#67 PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - A PRISÃO (João 18,1-11)

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João 18.6 (AVM)
Quando lhes disse “Sou eu”, recuaram e caíram por terra.

O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.

Anúncio do Evangelho Segundo São João 18.1-11

GLÓRIA A VÓS SENHOR!

PALAVRA DA SALVAÇÃO. GLÓRIA A VÓS SENHOR.

Meu querido irmão e minha querida irmã, amados!

São João inicia a narrativa da Paixão de Cristo

no capítulo 18 de seu Evangelho pela prisão de Jesus,

ele omite alguns fatos que estão descritos nos sinóticos

como a agonia de Jesus, o beijo de Judas e

a fuga dos discípulos.

Interessa para o Espírito Santo demonstrar através

da narrativa de São João a sublime realeza e

o Senhorio de Jesus.

Assim nos é revelada a divindade de Jesus ao

relatar que Nosso Senhor declara “Eu sou” por três vezes,

nos versículos 5, 6 e 8, uma vez para cada pessoa da

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.

Nos é revelada a oniciência de Jesus ao afirmar que:

João 18.4 AVM
Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: “A quem buscais?”.

Nos é revelada a sua onipotência ao dizer que:

João 18.6 AVM
Quando lhes disse “Sou eu”, recuaram e caíram por terra.

Revelando que Jesus estava no controle da situação e

que entregou a sua vida serenamente e livremente

nas mãos de seus algozes para realizar a

vontade do Pai para a salvação da humanidade.

Narra São João que:

João 18.1 (AVM)
Jesus saiu com os seus discípulos para além da torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os seus discípulos.

Cédrom é um vale que separa a cidade murada

de Jerusalém, do Monte das oliveiras, o Getsémani.

Etimológicamente “Cédrom” significa turvo, escuro;

portanto, é um vale escuro;

Getsémani significa “prensa de azeite”;

toda essa simbologia nos remete ao Salmo 22,

Salmo de Davi que diz:

Salmo 22.1–5 AVM
Salmo de Davi. O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça.

O azeite era usado para ungir os reis,

assim como ocorreu com o Rei Davi, portanto,

nos é revelado que Jesus é o Rei dos reis, o Ungido,

o Cristo, o Emanuel, o Messias esperado pelo povo Judeu.

Da descendência de Davi, Ele é aquele que foi profetisado por Isaías:

Isaías 7.14 AVM
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’.

E anunciado pelo Arcanjo Grabriel à Santíssima Virgem Maria:

Lucas 1.32–33 AVM
Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim”.

Disse Jesus:

João 18.11 (AVM)
Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?”.

O cálice de Jesus transborda de amor por nós,

por isso, Ele caminha serena e voluntariamente em direção ao

“vale escuro” da sua Paixão, mas sua mesa está à vista de seus inimigos,

ou seja, é Ele quem está no controle da situação e

será conduzido pelo Pai às “águas refrescantes” de sua ressurreição.

Também nos é revelada a onipresença de Jesus

ao situar a cena num jardim que nos remete ao

jardim da criação onde também estava Jesus,

o Verbo Criador de Deus que se fez carne e habitou entre nós.

Naquele jardim, o jardim do Edém, o homem velho é soberbo,

quer ser como Deus, desobedece ao Criador e

nos traz a morte eterna.

Neste jardim, o jardim das oliveiras, o homem novo é humilde,

pois, é Deus que se fez homem, e obediente ao Pai até à

morte de Cruz, nos trazendo a Vida Eterna.

Naquele jardim havia uma serpente, o inimigo de Deus,

Satanás, que também está presente aqui na pessoa dos

inimigos de Jesus, mas, principalmente na pessoa dos dois

apóstolos citados, Judas e Pedro, os dois que são

chamados de Satanás nos Evangelhos:

Sobre Judas Iscariotes disse Jesus:

João 6.70 (AVM)
“Não vos escolhi eu todos os doze? Contudo, um de vós é um demônio!…”.

E na narrativa da última ceia, São João diz que Judas ao comer o pão:

João 13.27 AVM
Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: “O que queres fazer, faze-o depressa”.

Sobre Pedro disse Jesus:

Mateus 16.23 (AVM)
“Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!”.

Nesta cena, novamente Pedro pensando como os homens

tenta evitar a prisão de Jesus:

João 18.10 AVM
Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco.

Esses dois apóstolos escolhidos por Jesus,

nos ensinam duas lições importantíssimas para nossa salvação.

Ao pensarem como os homens, fugiram da Cruz e trairam Seu Senhor,

eles queriam chegar à glória do Senhor sem passarem pelo “vale escuro” da Paixão.

E essa é a primeira lição para todos nós cristãos católicos:

não é possível chegar a ressurreição sem passar pela cruz.

A segunda lição diz respeito à misericórdia de Jesus,

esses dois apóstolos chamados pelo Mestre de Satanás

tiveram destinos muito diferentes,

Judas se desesperou da misericórida de Seu Senhor e

se matou, Pedro confiou na misericórdia de Seu Senhor e

se tornou o primeiro Papa da Igreja.

Isso nos ensina que não importa o tamanho do nosso pecado,

a misericórdia de Jesus é infinitamente maior e

Deus está sempre disposto a perdoar um coração contrito e

humilde que se arrepende e se humilha diante de Jesus.

E o lugar apropriado que foi deixado por Ele

para termos acesso à Sua Infinita Misericórdia é o

Sacramento da Penitência e da Reconciliação.

SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,

PARA SEMPRE SEJA LOUVADO! AMÉM.

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