Jesus veio para nos salvar
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Introdução
Introdução
Quando vai chegando o fim do ano, vivemos uma rotina que parece que não muda: ensaios nas igrejas, festas de fim-de-ano, amigo-oculto, shoppings lotados, ceia, árvore de natal, presentes...
O que é o Natal para você?
Qual o sentido que o Natal tem para você?
O primeiro Natal aconteceu há mais de 2000 anos atrás e ninguém sabia que estava acontecendo. Ou, quase ninguém.
Texto
Texto
Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo,
segundo a tua palavra;
porque os meus olhos já viram a tua salvação,
a qual preparaste diante de todos os povos:
luz para revelação aos gentios,
e para glória do teu povo de Israel.
E estavam o pai e a mãe do menino admirados do que dele se dizia. Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
1o Movimento: O povo estava perdido sem Deus
1o Movimento: O povo estava perdido sem Deus
Imaginem a história de Simeão. Um homem provavelmente idoso, como podemos concluir pela leitura do texto.
Viveu quase toda a sua vida sob o domínio do Império Romano. Deve ter ouvido no Templo as histórias do Reis, Davi e Salomão, quando o Reino de Israel não estava dominado por nenhum outro.
O tempo em que Deus habitava com eles. Em que a glória de Israel era reconhecida pelos outros povos, que tinham medo de se relacionar com aquele povo.
“Não mexe com eles. O Deus dele é mais poderoso que o nosso!”, alguns diziam.
“Eles acabaram com os moabitas, amonitas, filisteus e dominaram toda a região do Líbano até o Sinai!” diziam outros.
Agora, novamente vivem sob o dominío do império romano, em uma terra muito menor que a dos áureos tempos de glória de Israel.
Vivem num ambiente moralmente decadente, com os romanos que vivem em Jerusalém adorando a outros deuses.
Uma outra cultura, muito distante de Deus. Bebedeira, glutonaria, prostituição e pederastia são as características morais do povo dominador.
Adoram ao próprio imperador, considerado o filho do deus deles.
Um ambiente de idolatria generalizada e decadência moral!
A classe sacerdotal, que deveria zelar pela obediência à Lei e pela comunhão do povo com Deus tinha se tornado corrupta, aliando-se aos governantes judeus (herodianos) e romanos.
Uma nova classe, que conhece a lei em seus menores detalhes, cobra de todos fiel obediência, criando uma interpretação da lei ainda mais rígida que a própria lei, sem que haja preocupação com a comunhão com Deus.
E Simeão, junto com o povo, vive esperando. Para alguém fiel a Deus, são tempos difíceis. Tempos em que a fé parece que vai falhar! Tempos em que parece que Deus não vai agir!
No Templo, Deus não se manifestava. Profetas não apareciam mais para falar por Deus.
Imaginem um lugar onde não há Deus. É a situação de pessoas como Simeão.
Sem esperança, sem fé. Será que Deus se esqueceu deles?
Diversas vezes devem ter escutado as profecias de Isaías e outros, dizendo que Deus mandaria o seu Messias, que quer dizer ungido, para libertar seu povo.
Ao longo dos 400 anos desde o fim dos tempos do AT, surgiram alguns que pareciam, só pareciam, ser o tal Messias.
Mas não eram, pois quem aparecia ou era cooptado pelas forças dominantes, ou derrotado e morto.
E Simeão, já envelhecendo, lembra que o Espírito Santo lhe revelara que não morreria sem antes ver o Messias, ou o Cristo que libertaria a todos. Que traria a Redenção de uma vez por todas!
2o Movimento: O homem está perdido sem Deus
2o Movimento: O homem está perdido sem Deus
Não vivemos uma situação tão diferente dos tempos de Jesus. Em nosso mundo as pessoas dizem que Deus não existe, que Jesus é um mito e que o que realmente importa é a nossa vida aqui na terra, pois quando acabar, acabou.
O que importa é ser bom. Tratar a todos com respeito e bondade. E aproveitar a vida. Para outros, o que importa é ganhar dinheiro, sem se importar com todo o resto. Família, empregados, amigos, tudo fica em 2o plano.
E quando tudo acabar, acabou.
Vivemos em um mundo em que começamos a ver que as crianças são mortas ainda no ventre materno ou não nascem mais com o gênero definido.
O que antes era biológico passa a ser psicológico e sociológico. E o indivíduo vai escolher seu gênero depois que entender o que significa.
É a decadência moral de uma época em que instituições básicas são cada vez mais enfraquecidas.
Em que muitos defendem a ciência como explicação para tudo, negando a fé, enquanto outros para afirmar a fé refutam os fundamentos científicos mais básicos.
Uma época em que cada vez mais dinheiro no mundo se concentra na mão de um grupo cada vez menor. E o resultado disso é miséria, pobreza, exploração e fome.
Onde as riquezas naturais de nosso planeta são destruídas pela ganância do ser humano. Chegamos a Marte, mas a Terra, onde vivemos está sendo destruída. Será que vamos destruir outro planeta?
Onde um país invade o outro para dominar sua população e seu território, fazendo com que jovens que nunca se conheceram se matem em guerras sem sentido.
Onde o filho não respeita o pai, e vice-versa e as pessoas têm que trabalhar, ganhando mal até morrer, para poder pagar a comida de cada dia.
Fugindo das balas perdidas e da desconfiança de homens que com o poder de armas dominam outros homens.
E no meio de tudo isso, estamos nós, igreja do Senhor, tentando professar nossa fé e encontrar alguma esperança em dias tão maus.
3o Movimento: Deus mandou seu filho para salvar
3o Movimento: Deus mandou seu filho para salvar
Após a purificação da mãe, havia a necessidade de consagrar ao Senhor o primogênito.
É este ritual que leva Maria e José ao Templo, cerca de 40 dias após o nascimento de Jesus, primogênito a ser apresentado no Templo para ser consagrado ao Senhor.
É exatamente neste dia que Simeão, movido pelo Espírito vai ao Templo, onde ele, judeu devoto deveria ir sempre, e conhece Jesus.
Quando vê o menino entende que aquele não é um simples menino. Não é um simples bebê!
Ele está diante de um bebê especial! Ele está diante da esperança concreta! Sua fé não foi em vão, porque Deus não é homem para mentir!
É Jesus quem ele tanto esperava. É Jesus quem vai trazer a salvação!
Agora, ele pode morrer em paz.
E a revelação que Simeão recebeu só poderia vir do Espírito, pois os judeus esperavam redenção somente para eles.
Esperavam uma redenção política.
Na cabeça deles, estando livres do Império Romano, viveriam seus tempos de glória. Deus era um detalhe, mais que isso: Deus estava entre eles para servir a eles.
Mas Simeão entende diferente: a salvação é para todos os povos. Jesus, que é a salvação representará a ruína e o levantamento de muitos do povo judeu!
Porque a salvação só será possível mediante a fé em Jesus e quem não crer, não será salvo!
Ele entende que Jesus será luz para revelação aos gentios. Que o Evangelho é para o mundo todo!
Que a salvação é espiritual. E se é espiritual, o Império Romano com todo seu poder, tem menos poder que Deus!
Aquele estado de coisas em que vive, de opressão, imoralidade, idolatria, legalismo e corrupção irá terminar porque o futuro chegou!
Jesus nasceu! A Salvação chegou!
4o Movimento: Jesus é a Salvação
4o Movimento: Jesus é a Salvação
Jesus quando morreu pelos nossos pecados estabeleceu a forma de nos relacionarmos com o pai, fazendo reconciliação definitiva entre a humanidade e Deus.
Por isso, vivemos diferente do mundo. Por isso, temos fé. Por isso temos esperança!
O tempo que você vive em dificuldades, vendo injustiça em cima de injustiça, tristezas, pobreza, fome, doenças, vai passar!
É difícil? É! O mundo ainda é cruel, mas Jesus já veio! Já nos deu a salvação! Ele reina sobre nós!
Olhe para Ele! Não para as circunstâncias difíceis à sua volta!
Jesus reina. E mais do que isso: Ele vai voltar em majestade e glória para unir céu e terra, e tudo o que vivemos de ruim aqui, não existirá mais.
Dor? Não terá.
Luto? Vai passar!
Lágrimas? Só se for de alegria!
Morte? Foi vencida!
Definitivamente!
Quando houve o primeiro Natal, tirando a estrela que apareceu no céu, não houve nenhum anúncio cósmico de que Deus estava vindo à Terra.
Ele nasceu, de forma oculta, em um buraco onde comiam ovelhas e bois. Longe da cidade dos pais, sem abrigo.
Cresceu longe do centro dos acontecimentos, ajudando o pai em seu negócio de carpintaria.
Mas cresceu em graça e sabedoria.
Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
Quando cerca de 30 anos mais tarde, ao ressuscitar, fazendo a ficha cair para seus seguidores e amigos de que ele era o Messias prometido, o filho de Deus, esta data do nascimento de Jesus assumiu um significado especial.
É o que chamamos de Natal.
Que é muito mais que uma árvore enfeitada, ou presentes, ou ainda o Papai Noel da Coca-Cola.
O Natal é onde o Reino de Deus veio ao nosso mundo.
O Natal é um basta de Deus para a rebeldia do homem de crer que pode ser igual a Deus.
O Natal é Deus dizendo: Tudo vai ser diferente.
Porque tem sido.
O mundo mudou completamente após Jesus. E continua mudando.
E nós podemos nos reunir e celebrar o seu nascimento.
E ter fé de que Nele há salvação!
Conclusão
Conclusão
Simeão precisou ver Jesus para ver a salvação chegar. Nós já temos a salvação. A graça nos alcançou, produzindo a fé que faz com que creiamos que Ele nos salvou e nos uniu definitivamente a Ele, nos tornando parte do reino de Deus.
Por isso vivemos como parte de uma nova criação, redimida para andar na luz do Senhor!
A criação anterior é a que gerou Adão, o que pecou.
Nossa matriz é Jesus, o filho de Deus, que não pecou, mas se fez pecado por nós para nos salvar.
E venceu a morte!
Por isso temos vida! Eterna!
Este é o sentido do Natal: “Ele veio para morrer por mim, para que eu vivesse eternamente!”