Tema (Mt 21.1-11)

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
JANEIRO/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 07/01: Mt 21.1-11 - O Rei ouve o clamor da multidão
Deus fala: Saudação – Isaías 62.11-12
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 147 - Vencendo vem Jesus
Deus fala: Salmo 2
Nós falamos: Oração de louvor
Nós cantamos: Hino 282 - A grande comissão
INTERCESSÃO PELA IGREJA E CONGREGAÇÕES, OFICIAIS E MEMBROS
Deus fala: Zacarias 9.9-17
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 272 - Aleluia ao Cristo Redivivo
LOUVOR
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 21.1-11: O Rei ouve o clamor da multidão
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Como vimos na última exposição em Mateus, feita pelo Rev Júnior, em Mt 20.29-34 sobre a cura dos cegos em Jericó, Jesus está a caminho de Jerusalém. Pelo verso 1 notamos que, com seus discípulos, chegam a Betfagé, que significa casa dos figos (21.18-22) região bastante próxima de Betânia, onde moravam Lázaro, Maria e Marta - onde Jesus dormirá uma noite após expulsar cambistas do Templo em Jerusalém (21.17).
Relata também o verso 1, que em Betfagé ficava o monte das Oliveiras, ou Getsêmani, que significa prensa de óleo. Todas essas localidades cerca de 5km de Jerusalém.
Este trecho não tem divisões, por isso, entendo que existe aqui apenas um ensino: O Rei ouve o clamor da multidão que o crucificará.
Vamos ao texto: Mt 21.2-11 - O Rei ouve o clamor da multidão
Nos versos 2 e 3, lemos que, depois de Jesus algumas vezes pedir para que não contassem quem operou os milagres, agora, em seu pedido - que demonstra sua onisciência divina - para que dois dos seus discípulos tragam um jumentinho que está na aldeia amarrado, preso a uma jumenta, Jesus revelará sua autoridade de profeta, sacerdote e rei a todo o povo reunido em Jerusalém.
Conforme comenta Don Carson, "a montaria em um jumentinho, como foi planejada, só poderia ser uma parábola representada, um ato deliberado de autorrevelação simbólica pars aqueles que têm olhos para ver ou, depois da ressurreição, aqueles com memória para lembrar e integrar os eventos das semanas precedentes. O segredo está sendo revelado".
No verso 4, o evangelista Mateus assume novamente seu propósito neste livro. Ao dizer que isso "aconteceu" usa uma forma de escrita que remete um acontecimento verdadeiro e concluído, bem como pode ser provado. Certamente faz isso para comunicar aos judeus - a quem escreveu - para que reconheçam Jesus como o Messias prometido, em quem são cumpridas as profecias, ressaltando como a conhecida entrada triunfal de Jesus, cumpre a profecia de Zacarias 9.9 “Alegre-se muito, ó filha de Sião! Exulte, ó filha de Jerusalém! Eis que o seu rei vem até você, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.” (5).
Os versos 6 a 8 mostram a obediência dos dois discípulos e a reação do povo que contemplou este momento único.
O texto deixa evidente como isso foi impactante para a população que presenciou. O povo, ovacionando Jesus, gritava com todas as forças, tiravam suas capas, que em muitos momentos era tratada como um bem material naqueles dias, para que Jesus pudesse passar por cima. Tudo sinalizava submissão à autoridade profética de Jesus.
Os que conheciam a história de Israel, certamente lembraram de 2Reis 9.13, que relata a unção de Jeú como rei, porque além dos mantos, também cortaram ramos das árvores tanto para que passasse por cima quanto para que visse o povo acenar à seu favor. O historiador bíblico conta que na guerra dos macabeus, na memória do povo judeu, isso também foi feito como um sinal do povo para Judas Macabeus, de que o apoiavam em sua revolução - 200 anos antes de Cristo.
Mas aqui, irmãos, algo muito mais significativo estava acontecendo.
Pelo verso 9, recebemos o ápce do relato, na identificação que o povo faz com o Rei Davi, que recebeu a promessa de que seu trono não teria fim. Isso de fato se cumpre em Jesus.
No mesmo verso 9 diz que neste grupo estavam seguidores de Jesus de todos os lugares, pessoas que já o acompanhavam, admiravam e amavam, mas também outras pessoas agregando a este grupo, contudo declarando as mesmas palavras, que remetem ao Salmo 118.25–26 “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade! Bendito o que vem em nome do Senhor. Da Casa do Senhor, nós os abençoamos.”
O povo que grita por salvação, por socorro ao Rei dos reis, porque está desesperado. E é certo que Jesus responderá o clamor desse povo. Contudo, nós, que temos a revelação completa, sabemos que logo perceberão que o que tanto esperam não acontecerá, porque desejam uma resposta imediata, forte e cruel contra os romanos, pois não compreenderam a profecia, nem aceitaram o ensino de Jesus que já os precaveu dizendo que veio para tomar o cálice da ira de Deus, para dar a sua vida em resgate de muitos Mateus 20.28.
Desde o anúncio de sua concepção, desde o seu nascimento, frágil como um bebê e dependente de cuidados, recebendo ameaças de morte e perigos, o Senhor Jesus é anunciado como o Servo Sofredor de Isaías 53.7 “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca. Como cordeiro foi levado ao matadouro e, como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca.” .
Por isso, em sua entrada triunfal, Jesus Cristo, o Messias, não se ilude, pois sabe que logo ouvirá dessa mesma multidão com o mesmo empenho: crucifica-o.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos que o Rei ouve o clamor da multidão, e, hoje, sabemos que respondeu positivamente a este clamor, mas não do modo como esperavam. Ele veio para buscar e salvar o perdido. Não o são que não precisa de médico, mas o doente. Sua resposta ao pedido de socorro daquela multidão lhe causará a morte. Jesus sabe disso, mas aquela multidão que queria ser salva da opressão dos romanos, mas não da maldade dos seus próprios corações, não o receberá.
Diante disso, reconheçamos nós, que sabemos qual foi a resposta de Jesus ao clamor da multidão, descansando na certeza de que justamente por dizer sim ao desejo por savação deles no mais profundo grau, Jesus precisou morrer.
De modo prático, irmãos, isso diz muito sobre nós, especialmente em nossas orações e anseios pelas respostas de Deus ao nosso clamor. Por isso, pense hoje sobre como tem sido a sua resposta às respostas que Deus tem dado a você.
Imagine que você clama ao SENHOR e ele responde de uma maneira que você não imaginava. Como você tem recebido a vontade de Deus!? Aquela multidão ficará desapontada com o Salvador. E nós? Como estamos nós diante das respostas que Deus tem dado aos nossos clamores?
SANTA CEIA (1Co 11.23-26)
Ao redor da mesa da comunhão, somos chamados a humildade no reconhecimento de que dependemos de um salvador. Isso exige de nós genuína fé para que no reconhecimento de que recebemos um sim por aquilo que não pedimos - que é o perdão dos pecados -, podemos receber muitos nãos sem murmurar contra o SENHOR.
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO
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