Sobre o Nascimento do Salvador

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Lucas 2:22-40

A Salvação entra no Templo:

Introdução
Num momento onde o Senhor Deus havia silenciado os profetas e seu povo vivia de forma degradante e oprimida, e o rei dos judeus à época, era um homem ímpio e terrível. Momento no qual, os que deveriam cuidar da casa do Senhor, procuravam, em sua maioria, promover as leis pessoais em detrimento a Lei do Senhor: vivendo em hipocrisia e moralismo.
Neste momento a Salvação entra no templo. No lugar que trinta anos depois seria apontado — por Jesus — como um lugar sujo; um antro de maldade. Neste momento o Senhor entra ali e consola a alma daqueles que esperavam há muito tempo.
OBSERVAÇÕES DO TEXTO
Dos versículos 21-24:
Os dias para “o menino ser circuncidado” estavam completos. Deram-lhe então o nome de Jesus, como o anjo lhes falará. O nome Jesus é uma transliteração grega do hebraico Josué. É um nome-frase que significa “Yahweh salva”.
Neste primeiro momento Jesus recebe a marca na sua carne. A circuncisão, como prescrevia a Lei Mosaica. Sinal que fora instituído pelo Senhor Deus para ser administrado nos filhos da aliança.
Nos versículos 22-23, outro ato legal é promovido pelos pais e cumprido por Jesus, o Cristo. O primogênito é consagrado ao Senhor. Esta Lei foi estabelecida desde que eles saíram do Egito, como uma lembrança do Senhor aos hebreus, após a última praga. A morte dos primogênitos.
Para o Senhor, os primogênitos deveriam ser consagrados; tanto dos homens como de animais. Mas a diferença entre eles era: os primogênitos dos animais seriam sacrificados. Já os homens eram resgatados (no original: redimidos). Como foram no Egito.
No versículo 24, outra Lei é obedecida por eles. Aqui temos uma oferta para purificação de toda a família, pelo fato deles terem passado pelo processo do parto e todo aquele sangue e fluidos os tornarem impuros diante do Senhor.
Eles precisariam então, ofertar um cordeiro e uma pomba ou rolinha. Mas se não tivessem condições financeiras para tal investimento, poderiam substituir por duas rolas ou dois pombinhos (como está no texto). O que provavelmente fizeram, por não termos a lei completo descrita aí, apenas o adendo àqueles que não teriam condições de arcar com o valor da oferta.
Neste recorte já temos a ação do Nosso Senhor e Salvador, mesmo ainda bebê, recém-encarnado; cumprindo a Lei, pois nascera sob a mesma. E a cumpriu totalmente em nosso favor. Ele não cumpriu por ter pecado, ou nascido com pecado, como nós. Mas por necessitarmos da sua ajuda para tal.
Para muitos, o que ele fez dentro dos seus três anos de ministério, é o que os levam a crer que ele cumpriu a Lei em nosso favor. Sendo que, desde este momento, ele já estava “fazendo” isto, pois fora enviado para tal.
Isto fora feito no templo — a casa de benção. Neste momento então, temos dois encontros ali: Com Simeão e Ana.
Pouco se sabe sobre este homem, e o que se tem está nos versículos 25-27. A “espera” marcava seu testemunho. Não que fosse um testemunho para os que o rodeavam. Até porque parece que não, como vemos no versículo 26. Talvez ele guardasse esta promessa particular para si, até o presente momento.
Para ele, tendo o Senhor como testemunha, a “espera-paciente” marcava sua história. Mas para os que o rodeavam, ele era um homem justo e piedoso (v.25); e o Espírito Santo estava sobre ele. Este é um fato, pois, ele fora ao templo naquele momento, movido pelo Espírito Santo.
O próprio Deus o levara até ali. E este encontro nos legou um dos hinos históricos mais belos da Igreja. O Nunc Dimittis. Expressão que vem do Latim, que significa: “Agora, Senhor, podes despedir”. A primeira frase que ele declarou ao ver o Salvador.
Suas palavras são magnificas. Lucas não faz referência deste servo como um profeta, mas ele declarou palavras proféticas, sobre o futuro de Jesus, o Cristo. Mas não somente dele. Dos judeus e gentios também.
Mas, este servo, Simeão, preparou esta mãe para o que ela enfrentaria no futuro, nos versículos 34-35. E compreendo que o destaque do texto está no versículo 35B, quando ele afirma que: “o futuro para o qual ele estava destinado visava revelar o que se passava em muitos corações”.
Próximo a eles então, chegando naquela hora (v.38A), estava uma profetisa. Uma figura que estivera calada até o presente momento. Porque você acha isso? Por que Deus assim determinou, que neste período interbíblico, os profetas ficassem em silêncio.
Mas Ana, que era avançada em dias (tinha 84 anos), viúva (aparentemente há pouco anos), não deixava o templo. Podemos intender com isso que, possivelmente: (a) ela morava lá — o que não é impossível; ou (b) ela frequentava bastante o templo. Fato é que, ela adorava noite e dia, com jejuns e orações. Se ela morava lá ou não, ela praticava disciplinas espirituais e era reconhecida por isso.
Ela e Simeão tinham algo em comum, ambos esperavam a Consolação de Israel. Simeão por ter recebido um “oráculo” do Senhor; uma revelação do Espírito Santo. Ana esperava por ser profetiza. E ela estava “quieta” (não tanto assim), e em silêncio há um bom tempo. O que nos leva ao versículo 38, onde Lucas registra que Ana louvou ao Senhor ao testemunhar aquele momento (“dava graças a Deus”) e levou esta boa notícia (“falava a respeito do menino”) a todos. Todos? Todo ser humano? Não!
Ela levou esta boa notícia a “todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. A todos os que assim como Simeão e ela mesma, esperavam pacientemente o Redentor.
Nos versículos 39-40, após cumprirem “todas as ordenanças segundo a Lei do Senhor”, eles voltaram para Nazaré, sua cidade. Ali, crescia Jesus e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e “a graça de Deus estava sobre ele”.
Depois deste momento marcante no templo, eles retornam para casa e ali testemunham as bençãos do Senhor sobre seu amado Filho. Os tutores (assim como todos os pais são) de Jesus, viam a graça do Senhor sobre ele. Como então, eles não confiariam nas palavras, e promessas que escutavam desde pequeninos?
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TRANSIÇÃO: .
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Feitas estas considerações, vamos observar verdades espirituais, que envolvem este momento: a natividade do Salvador. Não sobre o fato em si, mas sobre o que aconteceu ali, no templo, semanas após o nascimento de Jesus:
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1. PRECISAMOS SER HUMILDES
Como o nosso Senhor fora humilde. Desde o nascimento.
Porque? Porque ele era pobre e fora colocado numa manjedoura? Porque eles não tinham dinheiro para oferecer o sacrifício como a priori era exigido?
Não, mas porque ele se submeteu a lei. E ao simbolo que mais exigia humilhação ali: a circuncisão. O fato de cortar uma parte do prepúcio e ter aquela marca, era vergonhoso para o judeu diante das outras nações.
“Que vantagem há em ter parte do corpo destruído?” — perguntou Lutero. O Senhor não precisava disto, mas fora submetido a isto para cumprir a Lei.
Sem questionar, de maneira humilde, obedeceu ao Pai e nos ensinou, desde este momento, que deve ser humildes.
Ferir nossa carne, nosso orgulho, para então extirpá-lo da nossa alma.
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Aplicações:
Você é humilde? Como responder sabiamente? Considere sua vida diante da Lei do Senhor; sua Palavra.
Você é obediente ou é daqueles que acha tolice obedecê-las?
Você obedece algumas e outras não? O que você acha que isso diz sobre o seu coração?
TRANSIÇÃO:
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2. PRECISAMOS SER PACIENTES
Como Simeão e Ana.
Simeão fora paciente de maneira constrangedora.
Você pode argumentar: “Mas ele recebeu uma revelação, por isso era fácil”.
Nós também recebemos: A Escritura.
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Aplicações:
Como você espera as promessas do Senhor?
TRANSIÇÃO:
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3. PRECISAMOS ALIMENTAR A ESPERANÇA
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Como eles, Simeão e Ana, faziam cotidianamente.
Simeão era justo e piedoso.
Ana era piedosa também, adorava dia e noite em jejuns e orações.
O que eles faziam para não “matar” a esperança, possivelmente como tantos que o rodeavam? Eles eram fieis ao Senhor. Guardavam as promessas do Senhor — para isso tinham devoção na Palavra (o que acontecia no templo); Oravam (respondiam a fidelidade do Senhor; confessavam seus pecados) e jejuavam (submetiam sua carne a humilhação, lembrando a si mesmos que eram dependentes do Eterno).
Aplicações:
Como você alimenta a esperança na sua alma?
TRANSIÇÃO:
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RECAPITULANDO:
PRECISAMOS SER HUMILDES
PRECISAMOS SER PACIENTES
PRECISAMOS ALIMENTAR A ESPERANÇA
CONCLUSÃO:
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