Vitória sobre as tentações (1Coríntios 10:1-13)
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INTRODUÇÃO: Devemos ensinar nossas crianças que, para várias situações em nossas vidas, existe um limite estabelecido para não termos problemas e seguirmos bem, e quando elas crescem, sabem em que há liberdade e o que deve ser evitado.
Por exemplo, se encostamos o dedo em uma tomada que está energizada, sabemos que podemos levar um choque. Se botamos a mão em cima do fogão enquanto o fogo está aceso, podemos nos queimar. Quando crianças, somos ensinados a não ter contato com estranhos na rua, pois não sabemos se esta pessoa está com boas ou más intenções conosco.
Na vida espiritual, também recebemos instruções, ao caminharmos na dependência de Deus, para sabermos como agir nas mais variadas situações do nosso cotidiano.
CONTEXTUALIZAÇÃO: No texto em questão, o apóstolo Paulo faz várias comparações sobre a peregrinação no deserto, no Antigo Testamento, com a condição vivida pelos coríntios, já no Novo Testamento, e como não se pode ignorar as experiências na construção da nossa vida.
Em Corinto havia judeus e gregos convivendo na igreja e, para viverem bem, deveriam eliminar costumes que não condiziam com a fé cristã que agora professavam.
Passamos por muitas tentações e, quando amadurecemos, recebemos capacidade para vencermos. Meu tema desta noite é: VITÓRIA SOBRE AS TENTAÇÕES.
Dobradiça: O que podemos aprender, por meio deste texto, para termos vitória sobre as tentações?
1. NÃO IGNORAR A HISTÓRIA (v. 1-6)
1. NÃO IGNORAR A HISTÓRIA (v. 1-6)
1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, 2 tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.
Explicação: Paulo orienta aos coríntios que observem toda a história do passado de Israel para considerarem que erros e acertos podem influenciar a nossa comunhão com Deus.
O povo de Israel provou de grandes milagres, viu acontecer o sobrenatural de Deus, mas, mesmo assim, teve muitas dificuldades em sua caminhada nesta terra.
Paulo deixa claro que a imoralidade sexual e a idolatria dos corintios em nada são diferentes às más obras praticadas pelos israelitas, e que todas as obras, em si, sofreriam o mesmo castigo divino.
O apóstolo lembra que até mesmo aqueles que demonstram possuir grande fé, como na travessia do Mar Vermelho no Êxodo, e depois na peregrinação no deserto até a Terra Prometida, todos estes estão sujeitos à queda.
O pensamento de Paulo é fazer uma comparação com aqueles que caminham com Cristo. Em um sentido figurado, o povo de Israel foi “batizado”, ou seja, ele usou este termo no v. 2 para explicar que todas as bênçãos que receberam demonstrava que era Deus quem os estava guiando.
Agora, acompanhe comigo os vs. 3 a 6:
3 Todos eles comeram de um só manjar espiritual 4 e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. 5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto. 6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
A igreja em Corinto era formada por um povo que foi batizado e provou de grandes maravilhas, mas que não seria esta a garantia de que todos perseverariam. Qual é a pedra que sustentou o povo de Israel? Vemos em Ex 17.6:
6 Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.
Israel se alimentou do manjar espiritual, bebeu da mesma fonte, e tudo porque havia uma pedra que os sustentava. Aqui a comparação era com o que, agora, os coríntios se alimentavam espiritualmente: o corpo e o sangue de Cristo, que purifica de todo pecado.
Mas o versículo 5 fala de que muitos não agradaram a Deus com seus atos e ficaram pelo caminho, morreram no deserto e não chegaram na Terra prometida, com exceção de Josué, Calebe e de todos os que tinham menos de vinte anos.
Apesar disso, se da pedra jorrou água para matar a sede do povo no deserto, Cristo é a Rocha Eterna que todo crente se firma e se satisfaz. A pedra que fornecia água no deserto era, para Israel, uma demonstração da majestade de Deus e do cuidado com Seu povo.
Tanto o povo de Israel no deserto quanto os coríntios receberam muitas bênçãos, mas deviam deixar de lado a idolatria e uma vida de imoralidade.
Aplicação: A verdade é que nenhum de nós possui uma reserva de santidade e perfeição capaz de resistir às tentações sozinho. Precisamos dAquele que nos santifica e nos aperfeiçoa, Jesus Cristo.
Deveríamos olhar para trás e pensar como muitas pessoas se arrependeram dos seus erros (e outras nem se arrependeram).
Tem vezes que precisamos ouvir histórias sobre as situações da vida para decidirmos como agir, e quais são os benefícios de escolher a coisa certa ou os prejuízos de uma escolha mal-feita.
Como é quando você deseja comprar uma geladeira nova, ou então um carro novo? Esses tempos atrás, pra comprar itens novos pra nossa casa, como uma cadeira pra escritório, um celular, tablet, eu pesquisei as opções e comparei os preços. Observei as avaliações nos sites das lojas, mas também assisti vídeos do YouTube em que pessoas falam sobre os prós e os contras do produto.
Se eu encosto o dedo em uma tomada que está energizada, eu sei que posso levar um choque, mas isto eu sei porque, lá atrás, alguém descobriu que isto era perigoso.
Nós contamos histórias e testemunhos de pessoas que foram abençoadas ao terem uma vida com Deus, e outras que se deram muito mal ao viverem longe dos caminhos do Senhor.
As gerações atuais querem apagar o passado, como se não houvesse nada de bom a aprender. Os erros dos antepassados devem nos levar também a sermos melhores. Como você tem considerado estas histórias? Não as ignore, tudo é para nosso aprendizado!
Dobradiça: Para vencer as tentações, não podemos ignorar a história. Além disso, precisamos aprender a...
2. NÃO DEPREZAR AS ADVERTÊNCIAS (v. 7-10)
2. NÃO DEPREZAR AS ADVERTÊNCIAS (v. 7-10)
7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.
Explicação: Paulo adverte aos coríntios que de nada vale se deleitar e aproveitar as coisas boas que Deus dá sem, antes, honrá-Lo e agradá-Lo. Servir a Deus por alegria, e não esperando bênçãos. O povo de Israel praticou idolatria muitas vezes ao longo de sua história, e isto trouxe para eles grandes prejuízos.
Assim como eles, em várias ocasiões os coríntios estavam mergulhados na idolatria, e pensavam não haver problema algum nisto:
7 Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se.
Paulo cita o povo de Israel quando diz que comiam diante de um falso deus:
4 Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. 5 Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao Senhor. 6 No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.
Acompanhe comigo 1Coríntios 10:8:
8 E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil.
Em Israel, homens se envolveram com mulheres midianitas, que eram prostitutas religiosas, e receberam uma praga como consequência deste pecado, pois também envolvia culto ao outros deuses, como neste caso, a Baal-Peor. O texto fala que foram levados à morte cerca de 23 mil.
9 Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. 10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.
Eles tentaram a Deus de forma a murmurar para que Ele mude de ideia em Seus planos, reclamaram de Moisés e exigiram o que está relatado em Êxodo 17:2:
2 Contendeu, pois, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor?
Além disso, colocar o Senhor à prova é tratar como imundo aquilo que é santo e se revoltar contra as decisões divinas. A ideia de “murmurar”, segundo Paulo, se refer a alguém que se queixa com descontentamento, que resmunga, que se revolta e planeja secretamente que algo de mal seja feito para que tudo seja conforme a vontade desta pessoa.
Aplicação: Somos tentados a muitas coisas: reclamar quando as coisas não saem do nosso jeito… e isso que não é nem ficar peregrinando no deserto, mas é ficar um pouco mais de tempo na fila do banco, reclamar do calor, do frio e da chuva, ou que o trânsito está muito lento. Reclamamos quando a conexão com a internet está lenta ou a bateria do celular está acabando.
E na igreja? Reclamamos caso o culto tenha sido muito rápido ou se demorou demais. Creio que as reclamações quanto ao calor aqui dentro irão diminuir quando tivermos ar condicionado, mas reclamaremos que o ar está muito gelado.
Reclamamos quando o pastor diz na mensagem algo que não gostamos porque nos confronta ou porque não diz aquilo que esperávamos ouvir.
Pensando agora na questão da imoralidade sexual, não se pode cair no erro de viver uma vida imoral. Atualmente a sexualidade é uma das áreas mais difíceis e complicadas de controlar, pois as festas, o Carnaval, as músicas, a mídia, enfim… estas trazem um conceito de liberdade onde vale tudo e são desprezados conceitos de pureza e pudor.
Hoje não precisaria se envolver com as prostitutas sexuais, a própria TV e a internet já se encarregam de trazer isto aos seus olhos. A imoralidade chegou a um nível que já se tornou normal até mesmo em algumas igrejas. Mas o Deus que nós servimos não Se alegra com a imoralidade, Ele nos chama à pureza e à piedade. Ainda vale a pena formar uma família tradicional, ter filhos e ensiná-los a desejar ter uma vida santa.
Jovens e adolescentes, principalmente os adolescentes: cuidado com a exposição nas redes sociais, pensem sobre como estão sendo vistos, pensem sobre o conteúdo que estão consumindo. Há muita coisa boa e proveitosa, mas também há coisas que podem tirar seus olhos de focar a beleza da vida com o Senhor.
Dobradiça: Em primeiro lugar, não podemos ignorar a história, também não podemos desprezar as advertências, e em último lugar:
3. AVALIAR SEUS LIMITES (v. 11-13)
3. AVALIAR SEUS LIMITES (v. 11-13)
11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.
Explicação: Estes exemplos são padrões de como se deve viver, na busca por mais maturidade e crescimento espiritual.
12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.
Aqui a advertência chega no seu clímax, no seu ponto mais alto. Os coríntios, que julgavam ser mais espirituais que os outros, deveriam avaliar se, de fato, estariam de pé, e onde estariam firmados os seus pés.
A vida cristã não se baseia apenas em conhecimento, mas é sabedoria que resulta em vida prática. Estar em pé não é garantia de que não cairemos. Por isso que a vigilância é tão importante. Ninguém é mais santo que outro a ponto de sempre resistir e não cair.
Mas isto não dá permissão a ninguém de usar isto como desculpa. Será que existe alguma tentação que seja irresistível? Paulo responde:
13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
Os filósofos exaltavam a capacidade humana em resistir às tentações, como se conseguissem. Mas também alertavam a todos que deveriam estar preparados para enfrentar as situações adversas. Entretanto, Paulo exalta o Deus fiel que jamais dá aos seus filhos tentações que não consigam suportar.
A postura de um discípulo de Jesus é colocar sua vida em vigilância e oração constante, o que Pedro, Tiago e Jão não conseguiram:
40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
A ênfase deve ser colocada no espírito que está pronto, e não na carne que é fraca, desculpa que muitos utilizam.
Aplicação: Devemos avaliar nossa vida e nos perguntarmos: Até quando temos resistido? Qual é o nosso limite, o nosso ponto máximo? Onde está nossa fraqueza?
Conhecendo onde somos fracos, conseguimos até orar mais e melhor pedindo a Deus que nos faça resistir. Orações específicas nos fazem lutar contra pecados específicos.
Quando confessamos a Deus os nossos desejos pecaminosos, ainda que estejam apenas no pensamento, temos o fortalecimento do Espírito Santo que nos encoraja.
O problema do ser humano é alimentar os desejos que se tornam em atitudes. Um homem ou até mesmo uma mulher já adultera no pensamento, precisa pedir a Deus que tire do seu coração esta tentação para que não caia para o adultério propriamente dito, ou a pornografia.
A tela de um celular pode ser destrutiva. Precisamos usar a nosso favor os recursos que temos.
Conhecer nossos limites faz a diferença porque podemos entender quais são nossas lutas mais profundas. A cobiça pode começar ao olhar a roupa ou o carro de outra pessoa, desejamos ter igual, fazemos como o povo no deserto, é sempre o que o outro tem que é mais bonito.
Quando não nos contentamos, temos a tendência a desejar o que não é nosso. É assim que há pessoas que entram para o crime.
Se a sua tentação é falar mal dos outros, causas intrigas, antes de mandar uma mensagem ou falar com outras pessoas, faça perguntas para si mesmo:
Isto vai ser bom para mim?
Isto vai ser bom para a pessoa que eu vou contar?
Se tem uma terceira pessoa envolvida, como ela vai reagir?
Será que isso não vai causar problema na igreja, problema em casamentos, em famílias?
Será que estarei glorificando a Deus com isto que vou contar?
Avaliando tudo isto, se realmente você tem Deus em seu coração, e o Espírito Santo está agindo, logo a tentação de falar mal ou inventar mentiras será dissipada.
Existe aqueles que dizem: “Eu sou uma boa pessoa, mas ai de quem pisar no meu calo, aí eu me transformo!”. Quando pensam assim, na verdade, só são bons quando convém. Não quer dizer que seremos “capachos” dos outros para que se aproveitem de nós.
Alguém que tem o Espírito Santo dentro de si deve possuir controle emocional, domínio próprio e mansidão, isto faz parte do fruto do Espírito, e quem é fraco nisto, precisa reconhecer e mudar.
Pense bem sobre qual é a sua fraqueza que precisa ser combatida, pois até esta maior fraqueza que te traz tentações você pode resistir e vencer.
PONTE CRISTOCÊNTRICA: Você e eu não vencemos sozinhos. Quem pensa assim, apenas se frustra. É grande a queda de quem busca seguir sua vida como se fosse independente de Deus. Suas conquistas serão, primeiramente, as conquistas de Cristo pra você. Só vencemos quando Ele vence por nós!
26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
Na nossa fraqueza, o prevalecerá é a força de Cristo. Nas nossas batalhas, Ele vai à frente para nos encorajar e vencer por nós. Por isso não desanimamos!
CONCLUSÃO: Toda tentação pode ser vencida, todo problema por ser solucionado. Cabe a nós crermos nAquele que caminha ao nosso lado.
Dependentes de Deus, devemos ouvir a voz do nosso Pai Celestial para irmos bem. Ele deixou exemplos muito bem construídos no Antigo e no Novo Testamento, histórias que servem pra vida toda. Então, que isto seja de aprendizado para nós.
Não desprezemos as valiosas advertências para largar a murmuração e a idolatria. Acima de tudo, avaliemos os nossos limites para sabermos o que precisa ser corrigido e busquemos em Deus a nossa santificação.
O Senhor está entre nós, Ele nos faz vencer. Que Ele abençoe nossas vidas. Que Ele abençoe sua vida poderosamente!