(Rm 5:1-11) As Consequências da Justificação

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HDL: “Até aqui vimos duas teses provadas pelo apóstolo Paulo: a necessidade da justificação (1.18–3.20) e o meio da justificação (3.21–4.25). Agora, Paulo passa a falar sobre os frutos da justificação, ou seja, suas benditas consequências (5.1–11)”.
1-2 >>>
Justificados. Sproul: “Aqueles que colocam sua fé em Jesus Cristo não têm que esperar por sua justificação durante um tempo prolongado. No momento em que creem em Jesus, e colocam nele a sua fé, Deus os declara justos, de uma vez por todas. “Justificados” (ou “Tendo sido, pois, justificados” – NVI) refere-se a uma ação no passado, algo que já foi realizado. A obra de Cristo está terminada. A justificação é uma ação ocorrida no passado. Nós a recebemos no momento em que cremos.”
John Stott: “Os frutos de nossa justificação estão relacionados com o passado, o presente e o futuro. Temos paz com Deus como consequência do nosso perdão passado. Estamos firmes na graça, nosso privilégio presente. Nós nos alegramos na esperança da glória, nossa futura herança. Isso pareceria idílico, não fosse a quarta afirmação de Paulo: nos alegramos nas tribulações”.
HDL: “Temos paz com Deus, estamos firmes na graça e esperamos a glória. A paz com Deus refere-se ao efeito imediato da justificação, o acesso à graça diz respeito ao efeito contínuo da justificação, e a esperança da glória se relaciona ao efeito final da justificação.”
Paz (passado). “A busca pela paz é uma obsessão humana universal, seja ela internacional, industrial, doméstica ou pessoal”. Estamos em guerra contra Deus, e por isso estamos em guerra uns com os outros. Sem Cristo, o Princípe da Paz, não poderá haver paz, jamais. O mundo busca paz, sem o Deus da Paz.
Salmo 85.10 “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram.”
HDL: “Todas as religiões se esforçam para reconciliar o homem com Deus. Essa paz, contudo, não é fruto do esforço que o homem faz, mas do sacrifício que Cristo fez. Pela morte de Cristo fomos reconciliados com Deus. Não somos mais réus nem inimigos de Deus. Agora temos paz com Deus.”
Acesso à graça (presente). HDL: “Se a paz com Deus é uma bênção passada, consumada no ato de nossa justificação, o acesso à graça da justificação é um privilégio presente e contínuo. Trata-se de uma condição permanente e inabalável, que se origina de uma ação realizada no passado”.
Quando Adão desobedeceu a Deus ele perdeu o acesso à árvore da vida. Um Querubim com uma espada flamejante foi colocado para protejer o jardim. Desde que fomos expulsos do jardim, Deus providencia para que voltemos para lá. É em Jesus que temos novamente acesso à presença de Deus.
Hebreus 12.22–24 “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.”
Esperança da glória (futuro). HDL: “Quem foi justificado não teme o futuro. A morte já não mais o apavora. O porvir é seu anseio e a glória, sua expectativa mais excelsa”.
HDL: “Um pastor, ao visitar um piedoso membro da igreja no leito de morte, perguntou-lhe: “O irmão está preparado para morrer?” Com o rosto resplandecendo de gozo, o crente respondeu: “Não, pastor, estou preparado para viver. Estou indo para Deus”.
2Timóteo 4.6–8 “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”
“A esperança cristã não é como nossas expectativas comuns do dia a dia em relação ao tempo ou à nossa saúde; é uma expectativa alegre e confiante que se baseia nas promessas de Deus”.
Sproul: “a metáfora usada no Novo Testamento para descrever a natureza da esperança é uma âncora. A esperança, nos é dito, é a âncora da alma. É comum encontrarmos essa imagem náutica no Novo Testamento. A pessoa instável é comparada a barcos que não têm âncora, jogados de um lado para o outro por todo vento de doutrina. Tais pessoas são caracterizadas pela vacilação e incerteza, mas a esperança plantada na alma pelo Espírito Santo não é assim. Essa esperança dá fundamento, estabilidade e segurança. A esperança é a âncora que nos impede de sermos carregados ao redor. É a esperança de que Deus fará no futuro tudo o que ele disse que vai fazer.”
3-5 >>>
“Não somos masoquistas, como aqueles a quem agrada a dor; tampouco estoicos impassíveis e sofridos. Não nos gloriamos no sofrimento ou por causa do sofrimento, mas por seus frutos, por seus resultados.”
Tribulação >> Paciência >> Experiência >> Esperança
Tribulação. Stott: “Essas tribulações são literalmente pressões, referindo-se à oposição e à perseguição de um mundo hostil. Longe de apenas suportá-las com bravura estoica, devemos nos alegrar nelas. Isso não é masoquismo; é o reconhecimento de que existe uma razão lógica divina por trás da tribulação.”
“A palavra “tribulação” vem do latim tribulum, o lugar onde se descascava o trigo, separando o grão da palha. O tribulum era um pedaço pesado de madeira com cravos de metal usado para debulhar cereais. Ao ser arrastado sobre os cereais, o tribulum separava o grão da palha. Quando passamos por tribulações e dependemos da graça de Deus, as dificuldades nos purificam e nos ajudam a eliminar a palha”.
Atos dos Apóstolos 14.22 “fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.”
Os frutos das tribulações:
Perseverança ou paciência. “A tribulação produz músculos em nossa alma. A tribulação confere ao povo de Deus a possibilidade de perseverar, não de desistir.”
Experiência ou caráter aprovado. A palavra grega dokime, traduzida por “experiência”, significa literalmente algo provado e aprovado. Essa palavra era usada para descrever o metal submetido ao fogo do cadinho com o propósito de remover-lhe as impurezas e torná-lo um metal provado, legítimo e puro.
“Uma vida fácil não serve de nada para produzir experiência ou caráter. A experiência ou o caráter são forjados no cadinho da dor. E isso é conseguido somente quando não temos outra alternativa a não perseverar na tribulação.”
Esperança. “Pessoas autenticamente alegres são aquelas que sabem onde está a sua esperança. Elas passaram pelo cadinho. Passaram por aflições, perseguição e rejeição de seus amigos. Elas sentiram a dor. Identificaram-se com a humilhação de Cristo. Foram crucificadas com Cristo e exaltadas em sua ressurreição e agora participam de seu triunfo. Essa é a esperança que o caráter cristão produz.”
Stott: “Primeiro, a tribulação é o único caminho para a glória. Foi assim com Cristo; é assim com os cristãos. Segundo, a tribulação pode levar à maturidade, se nossa resposta a ela for positiva e não com raiva ou amargura. Terceiro, a tribulação é o melhor contexto para se ter certeza do amor de Deus.”
Amor. John Owen: “O Consolador nos dá evidência e persuasão doce e abundante do amor de Deus por nós, de modo que a alma seja saciada. Esta é sua obra, e ele a faz efetivamente. Dar a uma pobre alma pecadora essa percepção superabundante e essa convicção reconfortante de que Deus, em Jesus Cristo, a ama, delicia-se nela, está satisfeito com ela, tem pensamentos de carinho e bondade para com ela é uma misericórdia indescritível.”
Stott: “Nossa esperança nunca nos decepcionará, porque Deus nunca nos decepcionará. Seu amor nunca desistirá de nós.”
6-8 >>>
“A causa do amor de Deus não está no objeto amado, mas nele mesmo. Cristo não morreu por alguém que merecia o amor de Deus. Ao contrário, Paulo diz que éramos fracos (5.6), ímpios (5.6), pecadores (5.8) e inimigos (5.10).”
Stott: “Quanto mais caro custa o presente para quem dá e quanto menos merece quem o recebe, maior é considerado o amor. Medido segundo tais padrões, o amor de Deus em Cristo é único. Ao enviar seu Filho para morrer pelos pecadores, ele deu tudo, seu próprio ser, àqueles que não mereciam nada dele, a não ser o juízo.”
9-11 >> A certeza da glória
Stott: “Mas como podemos ter certeza disso? Aqui está a lógica: se Deus já fez o que era difícil, não podemos confiar que ele completará a tarefa, o que é comparativamente simples? Se Deus realizou nossa justificação à custa do sangue de Cristo, “muito mais ainda” salvará o seu povo justificado de sua ira final! Se ele nos reconciliou consigo mesmo quando éramos seus inimigos, “quanto mais” agora, que somos seus amigos reconciliados, completará nossa salvação!”
A corrente de ouro: Romanos 8.30 “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”
Francis Schaeffer: “Se, quando éramos inimigos, Jesus morreu por nós, o que fará este Cristo vivo por nós agora!”
HDL: “Cristo não apenas morreu por nós, mas vive para nós. Não apenas verteu seu sangue por nós, mas intercede continuamente por nós. Não apenas foi nosso substituto na cruz, mas é nosso intercessor junto ao trono da graça. Seu ministério em nosso favor não foi apenas terreno, mas também celestial”
USOS
(1) Busque a paz de Deus. Somos uma geração de pessoas ansiosas. Somos pessoas que reclamam das coisas que devemos fazer, mas parece que sempre queremos mais. Ou nos orgulhamos de fazer muitas coisas, mesmo que odiemos aquilo que fazemos. Somos uma geração de pessoas estressadas, insatisfeitas e cobiçosas. Somos uma geração de pessoas infladas, prontas pra explodir. Pessoas que se ofendem fácil, e sempre se acham no direito de ofender. Ser uma pessoa pacífica voltou a ser sinônimo de fraqueza. Talvez você não tenha paz porque você gosta de estar sempre em guerra. Você sabe qual é o caminho pra ter paz. Não é a praia, um rio, férias; não é drogas ou comida; não é um salário melhor, ou pessoas melhores - o caminho pra paz é estar em paz com Deus. Você precisa estar em paz com Deus. Então responda essa pergunta: Você está em paz com Deus? Você tem dado motivo pra que Deus se ire com você? Ou você tem andado distante de Deus? A nossa paz está em Cristo Jesus, e no que ele fez por nós - ele morreu na cruz pra que a gente tivesse livre acesso à presença de Deus. Você precisa usufruir disso. Como você vai ter paz se você por exemplo não ora: Filipenses 4.6–7 “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” E como você vai ter paz se você não obedece a Deus? Filipenses 4.9 “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.” Como você terá paz se você não ama o seu próximo? Colossenses 3.14–15 “acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.” Viva para o Senhor e com o Senhor e você terá paz.
(2) Persevere nas tribulações. O Senhor Jesus disse João 16.33 “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” A reação do crente nas tribulações, por mais difícil que seja, não é o vitimismo, sentir pena de si mesmo, se afastar dos outros e se isolar, não é também simplesmente ignorar sa feridas sem tratá-las - mas a reação do crente é confiar nas promessas de Deus, é ter firme esperança da glória, de que já está decretado e confirmado que Jesus virá pra enxugar toda lágrima, e esses sofrimentos do tempo presente não se comparam com a glória por vir. Então tenha esperança, espere, tenha paciência - Romanos 8.24–25 “Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” Não se esqueça das promessas - Mateus 24.13 “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”; Apocalipse 2.7 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.” Apocalipse 2.11 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.” Apocalipse 2.26–28 “Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã.”
(3) Descanse no amor de Deus. É impressionante saber que Deus busca nos convencer de que nós somos amados por ele. Nossa maior fraqueza talvez seja duvidar do amor de Deus. Então a gente passa a vida tentanto fazer com que Deus nos ame. Convencer Deus de alguma forma, pelo nosso desempenho, tentando barganhar com Deus. Ou quando alguma coisa ruim acontece imediatamente a gente acha que Deus deixou de nos amar, ou talvez nunca tenha amado. Você ainda não entendeu?! Veja o que Cristo fez na cruz… você ainda duvida? Olhe pra cruz, o que Deus poderia fazer mais pra provar o seu grande amor a nós. O amor de Deus é eterno, é indestrutível. Seu amor é imensurável e não tem fim. O amor de Deus não é volúvel, superficial, inconstante, se não ele não seria Deus. Se você está em Cristo Jesus, Deus te ama, Jesus te ama. Você não é mal amado. Você é muito amado. Se você hoje aqui se sentiu um dia rejeitado, talvez por seu pai e mãe, lembre disso: Isaías 49.15 “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” Salmo 27.10 “Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá.” Se você se sentou foi rejeitado por sue cônjuge, lembre disso: Isaías 54.5 “Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.” Isaías 54.10 “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti.”
Stephen Charnock: “Ele desejou ouvi-lo gemer e vê-lo sangrar para que não gemamos debaixo de seu olhar de reprovação e não sangremos debaixo de sua ira; ele não o poupou para poder nos poupar; recusou-se a não feri-lo para poder se alegrar sobremaneira em nós; encharcou sua espada no sangue de seu Filho para que ela jamais fique molhada com o nosso e para que sua bondade triunfe para sempre em nossa salvação...”
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