Verdades que Aprendemos com Nossas Falhas (Mc 9.14-29)
Exaltando Jesus em Marcos • Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 101 viewsFalharemos, mas Deus usa essas falhas para aprofundar nossa dependência Dele, nossa fé em Cristo e nossa disciplina na oração.
Notes
Transcript
Lembrando: Marcos em 3 Atos:
Jesus e Seu poder em atos e palavras (até 8.21);
Jesus a caminho de Jerusalém a caminho do novo êxodo (8.22-10.52);
Jesus em Jerusalém: Paixão, morte e ressurreição (11.1 até o final).
O novo êxodo: transfiguração + a descida do monte.
TRANSFIGURAÇÃO - CURA DO MENINO
No topo da montanha No vale
O reino de Deus em exposição O reino de Satanás em exposição
Um Filho é glorificado de forma radiante Um filho é terrivelmente demonizado
O Pai é honrado em Seu Filho Um pai fica horrorizado com seu filho
Os discípulos estão confusos e não entendem nada Os discípulos são derrotados e não têm poder
Uma lição sobre o futuro Uma lição sobre fé
Uma demonstração de poder divino Uma diretriz para a oração humana
Fracasso espetacular: Copa do Mundo de 98.
O fracasso nunca é divertido ou agradável. Pode nos deixar amargos ou nos tornar melhores.
Por duas vezes, Jesus já tinha comissionado os discípulos para expulsar demônios (Mc 6.7), e eles foram bem-sucedidos (Mc 6.13). Levando em conta o sucesso anterior, esse fracasso foi uma surpresa nada bem-vinda aos discípulos. Por a comissão anterior foi apenas temporária? O que deu errado? Será que o foi por que fizeram por si mesmos (se bem que em 6.13 tb foi na ausência de Jesus)?
Marcos dá grande importância a essa história, pois é o que conta com mais detalhes.
Os discípulos ainda tinham muito a aprender (nos caps. 9 e 10 Jesus focaliza em instruí-los). Um pai com um filho sofredor, por outro lado, está prestes a mergulhar nas profundezas dessa maravilhosa verdade.
1. Jesus se aproxima dos outros discípulos (vv. 14-15).
1. Jesus se aproxima dos outros discípulos (vv. 14-15).
Pedro queria ficar no topo da montanha (9:5), mas Jesus estava indo para Jerusalém e para a cruz (cf. 8:31-32). Deus não quer que fiquemos no monte. Como Seus representantes, Ele deseja que estejamos “aqui embaixo”, pregando e servindo as pessoas.
vv. 14-15
Os escribas e a multidão não são citados mais, exceto no v. 26b. Ambos são citados para dar peso ao drama da falha dos discípulos.
A discussão aconteceu entre os escribas e os discípulos (grego). A falha dos discípulos deu a eles base para o ceticismo. Sobre esse texto, William Lane: “o mensageiro de um homem é como o próprio homem”.
Nossos adversários podem até encontrar reais falhas e fracassos em nós. Mas nunca os encontrarão em Jesus Cristo.
A multidão parecia bem disposta, pois saudava a Jesus. Talvez esperando que Jesus fosse socorrer a família aflita. Chama a atenção que a multidão, antes de ver qualquer coisa, “ficou surpresa” com a presença de Jesus.
2. Jesus dá atenção ao caso (vv. 16-22).
2. Jesus dá atenção ao caso (vv. 16-22).
vv. 16-18
Jesus pergunta aos escribas o que estavam discutindo com os discípulos. Alguém da multidão responde: é o pai do menino endemoninhado.
“eu trouxe até o senhor o meu filho” - sua intenção era ser atendido por Jesus, e não pelo time reserva. Entretanto, no v. 18b ele afirma que esperava a libertação do seu filho por parte dos discípulos. “Mas eles não puderam”, disse o pai a Jesus - ele ficou frustrado. A expressão “não puderam” no grego significa que “eles perderam na disputa de poder”, “não tiveram força o bastante”.
Lembrando que o menino não era epilético. Não era uma condição de saúde, mas de prisão espiritual. O próprio pai reconhece ser caso de possessão (v. 17).
Surpreendente é o fato de que o pai chamou o demônio de “espírito mudo”. Jesus confirma isso no v. 25.
v. 19
Jesus exclama. Palavras duras. Quem é essa geração incrédula?
Os discípulos, que não conseguiram expulsar o demônio
Os escribas incrédulos
O pai
A multidão
A incredulidade é sintoma da condição humana mais abrangente. Jesus estava aborrecido com ela.
Qual foi o remédio a esse problema? Mais uma demonstração de Sua autoridade. Jesus chama o rapaz.
v. 20
Observe a reação do demônio ao estar diante de Jesus: agitou o menino, o jogou por terra, espumou o canto de sua boca. Uma reação convulsiva? Como era um espírito mudo, ele não falaria.
vv. 21-22
Jesus se interessa pelo tempo da condição do menino (e Marcos). Serve para destacar a grandiosidade da libertação.
No final do v. 22, o pai expressa certo receio com Jesus: “se o senhor pode fazer alguma coisa”. Justificável diante do fracasso dos discípulos.
3. Jesus liberta o menino (vv. 23-27).
3. Jesus liberta o menino (vv. 23-27).
vv. 23-24
Aqui vemos a importância da fé para receber o poder de Deus. A falha dos discípulos já foi descrita por Jesus como “incredulidade” (v. 19), e a resposta direta a esse problema no v. 29 destaca a oração. Fé e oração estão interligados: a efetividade da oração depende da fé de quem ora.
Jesus dá uma resposta bem direta ao pai. Foi um tipo de repreensão irônica: “‘se o senhor pode’ mesmo! Como ele pode duvidar isso?”
“tudo é possível ao que crê”. A cura foi concedida em resposta à fé do pai. Essa “carta branca” enfatiza que Deus, em quem a fé é colocada, tem poderes ilimitados. Daniel Akin: “A capacidade divina nunca foi o problema; a incredulidade humana o é.”
No v. 24, o pai do menino responde imediatamente. Mas sua resposta foi contraditória. Ele tinha fé ou não? Ele tem fé, mas pede ajuda na falta dela.
Provas de que tem fé? Sua pequena fé lhe tornou sincero (reconhecedor de sua incapacidade) e dependente de Deus. Seu pedido torna-se como um exemplo à geração incrédula, incluindo os discípulos. Quantas vezes nossas sinceras orações são assim! Fé e incredulidade misturadas. Provavelmente Marcos queria nos encorajar ao mostrar que mesmo essa condição daquele pai não o impediu de receber a libertação do seu filho. Além disso, o pai foi exemplo de como lidar com a incredulidade: não deixá-la dominar nosso coração, mas clamar a Jesus por auxílio. Sua fé, mesmo frágil, era tudo que ele precisava. Agora esse pai não mais aparece na história, pois o foco recai sobre o poder libertador de Jesus e Seu ensino aos Doze.
v. 25
Uma multidão maior estava se formando. Jesus simplesmente dá uma ordem clara ao demônio. “Eu ordeno a você”. Agora era o Senhor dando a ordem, e não os discípulos.
vv. 26-27
A saída do demônio, causando fortes movimentos, deixaram o menino inerte, que teve uma experiência traumática com a expulsão do demônio; mas Jesus, pegando-o pela mão, o restaura à plena saúde.
4. Jesus ensina os discípulos (vv. 28-29).
4. Jesus ensina os discípulos (vv. 28-29).
vv. 28-29
Eles entraram em casa. O questionamento aconteceu sem a multidão, num ambiente reservado e íntimo. Os discípulos não tinham realmente compreendido o motivo de sua falha após o sucesso inicial em 6.13.
No v. 29, Jesus instrui os discípulos:
Há diferença entre demônios - anjos rebeldes (anjos, arcanjos, querubins, serafins?);
Não houve oração.
Sobre a falta de oração, os discípulos estavam confiantes de que conseguiriam por si mesmos expulsar o demônio? Eles não podem ser removidos pela força humana. A situação certamente não permitia que eles se retirassem para orar antes, mas quando Jesus fala “só pode ser expulso por meio de oração”, ele não se refere à quantidade ou qualidade da oração, indicando que faltou dependência Dele por parte dos discípulos.
Nossa autoridade para expulsar demônios é sempre derivada - e, por isso, a oração é sempre uma atitude apropriada quando nos deparamos com um espírito maligno.
O problema dos discípulos, portanto, foi uma falta de dependência exclusiva do poder de Jesus que estava presente no exorcismo bem sucedido anterior. Eles se acharam capazes de resolver o caso, e precisavam aprender que não há poder espiritual automático. A humilhação pública deles foi necessária para sua reeducação nos princípios do Reino de Deus.
Considerações finais
Considerações finais
Aplicações:
Nossas maiores falhas podem nos dar os maiores aprendizados. Elas podem nos machucar, mas essas feridas podem nos levar a Jesus, aumentando nossa fé.
A oração (dependência de Jesus) é uma arma de guerra indispensável no campo de batalha.
A fé, por pequena que seja, provoca em nós atitudes corretas: nos leva a Jesus com sinceridade e dependência. Por isso, podemos clamar: “Ajude-nos, Senhor, em nossa falta de fé!”
Refletir e discutir
Refletir e discutir
1. Como o fato de recorrer a Jesus com perguntas e dúvidas demonstra pelo menos uma pequena fé em vez de nenhuma fé? Como seria a ausência de fé?
2. Nossa vida diária deve ser dividida em coisas que podemos fazer por conta própria e coisas que precisamos da ajuda de Jesus para fazer? Explique.
3. O que os discípulos fizeram depois de seu fracasso? Como o fracasso pode se tornar proveitoso?
4. Como a autossuficiência expressa orgulho, enquanto a oração e a humildade expressam "fé, confiança e dependência"?