Onde Está o Rei do Natal?

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Mateus 2.1-12.
Aqui temos o registro da visita dos magos do Oriente que foram ver o Rei que havia nascido, esse relato é famoso e aparece somente no livro de Mateus. Muitos conhecem um pouco sobre esse relato, mas, infelizmente conhecem de uma forma distorcida, talvez por conta que o tão conhecido presépio que existe diversos erros e você há de se lembrar na medida que for exposto o texto.
A Procura do Rei Para Adorá-lo (v.1-2)
V.1: Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.
Começa a narrativa que Jesus nasceu em Belém da Judeia, uma pequena cidade localizada numa distância de 10 quilômetros de Jerusalém. A palavra Belém significa Casa do Pão. Essa cidade era cidade natal de Davi, e todos aguardavam que saísse dessa cidade o Filho de Davi, que viria reinar e o seu Reino não teria fim.
Miquéias 5.2: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
E nos é dito que neste período, o rei que estava no trono era o Herodes, mas quem foi Herodes? Na escritura, podemos localizar a citação de pelo menso 4 homens chamados de Herodes, esse aqui é o Herodes o Grande, sua biografia não tem muitos pontos de bondade, pelo contrário, mas de muita crueldade e loucura.
Era descendente de Esaú, reinou dos anos 37 a.C. até 4 a.C. Ele se nove vezes. Destronou a dinastia heroica dos macabeus. Dizimou toda a família dos macabeus até o último herdeiro. Mandou assassinar 45 aristocratas, membros do Sinédrio, ou seja, mais da metade do Sinédrio, que era composto de 71 membros, com medo de que eles pudessem ser uma ameaça ao seu trono. Por outro lado, tentava conquistar a simpatia do povo por meio da ampliação majestosa do templo. Mandou matar trezentos oficiais da corte. Casou-se com Mariana, uma mulher da nobreza, e, com medo de concorrência da família dela, forjou acusações contra eles e os matou um a um. A pedido de sua sogra Alexandra, nomeou Aristóbulo, seu cunhado, como sumo sacerdote, quando este tinha apenas 17 anos. Mas, como Aristóbulo conquistou a simpatia do povo, mandou afogá-lo. Horrorizada com as crueldades de Herodes, Alexandra tentou fugir para o Egito, para o abrigo de Cleópatra. Para iludir a polícia que a vigiava, tentou simular um enterro, mas a descobriram, e ela foi morta. O imperador César Augusto chamou-o a Roma para lhe passar uma descompostura por suas crueldades, mas, antes de ir a Roma, temendo que sua mulher, Mariana, o traísse, mandou matá-la. Tentou remediar o mal que estava fazendo enviando seus dois netos, Alexandre e Aristóbulo, para estudar em Roma. Salomé, irmã de Herodes, disse-lhe que eles iriam dominá-lo e tomar o reino. Sem pensar duas vezes, mandou estrangular os dois filhos. César Augusto, o imperador, sabendo disso, disse: “É melhor ser um porco do que filho de Herodes”.
Foi esse rei que ficou alarmado quando soube que havia nascido uma criança em Belém, destinada a reinar em Israel, e por isso mandou matar todas as crianças de Belém. Cinco dias antes de morrer na, mandou matar seu filho primogênito, Antípater, para que este não tomasse seu trono. Percebendo que sua morte geraria alegria ao povo, fez sua irmã Salomé prometer-lhe que mataria um número de judeus distintos, que mandara prender, para que assim houvesse quem chorasse por ocasião de sua morte. Mas graças a Deus a ordem não foi cumprida.
Falando sobre os magos, pressupomos que a visita dos magos aconteceu algum tempo depois do nascimento de Jesus. A maioria das ilustrações retrata os magos e os pastores reunidos em torno do menino Jesus deitado em uma manjedoura, mas o texto bíblico nos diz que, quando os magos chegaram, Maria, José e o bebê estavam em uma casa.
A viagem do oriente teria levado algum tempo. Assim sendo, os magos provavelmente chegaram um ano ou dois após o nascimento de Jesus. A razão para considerar dois anos como o intervalo máximo é porque Herodes ordenaria o extermínio de todos os meninos com até dois anos de idade (v. 16).
2 E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.
Os magos não foram diretamente para Belém, mas para Jerusalém, e chegaram ali com uma dúvida: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo (v. 2). Talvez nenhum outro texto tenha recebido mais especulações do que a descrição da estrela que guiou esses homens do oriente.
Alguns estudiosos indicam que foi provavelmente a cauda de um cometa que orientou a jornada daquelas pessoas.
Johannes Kepler, um astrônomo, astrólogo e matemático por exemplo, alega que houve uma rara conjunção de dois planetas na constelação de Peixes no ano 7 a.C., a qual teria liberado um grande brilho.
Outros afirmam que aqueles homens, talvez astrólogos, detectaram o aparecimento de algumas estrelas em seu mapa astral as quais anunciavam o nascimento de um grande rei.
A outra possibilidade, e essa é a que eu creio é que a estrela que conduziu os homens a Jerusalém e, em seguida, a Belém, foi uma criação específica de Deus para aquele evento específico que foi preparado por Deus antes da fundação do mundo – algo como a nuvem de glória que guiou o povo de Israel durante a peregrinação pelo deserto. Não podemos saber o que levou os magos a saber que estavam a procura do Rei dos judeus. Mateus não nos dá essa informação. No entanto, o evangelista nos diz que eles tinham visto a estrela no oriente e foram adorá-lo, isto é, reverenciá-lo. A implicação aqui é que os homens foram até lá não apenas para homenagear um rei, mas para adorar uma divindade.
A Procura do Rei para Matá-lo (v.3-8)
3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém;
Por meio da conexão entre os v. 2 e 3 fica em evidência o fato de que os magos não se dirigiram imediatamente ao palácio de Herodes. Foi de forma indireta que o rei ficou a par dos acontecimentos. Foi informado de que estranhos tinham chegado de terras distantes, perguntando pelo paradeiro de uma criança recém-nascida, a quem chamavam “o rei dos judeus”. Ao ouvir tal notícia, Herodes se sentiu atemorizado, apavorado. Não surpreende que um homem com a natureza interior e a disposição de Herodes se alarmasse com a simples menção de um rei dos judeus além dele mesmo. Não era ele, Herodes, o único “rei dos judeus”? Não recebera ele esse título de Roma? Não levara meses, até anos de lutas para que seu título fosse feito uma realidade? Então, era essa outra tentativa para alguém poderia tirar dele o trono?
Agora, este homem sanguinário começa a tramar um plano para acabar com esse possível rei que estavam anunciando. Mas, não somente o rei, mas, toda a Jerusalém se alarmou, não pela pergunta dos magos, mas sim, pois por experiência, o povo sabia quem era Herodes o que esse homem era capaz de fazer com aqueles que demostrassem uma fagulha de ameaça contra o seu reinado.
4 então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. 5 Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
Eles responderam ao rei conforme o conhecimento que tinham do Antigo Testamento.
Aqueles homens relataram a Herodes que o profeta Miqueias havia predito a cidade exata em que o Messias haveria de nascer, a saber, Belém.
7 Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. 8 E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo.
Herodes então, neste momento convoca os magos secretamente e disse que queria adorar o Menino Rei, e pediu que eles quando soubessem exatamente onde este menino estava, o avisasse para ir lá adorar também. Porém, isso é uma mentira, ele queria mesmo matar o menino. Ele estava colhendo informações precisas. Estava fazendo um diagnóstico da situação. Queria reunir todas as informações, para ter certeza de que aquela criança não escaparia de suas mãos.
Encontramos o Rei (v.9-12)
9 Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. 10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. 11 Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. 12 Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.
Assim, os magos partiram ao encontro de Jesus, esses magos fizeram uma longa viagem, essa viagem foi também perigosa, muito provavelmente os magos haviam partido da Pérsia antiga, que agora é o Irã, ou mesmo poderia ser da Babilônia que hoje é o Iraque. Mas, sendo um ou outro, foi uma viagem bem cansativa e perigosa, e a estrela foi guiando eles até Jesus. Os magos foram até Jesus, e quando chegaram ali, onde a estrela parou encima do menino, esses homens se alegraram, entraram na casa, viram o menino com Maria, e logo se ajoelharam prostrados e adoraram a Jesus.
São três atitudes que esses homens tiveram ao ver o menino: 1- Alegria; 2- Adoração 3- Consagração.
Talvez os magos pensavam que tinham encontrado o Rei, mas, na verdade foi o Rei que os encontrou.
Mas, quando eles o encontraram entregaram a Jesus presentes, e foram esses: ouro, incenso e mirra. O primeiro presente foi ouro, que era única opção adequada para presentear um rei no mundo antigo. O ouro era o metal da realeza, e o fato de ele ter sido espalhado em abundância aos pés dos pais de Jesus, e do próprio Jesus, é mais um indício de que os homens o estavam reverenciando como rei.
O segundo foi o incenso, a razão de o incenso ter sido escolhido como segundo presente é mais difícil de identificar. No mundo antigo, o incenso era usado principalmente pelos sacerdotes no culto. O altar do incenso era um elemento central na adoração judaica celebrada no tabernáculo e, depois, no templo, e era administrado pelos sacerdotes. Ele simbolizava o aroma e a fragrância suave das orações do povo de Deus. Mateus, em seu Evangelho, dá bastante destaque ao fato de Jesus ser tanto rei quanto sacerdote.
O terceiro foi a mirra que é o presente para quem está destinado a morrer. Assim, os magos reconheceram que Jesus é o Rei dos reis, o Deus que encarnou e aquele que estava destinado a morrer a amarga morte de cruz. Até mesmo no berço de Jesus as dádivas predisseram que ele haveria de ser o verdadeiro Rei, o perfeito sumo sacerdote e, no final, o supremo salvador.
Concordo com Lawrence Richards quando ele diz que os magos levaram presentes e, assim, financiaram a viagem de Jesus, Maria e José ao Egito no momento exato em que eles precisavam eCom frequência é difícil para pessoas completamente honestas compreender os hipócritas, e para as generosas compreender as maquinações das pessoas egoístas. Não surpreende, pois, que os magos não pudessem perceber as verdadeiras intenções de Herodes quando lhes disse: “informai-me, para que eu também possa ir adorá-lo”. Porém, embora os olhos dos magos não fossem bastante argutos para descobrir o disfarce do rei, diante de Deus nada está oculto (Hb 4.13). Ele não quer que os magos sofram dano algum, nem quer que a vida de seu Filho seja eliminada antes que ele tenha terminado a obra que seu Pai lhe deu para realizar. Então os magos precisam ser avisados (v. 12), e igualmente José (v. 13). Em cada caso o aviso chega durante um sonho. Uma vez instruídos para não retornarem a Herodes, os magos se retiram para o seu próprio país seguindo outra rota. Os magos estavam sendo governados pelo céu, e não pela terra; por Deus, e não pelos homens. Por isso, não voltaram à presença de Herodes, mas regressaram para sua terra por outro caminho (2.12).
Aplicação:
Adore a Pessoa Certa neste Natal
Não perca tempo, mas, use deste natal para adorar a Deus, para conhecer mais de Deus, e assim, que Jesus seja louvado, adorado por você durante todo esse natal.
Alegre-se neste Natal
Natal é tempo de alegria é tempo de se alegrar, pois, Jesus nasceu, viveu e morreu e ainda ressuscitou para que nós pudessemos ser salvos.
Consagre sua Vida neste Natal
Natal é tempo de reconhecermos Jesus como nosso Rei e Salvador, e então, assim como esses magos, devemos nos prostrar diante de Jesus consagrar a Ele nossa vida.
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