Não existe Natal sem graça.
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Estamos vivendo um momento do ano onde tudo se parece cordial, apesar dos empurra-empurra das lojas, na verdade, brigamos para presentar e colocar a melhor comida na mesa do ano. Qual outro momento do ano as pessoas se estapeiam com a finalidade de conseguir um presente para dar aos outros? A generosidade passou longe o ano todo, para neste período pousar em algumas famílias e tornar a noite deste dia, pelo menos digna de lembrança e significados.
Daqui a algumas horas milhões de fotos serão postadas no instagram mostrando a mesa farta e o momento em família. Isso é lindo, se não fosse somente hoje.
Filhos vão postar fotos com os pais, mas não fazem isso no resto do ano. Não é que tenha algo errado em fazer isso, mas é tirar proveito de ensino. Natal é reflexão de mudança.
A maior expressão deste período independemente se você crê ou não no nascimento de Jesus no dia 25, isso não tem a menor importância, quando decidimos celebrar o nascimento do menino Jesus, é a manifestação da graça salvadora de Deus ao mundo.
Esta foi a intenção de Deus e que deve ser manifesto sempre no Natal essa notícia gloriosa. Jesus veio para salvar a humanidade.
Como o Natal pode expressar essa graça salvadora?
Vamos ler o texto de Tito 2:11-15
11 Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. 12 Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, 13 enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. 14 Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
15 É isso que você deve ensinar, exortando-os e repreendendo-os com toda a autoridade. Ninguém o despreze.
Natal que não revela graça é apenas feriado. Não é Natal.
Tito é instruído pelo apóstolo Paulo sobre a doutrina da graça que transforma a nossa ética.
1. O Natal que revela a graça nos faz relembrar o passado com esperança no futuro.
O versículo 11 diz que “a graça de Deus se manifestou”, e o versículo 13 dirá que aguardamos a “manifestação”. Ambas as manifestações de Cristo têm um significado salvífico. O que já se manifestou foi a graça de Deus que traz salvação, enquanto o que esperamos é a manifestação gloriosa de nosso grande Deus e Salvador.
Precisamos olhar para trás e lembrar a epifania da graça (cujo propósito era nos remir de todo o mal e purificar para Deus um povo seu) e também olhar para frente e antecipar a epifania da glória (cujo propósito será aperfeiçoar, em sua segunda vinda, a salvação que ele começou na primeira).
Por isso, o Natal é um excelente momento de reconciliação e perdão. Quantas histórias de famílias que se “re-unem” com o advento natalino.
a) O Natal não pode se caracterizar em presentes, papai noel, e presépio. Isso é tornar a graça um caminho provável e não uma ÚNICA solução.
Quem crê deve sempre lembrar que a graça de Deus vale para todos e tenta alcançar a todos. E isso deve acontecer pelo testemunho de vida da igreja de Jesus. No meio dela a graça de Deus visa brilhar com tanta realidade, perdoando, curando, consertando e sobretudo educando para a plena humanidade conforme a imagem de Jesus, que todo o mundo possa reconhecer a forma com que essa graça se realiza naqueles que se abrem para ela.
Entre os v. 11 e 12 existe uma enorme tensão, que não pode ser eliminada pela compreensão nem pelo sentimento humanos. A graça está aí para todos os homens, e ela nos educa. “Nos” refere-se a todos os que aceitam o chamado à salvação e se deixam purificar por Jesus para serem povo da propriedade dele.
b) O Natal veio para transformar a vida das pessoas.
Se o seu Natal não há chances para testmunho de transformação, esquece.
O Menino indefeso na manjedoura é uma expressão parcial da graça divina, pois o menino cheio de graça remete a simplicidade de Deus na humanidade de Jesus. Mas, não podemos pensar na graça de Deus, como algo fofinho e lindinho.
Graça não é um ceder frágil, não é demonstração fraca de benevolência, mas é o poder divino de amor.
Impossível ver a criança indefesa numa manjedoura e não olhar para aquele que tem olhos como chamas de fogo, que em sua boca sai uma espada afiada, e que estás vestido num manto de sangue...
Este é o Poderoso que venceu e nos garante a vitória.
Aproveite a noite de Natal para testemunhar a transformação no seu coração. Isso mostra que a graça é disponível a todos.
2. O Natal que revela graça nos ensina que a atmosfera natalina não está no calendário, mas no coração de quem é salvo.
A graça que salva se torna a graça que ensina. Ela “nos ensina” ou talvez nos disciplina. O que a graça ensina? Primeiro, “a renunciar à impiedade e às paixões mundanas”. Segundo, “a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente”.
Vê se não é isso que a gente nota nesta época? Só que isso não está servindo de ensino, mas de mera formalidade do espírito do natal.
A graça nos disciplina para que nos afastemos de nossa velha vida e vivamos uma nova vida, para que nos convertamos da impiedade para a piedade, do egoísmo para o domínio próprio, dos meios enganosos do mundo para o relacionamento justo uns com os outros.
Por isso, Natal pressupõe encontros.
a) Natal é a mesa universal.
A oferta universal da salvação se expressa aqui de forma irrestrita, como sempre em Paulo. Todos precisam da redenção. No entanto, ela também é acessível a todos: a homens e mulheres, a idosos e jovens, a escravos e senhores, a judeus e gregos.
b) O Natal nos lembra a oferta de generosidade.
A graça de Deus em Jesus é diferente de qualquer outra coisa que se impõe em majestade.
Deus não é condescendente como as “majestades megalomaníacas “deste mundo, que em determinadas ocasiões gostam de demonstrar ao povo ou a indivíduos um favor especial.
É o momento marketing do Natal. Faça um Natal feliz. Só acontece com as celebridades.
A condescendência de Deus não acontece para “proveito próprio”, mas totalmente por amor, um amor que se derrama em uma ação de misericórdia: em Jesus a graça de Deus se realizou visível e palpavelmente para as pessoas. É uma realidade alcançavel e não um tapa buracos.
Natal sem generosidade genuína, é mero marketing.
A graça instrui, exorta e fortalece, para que reneguemos constantemente a incredulidade do próprio coração.
3. O Natal que revela graça acontece todo o dia na salvação.
O primeiro alvo da educação na graça é que aprendamos a renegar! Essa não é uma instrução formal ou frouxa, mas conseqüente e decisiva. Renegar significa renunciar, abdicar, ser capaz de dizer não. O tempo verbal poderia ser vertido literalmente para: depois de termos decididamente rompido com o pecado no passado, prosseguindo agora nessa abdicação; confirmar, por meio do comportamento atual, a abdicação já realizada. A lei induz o ser humano a dizer “não” precipitadamente, por medo da punição, sem que de fato esteja convicto no coração da necessidade desse não.
A graça tem o poder de realmente convencer do pecado.
A paciência de Deus pode conduzir à contrição e ao arrependimento verdadeiros. Quando um ser humano se torna capaz de dizer não de todo o coração, isso não é nada menos que um milagre da graça.
A ênfase está na necessidade, não na mera possibilidade, de boas obras.
Precisamos regularmente dizer a nós mesmos a grande aclamação: “Cristo morreu; Cristo ressuscitou; Cristo virá novamente”.