JESUS, O PRESENTE DE NATAL! Hebreus 1.1-4
Jesus é o extraordinário presente dado por Deus a nós.
O pronunciamento de Deus, sua palavra está no início de toda a história. Por meio de sua palavra de onipotência Deus chamou o cosmos à existência (Gn 1:1,2; Hb 11:3). No meio da história da humanidade a palavra de Deus em Jesus Cristo tornou-se pessoa (Jo 1:1–3,14; Ap 19:13). No final da história, a palavra criadora de Deus fará surgir um novo céu e uma nova terra (Ap 21:1). “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5). A revelação de Deus determina o curso da história de eternidade a eternidade.
O AT conhece uma ampla diversidade de formas de revelação: muitas vezes e de muitas maneiras Deus falou outrora. Assim como existem diferenças nos conteúdos da revelação enquanto promessa e anúncio, ordem, lei e instrução, assim também existe uma diversidade nas modalidades de revelação. Deus fala ao ser humano por meio de sonhos (Gn 20:3; 28:10ss; Dn 7:1) e por aparições de anjos (Gn 19:1ss), por visões (Sl 89:20; Is 6:1ss; Jr 1:11; 24:1; Ez 1:1; Am 7:1,4,7; Os 12:11) e audições (Gn 22:11; 1 Sm 3:4,10), por meio de um animal (Nm 22:28ss; 2 Pe 2:16) e por misteriosos sinais escritos (Dn 5:5). Em Jó 33:14–22 registra-se o conhecimento de que Deus é capaz de falar ao ser humano por sonhos e enfermidades.
Em Jesus Cristo a revelação de Deus tornou-se perfeita. Nele Deus vem pessoalmente a nós. Em Cristo reside a plenitude de Deus. “Deus estava em Cristo” (2 Co 5:19). Não é possível que Deus chegue mais perto de nós seres humanos do que chegou na pessoa de Jesus. “Essa é a forma mais sublime e perfeita de como Deus pode falar conosco”. A vinda do Filho de Deus ao nosso mundo, sua vida, seu falar e agir, seu sofrimento e morte constituem o presente incomparável de Deus à humanidade pecadora, que vive na rebelião contra Deus. Jesus Cristo é o “dom inefável” (2 Co 9:15). Ele, porém, não é apenas a revelação perfeita, mas ao mesmo tempo a última revelação de Deus.
A revelação de Deus em Jesus Cristo é de caráter superior porque é completa. É superior no tempo porque nenhuma revelação virá depois dela. É superior em seu destino porque foi feita a nós. É superior em seu agente porque, diferente do Antigo Testamento, que veio por meio de fracos profetas humanos, veio por meio do próprio Filho de Deus.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, que traz a última palavra de revelação de Deus, é o herdeiro, a ele pertence toda a glória do Pai. Por isso ele podia dizer a seus discípulos: “Tudo me foi entregue por meu Pai” (Mt 11:27). A palavra profética de Davi: “eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Sl 2:8) cumpriu-se na pessoa de Jesus.
Antes de todos os tempos, quando Jesus Cristo se encontrava na glória de Deus o Pai (cf. Mq 5:2), ele não estava inativo: sua incumbência era a criação do mundo (cf. Jo 1:1–5:14). Se queremos visualizar diante de nós de modo apropriado a imensurável magnitude de nosso Senhor e Salvador, temos que nos conscientizar de que Jesus Cristo é Criador do mundo, Redentor do mundo e Consumador do mundo numa só pessoa. Ele, por meio de cuja palavra onipotente o mundo passou a existir, esteve deitado no presépio como pequena criança, morreu em nosso favor na cruz e retornará com glória, a fim de consumar o plano de salvação de Deus.
GLÓRIA 1) Honra ou louvor dado a coisas (Isaías 13:19; Apocalipse 18:7), a pessoas (Lucas 2:32) ou a Deus (Lucas 2:14). 2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Salmos 19:1; Ezequiel 1:28; Mateus 16:27) e de Jesus (Lucas 9:32). 3) O novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (Colossenses 3:4).
χαρακτηρ charakter
do mesmo que 5482; TDNT - 9:418,1308; n m
1) instrumento usado para esculpir ou gravar
2) marca estampada sobre aquele instrumento ou trabalhado sobre ele
2a) marca ou figura cauterizada (Lv 13:28) ou selada sobre, impressão
2b) expressão exata (imagem) de alguém ou algo, semelhança marcada, reprodução precisa em todos os aspectos, i.e, fac-símile
Em Colossenses 1, Paulo descreveu o Filho de Deus como a imagem do Deus invisível, o Criador e sustentador da criação, e o cabeça da Igreja, para que em tudo tenha supremacia. Por duas vezes, ele enfatizou que "em Cristo toda a plenitude da divindade vive em forma corporal" (2:9; compare 1:19).
João enfatizou a encarnação do Verbo como o Filho do Pai. Seu prólogo passou de "o Verbo se fez carne ... a glória do único, que veio do Pai" (1:14) para "ninguém nunca viu Deus, mas Deus, o único ... o fez conhecido" (1:18). Em sua humanidade, o Filho ficou cansado, com sede e com o coração partido (4:4; 11:38). Como Deus, compartilhou autoridade e honra com o Pai (5:21–26). Ele veio "em nome de seu Pai" e se ofereceu como "o verdadeiro maná" do Pai (5:42; 6:32–33). Ele é o "eu sou" de Yahweh, uma alegação que levou a uma tentativa de assassinato por blasfêmia (8:58; 10:34–38). Esses relacionamentos trinitários refletem a unicidade da divindade: “Eu e o Pai somos um” (10:30; 14:8–11). Ele orou pela glória do Pai nos crentes, enquanto se preparava para a crucificação (12:23–28). Sua glorificação significou que outro como ele viria em seu nome para guiar seu povo, que deveria ser “um como nós [o Pai e Jesus] somos um” (14; 17:11). E, depois da sua ressurreição, ele comissionou seus seguidores: "Como o Pai me enviou, eu os envio" (20:21). Assim, João apresenta o Filho de Deus, validado por sinais, como o único mediador entre o Pai e o seu povo.
Como este conhecimento é consolador para a comunidade que crê: nosso mundo não está rendido ao arbítrio de pessoas maldosas e ambiciosas nem à influência destrutiva de poderes demoníacos, que executam sua estratégia por trás de todos os acontecimentos históricos visíveis. Cristo é o Senhor, ele segura todas as rédeas do acontecimento mundial em suas mãos misericordiosas, que foram perfuradas em nosso favor, e ele terá a última palavra no final da história. Nesse Senhor e Rei poderoso podemos confiar plenamente em todas as situações difíceis da vida.
Em virtude da palavra do anjo a Maria e José, o Senhor recebeu já no oitavo dia de vida, por ocasião da circuncisão, o nome de “Jesus”. Depois de sua morte e ressurreição, o maravilhoso poder desse nome tornou-se manifesto por meio dos apóstolos. O novo nome, porém, que Jesus Cristo recebeu com sua exaltação, é o nome “Senhor” (em grego: kýrios), que no AT cabe exclusivamente ao Deus vivo64. Dessa maneira lhe são atribuídos o poder e a glória insuperáveis de Deus.