DEUS QUER SER ADORADO! Salmos 19
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Grande ideia: Deus não pode ser compreendido plenamente, mas permite-se ser conhecido suficientemente pelo homem.
Estrutura: Deus se revela em sua criação (vv. 1-6), em sua Palavra (vv. 7-11) e em sua santidade (vv. 12-14).
Nossos pais adoravam neste monte, mas vocês dizem que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
Jesus respondeu:
— Mulher, acredite no que digo: vem a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém vocês adorarão o Pai. Vocês adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora — e já chegou — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
1. Ele se revela em sua Criação. (vv. 1-6)
(a) Interessante:
(a) Um erudito da língua grega aponta o fato de uma das palavra gregas traduzidas por "homem" ser uma combinação de palavras significando literalmente "aquele que olha para cima", "aquele que olha para o seu criador".
(b) As palavras vão se alternando: “céus” e “firmamento”, “dia” e “noite”.
Enquanto durar a terra, não deixará de haver semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.
(c) Os verbos são relevantes: “proclamam”, “anunciam”, “declara”, “revela”.
Mattew Henry:
No livro das criaturas de Deus, podemos asseverar que tudo o que vemos são obras das mãos de Deus, "o trabalho dos seus dedos" (Sl. 8.3), e assim manifestam a sua glória. Da excelência do trabalho, nós podemos deduzir com facilidade a perfeição infinita do seu grande autor.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos,
e a lua e as estrelas que estabeleceste,
(d) Estamos diante do cosmos como um “pregador”:
Paulo Anglada:
Biblicamente falando, o universo físico é uma pregação. O cosmos proclama os atributos de Deus. O macrocosmos (as estrelas, os planetas, os satélites, com sua imensidão, grandeza e leis), o cosmos (a terra, os mares, as montanhas, os vegetais, os animais, o homem), e o microcosmos (os microrganismos, a constituição dos elementos, etc.) revelam muita coisa a respeito da pessoa e da obra de Deus. O Autor de tal obra tem de ser infinitamente sábio e poderoso.
(e) O universo em seu silêncio prega que existe um Deus, e ele não é imperceptível, não é sutil em sua apresentação aos homens.
Matttew Henry:
Cada dia e cada noite falam acerca da bondade de Deus, e quando eles terminaram o seu testemunho, levaram-no para o dia seguinte, para a noite seguinte, para continuar o mesmo.
(f) Davi faz aqui uma comparação brilhante: um noivo que parte atleticamente ao encontro de sua amada.
que é como um noivo que sai dos seus aposentos,
e se alegra como um herói a percorrer o seu caminho.
Principia numa extremidade dos céus,
e até a outra vai o seu percurso;
e nada pode se esconder do seu calor.
(g) Nenhum homem será inocente, ou se apresentará como “inescusável”.
Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez. Por isso, os seres humanos são indesculpáveis. Porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se obscureceu.
2. Ele se revela em sua Palavra. (vv. 7-11)
(a) Uma olhada em um documento histórico:
A Confissão de Fé de Westminster, por sua vez, afirma:
“O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas, e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo, em cuja sentença nos devemos firmar, não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura” (I. 10).
(b) Mais uma vez a alternância de termos: “lei do Senhor”, “testemunho do Senhor”, “preceitos do Senhor”, “mandamento do Senhor”, “temor do Senhor”, “juízos do Senhor”.
Mark Dever: A base fundamental do relacionamento de qualquer pessoa com Deus é o fato de que ouvimos sua Palavra e respondemos a ela.
disse-lhes:
— Guardem no coração todas as palavras que hoje testifico entre vocês, para que ordenem a seus filhos que tratem de cumprir todas as palavras desta Lei. Porque esta palavra não é para vocês coisa vã; pelo contrário, é a sua vida; e, por esta mesma palavra, vocês prolongarão os dias na terra em que, passando o Jordão, vocês vão entrar e da qual tomarão posse.
(c) Os benefícios da Palavra de Deus são excelentes por demais!
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
(d) Estamos falando em termos sublimes e absolutos: perfeita, restaura a alma, dá sabedoria aos simples, puro, ilumina os olhos, limpo, permanece para sempre,verdadeiros, inteiramente justos.
Guia os humildes na justiça
e ensina aos mansos o seu caminho.
De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?
Observando-o segundo a tua palavra.
(e) Davi admite desejar a Palavra de Deus tanto quanto o ouro, e a sua satisfação na lei do Senhor era como o doce do mel. Que sublime!
(f) Há um valor ainda a ser destacado: pela Palavra de Deus somos direcionados em nosso viver diário.
3. Ele se revela em sua Santidade. (vv. 12-14)
(a) Deus é apresentado aqui como aquele que age na consciência humana.
Ames define a consciência como "o juízo que o homem faz de si mesmo, de acordo com o juízo que Deus faz dele". David Dickson elaborou com requinte a seguinte proposição: "A consciência, no que diz respeito a nós mesmos é... o poder de compreensão de nossa alma que examina como as questões permanecem meio a meio entre Deus e nós, comparando a vontade revelada dEle ao nosso estado, condição e caminhada, em pensamentos, palavras e ações, executadas ou omitidas, e emitindo juízo conforme necessário".
(b) Davi toma cuidado com o pecado da arrogância, algo sério e emblemático.
זד zed
procedente de H2102; DITAT - 547a; n m
1) arrogante, orgulhoso, insolente, presunçoso
1a) os arrogantes (como n col pl)
1b) presunçoso (como adj)
(c) Quem confessa seus pecados, é perdoado por Deus, e isso indica que ele está na luz (não tem do que esconder).
Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
(d) Se não fosse por Deus, o homem se entregaria ao pecado tolamente.
Calvino:
Esta passagem, pois, nos ensina não só que todo o gênero humano está naturalmente escravizado pelo pecado, mas que os próprios fiéis se tornariam também escravos do pecado, caso Deus não os vigiasse incessantemente e não os guiasse na vereda da santidade, fortalecendo-os para perseverarem nela.
(e) Palavras são sementes! Podem criar realidades de vida ou de morte. Aqui, Davi expõe sua escolha pela admiração das virtudes de Deus.
O meu coração transborda de belas palavras.
Ao rei consagro o que compus;
a minha língua é como a pena de um hábil escritor.
הגיון higgayown
intensivo de H1897; DITAT - 467c; n m
1) meditação, música solene, pensamento
1a) música solene
1b) meditação, conspiração
(d) Para Swindoll:
Ao longo de toda a canção Davi lembra-nos de que o Senhor não está apenas perto das suas criaturas, mas que Ele também cuida de nós.
* O mundo que Deus criou. (vv. 1-6)
* A verdade que Deus transmitiu. (vv. 7-13)
* A oração de encerramento. (v. 14)
4. Outras aplicações:
(a) O universo jamais será descortinado por inteiro. Há mistérios que jamais serão revelados. A criação de Deus é indescritível.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos,
e a lua e as estrelas que estabeleceste,
que é o homem, para que dele te lembres?
E o filho do homem, para que o visites?
(b) A revelação natural não é suficiente para salvar o homem de seus pecados, mas é apropriada para condená-lo ao inferno eterno.
Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez. Por isso, os seres humanos são indesculpáveis. Porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se obscureceu. Dizendo que eram sábios, se tornaram tolos e trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens semelhantes ao ser humano corruptível, às aves, aos quadrúpedes e aos répteis.
(c) Na realidade, o homem não está em fuga de um deus, mas sim do Deus da Bíblia!
Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo.
(d) A palavra de Deus é tudo o que o homem precisa, é alimento para a sua alma.
Ele humilhou vocês, ele os deixou passar fome, ele os sustentou com o maná, que vocês não conheciam e que nem os pais de vocês conheciam, para que vocês compreendessem que o ser humano não viverá só de pão, mas de tudo o que procede da boca do Senhor.
Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.
(e) O homem é pecador porque peca, ele peca porque é pecador, porque sua natureza é má continuamente.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
(f) Jesus é a revelação perfeita de Deus, através dele podemos conhecer de Deus o que é suficiente para a nossa humilhante e ao mesmo tempo gloriosa salvação.
Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e entendimento. Ele nos revelou o mistério da sua vontade, segundo o seu propósito, que ele apresentou em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra.
Ilust.
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava toda noite com tanto fervor e com tanto carinho que, certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o e lhe perguntou: “por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, se nem ao menos sabes ler?”. O crente fiel respondeu: “Grande senhor, conheço a existência de nosso Pai celeste pelos sinais Dele.”. “Como assim?”, indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou: “Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?”. “Pela letra”. Respondeu. “E quando senhor admira uma joia, como é que se informa sobre a sua autoria?”. “Pela marca do ourives”, é claro. O servo sorriu e acrescentou: “Quando ouves passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi?”. “Pelos rastros”, respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: “Senhor, aqueles sinais lá em cima, não podem ser de homens!”.
Naquele momento o orgulhoso caravaneiro, rendeu-se às evidências e, ali mesmo na areia, sob a luz prateada do luar, começou a orar também.