O invencível propósito de Deus na vida do pregador Jonas e de seus ouvintes
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O invencível propósito de Deus na vida do pregador Jonas e de seus ouvintes
Veio a palavra do Senhor, segunda vez, a Jonas, dizendo:
Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo.
Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era cidade mui importante diante de Deus e de três dias para percorrê-la.
Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
INTRODUÇÃO
A rebeldia humana não pode frustrar os planos de Deus. Jonas se dispôs a fugir da presença de Deus e recalcitrou contra os aguilhões. Sua rebeldia o levou ao fundo do mar. Encurralado pelas circunstâncias, dispôs-se a obedecer, mas não a mudar suas atitudes. Porém, sua rebeldia não frustrou o plano de Deus de levar a Palavra à grande cidade de Nínive.
Na medida que vamos avançando na vida deste profeta vamos percebendo como o homem é falho
O Deus da segunda chance (3.1)
Jonas não ofereceu chance alguma aos ninivitas; pregou-lhes o juízo iminente sem nenhuma nesga de esperança.
Deus, porém, tratou com Jonas de forma diferente. Tendo fracassado na sua primeira missão, Deus lhe ofereceu uma segunda chance.
Jonas recebeu a proposta de um novo começo. Deus não recordou a Jonas o seu fracasso e tampouco lhe chamou a atenção, fazendo-lhe ameaças. Deus simplesmente concedeu a Jonas uma nova oportunidade.
Isaltino Filho lembra que quem foi lançado no fundo do mar, desta vez, não foi Jonas, mas a sua falha. O mesmo autor, acertadamente chama a atenção para o perigo de se abusar da bondade de Deus.
Ele escreve: “O fato de Deus ser bondoso, concedendo uma segunda chance, não deve ser um estímulo à recalcitrância. A obediência é a melhor maneira de prevenir desastres.”
Warren Wiersbe comenta: “a pessoa que diz: ‘Vou pecar, pois sei que Deus me perdoará’ não faz idéia da atrocidade do pecado nem da santidade de Deus”.
Erramos à semelhança de Jonas e muitas vezes tomamos navios para Társis. Colocamos os pés na estrada da desobediência e tentamos abafar todas as vozes que clamam aos ouvidos da nossa consciência.
Mesmo diante das variadas providências divinas, endurecemos nosso coração. Deus nos lança ao chão e nos leva para o fundo do poço. Porém, Deus produz em nós o arrependimento, e Ele nos oferece uma segunda oportunidade.
Assim como o filho pródigo recebeu uma nova chance de recomeçar a vida na casa do pai, assim também Deus nos acolhe e nos abraça, mesmo depois das nossas vergonhosas quedas. J. Vernon McGee pondera que o caso de Jonas não é uma exceção.
Deus perdoa seus servos e os restaura.
Abraão fugiu para o Egito, onde mentiu sobre a esposa, mas Deus lhe deu outra chance.
Jacó mentiu para o pai, enganou o irmão e viveu muitos anos tentando fintar a própria consciência. Um dia, porém, Deus lutou contra ele em Peniel. Jacó resistiu medindo força com força, poder com poder e destreza com destreza. Então, o Senhor tocou-lhe na articulação da coxa e o deixou aleijado. Só assim Jacó se rendeu. Deus mudou o nome de Jacó e salvou sua alma.
Moisés matou um homem e fugiu para o Egito, mas Deus o chamou para ser o líder do seu povo.
Deus fez o mesmo com Davi. Ele caiu em terríveis pecados. Adulterou, mentiu, matou e escondeu seus crimes no coração. Todavia, quando Davi se arrependeu, Deus o perdoou e o restaurou.
Jesus fez o mesmo com Pedro. Este o negou três vezes com juramento e praguejamento. Pedro chegou mesmo a desistir de Jesus, mas Jesus não desistiu de Pedro. Pedro fugiu, mas Jesus foi ao seu encontro. Pedro se arrependeu e Jesus o restaurou.
O Senhor também ofereceu uma segunda chance a João Marcos. Esse jovem abandonou Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária. Na segunda viagem, Paulo não quis levá-lo. Paulo não teve paciência com ele, mas Deus teve. Mais tarde, Paulo reconheceu que ele lhe era útil no ministério (2Tm 4.11).
O nosso Deus é o Deus da segunda chance! Warren Wiersbe, citando George Morrison, diz que “a vida cristã vitoriosa é uma série de recomeços. Quando caímos, o inimigo quer que acreditemos que nosso ministério chegou ao fim e que não há mais esperança de recuperação, mas nosso Deus é o Deus das segundas chances”. “Veio a palavra do Senhor, segunda vez, a Jonas” (3.1). “Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz” (Mq 7.8).
O invencível propósito de Deus na vida do pregador Jonas e de seus ouvintes PORQUE DÁ SEGUNDAS OPORTUNIDADES
O pregador não é dono da mensagem, mas servo dela (3.1,2)
Vemos que Jonas deveria se levantar e ir a Nínive com a mesma mensagem. Deus conhece as sutilezas de Satanás: se não impede a pregação da Palavra, tenta pervertê-la. (Adão e Eva), (Jesus no deserto).
Não devia haver alteração alguma da mensagem na pregação de Jonas. O profeta Jonas não era a fonte da mensagem nem o dono dela. Ele devia ir a Nínive pregar não o que queria nem o que havia concebido em seu coração; ele devia ir pregar a Palavra de Deus, conforme Deus lhe dissera.
O pregador não prega palavras suas, mas a Palavra de Deus. O pregador não cria a mensagem, ele a transmite. O pregador não é o reservatório da mensagem, mas seu canal.
No versiculo 2 vemos o seguinte “a mensagem que eu te digo” destaca a origem divina da Mensagem que Jonas leva ; a mensagem que ele comunica não é sua, mas vem de Deus. O pregador é um despenseiro. O despenseiro é o “homem dos recados” de Deus. Ele não coloca a comida na despensa, ele a prepara e a coloca na mesa.
A mensagem não é originada pelo pregador; ela procede de Deus. Não pregamos a nós mesmos nem nossas idéias. Pregamos a Palavra de Deus. O pregador não tem autorização para mudar a mensagem. Ele precisa ser um despenseiro fiel. Ele tem de colocar na mesa tudo aquilo que Deus colocou na despensa. Ele precisa anunciar todo o desígnio de Deus. Devemos pregar só a Bíblia e toda a Bíblia.
Um obreiro que prega o que quer ou o que o povo quer ouvir está desqualificado. Ele não pode ser um obreiro aprovado se não dá o pão nutritivo da verdade divina para o povo. O papel de um mordomo não é ser popular, mas fiel.
O pregador é um despenseiro de Deus e prega a Palavra de Deus com fidelidade! A pregação, no entanto, é uma mensagem que passa pela personalidade e pela experiência do pregador. Jonas entrou em Nínive como um homem que saíra das entranhas da morte. Sua história deve ter chegado antes dele a Nínive. Sua experiência pavimentou o caminho de sua entrada nessa importante cidade do mundo. O juízo de Deus sobre Jonas deve ter despertado a consciência dos ninivitas a respeito da possibilidade e iminência do juízo de Deus sobre eles.
O invencível propósito de Deus na vida do pregador Jonas e de seus ouvintes PORQUE A MENSAGEM É DE DEUS
O pregador não administra os resultados da pregação (3.3,4)
Jonas sentiu certo prazer mórbido de pregar uma mensagem de condenação em Nínive. Seu firme desejo era ver cumprir-se a sua ameaça da subversão de Nínive. Agradava-lhe o fato de Nínive ser uma candidata ao fogo do juízo como Sodoma e Gomorra. Jonas tinha fogo em suas palavras, mas não compaixão em seu coração.
Henrietta Mears diz que não havia compaixão em sua mensagem nem lágrimas em seus olhos (R.O.). Ele queria a condenação irremediável de seus ouvintes e não a salvação deles. Seu coração estava sintonizado com a mensagem de condenação, mas não com a possibilidade da salvação.
Jonas prefere a morte a ver seus inimigos salvos. Ele foi alvo do perdão de Deus, mas nem concebe a ideia de ver seus ouvintes receberem o mesmo perdão.
Os sentimentos de Jonas são mesquinhos e indignos de um homem que foi arrancado das entranhas da morte. Ele sabia se alegrar no favor de Deus, mas não queria ser instrumento da graça de Deus na vida de outros.
Jonas prega um sermão de juízo sem abrir a janela da esperança. Ele encurrala seus ouvintes no corredor da morte e não lhes abre a porta do arrependimento. Ele pregou uma mensagem apenas pela metade (O aviso de Deus era para chamar ao arrependimento). Ele falou da ira de Deus, mas não da Sua misericórdia. Ele pregou um sermão com apenas cinco palavras e nessas poucas palavras havia toneladas de condenação e nenhum grama de graça.
A mensagem de Jonas foi de condenação incondicional e irrevogável. Avisava aos ninivitas que num período de quarenta dias a grande cidade seria varrida pelo fogo do juízo. A mensagem de Jonas foi pregada sem compaixão, e, no entanto, ele havia experimentado o milagre da graça e da compaixão de Deus.
Jonas queria ver a cidade de Nínive sendo devorada pelo fogo do juízo e tudo virado de cabeça para baixo.
Jonas foi alvo da graça, mas quer ser apenas canal do juízo. Isaltino Filho narra uma triste história desta falta de compaixão na vida da Igreja ainda hoje. Vejamos seu relato: Num bar de São Paulo, um senhor entregou um folheto de evangelização a uma meretriz. Aproveitando o ensejo, essa mulher lhe abriu o coração. Era uma prostituta, mas fora criada numa igreja evangélica, no interior do país. Um dia, cortou o cabelo, atitude que sua igreja proibia. Foi excluída, e continuou a cortar o cabelo. Não podendo mais se vingar nela, a igreja ameaçou o seu pai. Iria proibi-lo de tocar no grupo da igreja, o que para ele era o que havia de mais importante em sua vida. Para não ser privado de tocar na banda, o referido senhor, um crente em Jesus Cristo, cedeu à chantagem da igreja evangélica e expulsou a filha de casa. Humilhada, a menina ainda moça foi para São Paulo trabalhar como doméstica. Lá, foi desencaminhada pelo filho do patrão. Grávida, foi colocada na rua. Escreveu para o pai, mas este, um cristão, disse que não mais a considerava como filha, pois cortara o cabelo e ainda por cima errara moralmente. Quem a acolheu e amparou, pasmem, foi a dona de um bordel. Agora, estava na prostituição para viver. Chorou com saudades de casa e do evangelho, mas não vira amor na igreja. Não recebera amparo necessário entre os crentes. Foi receber amparo entre meretrizes.
A mensagem da graça foi abandonada por aqueles que foram salvos pela graça. O efeito da mensagem de Jonas, todavia, alcançou os resultados mais esplêndidos. Ele não queria ver ninivita algum salvo e todos eles se converteram a Deus. Ele pregou juízo e o povo clamou por misericórdia. Ele pregou condenação, e Deus ofereceu perdão. Seus sentimentos foram suplantados pela misericórdia divina e suas motivações vencidas pela graça de Deus.
Nossas motivações não podem frustrar os planos de Deus. Ele age por nosso intermédio, sem nós e apesar de nós. O pregador não administra resultados. Se dependesse de Jonas, nenhum ninivita se converteria, mas para seu desgosto, todos passam a crer em Deus e se arrependem de seus maus caminhos e da violência de suas mãos.
Jonas é o único pregador que fica irritado por causa da bondade de Deus e quer morrer, pois seus ouvintes se convertem ao Senhor.
O invencível propósito de Deus na vida do pregador Jonas e de seus ouvintes PORQUE OS RESULTADOS SÃO DE DEUS
CONCLUSÃO
Assim como vemos em Jonas devemos ver como Deus nos tem concedido oportunidades de fazermos correto, Deus tem efetivamente uma paciência incalculável, Ele continua a conceder segundas oportunidades, o propósito de Deus vai além do pregador e ninguém pode frustrar o Seu propósito. DEUS DÁ SEGUNDAS OPORTUNIDADES
Na vida de Jonas percebemos quem é a fonte da mensagem, que o importante é a mensagem. A embalagem não importa, o que importa é o conteúdo. A FONTE DA MENSAGEM É DEUS
Os resultados são do Senhor, apenas cuidamos da vinha, é Ele que faz com que a videira dê fruto
Primeiramente, a salvação é do Senhor e vem dele. Esse é o tema do livro de Jonas. Ele salva, transforma, muda e está disposto a receber pecadores arrependidos.
Em segundo lugar, afirmo que, sem arrependimento, não há vida eterna e perdão; sem arrependimento, ninguém entrará no reino dos céus. OS RESULTADOS SÃO DE DEUS