Sobre As Sagradas Escrituras
A Confissão De Fé Batista • Sermon • Submitted • Presented
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Importância da CFB-1689
Importância da CFB-1689
15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
Declaração dos Apóstolos sobre Cristo:
16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.
Credo batismal (passou à Ceia do Senhor e até aos exorcismos de demônios):
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
37 [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.]
Credos ecumênicos e confissões de fé.
Ou seja, têm função de profissão de fé individual; de defesa da fé; e de declaração de fé coletiva, para que todos saibam (identidade).
Função de referência objetiva, histórica; de “pureza doutrinária”.
Nossa Igreja não adota a Confissão de Fé Batista talvez porque os batistas simplesmente não supervalorizem tradições, o que está correto.
Além do mais, “pureza doutrinária” implica em perseguição a quem pensa diferente, o que é um horror para os batistas.
A liberdade deve existir tanto para os batistas gerais (arminianos), quanto para os batistas particulares (calvinistas).
A maior função da Confissão é educativa, assim como é a dos catecismos batistas.
Contexto Histórico da CFB
Contexto Histórico da CFB
Até 1534, a Inglaterra havia sido católica romana.
Henrique VIII rompeu com Roma e aprovou o Ato de Supremacia, pelo qual o rei passou a ser o chefe da Igreja da Inglaterra.
Assim, passou a existir uma igreja nacional inglesa, mas ainda parecida com a católica: a Anglicana.
Além da Anglicana, outras duas Igrejas passaram a surgir após a Reforma: a Luterana, e a Reformada (as reformadas nacionais).
Com a morte de Henrique VIII em 1547, subiu ao trono o seu filho adolescente Eduardo VI.
Sob a liderança de Thomas Cranmer, arcebispo de Cantuária, foram elaborados dois importantes documentos reformadores (calvinistas): os Trinta e Nove Artigos, e o Livro de Oração Comum.
Tinha-se a impressão de que a fé protestante iria triunfar na Inglaterra, mas o jovem rei morre prematuramente em 1553.
Maria Tudor, “Maria, a Sanguinária”, filha de Henrique VIII com a princesa católica espanhola Catarina de Aragão.
Anulou a separação da Igreja da Inglaterra, e voltou com a Igreja de Roma.
O arcebispo Cranmer e muitos outros líderes da Reforma foram queimados na fogueira.
Muitos protestantes fugiram para o continente, entre eles, o pastor escocês John Knox, que foi para Genebra e organizou a Presbiteriana.
Outro refugiado, Miles Coverdale, e alguns companheiros fizeram uma nova tradução das Escrituras, a Bíblia de Genebra.
Foi a primeira Bíblia de tamanho pequeno a ser publicada, a primeira em inglês e na qual os livros eram divididos em capítulos e versículos.
Com a morte de Maria em 1558, sua meia-irmã Elizabeth subiu ao trono para um reinado de 45 anos.
O Ato de Supremacia foi restabelecido e os protestantes exilados tiveram permissão para retornar.
Firmemente apegados às Escrituras e à teologia calvinista, esses protestantes começaram a insistir numa reforma genuína da Igreja Inglesa.
Forma de governo, sistema de doutrinas, culto e uma vida como um todo mais puros, ou seja, mais bíblicos.
Em 1565, eles passaram a ser chamados de “puritanos”.
A rainha Elizabeth alarmou-se com o crescimento dos puritanos e fez tudo para os submeter aos padrões religiosos vigentes.
Todavia, o movimento continuou a crescer, desde o reinado de Elizabeth até a convocação do Longo Parlamento.
Com a morte de Elizabeth em 1603, Tiago VI da Escócia, filho de Maria Stuart, tornou-se Tiago I, rei da Inglaterra e da Escócia, e chefe da Igreja.
Ele havia sido educado pelos presbiterianos da Escócia, mas se apegou ao sistema episcopal de governo eclesiástico.
Ele disse: “Vou fazer com que se submetam ou os expulsarei do País, ou coisa pior”.
No sei reinado, um grupo de puritanos foi inicialmente para a Holanda e depois para a Nova Inglaterra, na América do Norte.
A única coisa positiva que esse rei fez foi aprovar a nova e influente tradução da Bíblia, a Versão do Rei Tiago (King James Version, 1611).
Com John Smith (1570-1612), pastor anglicano, em meados da primeira década do século dezessete, se dá a origem dos primeiros batistas.
Em 1607, ele se tornou um separatista da Igreja Anglicana, por não aceitar seus padrões quase católicos.
Em 1609, Smith “dá um passo significativo em seu pensamento, aceitando o batismo do crente”.
Smith se aproximou dos menonitas para compreender sua teologia. Ele e toda sua congregação foram para a Holanda, por causa da perseguição.
Nisto, Smith tornou-se arminiano, abandonando, em particular, a crença de que Cristo morreu apenas pelos eleitos.
Alguns retornaram à Inglaterra em 1612, conduzidos por Thomas Helwys (1575-c.1616).
Assim que voltaram para a Inglaterra, Helwys foi preso por seu não conformismo à Igreja Anglicana.
Algumas de suas primeiras publicações estavam relacionadas à defesa da liberdade de consciência.
“Breve Declaração do Mistério da Iniquidade”: dedica uma cópia ao Rei Tiago I, condenando qualquer perseguição por motivos religiosos.
Até o final do século dezoito, os batistas gerais foram praticamente extintos da Inglaterra.
Mas os batistas particulares cresceram.
No ano de 1616, sob o pastoreio de Henry Jacob, uma igreja surge como a primeira igreja batista calvinista da história.
É conhecida como Igreja Jacob-Lathrop-Jessey, o nome dos três primeiros pastores (1616 a 1622; 1624 a 1634; 1637 a 1639).
Por causa da perseguição, os dois primeiros pastores foram para a América.
Os batistas foram os que mais sofreram mais do que qualquer outro grupo não-conformista, exceto os quakers.
Os batistas ingleses, embora quase nada tivessem a ver com os anabatistas alemães, acabaram sofrendo com a falsa associação com estes.
Anabatistas: vida comunitária, pacifismo, batismo por aspersão, não por imersão; se recusam a participar do Estado; acreditam no sono da alma.
Alguns unitarianos, alguns revolucionários; alguns não criam na natureza humana de Cristo.
Ou por serem acusados de arminianos (doutrina da queda da graça).
Quando Tiago morre, em 1625, havia seis ou sete igrejas batistas na Inglaterra.
Durante o reinado de Tiago I e Carlos I, os batistas “reuniam-se secretamente em bosques, estábulos e celeiros”.
Foi somente em 1633 que eles começaram a organizar congregações separatistas, mas eram punidos sempre que descobertos.
Em 1637, Henry Jessey, que se tornara um puritano durante seus estudos em Cambridge no início da década de 1620, assume o pastorado.
É no ministério de Jessey que esta igreja afirmará, em 1638, sua adoção do credobatismo.
Em 1641, eles afirmam o batismo por imersão (até então, era administrado por aspersão ou afusão em todas as igrejas batistas).
Outra igreja se destaca no início entre as batistas calvinistas: a pastoreada por John Spilsbury, que provavelmente foi membro da JLJ.
A igreja pastoreada por ele “foi a primeira a abraçar definitivamente a causa batista calvinista”.
Em 1644, produz a primeira Confissão de Fé Batista, ao lado de outras igrejas batistas calvinistas.
Em 1644, havia sete congregações em Londres, e quarenta e sete em toda a nação.
Os batistas calvinistas começaram a crescer e se espalhar por várias cidades da Inglaterra.
A Inglaterra nunca havia experimentado uma transformação moral tão grande.
A Inglaterra se tornou o povo da Bíblia, era lida em todo lugar.
Carlos I reinou de 1625 a 1649.
Em 1637, tentou fazer com que os presbiterianos da Escócia se submetessem ao culto da Igreja da Inglaterra e ao governo episcopal.
No ano seguinte, os escoceses assinaram um pacto nacional no qual se comprometiam a defender o presbiterianismo.
Entraram em guerra contra o rei.
Carlos precisava de mais homens e dinheiro para lutar contra os escoceses e assim foi forçado a convocar a eleição de um Parlamento.
Para seu horror, os ingleses elegeram um parlamento puritano.
Ele rapidamente dissolveu o parlamento e convocou nova eleição, que resultou em uma maioria puritana ainda mais expressiva.
O rei tentou novamente dissolver o Parlamento, que entrou em guerra contra ele. Estava iniciada a guerra civil inglesa.
Esse Parlamento convocou a “Assembleia de Teólogos de Westminster”, composta de 121 ministros, todos, exceto dois, da Igreja da Inglaterra.
Os trabalhos começaram em 1643. Praticamente todos eles eram puritanos, calvinistas.
Não houve unanimidade quanto à forma de governo: a maioria presbiteriana, muitos eram congregacionais, e alguns defendiam o episcopalismo.
Os debates mais longos e acalorados foram travados nessa área.
Poucos representantes escoceses exerceram uma influência decisiva sobre a Assembleia.
O esboço inicial da Confissão de Fé de Westminster foi preparado por duas comissões a partir de outubro de 1644.
A Confissão de Westminster foi aprovada pelo Parlamento somente em 1648.
A forma dessa Confissão foi influenciada pelos chamados Artigos Irlandeses, elaborados pelo bispo Ussher em 1615.
Esquema teológico geral: Teologia Federal ou Teologia do Pacto (Pacto das Obras e Pacto da Graça).
Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o rei Carlos.
Cromwell e o exército inglês eram partidários do congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento em 1648.
O rei foi decapitado em 1649, sendo criada a Comunidade (Commonwealth), tendo Cromwell como Lorde Protetor da Inglaterra e da Escócia.
Cromwell morreu em 1658 e dois anos depois foi restaurada a monarquia, com Carlos II no trono dos dois países.
O episcopado foi restaurado, sendo aprovadas rígidas leis que impunham submissão ao governo e ao culto da Igreja da Inglaterra.
Seguiu-se um longo período de intolerância e cerceamento.
Hanserd Knollys (1599–1691), Benjamin Keach (1640–1704) e John Bunyan (1628–1688): principais batistas a passar muito tempo presos.
Foi só após o Ato de Tolerância (1689) que a perseguição cessou, permitindo aos batistas a construção de capelas e sua expansão.
É a partir desse ano que os batistas passam a ser um dos principais ramos do Separatismo.
Em 1689, é publicada a segunda Confissão de Fé Batista, já redigida desde 1677, mas que não fora permitido ser publicada.
Somente no século 19 foi organizada a Igreja Presbiteriana da Inglaterra (1876).
Capítulo I, Parágrafo 1
Capítulo I, Parágrafo 1
A Bíblia é a única fonte de conhecimento a respeito da salvação, a respeito de Jesus!
A Tanakh sozinha, não; o Al Corão, não; a tradição católica, não; o Evangelho Segundo o Espiritismo, jamais.
Além disso, em dois casos (parágrafos 1 e 6), a reivindicação dos anabatistas radicais acerca da revelação direta e dom de profecia é negada.
O conhecimento contido na Bíblia é do tipo revelado, sobre o mundo espiritual e sobre a vontade de Deus; não do tipo pesquisado (ciência).
Necessidade, autoridade, de natureza pessoal, antrópica, suficiência, clareza, inspiração e inerrância das Escrituras.
Nem tudo está revelado na Bíblia, mas tudo que é preciso para agradar a Deus está nela (suficiência).
Revelação universal (conhecimento de Deus pela natureza, por nossos atributos, até morais; Tomás de Aquino) e revelação especial (Bíblia).
Preservação, propagação e seleção são os objetivos da organização do cânon.
Critérios de inspiração: apostolicidade (profético), concordância com os ensinos anteriores, reconhecimento universal.
Parágrafos 2 e 3
Parágrafos 2 e 3
Apócrifos são quaisquer livros fora do cânon. O termo quer dizer “oculto, secreto, escondido”; mais atualmente, quer dizer “sem autenticidade”.
Os mais conhecidos são os judaicos acrescentados pelo Papa à Bíblia no século XVI, na Contra Reforma (deuterocanônicos, pseudocanônicos).
Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, I e II Macabeus e Baruque. Não aparecem na Tanakh. Inclusive, contêm erros históricos.
Tobias (200 a.C.): faz o bem que não haverá o mal em você; é enganado pelo anjo, que o ensina a mentir.
Judite (150 a.C.): os fins justificam os meios.
Baruque (100 a.C.): Baruque foi cronista de Jeremias. Porém, a data é muito posterior.
Eclesiástico (180 a.C.): parecido com Provérbios, com heresias; justificação pelas obras; cruel com escravos; incentiva o ódio aos samaritanos.
Sabedoria (40 a.C.): contra o epicurismo. Corpo como prisão da alma; doutrina estranha sobre origem e destino da alma; salvação pela sabedoria.
Macabeus (134 a 100 a.C.): sacrifício pelos mortos, para que fiquem livres do pecado (purgatório). Sobre a narração de Macabeus:
“Se ela está felizmente concebida e ordenada, era este o meu desejo. Se ela está imperfeita e medíocre, é porque não pude fazer melhor”.
Acréscimo a Daniel e a Ester: caráter lendário e antinatural.
Houve 295 citações do A.T. no N.T.; nenhuma dos apócrifos.
Existem ainda os evangelhos apócrifos.
Pseudepígrafes (falsa autoria, entitulado). Entre 200 a.C. e 200 d.C. Alegam serem inspirados, atribuídos a homens do A.T.
Parágrafos 4 e 5
Parágrafos 4 e 5
Autoridade interna, do Espírito Santo.
Autoridade externa dos apóstolos.
Parágrafos 6 a 9
Parágrafos 6 a 9
Cânon fechado: testemunho contra os adventistas.
Divergências secundárias: governo, culto.
Exegese é uma tarefa simples, a interpretação é uma, e bastante clara quando se sabe literatura e história.
Existe a analogia da fé e da Escritura (teologia bíblica, sistemática).
Parágrafo 10
Parágrafo 10
“Espíritos particulares”: “apóstolos”, anjos (Maomé, Ellen White), espíritos (Allan Kardec).