ALEM DAS DIFERNÇAS

Atos dos Apóstolos 15.36–41 ARA

Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam. E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.

Esta semana teve uma treta na internet entre Andre Valadão e Rodrigo Silva. Pastores de grande repercussão nas redes sociais e nas suas igrejas. Eles brigaram, e a briga se espalhou para outras pessoas.

A obra de Deus é feita de homem fracos e falhos, que não deveria brigar. Mas o que fazer quando ha diferenças entre os lideres da igreja? Como fazermos para irmos alem das diferenças para que o reino de Deus avance?

É o que vamos ver hoje.

Introdução

O capítulo 15 de Atos nos mostra o Concílio de Jerusalém, onde os apóstolos discutiram a relação dos gentios com a Lei de Moisés. Contudo, mesmo após essa decisão unânime, vemos que até mesmo os grandes servos de Deus, como Paulo e Barnabé, enfrentaram desentendimentos. Isso nos ensina que, mesmo nas melhores comunidades cristãs, conflitos podem surgir.

1. A primeira viagem missionária ocorrera com grande sucesso. Aconteceram muitas conversões, inclusive de gentios. Esse fato deixou os judaizantes enciumados: Eles diziam: “Os gentios devem cumprir a Lei para salvação” (15.1, 5).

2. O Concilio de Jerusalém definiu a doutrina e proclamou: A salvação unicamente pela graça, através da fé em Jesus Cristo (15.11).

3. O resultado, anunciado nas igrejas gentílicas foi especial: harmonia, alegria, e fortalecimento (15.30-31).

4. Mas, nem tudo era um mar de rosa", Existindo homens, existirão opiniões diferentes.

5. No propósito de empreender nova viagem missionária, Paulo e Barnabé tiveram tamanha crise ministerial que vieram a separar-se. Mas, ao invés de pensarmos que essa crise foi uma derrota, vemos que Deus está no controle das circunstâncias que envolvem a igreja. Por isso, dizemos que:

Só Deus em sua soberania faz com que todas as coisas cooperem para o bem dos que o amam.

Nesse texto encontramos três lições sobre como lidar com as crises ministeriais, submetendo-nos a Deus:

1. A primeira lição nos ensina que o cuidado com os novos cristãos deve ser prioridade ministerial V. 36

Paulo e Barnabé, após o Concílio, decidem voltar e fortalecer as igrejas que haviam plantado. No entanto, surge um desentendimento em relação a João Marcos, que Barnabé queria levar consigo. Aqui, aprendemos sobre as diferentes perspectivas e preferências dos servos de Deus.

a) Os missionários foram impelidos pelo amor a visitar os irmãos.

b) Os missionários sentiam-se responsáveis pelos seus "filhos na fé".

c) Os missionários estavam preocupados com a ação dos judaizantes (veja 16.4)

d) Paulo escrevera sua primeira carta (antes do Concilio), pois os gálatas voltando para a Lei (Gl 1.6; 3.1).

2. A segunda lição nos ensina que o choque de opiniões pode dividir uma equipe cristã - v. 37-39

A discordância entre Paulo e Barnabé atinge um ponto em que eles decidem seguir caminhos separados. Paulo, ciente do abandono anterior de João Marcos, não estava disposto a tê-lo novamente em sua companhia. Esta situação nos lembra que até mesmo os líderes espirituais podem ter divergências, e isso não é incomum na jornada cristã.

a) O convite a João Marcos motivou a divergência entre Paulo e Barnabé - v.37

b) Barnabé (Filho da consolação) queria dar uma segunda oportunidade a seu primo, que já os abandonara uma vez.

c) Paulo (Inflamado) não queria arriscar o sucesso da missão – não admitia falhas – v. 38

d) A discussão entre cristãos livres e de opiniões firmes, pode causar divisões – 39

3. A terceira lição nos ensina que o controle soberano de Deus é completo sobre a vida da igreja – v.39-41

Após a separação, ambos os missionários continuam a obra do Senhor, cada um com seus companheiros. Paulo escolhe Silas, e Barnabé leva consigo João Marcos. Esta separação não é o fim da história. Mais tarde, nas Escrituras, vemos que Paulo reconhece o valor de Marcos e pede para que ele seja trazido, indicando uma reconciliação entre eles (2 Timóteo 4.11).

a) A separação, que pode ser considerada como derrota, esta sob o controle de Deus.

b) Barnabe deu oportunidade a João marcos, que aproveitando-a tornou-se útil, como posteriormoente Paulo reconheceu (Cl 4.10; 2Tm 4.11). Marcos foi oi autor do primeiro evangelho, que serviu de base para os evangelhos de mateus e Lucas.

c) Paulo escolheu a Silas e, sob a bençãso da igreja e do Senhor, visitaram antigos e novos locais.

d) Ao invés de uma equipe, saíram duas equipes, de acordo com a permissão de Deus.

Conclusão

· Existem novos discípulos que precisam ser afirmados na fé. Então, estenda as mãos, mande uma mensagem, faça uma visita, ore com alguem.

· Sinta-se responsável por alguém.

· Nós podemos pensar diferentes, mas nunca permita que seu pensamento ou opinião comprometa a missão da igreja.

· Você tem paciência como Barnabe para ser um encorajador de quem foi uma decpção, ótimo, seja um encorajador.

· Você não tem muita paciência e esta ferido pela decpção de alguém? De tempo ao tempo, mas não fique ai parado, chame outro e continue a missão que Deus te deu.

· A soberania de Deus é maior que nossas falhas, e sua obra continuará com ou sem nós.