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Mensagem natalina: Emanuel, Deus conosco. Isaías 7.10-16

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Emanuel, Deus conosco

Texto base: Isaías 7.10–16 “E o Senhor continuou a falar com Acaz, dizendo: — Peça ao Senhor, seu Deus, um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas. Acaz, porém, disse: — Não pedirei, nem tentarei o Senhor. Então Isaías disse: — Agora escute, ó casa de Davi! Será que não basta vocês abusarem da paciência dos homens? Querem abusar também da paciência do meu Deus? Portanto, o Senhor mesmo lhes dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem, a terra daqueles dois reis que você tanto teme será abandonada.”
Introdução: Estamos a poucas horas da data mais comemorada em nossa cultura. O Natal é a data em que as famílias de todo o mundo ocidental se reúnem para um tempo de confraternização marcada por uma grande festa familiar, regada a comida e troca de presentes. Mas afinal, o que faz do Natal uma data tão importante?
Se essas perguntas fossem feitas até poucos séculos atrás, ninguém titubearia em responder que o Natal é importante porque rememora o nascimento de Jesus Cristo. Já para muitos na cultura atual, o Natal ganhou outro significado e sua importância ficou resumida a festança em si. Os símbolos memoriais foram paulatinamente sendo substituídos e os presépios que antes enfeitavam as casas, hoje são substituídos pela árvore enfeitada de papai Noel. As crianças que antes eram ensinadas na história do milagroso nascimento do salvador e nos hinos e louvores natalinos, agora são enganadas por fábulas sem qualquer sentido, aprendendo músicas que não podem mais sequer fazer referência ao Salvador do mundo.
E nós, como cristãos, temos mais que o privilégio e a oportunidade, mas a obrigação de resgatarmos o verdadeiro significado dessa data que nos traz à memória um evento de extrema importância para a nossa salvação. Mais que apenas um fato histórico, o nascimento do Senhor Jesus é um evento cósmico sem precedentes e decisivo para a história vitoriosa do povo de Deus. E é isso que gostaria de ver com a minha família nessa noite, para desfrutarmos dessa confraternização com corações gratos Àquele que é digno de todo o nosso louvor.
Para tanto, escolhi esse texto que não é muito pregado nessas ocasiões, mas que eu creio que tem muito a nos ensinar sobre o que realmente deve ser comemorado no Natal.
Contexto: O livro do profeta Isaías é de muita importância para compreensão dos Evangelhos. Muitas das profecias que viriam a se cumprir quase 750 anos depois nos evangelhos, encontram-se profetizadas nesse livro, inclusive a que está registrada nessa passagem que lemos. O profeta Isaías foi levantado por Deus ainda novo para profetizar em Judá. Isaías profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias. As profecias de Isaías tratam sobre o juízo de Deus e a sua salvação.
O livro de Isaías é um livro que contrasta a santidade de Deus e o pecado da humanidade. Já no primeiro capítulo do livro, Isaías relata como até mesmo o povo de Deus estava em pecado de rebeldia contra o Senhor: Isaías 1.15–17 “Quando vocês estendem as mãos, eu fecho os meus olhos; sim, quando multiplicam as suas orações, não as ouço, porque as mãos de vocês estão cheias de sangue. Lavem-se e purifiquem-se! Tirem da minha presença a maldade dos seus atos; parem de fazer o mal! Aprendam a fazer o bem; busquem a justiça, repreendam o opressor; garantam o direito dos órfãos, defendam a causa das viúvas.”
Então a profecia de Isaías revelava que se o povo não se arrependesse e continuasse rejeitando a graça do Senhor, esse Deus Santo iria trazer juízo. Um juízo muito duro que envolvia até mesmo o endurecimento do entendimento e do coração do povo (Isaías 6.9-12), mas que ainda assim reservaria esperança para um remanescente (Isaías 6.13).
E no capítulo 7, Isaías narra um acontecimento que revela bem onde estava depositada a confiança do reino de Judá naquele tempo.‌
Durante o reinado de Acaz, acontece uma aliança política e militar entre duas nações vizinhas: Aram, conhecida como Síria, e Efraim (Reino do Norte de Israel). Essas 2 nações se unem para destruir os judeus e tomar Judá. Com essa notícia, Acaz e o povo ficam tomados de temor e então vem, através de Isaías, a Palavra do Senhor ao rei Acaz dizendo: “Tenha cuidado e fique calmo. Não tenha medo nem fique desanimado por causa desses dois tocos de lenha fumegante, por causa do furor da ira de Rezim e da Síria, e do filho de Remalias. Isso não tem nenhuma chance de acontecer. Porque a capital da Síria é Damasco, e o cabeça de Damasco é Rezim. E dentro de sessenta e cinco anos Efraim será destruído e deixará de ser povo.”
Depois disso, o texto diz que o Senhor continuou a falar com Acaz:
Deus dá ordem a Acaz para que peça um sinal:
Isaías 7.11 “— Peça ao Senhor, seu Deus, um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas.”‌
É curioso o limite que Deus impôs para o sinal que Acaz deveria pedir: entre as profundezas e as alturas, isto é, sobre tudo o que existe, seja material ou espiritual. Esse limite diz muito a respeito do Deus de Israel. Trata-se de um Deus cujo poder é maior do que toda a criação, que pode interferir na terra e nos céus. Nada e nem ninguém pode deter a sua mão. Isso, por si só, já deveria ser motivo para Acaz se acalmar e depositar a sua confiança no Senhor.‌
Creio que esse limite imposto por Deus é bem significativo. Se considerarmos que o lugar mais profundo que alguém pode descer é até as profundezas da morte, assim como o lugar mais alto que alguém pode subir é a morada de Deus, vemos que somente esse Deus tem poder e autoridade para dar um sinal que interfira nas profundezas da morte, mas também nas alturas dos céus. E assim Deus demonstrou o seu poder fazendo Cristo descer até às profundezas da morte, mas também ao ressuscitá-lo e fazê-lo subir com glória aos céus (Efésios 1.20-21).
A desobediência e a falsa religiosidade de Acaz:
Isaías 7.12 “Acaz, porém, disse: — Não pedirei, nem tentarei o Senhor.”‌
Alguém desavisado poderia pensar: “essa é uma resposta de alguém temente ao Senhor”. No entanto, antes que você pense que Acaz era alguém bem-intencionado e temente a Deus, eu preciso lembrá-lo de que os livros de 2 Reis e de 2 Crônicas descrevem a verdadeira personalidade de Acaz.
Acaz foi um dos piores reis do reino do Sul. O livro de 2 Reis resume o reinado dele dizendo que “Acaz não fez o que era reto perante o Senhor” (2Reis 16.2).
2Crônicas 28.1-2 diz que Acaz seguiu o mesmo caminho idólatra dos reis do Reino do Norte e construiu imagens fundidas aos baalins (deuses dos cananeus).
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Sua idolatria era tanta que a Bíblia diz que Acaz oferecia sacrifícios e queimava incenso aos falsos deuses em tudo quanto era lugar, nos lugares altos como as colinas e debaixo de tudo quanto era árvore frondosa (2Crônicas 28.4).
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2Reis 16.10-11 conta que numa visita que fez ao rei da Assíria em Damasco, Acaz viu um altar de um falso deus a quem Tiglate-Pileser adorava e mandou a planta com as medidas desse altar a um dos seus sacerdotes para que construisse um igualzinho e quando retornou a Jerusalém sacrificou nesse altar que colocou no lugar do altar de bronze que o Senhor havia mandado construir. Acaz fez isso porque achava que o deus de Tiglate-Pileser era mais forte que o Senhor pelo poderio do império Assírio.
A Bíblia diz que Acaz até queimou seus próprios filhos como sacrifício, segundo as abominações dos gentios (2Crônicas 28.3).‌
Acaz foi tão infiel que sequer foi sepultado no túmulo reservado para os reis de Israel (2Crônicas 28.27).
Portanto, aqui você precisa entender que Deus deu uma ordem para que Acaz pedisse um sinal. Há aqui um imperativo. Não é uma opção, mas uma ordem: “Peça!”. Quando Acaz disse que não pediria um sinal ao Senhor, ele estava demonstrando sua desobediência em razão de sua incredulidade.
Acaz se recusou a pedir o sinal que Deus ordenara, porque uma vez que o sinal fosse pedido, ele estaria se comprometendo com Deus e teria de depositar sua inteira confiança Nele. Assim como nós. Uma vez em que acatamos a ordem de Deus, nos comprometemos em obedecê-lo e aguardar a sua ação.
Esse entendimento tem faltado para nossa geração. Vejo muita gente que não compreendeu o que é ser cristão. Ser cristão não é aderir a um sistema religioso ou simpatizar com a figura de Cristo. Ser cristão é ser escravo de Cristo. É obedecer aos seus imperativos sem considerar a sua própria vontade, é negar-se a si mesmo para tomar a cruz. A fé não nos isenta da obediência. Na verdade, a fé que isenta da obediência não é fé, mas falsa religiosidade. A verdadeira fé gera obrigações, deveres e responsabilidades.‌
Por esse motivo é que o Senhor Jesus nos manda calcular quanto custa segui-lo antes que decidamos acompanhá-lo (Lucas 14.28-33). Seguir a Jesus, significa abdicar de seus direitos, planos, personalidade e identidade própria.
Acaz não pediu o sinal que o Senhor havia ordenado porque, como mostra 2Reis 16.7-9, o seu coração estava confiado na aliança que ele tentou fazer com o rei da Assíria. Ao invés de confiar na salvação do Deus de Israel, Acaz confiou no rei da Assíria e nos seus deuses.‌
Acaz justifica a sua desobediência com uma estratégia muito comum aos hipócritas: uma falsa religiosidade. É sempre com um discurso aparentemente piedoso que o hipócrita se apresenta diante de Deus. É usando da Palavra de Deus fora de seu contexto que alguém mal-intencionado se apresenta diante do Senhor. Foi assim com o Diabo no deserto ao tentar Jesus e foi assim com Acaz.
Acaz estava justificando a sua insubordinação com um texto de Deuteronômio, só que totalmente fora de seu contexto. Deuteronômio 6.16 diz que o povo não deveria pôr o Senhor à prova como em Massá. E o contexto aqui era um povo rebelde que depois de ter visto inúmeros sinais que o Senhor havia feito para libertá-los da escravidão do Egito, ainda duvidava se o Senhor era com eles ou não.
O contexto da passagem de Deuteronômio era não tentar o Senhor pedindo sinal com base na incredulidade ou na rebelião como fizeram aqueles que pediram a Jesus que descesse da cruz para provar que era o Filho de Deus. Com Acaz, a situação era diferente, o próprio Senhor ordenou que se pedisse um sinal para que esse sinal fosse de garantia que o Senhor livraria Judá das mãos de Efraim e Síria. Isso seria uma prova de confiança e não de incredulidade ou rebelião.
O verdadeiro motivo da recusa de Acaz foi sua decisão de não fazer a vontade de Deus, mas negociar com a Assíria e perseverar em sua idolatria (2Reis 16.7, 8, 3, 4, 10). Acaz pensava que, embora o Senhor fosse o Deus de Judá e pudesse fazer um sinal ali, isso não era prova de que os deuses da Síria não fossem mais poderosos. Essa era uma noção comum aos pagãos (Isaías 10.10, 11; 36.18-20).‌
Acaz não confiava que o Senhor Deus era quem poderia livrar Judá da ameaça de morte que a Síria e Efraim anunciavam. Acaz não tinha a justiça que procede da fé como Paulo fala em Romanos 10.6-7.
A incredulidade e a idolatria de Acaz tiveram sérias consequências para o reino de Judá que só não foi destruído por Efraim, Síria e depois a Assíria, porque o Senhor permaneceu fiel à Aliança que fez com o seu povo. Inclusive, Judá sofreu uma dura derrota para essa aliança entre Síria e Reino do Norte perdendo 120 mil homens em um só dia, enquanto ainda aguardavam o cumprimento da profecia que Deus havia dado de que essas nações seriam destruídas (2Crônicas 28.5-8).
A repreensão de Isaías:
Isaías 7.13 “Então Isaías disse: — Agora escute, ó casa de Davi! Será que não basta vocês abusarem da paciência dos homens? Querem abusar também da paciência do meu Deus?”
Era necessário que o povo de Deus compreendesse que a salvação vem única e exclusivamente do Senhor. Essa era a mensagem de Isaías para Acaz e para Judá, mas também para nós. Diante das ameaças do mundo, muitas vezes queremos recorrer às alianças com outros deuses como fez Acaz. Não deuses de madeira ou pedra, mas deuses como homens, riquezas e poder. Precisamos entender, de uma vez por todas, que a salvação vem do Senhor!
A alusão que Isaías faz a "Davi" é um grande contraste entre a confiança que Davi tinha em Deus e a incredulidade de seu descendente degenerado. A menção a Davi deveria fazer com que Acaz olhasse para trás e contemplasse às promessas de Deus feitas no passado, principalmente a promessa de um reino eterno a ser dirigido por um descendente de Davi.‌
Até então, Acaz tinha testado a paciência de Isaías não lhe dando ouvidos quando ele viera trazer a mensagem do Senhor, mas agora Deus oferecera um sinal, que Acaz rejeitou. Portanto, o pecado agora não era meramente contra homens, mas abertamente contra Deus.
É interessante notar que até o versículo 11, Isaías fala em “seu Deus” para Acaz; mas depois da rejeição, agora Isaías fala apenas em “meu Deus”. Acaz havia rejeitado a graça de Deus e quem rejeita a graça de Deus não pode tê-lo por seu Deus.
O sinal gracioso de Deus:
Isaías 7.14–16 “Portanto, o Senhor mesmo lhes dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem, a terra daqueles dois reis que você tanto teme será abandonada.”
Veja que nem mesmo a rejeição de Acaz e o estado corrompido de Judá foi capaz de invalidar a graça de Deus para com o seu povo, de maneira que o Senhor mesmo é quem dá um sinal da sua própria vontade. Essa é uma demonstração clara de que a salvação não depende da fidelidade dos homens, mas sim da soberana graça de Deus. Mesmo Acaz sendo rebelde, Deus se manteve fiel à Aliança que fez com o seu povo e deu o sinal que Acaz rejeitou pedir. E o sinal dado pelo Senhor é o de uma virgem dando à luz a um menino que se chamaria Emanuel.
Esse sinal seria a prova de que Deus estaria com o seu povo e que nenhum inimigo seria capaz de derrotá-lo.
O cumprimento da promessa:
Quando se deu o cumprimento dessa profecia? Essa é uma profecia dúplice, isto é, que de certa forma se cumpriu no tempo do profeta Isaías, mas cujo cumprimento completo se daria bem mais tarde.
É bem interessante notar que a palavra que nos foi traduzida como virgem, no original quer dizer uma donzela, ou seja, uma moça jovem, que alcança a idade para se casar. Essa palavra não necessariamente se restringe a questão da virgindade como na tradução, ainda que não exclua essa realidade. A questão é que existe uma outra palavra hebraica que enfatiza muito mais a questão de virgindade, mas não foi essa que o Espírito sabiamente escolheu. E isso diz muito sobre o papel dessa profecia.
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Embora a palavra donzela não exclua a questão da virgindade, ela não era o foco naquele momento. Naquele momento o foco estava no nascimento da criança que anunciaria a derrota completa e iminente da Síria e do Reino do Norte. Isso explica por que Deus não mentiu ao seu povo naquele tempo, sem que ao mesmo tempo reservasse um cumprimento mais sublime para o futuro.
No tempo de Isaías, a profecia se cumpriu através de um nascimento não virginal. Deus cumpriu parcialmente aquela profecia naquele tempo através de um segundo filho que o profeta teve com uma donzela profetiza (Isaías 8.3).
Nasce o segundo filho de Isaías e o menino recebe o nome de Maher-shalal-hash-baz, que significa Rápido-Despojo-Presa-Segura. Trata-se de uma referência clara da destruição do Reino do Norte de Israel e da Síria.
E assim como Deus havia previsto, as duas nações são derrotadas pelo império Assírio e deixam de existir antes que o filho de Isaías chegasse a completar a idade em que pudesse discernir o mal e escolher o bem.
Contudo, é preciso dizer que passados esses acontecimentos, outras guerras vieram contra outros impérios e as gerações seguintes dos judeus se entregaram à incredulidade até culminar na destruição do reino de Judá, revelando que seria necessária ainda maior salvação: a salvação da escravidão do pecado.
E nesse sentido, a tradução de virgem faz sentido quando, à luz do Novo Testamento. É impossível não associar o cumprimento supremo dessa profecia do livro de Isaías ao nascimento de Cristo como fez Mateus (Mateus 1.18-23).‌ Tanto que Mateus já usa uma palavra com foco exclusivo na virgindade de Maria e não na sua mocidade.
Em certa medida, o filho de Isaías provou que Deus estava com Judá o livrando das mãos de seus inimigos, mas esse livramento era temporário e passageiro; todavia foi em Jesus Cristo que Deus revelou estar definitivamente com o seu povo para toda a eternidade.
Não havia solução para o nosso pecado se Deus não descesse do céu e assumisse a nossa humanidade através de um nascimento virginal miraculoso que não deixasse dúvidas de quem era o nosso Deus Santo. Era preciso que Aquele que não conheceu pecado, se fizesse pecado por nós. O justo pelos injustos.
Era necessário que Deus nos desse o seu sinal, mesmo diante de nossa rebeldia de não querer pedir um. Era necessário que Deus descesse até quem não poderia subir para encontrá-lo. Era preciso que o Filho de Deus viesse a ser Emanuel, o Deus conosco trazendo salvação.
Era necessário que o Rei do universo abdicasse de sua glória para ser alimentado de coalhada e mel, alimentos que eram consumidos em tempo de simplicidade e escassez, mostrando a humilhação que Ele aceitou para nos salvar. Era necessário que o Deus provedor aceitasse ser provido em sua necessidade humana antes que pudesse completar a sua obra na cruz. Oh, imensurável graça!
Conclusão e aplicação:
Assim eu concluo essa mensagem com uma aplicação. Quero chamar a sua atenção para o fato de que, assim como Judá tinha a Síria e o Reino do Norte como adversários, nós também temos os nossos inimigos que formaram uma aliança com a finalidade de nos destruir. Só que os nossos adversários não são adversários carnais, mas espirituais (Efésios 6.12).
Há uma aliança firmada entre Satanás e suas hostes espirituais da maldade que tentam marchar furiosamente para cima de nós querendo nos destruir, mas para essa guerra nos foi dado o grande sinal de que Deus estaria conosco: o nosso Emanuel, o Deus conosco.
E é por este motivo que podemos declarar confiante a nossa vitória nesta noite, respondendo à ameaça dessa aliança maligna: Isaías 8.10 “Elaborem projetos, mas eles serão frustrados; deem ordens, mas elas não serão cumpridas, porque Deus está conosco.”
Nem o pecado, nem a morte e nem o mundo, as 3 armas utilizadas por esse exército do mal, serão capazes de nos destruir, pois Deus está com todo aquele que confia no sinal de Deus. Todavia, não posso deixar de adverti-lo que, para aqueles que não creem no sinal de Deus, há um duro juízo maior do que aquele que se abateu sobre Acaz e à geração incrédula de Judá. A derrota eterna para essas pessoas é iminente.
Portanto, este é o verdadeiro significado espiritual do Natal e só faz sentido comemorar essa data para quem crê no sinal de Deus, do menino que nasceu da virgem para triunfar nessa batalha contra o mal na cruz do Calvário.
Colossenses 2.13–15 “E quando vocês estavam mortos nos seus pecados e na incircuncisão da carne, ele lhes deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos pecados. Cancelando o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz. E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz.”
É com esse espírito de fé que gostaria que você desfrutasse essa noite, resgatando em nossa memória e acolhendo em nosso coração que a vinda de Jesus Cristo a quem fomos unidos através de sua morte e ressurreição é o grande sinal de que Deus está conosco nos dando a vitória sobre o mal e assegurando-nos a paz eterna.
Antes de subir aos céus, esta foi a promessa que Ele nos deixou: Mateus 28.20 “E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” Amém!
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