A imaturidade e suas consequências na vida de uma igreja
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Introdução: A imaturidade exposta
Introdução: A imaturidade exposta
Paulo sabia de onde vinha preferência dos coríntios por ele, de onde havia surgido essa intriga entre eles, toda aquela divisão infantil e que em nada era edificante ao corpo, pelo contrário, já se mostrava danoso em muitos sentidos e de várias maneiras já evidenciadas na vida daqueles irmãos era originada de um só problema: a Imaturidade. Paulo sabedor do problema fundamental da igreja, o expõe, de modo que apresenta a sua consequência mais evidente: a carnalidade.
E por eles se apresentarem como “crianças em Cristo”, “carnais”, cheios de “ciúmes” e “contendas”, O apóstolo deixa claro o registro de que ele não havia falado de forma elaborada como os filósofos gregos, mas havia falado de forma simples. Não falou das doutrinas de forma profunda, mas de forma básica. Paulo deu leite e não carne, não deu a eles alimento sólido como para adultos maduros, mas leite, como para crianças recém-nascidas. E o fez justamente pela sua imaturidade espiritual e carnalidade.
1) As consequências da imaturidade
1) As consequências da imaturidade
“Como a espirituais” (v.1) – Algo que os crentes de Corintos não eram, espirituais. Não eram pessoas que estavam cheias, ou alguns, nem mesmo eram governados pelo Espírito de Deus, mas faziam suas próprias vontades, segundo a sua própria carne.
“crianças em Cristo” (v.1) – a carnalidade está associada à imaturidade. É interessante notar que uma característica das crianças pequenas é que elas sempre querem fazer a sua própria vontade. É comum vê-las chorando, com birras e esperneando quando se deparam com um “não” dos pais. Como crianças, os coríntios não só agiam segundo suas vontades, mas não deram ouvidos aos ensinos dos apóstolos. Ou até deram certa atenção, pois se converteram, mas não se atentaram para se aprofundarem nas verdades espirituais, foram preguiçosos espirituais, e não cresciam, não amadureciam. Isso era compreensível quando eram novos convertidos, mas agora, com certo tempo e experiência, eles deveriam estar muito à frente da sua condição inicial na fé.
O que é crente carnal para Paulo? É o mesmo que não pode receber o “alimento sólido” do evangelho, não é maduro suficiente para viver uma vida cristã avançada em conhecimento e intimidade com Deus. Por que os coríntios eram carnais? Porque eles tiveram tempo suficiente para estarem maduros na fé, para crescerem em conhecimento e na sabedoria que vem de Deus, mas, ao contrário disso, se encontravam na mesma condição de quando eram novos na fé. A palavra no grego para “carnais” é Sarkikos, e quer dizer aquele que tem a natureza da carne, sob o controle dos apetites animais, governado pela natureza humana, não pelo Espírito de Deus.
O que Paulo fez quando esteve entre eles: “dei leite para beber” (v.2) – Ao ouvirem o evangelho pela primeira vez, Deus abriu-lhes o coração, converteu os coríntios, nessa ocasião, como novos convertidos, novos na fé, não podiam suportar o alimento sólido. Por esse motivo Paulo deu a eles leite (do grego: gala, uma metáfora para as verdades cristãs mais simples, os fundamentos doutrinários básicos do cristianismo, nada além disso). E ao que parece eles não desejavam o leite, como para seu próprio crescimento, como uma criança recém-nascida. Uma criança deseja leite, chora e implora por ele, e a medida que cresce, passa a desejar a comida que os pais comem, e se inicia a introdução alimentar aos poucos. Mas o fato é que a criança só se alimenta porque sente desejo, vontade, fome.
Os coríntios aparentemente não tinham sede, ou o desejo de leite, isto é, de aprender mais e mais as verdades fundamentais do evangelho. O desejo pelo leite é algo que Pedro cita em 1Pe 2:2, expressa desejo da palavra de Deus, fome de aprender e crescer, e em decorrência disso, vem o desenvolvimento e a maturidade, como uma criança que foi bem alimentada, deve crescer normalmente, fortalecida e com plena saúde.
“não pude alimentá-los com comida sólida, porque vocês ainda não podiam suportar” (v.2) – A medida que a igreja iniciava e se formava Paulo os ensinava. Como era um trabalho inicial, o apóstolo, que ficou entre eles por cerca de um ano e meio, pregou doutrinas básicas da fé, o leite espiritual. Porém, esperava que à medida que o tempo passasse, que eles avançassem na fé, a maturidade iria chegar e eles passariam a desejar carne, não mais o leite. O que é a carne? “As características mais profundas das doutrinas da Escritura. A diferença não está no tipo da verdade, mas no grau de profundidade. A imaturidade espiritual torna uma pessoa incapaz de receber as verdades mais ricas.”
Anos se passaram e não amadureceram: “Nem ainda agora podeis” (v.2) – Apesar de anos de crentes, os coríntios permaneciam na condição de imaturos. Com características de neófitos, eram carnais. Como os novos convertidos, muitas vezes levam tempo para se aprender doutrinas mais complexas e se amoldar à palavra de Deus, deixando de lado a vida pregressa, o velho homem, dando lugar ao novo homem, assim também eram os coríntios, como novos convertidos.
Chegamos às seguintes conclusões: eles eram imaturos, portanto carnais, e demonstravam ser. Como demonstravam? Qual era a evidência disso? (V.3)
Ciúmes (Inveja)
Contendas (brigas) – uma referência a situação descrita no capítulo 1:12.
Partidarismo (Andavam segundo homens): “Eu sou de Paulo, de Apolo” (v.3,4) – A maior prova de que agiam como crianças na fé de Cristo era essa! O partidarismo é uma das evidências da imaturidade cristã. Pessoas que agem dessa maneira estão, na verdade, agindo como crianças. Cristãos que assim vivem são imaturos, carnais, não estão prontos para receberem alimento sólido, e em muitos casos nem mesmo se interessam pelo genuíno leite espiritual. O perigo disso é que, uma criança que não se alimenta não cresce, antes definha, adoece.
A imaturidade combatida: O confronto aos contenciosos (3:5 – 23)
A imaturidade combatida: O confronto aos contenciosos (3:5 – 23)