Apocalipse 7.9-17... Sexto selo 3/3... A multidão incontável!
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Apocalipse 7.9-17... Sexto selo 3/3... A multidão incontável!
Introdução:
- Agora temos um vislumbre de outra multidão, um grupo inumerável que adoram diante do trono, uma assembleia litúrgica no templo celestial de Deus (v. 15).
- Em muitos detalhes, essa cena antecipa o estado final da nova Jerusalém (21:1-8). O que é apresentado em uma prévia aqui é completado no final do Apocalipse, onde os santos são coroados e assumem tronos. É uma visão do Fim.
O que essa visão está fazendo aqui? Por que o fim é revelado antes do fim? Várias seções terminam com vislumbres do fim, em Apocalipse.
Incontável multidão a celebrar (v9-12):
- Muitos identificam os 144.000 com a companhia inumerável, mas eles não podem ser a mesma coisa. A multidão no versículo 9 é de "toda nação, tribo, povo e língua". Uma visão de gentios se encaixa aqui, justaposta a uma visão de judeus selados e salvos. Quando Israel saiu do Egito pela primeira vez, veio como uma "multidão mista".
- Os adoradores seguram ramos de palmeira, símbolos de vitória. No NT, "palma" é usada somente em Jo 12:13, quando multidões em Jerusalém saúdam Jesus com ramos de palmeiras e gritos de Hosana, "Salve!". Os sinóticos nos dizem que Jesus cavalga para Jerusalém e entra imediatamente no templo, que ele condena como um covil de ladrões. Jesus está vindo para destruir o templo novamente, não em uma ação profética simbólica, mas na realidade final. Eele é exautado como o Rei que venceu!
- A voz que antes vinha da combinação de vozes de anjos, anciãos e criaturas vivas agora vem dos humanos. Os humanos assumiram o clamor angelical, e passam a ter a preminência litúrgica, sendo acompanhados pelos anjos (em círculos concêntricos ao redor do trono (7:11)).
Salvação a Deus, diz o coro humano. Amém, dizem os anjos: Bênção, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força a Deus ( sete bençãos declaradas mais uma vez).
- Como em outras partes do Apocalipse, o Cordeiro é um objeto de adoração e louvor juntamente com o Pai.
Diálogo e revelação (v. 13-17):
- Depois disso, um Ancião faz duas perguntas a João: Quem são eles? De onde eles vieram?
Apocalipse 7 contém várias alusões à Ezequiel 37 (vale de ossos secos que retornam a vida, um exercito muito numeroso). Alí, também começa com uma pergunta, e a resposta de ezequiel é a mesma de João (Ez 37.3). Os santos de Apocalipse 7 passaram pela tribulação e agora João os vê glorificados. Eles formam o exército litúrgico que Ezequiel imaginou, o novo Israel nascido do Espírito.
- A multidão veio da grande tribulação.
Com exceção de Apocalipse 2:22 e 7:14, "grande tribulação" aparece apenas uma vez no NT (Mt. 24:21), onde Jesus adverte que os discípulos serão entregues à "tribulação" por pessoas que querem matá-los. Essa tribulação é seguida pelo colapso do cosmos (Mateus 24:29). O Ancião parece dizer a João que esses são os que vieram dessa da grande tribulação, que ocorreu durante os anos 60 d.C., quando os santos sofreram as perseguições que acompanharam o colapso do mundo que existia.
No entanto, em Apocalipse 7 a multidão é incontável (7:9). Seria um exagero aplicar a apenas esse contexto. Se encaixa melhor no escopo do Apocalipse pensarmos que toda a história de Israel é uma história de aflição. Apocalipse 12:1-5 descreve toda a história de Israel como aflições de uma mãe em trabalho de parto para dar à luz um filho para pastorear as nações.
A multidão em Apocalipse 7 é inumerável porque abrange o tempo desde Abel até o fim da antiga aliança, e essa grande tribulação chega ao clímax na tribulação das tribulações nos anos 60 d.C., os sofrimentos da igreja na preparação para a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (Mt 24:21).
- Os santos lavaram suas vestes (7:14). Em Gênesis 49:11: Judá "lavará suas vestes em vinho e suas vestes em sangue de uvas". O santos são os verdadeiros judeus, um grupo de reis. Também de sacerdotes: Havia um rito onde o sangue eras derramado sobre o sacerdote e suas vestes (Êxodo 29:19-25; Levítico 8:30), consagrando-os. Para a multidão, a purificação é realizada pelo sangue do Cordeiro que foi morto.
De acordo com Paulo, o batismo é realizado na morte do Senhor e limpa a pessoa de toda sujeira do pecado, de modo que os batizados nele se tornam brancos e limpos. Também o faz receber o sangue vivificante de Cristo (pela Ceia) , pois é "para o perdão dos pecados".
- Deus arma sua tenda real sobre eles, e a multidão é agora uma família real. Ele sua tenda sobre sua Noiva real. O Verbo habitou entre a humanidade, para que a humanidade pudesse ser colocada sob a tenda divina, habitando com Ele.
- Nas cartas às igrejas, Deus promete alimento aos vencedores. A multidão passou por angústia e tribulação. Mas finalmente chegarão ao seu destino, onde não há mais sol de aflição.
- Eles são guiados polo Cordeiro, que se torna um Bom Pastor, guiando-os até as fontes de água da vida. Eles não sofrerão mais tristeza.
Aplicação:
a. A participação nessas bênçãos escatológicas pode ser experimentada pelas igrejas agora por meio de suas celebrações. Deus antecipa o estado final das coisas quando os santos servem ao Pai e ao Cordeiro.
b. Apocalipse é, entre muitas outras coisas, uma teologia de martírio e por isso é relevante para todas as eras da história da igreja. Mais mártires morreram no século passado do que em qualquer século anterior. Ainda hoje, muitos cristãos estão na prisão por causa de seu testemunho, pastores estão sendo torturados, cristãos em todo o mundo estão sofrendo vários tipos de marginalização e opressão por causa de sua fé, sendo que eles não podem conseguir empregos, e seus perseguidores destroem e queimam seus locais de culto, e muitas pessoas são mortas. Apocalispe nos ensina que o Senhor está atento a aqueles que testemunham fielmente, e Ele os vingará.
Até mesmo nós que não sofremos essas mesmas coisas como nossos irmãos, estamos sob vários tipos de pressões e também podemos testemunhar. A palavra grega de onde vem “Martírio” significa “testemunhar”. Mártir é aquele que testemunha fielmente e corajosamente sobre Jesus, mesmo em meio a oposição.
Esse tipo de testemunho não pode ser derrotado. O pior que alguém pode fazer é matar os cristãos, mas quando os cristãos são mortos eles estão se juntando aos sofrimentos de Jesus e o sangue deles traz a ira de Deus contra seus inimigos. O testemunha é invencível e aqueles que testemunham corajosamente serão vitoriosos, porque eles estão compartilhando os sofrimentos e a vitória de Jesus Cristo.