Jesus Morreu, Mas Está Vivo (Lc 24.13-35)

Introdução

A ressurreição de Cristo está na essência da fé cristã. Sem a ressurreição de Jesus, nossa fé seria mentirosa; nosso testemunho, um esforço inútil; nossa dedicação a Deus, um desperdício da vida.

1 Corinthians 15:19 NAA

19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo.

Nessa passagem, vamos observar a ressurreição de Jesus deve impactar nossa vida.

1. Os discípulos de Emaús antes do impacto da ressurreição (vv. 13-25).

a. Os pés dos discípulos estavam na estrada da incredulidade (v. 13).

No mesmo dia da ressurreição, dois discípulos estavam caminhando 10 quilômetros, já no fim do dia, de Jerusalém para Emaús.

Apesar de o texto não dizer explicitamente que moravam ali, é possível entender que sim por causa dos versos 28 e 29.

Aqueles discípulos estavam deixando sua missão, seu propósito, sua esperança. Movidos pela frustração, estavam voltando pra casa. O problema é que esses dois peregrinos já tinham informações suficientes sobre a ressurreição de Cristo: o testemunho das Escrituras e o ensino do próprio Senhor Jesus.

Não é assim conosco? Mesmo tendo o testemunho das Escrituras e o poder do ES em nossa vida, às vezes, nossos corações vacilam e caminhamos para longe do propósito de Deus. O que pode mudar isso? A percepção da ressurreição de Jesus!

b. Os olhos dos discípulos estavam cegos para a presença de Jesus (vv. 14-16).

A caminho de Emaús, sobre o que conversaram? Os últimos acontecimentos (v. 14): a paixão de Cristo - Sua traição, Seu julgamento, Sua crucificação tão injusta!

Enquanto falavam, Jesus não apenas se aproximou, mas “ia com eles” (v. 15). Jesus os acompanhava, mas eles eram incapazes de perceber Sua gloriosa presença.

Quantas vezes caminhamos pela vida tomados pelo desânimo, sem esperança, sem expectativa, vencidos, como se a morte fosse o fim, como se Jesus não estivesse sempre conosco! Isso só é possível porque Ele está vivo, Ele venceu a morte.

Leiamos novamente o v. 16:

Luke 24:16 NAA

16 Porém os olhos deles estavam como que impedidos de o reconhecer.

Esse é um verso chave para entender corretamente essa história. Deus havia fechado os olhos deles. Grant Osborne: “essa foi uma ignorância divinamente intencional”. Entenderemos o motivo à medida em que a história avança. Deus é quem abre os nossos olhos no devido tempo.

c. O coração dos discípulos estava entristecido (v. 17).

Sem a verdade da ressurreição, nossa vida será repleta de tristeza e dor. Os discípulos estavam tristes, quando deveriam estar radiantes de alegria no Senhor. A vida cristã não é uma vida de tristeza e dor, mas de esperança e alegria. Mas isso só será verdade em nós se realmente provarmos o impacto da ressurreição em nossas vidas.

d. O coração dos discípulos estava perturbado com a morte de Jesus (vv. 18-20).

Como explicar o fato de que Jesus é Deus e, ao mesmo tempo, foi morto como um terrível malfeitor? A Palavra de Deus nos explica isso.

1 Peter 1:20 NAA

20 Ele foi conhecido antes da fundação do mundo, mas foi manifestado nestes últimos tempos, em favor de vocês.

Conhecido (proginosko): predestinado.

Deus já tinha planejado a morte do Seu Filho. Isso não foi um acidente. Foi o ápice da história de salvação. Naquela cruz o Filho de Deus pagou o preço de salvação da humanidade, o preço pela criação de um povo santo, separado, destinado para as boas obras - o povo de Deus, a Igreja de Jesus Cristo.

e. Os olhos dos discípulos estavam fechados para o testemunho dos irmãos (vv. 22-24).

Aqueles discípulos já tinham várias evidências da ressurreição de Cristo: 1) as promessas de Jesus; 2) o túmulo vazio; 3) as mulheres que o viram ressuscitado; 4) os anjos que deram testemunho; 5) os discípulos que viram o túmulo vazio.

Ainda hoje podemos nos privar da esperança por não darmos crédito ao testemunho dos irmãos.

f. Os olhos dos discípulos estavam fechados para o ensino das Escrituras (vv. 25, 26).

“Como vocês são insensatos e demoram para crer”.

O v. 26 mostra que a paixão de Cristo não foi novidade. A Palavra de Deus já tinha anunciado que aconteceria.

Quando nossos olhos não são iluminados para ver a centralidade de Jesus nas Escrituras, caminhamos cheios de desesperança, tristes, frustrados.

A partir do v. 26, uma grande transformação acontece nos discípulos. Eles são impactados pela ressurreição de Cristo. Vejamos.

2. Os discípulos de Emaús depois do impacto da ressurreição (vv. 26-35).

a. Seus olhos foram abertos pela exposição das Escrituras (vv. 26, 27, 31).

Jesus, então, revelou-Se a eles através da Palavra de Deus. Jesus nos ensinou:

John 5:39 NAA

39 Vocês examinam as Escrituras, porque julgam ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.

“As Escrituras testificam de mim”.

Jesus precisava morrer. Mas esse não foi o fim da história. Ele também deveria ressuscitar e entrar na Sua glória. Deus não está morto. Ele triunfou, pois nos comprou a salvação em Sua morte, mas também ressuscitou, demonstrando Seu poder de vencer o pecado.

b. Seus corações ardiam em comunhão com o Cristo Vivo (vv. 28, 29, 32).

Aqueles discípulos já estavam sendo impactados pelo ensino da Palavra. Então, os discípulos convidaram aquele estranho para permanecer com eles. Eles sabiam que aquele homem não era qualquer um. Eles estavam sendo profundamente impactados pelo que dizia. Esse convite fez toda a diferença. Eles não sabiam que era o próprio Cristo.

v. 29: “E Jesus entrou para ficar com eles”. Ali, no momento de comunhão, Jesus se revelou a eles. Eles puderam vê-Lo como realmente é.

Agora, a “ignorância divinamente intencional” chegou ao fim. Seus olhos se abriram (v. 31). Quando foi que seus olhos se abriram? Na exposição da Palavra e na comunhão com os irmãos.

Luke 24:32 NAA

32 E disseram um ao outro: — Não é verdade que o coração nos ardia no peito, quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?

Quando temos comunhão com Jesus Ressurreto, nossos corações ardem no peito. Somos inflamados pela presença de Deus em nós.

Então, nosso coração desanimado se enche de entusiasmo. O Espírito Santo reacende as brasas do fervor. Então, cultuar a Deus com os irmãos se torna algo prazeroso e edificante. Orar se torna uma necessidade. Quando somos impactados pela ressurreição de Jesus, andar com Jesus se torna o sentido do nosso viver.

c. Seus pés se tonaram velozes em anunciar a ressurreição (v. 33).

Quem tem os olhos abertos por Jesus e o coração ardente com Jesus tem pés velozes para anunciar a Jesus. Os discípulos que fugiram de Jerusalém agora voltam com entusiasmo. Quando eles voltaram a Jerusalém? Veja o v. 33: “E, na mesma hora”. Eles não esperaram nem o dia amanhecer. Agora, após sentirem o impacto da ressurreição de Jesus, aqueles dois discípulos voltam pra comunhão com seus irmãos.

d. Seus lábios foram abertos para proclamar que Jesus está vivo (vv. 34, 35).

Eles voltaram pra anunciar que Jesus está vivo. A morte não é o fim. Jesus venceu a morte. Portanto, a tristeza não pode mais dominar seus corações.

Aplicações:

A ressurreição de Jesus transforma nossa vida.

Faz nossos pés velozes para anunciar o evangelho;

Faz nosso coração que arde em comunhão com Cristo;

Faz nossos olhos que veem a Jesus como é.

O Jesus ressurreto se revela a nós através da Palavra e da comunhão. Valorize sua igreja! Valorize os cultos.

A ressurreição de Jesus nos dá uma profunda esperança do futuro. A morte não é o fim da história. O mundo não terá seu fim em corrupção e destruição. O Cristo Ressurreto fará novos céus e nova terra para a Igreja habitar com Ele na eternidade.

A ressurreição de Jesus nos dá uma profunda esperança para 2024. Somos encorajados a seguir firmes nossa jornada de fé.

Apelo

Como você tem caminhado pela estrada da vida? Será que a ressurreição de Jesus tem impactado sua vida?

Assim como aconteceu com os discípulos a caminho de Emaús, o Senhor nos encontra no caminho da angústia, da derrota, da frustração. Ele se revela na exposição da Palavra de Deus e no partir do pão. Ele abre nossos olhos, nosso coração e nossos lábios.

Música: Ressuscitou

CEIA

JESUS, OBRIGADO

A cruz e seu mistério não posso entender

No calvário agonizou

O Deus santo e justo ao filho esmagou

E o fez por mim do amargo fel beber

Jesus, teu sangue me lavou, obrigado

De Deus a ira toda aplacou, obrigado

Inimigo fui, agora estou à mesa, obrigado

Foi teu sacrifício que me aproximou

Agora teu amigo sou

Tua gloriosa graça derramaste a mim

Mercê e bondade, ó Deus, que não têm fim

Morreste tu por mim

Quero viver pra ti