afirma então como fará isso ao dizer:
E o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
Ele está afirmando aqui Ele quer dizer que vai entregar a si mesmo, o seu corpo como sacrifício para dar vida ao mundo.
E foi a partir disso que os judeus começaram a disputar novamente sobre o seu discurso.
Jesus queria que os homens comessem sua carne. Jesus não disse isso palavra por palavra, mas a implicação foi muito clara.
Eles pensaram, ora, Ele disse “Eu sou o pão da vida” (6.35,48); Os homens devem comer esse pão (6.50–51); “O pão… é a minha carne” (6.51). A conclusão óbvia que eles chegaram foi: os homens devem comer a minha carne. Eu a dou para este propósito (6.51).
Todavia, como faziam frequentemente os judeus interpretam literalmente as palavras de Jesus, como se o Senhor desejasse que, de um jeito ou de outro, os homens comessem seu corpo físico. Diante diz o texto:
V.52: Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
Claramente Jesus não está aqui falando de canibalismo. Pelo contrário, Ele estava ilustrando uma verdade espiritual com uma ilustração física. Por conta da cegueira espiritual dos judeus, eles não conseguiram compreender o que Jesus havia afirmado. Jesus de forma metafórica estava ensinado aquelas pessoas a se apropriarem da sua obra sacrificial pela fé n’Ele como aquele que morreria pelos seus pecados e os salvaria da morte eterna lhes dando a vida eterna.
V.53-59: 53 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. 54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. 56 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. 57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. 58 Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente. 59 Estas coisas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
Jesus poderia amaciar o seu discurso, poderia até tentar não ferir tanto o coração pecador das pessoas para que ela lhe aceitassem e não murmurasse contra Ele novamente, mas, Ele não faz isso.
Jesus afirma diretamente a aquelas pessoas dizendo sobre a comida, mas, acrescenta algo mais ao dizer:
Eu digo a vocês que se não comerem a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos.
Jesus ao falar isso, em vez de falar somente sobre a necessidade de comer sua carne, Jesus agora fala sobre a necessidade de comer sua carne e também beber seu sangue.
Beber sangue era algo muito repulsivo para os judeus( Gênesis 9.4; Levítico 3.17; 17.10,12,14.) E embora, se eles conhecessem bem as Escrituras, também teriam reconhecido o simbolismo que Jesus empregou. Teriam reconhecido que o sangue, visto como sede da vida.
A linguagem de Levítico 17.11 é muito clara sobre isso: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida”. Portanto, é claro que, ao falar sobre comer sua carne e beber seu sangue, Jesus não se refere a qualquer ato de comer ou beber fisicamente.
Mas, Ele quer dizer: “Quem aceita, se apropria e assimila meu sacrifício que farei ao morrer por seus pecados se crerem como única base de sua salvação esse irá permanecer em mim e Eu nele”.
Tal como a comida e a bebida são oferecidas e recebidas, assim também o sacrifício de Cristo é oferecido aos crentes e recebido por eles.
É interessante, pois, o que adianta termos comida e não a comermos? não tem utilidade alguma, não é mesmo?
Do mesmo modo, o que fazer quando se está com fome e se tem comida? Comer!
Jesus fala neste versículo sobre a necessidade de experimentarmos a sua comida de forma pessoal.
Quando nos alimentamos, a comida passa a fazer parte integrante do nosso corpo. Comer é um ato pessoal; ninguém pode se alimentar por outra pessoa. Da mesma forma, ninguém pode crer por nós. Todas essas realidades podem ser aplicadas espiritualmente. E era isso o que Jesus tinha em mente!
O Alimento que Cristo nos dá é verdadeiro alimento.
O Alimento que nem todos podem comer (v.60-65)
V.60-65: Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? 61 Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isto vos escandaliza? 62 Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava? 63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. 64 Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.
O Alimento que dá Vida Eterna (v.66-71)
V.66-71: 66 À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. 67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? 68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; 69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus. 70 Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo. 71 Referia-se ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-lo, sendo um dos doze