Magnificat - O Cantico de Maria

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Lucas 1.39–45 (ARA)
Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim. Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.
Lucas 1.46–56 (ARA)
Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos. Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais. Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa.
Lucas 1.39–56 ARA
Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim. Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor. Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos. Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais. Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa.

Introdução

O cântico de Maria é um material especial de Lucas e o primeiro de quatro cânticos no Evangelho. Está estruturado como os hinos de louvor do saltério, com uma introdução (1.46,47), uma estrutura (1.48–53) e uma conclusão (1.54–56).
O cântico de Maria está saturado das Escrituras. O coração da jovem virgem está transbordando da palavra de Deus. Warren Wiersbe diz que ela guardou a palavra de Deus no seu coração e a transformou em cântico. Rienecker afirma corretamente que o cântico de Maria está dividido em três estrofes: 1) Maria exalta a misericórdia de Deus (1.46–50); 2) Maria exalta a onipotência de Deus (1.51–53); 3) Maria exalta a fidelidade de Deus para com Israel (1.54,55).
Lucas 1.46-55 registra aquele que ficou conhecido como Magnificat, o louvor que Maria dirigiu ao Senhor por ocasião da sua visita a Isabel, sua prima, que também havia concebido de forma miraculosa, estando já no sexto mês de gravidez.
É interessante que a visitação (como é conhecido esse encontro) não se deu apenas entre Maria e Isabel. Ela também se deu entre os seus respectivos filhos. João, filho de Isabel, foi o maior profeta da antiga aliança – aquele que foi chamado para anunciar a vinda de Cristo. Jesus era o Cristo, o Senhor da nova aliança. Assim, quando Isabel e Maria se encontraram a antiga e a nova aliança se conectaram.
O cântico de Maria pode ser dividido em quatro estrofes: 1. vv. 46-48, onde Maria enaltece a Deus pelo que ele fez por ela, uma moça de nascimento humilde; 2. vv. 49-50, sua ação de graças alcança um clímax, a bondade de Deus é vista agora em relação não apenas a ela, mas “de geração em geração sobre os que o temem”; 3. vv. 51-53, a misericórdia é contrastada com a severidade de Deus sobre aqueles que não o temem; e 4. vv. 54-55, a conclusão.
SOBRE MARIA
Dicionário Bíblico Lexham Maria, mãe de Jesus

A virgem mãe de Jesus. As crenças sobre o significado teológico e histórico de Maria, bem como seu papel na encarnação, foram desenvolvidas ao longo da história. O Antigo Testamento e o Novo Testamento são fundamentais para as várias plataformas literárias e teológicas que surgiram para descrever a concepção virginal e o nascimento milagroso de Jesus. Os escritores pós-bíblicos usaram os evangelhos como as plataformas sobre as quais construíram suas próprias visões teológicas e históricas do papel de Maria na salvação

OS DOGMAS MARIANOS (ICAR)
Maternidade Divina (Maria é Mãe de Deus); Virgindade Perpétua (Maria é virgem antes, durante e depois do parto); Imaculada Conceição (Maria foi concebida sem a mancha do pecado original); A Assunção (Maria foi assunta ao céu de corpo e alma)
O intuito não é estabelecer um fundamento teologico sobre a pessoa de Maria. Portanto, o que basta para nós é a seguinte frase: “Maria, a ser humana agraciada por Deus para ser, mãe do Filho de Deus”
SOBRE AS PROFECIAS A RESPEITO DE JESUS: MARIA SABIA DA PROFECIA.

15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar

MARIA CREU EM DEUS PORQUE O OUVIU DO MENSAGEIRO QUE ELA FARIA PARTE DO CUMPRIMENTO DA PROFECIA. A FÉ DE MARIA.
Lucas 1.26–38 ARA
No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.
Lucas 1.45 ARA
Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.
Lucas 1.45 ARA
Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.

“Exalte e se alegre em Deus, o seu Salvador. Ele disse que faria”

Lucas 1.46–47 (ARA)
Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,
ALMA
A alma é o que faz com que você seja você” (Jonathan Edwards e a Vida Cristã: Viver para a Beleza de Deus)
A Alma é a consciencia humana
2) alma 2a) o lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma etc.) 2b) a alma (humana) na medida em que é constituída por Deus; pelo uso correto da ajuda oferecida por Deus, pode alcançar seu o seu mais alto fim e eterna e segura bem-aventurança. A alma considerada como um ser moral designado para vida eterna
ENGRANDECE
1) tornar grande, magnificar 1a) metáf. tornar distinto 2) julgar ou declarar grande 2a) estimar muito, exaltar, louvar, celebrar 3) obter glória e louvor
ESPÍRITO
Semelhante a ALMA
ALEGROU

1) exultar, regozijar-se extremamente, estar cheio de alegria, ter alegria excessiva.

MEU SALVADOR
Jonathan Edwards e a Vida Cristã: Viver para a Beleza de Deus (A Felicidade da Alma)
Não é o que acontece a nós, mas em nós que nos faz verdadeiramente felizes. Edwards compreendeu isso. Nossa tendência natural como crentes é receber o evangelho como o caminho para salvar nossa alma para a vida futura e, então, ir afunilando todos os nossos antigos desejos carnais na maneira como vivemos esta vida nesse ínterim. Para Edwards, isso se assemelha a pessoas doentes receberem do médico o remédio que as curará agora, mas elas os colocarem no armário para o futuro. A alegria da alma será perfeita no futuro, mas ela deve ser experimentada de modo imperfeito aqui e agora. O estado da alma – não o estado do corpo, nem da situação financeira, nem a reputação de alguém ou outra coisa assim – é o que determina a alegria.
ENTÃO: SE VOCÊ TEM UM SALVADOR, SE ALEGRE! A SUA ALMA JÁ FOI ENCHARCADA COM O SEU SANGUE!
Lucas 1.46–47 ARA
Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,

Destacamos aqui três pontos de o porque podemos confiar em Deus, o nosso Salvador e o porque devemos exalta-lo e nos alegrar nele.

Em primeiro lugar, Maria destaca como Deus se envolve na história humana

Lucas 1.48 ARA
porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,
Lucas 1.48 ARA
porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,
Lucas 1.51–53 ARA
Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Lucas 1.51–53 ARA
Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Maria destaca o poder de Deus para invadir a história e virar a mesa, invertendo os valores do mundo. Deus entra na história não pelos palácios dos governantes. Ele não pede que o poder judiciário lhe dê cobertura. Simplesmente entra na história e faz as mais profundas inversões que se podem imaginar, deixando todo mundo com gosto de surpresa e espanto na boca. Ele traz uma verdadeira revolução política, econômica, social, moral e espiritual.
Nas palavras de J. C. Ryle, Maria lembrou-se de como Deus derrubou a Faraó, aos cananeus, aos filisteus, a Senaqueribe, a Hamã e a Belsazar. Lembrou-se de como ele exaltou José, Moisés, Davi, Ester e Daniel e como nunca permitiu que o seu povo escolhido fosse totalmente destruído.
Ele encontrou corações humildes e fez por graça!
Humildade tem a ver com entrega de direitos; é assumir uma posição de submissão.
Filipenses 2.7 ARA
antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
Cânticos da Natividade: Sermões Sermão II: A Serva do Senhor

Com ela reconhecemos que nada somos, que somos reputados como nada e totalmente confiantes na bondade de Deus. É assim que podemos ser alunos de Maria, provando por nossa aptidão que estamos sempre atentos ao seu ensino.

Ela reconhece sua necessidade de salvação e chama Deus de meu Salvador (1.46,47). Reconhece que o sentido da vida é exaltar e glorificar a Deus e alegrar-se nele (1.46). Reconhece que agora todas as gerações a considerarão bem-aventurada porque o Poderoso fez grandes coisas em sua vida (1.48,49). Antes, ela era apenas uma jovem desconhecida; agora, seu nome seria uma referência para o mundo inteiro, e não por seus méritos, mas por causa dos grandes feitos de Deus.
APLICAÇÃO: Deus se envolve de maneira gradiosa para os que têm corações humildes;

Em segundo lugar, Maria destaca que Deus é Poderoso e faz grandes coisas

Lucas 1.49 ARA
porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.
Lucas 1.49 ARA
porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.
Maria destaca a soberana intervenção de Deus na história. Para Maria, Deus é poderoso e santo (1.49), misericordioso (1.50), justo e fiel (1.51–55).
O fato de este Deus poderoso escolher uma pobre jovem, desposada com um carpinteiro desconhecido da pequena e mal falada Nazaré, é uma prova de que Deus é livre e soberano para agir, e ele age por meios estranhos e não convencionais. Ele não vem num palácio. Não envia seu anjo aos nobres de Jerusalém nem à classe sacerdotal, mas a uma jovem em Nazaré.
Ele faz o que quer da maneira que quiser. Ele é soberano!
A palavra que Maria usa para “poderoso” é déspota, aquele que não se relaciona de forma dependente com nada e com ninguém. Deus não precisa fazer acordo com ninguém. Ele é livre e soberano para agir como quer, onde quer, com quem quer.
APLICAÇÃO: Descanse em quem Deus é!

Em terceiro lugar, Maria destaca que Deus é misericordioso e, por isso, fiel

Lucas 1.50 ARA
A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
Lucas 1.54–55 ARA
Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais.
Lucas 1.50 ARA
A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
Cânticos da Natividade: Sermões Sermão III: Poder de Deus, Misericórdia de Deus

Como já ressaltei, a palavra “misericórdia” destrona todas as reivindicações humanas da capacidade de fazer Deus seu devedor

A misericordia de Deus por nós tem a ver com a aliança que Ele mesmo faz conosco. De maneira especial, a conclusão do cântico apresenta um pensamento negligenciado quase que por completo nesta época do ano, a saber, que a manifestação da misericórdia de Deus é o cumprimento da promessa pactual de Deus feita aos pais, promessa essa de valor supremo, ainda hoje, aos crentes e sua descendência.
Tudo o que Deus fez no Antigo Testamento, em proteção e auxílio ao seu povo, foi para garantir que o Messias, o Redentor viria ao mundo.
Chama a atenção o fato de que desde o versículo 51 Maria discorre sobre como a sua gravidez era o cumprimento das promessas pactuais de Deus. Certamente ela estava pensando na história da redenção, em como Deus, ao longo da história havia conduzido o seu povo.
Lucas 1.54–55 ARA
Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais.
No livro dos Salmos encontramos, por exemplo, vários salmos que recontam essa história. Por exemplo, o Salmo 136 diz: “àquele que feriu o Egito nos seus primogênitos […] e tirou a Israel do meio deles […] com mão poderosa e braço estendido […] àquele que separou em duas partes o mar Vermelho […] e por entre elas fez passar a Israel […] mas precipitou no mar Vermelho a Faraó e ao seu exército” (vv. 10-15).
Da mesma forma, Maria está lembrando a maneira como o Senhor Deus agiu ao longo da história, a fim de que aquele momento, o momento em que virgem concebera, finalmente chegasse.
Podemos pensar em como ele suscitou outro descendente a Eva, após Caim ter matado Abel (Gênesis 4.25). Podemos pensar em como o Senhor fez com que por meio do pecado de Judá e Tamar a descendência da mulher fosse preservada (Gênesis 38). Lembre de como Deus fez com que o pequeno exército de Gideão, um exército de apenas trezentos homens, vencesse os seus inimigos (Juízes 6). Pense em como Deus, de forma espantosa, destruiu exércitos e concedeu a vitória a Israel. Por que Deus fez todas essas coisas? Para garantir que o Redentor, o Mediador do pacto da graça, nasceria na plenitude do tempo!
O Pr. Daniel Doriani afirma algo muito interessante: “Deus mostrou o poder do seu braço ao afogar o exército de Faraó no mar. Ele dispersou os soberbos filisteus ao abater Golias. Ele derribou do seu trono o poderoso Nabucodonosor e retirou Belsazar do seu banquete. Deus fez todas estas coisas para salvar o seu povo. Deus humilhou o soberbo para mostrar misericórdia a Israel, como ele havia prometido a Abraão em sua aliança eterna” (The Incarnation in the Gospels. P&R Publishing, p. 78-79).
De acordo com o versículo 55, tudo isso foi feito pelo Senhor para que a descendência de Abraão recebesse misericórdia e favor “para todo o sempre”.
O que isso nos ensina? Que Maria também tinha os seus olhos naquilo que o Senhor Deus faria através do Redentor, o Senhor Jesus Cristo. Jesus veio ao mundo para estabelecer o seu governo com justiça e o seu reino com poder. Isso também significa que cada nação orgulhosa seria derribada e cada coração orgulhoso seria humilhado. Jesus veio ao mundo para receber toda a honra e toda a glória.
O Natal ocorreu na plenitude do tempo para o Filho bendito de Deus sujeitar todas as coisas aos seus pés e subjugar todo aquele que se opõe à sua vontade. Para ser específico, por que Jesus nasceu? Nós respondemos prontamente: Para trazer salvação! Sim, é verdade! Aleluia! Mas lembremos do cântico de Simeão: “Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição […], para que se manifestem os pensamentos de muitos corações” (2.34-35). Eu pergunto novamente: Por que Jesus nasceu? Para trazer salvação ao seu povo, mas também para humilhar aqueles com pensamentos soberbos (v. 51), para abater os orgulhosos quanto à sua posição social (v. 52), e para destronar os orgulhosos por suas riquezas (v. 53).
Maria entendeu que o Natal, a vinda de Cristo, a encarnação do bendito Verbo, iria transtornar o mundo, iria virar o mundo de cabeça para baixo. Ele seria o exato oposto daquilo que era aguardado pelo mundo. E é aqui, meus irmãos, que nós podemos observar o quanto o Natal em nossa sociedade é deturpado e corrompido. E isso nos diz que a igreja não tem pregado a mensagem do Natal com fidelidade.
O Natal é uma mensagem de salvação para aqueles abatidos e contritos de espírito. Mas o Natal também precisa ser uma mensagem de juízo para os soberbos, para aqueles que confiam em si mesmos, na força do seu próprio braço, que não se importam com Deus. Cristo veio para abatê-los com o seu poderoso braço. O Natal é a mensagem da subversão dos tradicionais valores de grandeza da sociedade sem Deus.
Cristo, o Filho de Deus que encarnou e nasceu na plenitude do tempo, é terror para os soberbos! Cristo é terror para os altivos! Cristo é terror para aqueles que o ignoram ao longo de suas vidas, mas agora, nesta época do ano, bebem, comem regaladamente e festejam sem que seus corações estejam rendidos a ele. Que alegria podem ter no Natal os que serão arruinados e destruídos por aquele que nasceu num estábulo, em Belém da Judéia? Eles podem ter toda a alegria possível, desde que se humilhem debaixo da poderosa mão do Senhor.
E longe de nos horrorizarmos com isso, nossa atitude deve ser a mesma de Maria. Nossa alma, nosso coração, todo o nosso ser deve magnificar ao Senhor. Nosso espírito deve se alegrar em Deus, nosso Salvador, pela vinda de seu Filho amado

Conclusão

Cânticos da Natividade: Sermões Sermão II: A Serva do Senhor

O exemplo de Maria nos mostra aquela alegria que nos capacita a oferecer a Deus sacrifícios de louvor

O QUE EU ESPERO DE QUEM ME OUVE?
O que SABER ou ACREDITAR
O que SENTIR ou EXPERIMENTAR
O que FAZER ou RESPONDER
O QUE SABER, SENTIR OU FAZER?
Obedeça mesmo que não vejas;
Se mova sob uma Palavra;
Tenha uma convicção: Se Ele tem uma aliança contigo, a Sua misericórdia é para sempre;
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