(Rm 5:12-21) Cristo, o Adão Perfeito.

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Notes
Transcript

v. 12-14 >>
Três passos da deterioração da humanidade:
Primeiro, “o pecado entrou no mundo por um homem”. Paulo está explicando como o pecado surgiu no mundo.
Segundo, “a morte” surgiu “pelo pecado”. Adão foi a porta para o pecado, e o pecado a porta para a morte.
Terceiro, “assim também a morte passou a todos os homem, porque todos pecaram”. Ele explica a relação entre pecado e morte, e fala da presença do pecado e de seu efeito, não apenas em um, mas em todos os homens.
Então ele explica que o pecado só foi considerado expressamente quando a lei de Moisés foi entregue, exercendo seu papel de definir e identificar o pecado.
“Todavia”, ele diz, a morte reinou entre Adão e Moisés. Mesmo que o povo não tenha cometido o pecado como Adão, ou seja, contra uma lei EXPRESSA. A lei porém já existia em seus corações.
Sproul: “Sendo que a penalidade pelo pecado é a morte, e uma vez que a morte reinou de Adão até Moisés, há um sentido em que todas as pessoas no mundo, de alguma maneira, quebraram a lei em Adão. Esse é ponto afirmado em Romanos 5. Por meio de um homem, o pecado e a morte entraram no mundo. De algum modo somos relacionados a Adão.”
v. 15-17 >>
Qual a semelhança entre Cristo e Adão? Ambos fizeram algo que afetou um grande número de pessoas. Mas antes disso, Paulo fala das diferença entre eles.
Primeiro, a natureza de suas ações. Adão transgrediu a lei e trouxe a queda da humanidade. Enquanto Adão seguiu o próprio caminho, Cristo se abnegou e fez a vontade de seu Pai, guardou a Lei.
Segundo, o efeito imediato de suas ações. No caso de Adão, houve juízo e condenação. No caso de Cristo, houve justificação. E ainda, no caso de Adão, a condenação por uma única ofensa. No caso de Cristo, a justificação veio sobre muitas ofensas. Interessante pensar que, por muitas ofensas, ao invés de um aumento da pena, houve graça.
Terceiro, o efeito final das duas ações também é diferente. Enquanto por um a morte reinou, por outro, há vida eterna.
v. 18-19 >>
Agora vêm as comparações entre Adão e Cristo. Como o único ato de um homem determinou o destino de muitos.
“Assim como”… uma só transgressão trouxe condenação, “assim também”… um só ato de justiça resultiu em justificação e vida.
Importante entender que “feitos pecadores” e “feitos justos” não significa aqui que as pessoas tornaram moralmente más ou justas, mas que foram assim declaradas. É algo puramente legal.
Essa relação é uma relação pactual, onde Adão e Cristo são nossos cabeças federais.
Sproul: “O princípio da representação está no âmago da nossa salvação. Devemos ser cuidadosos em não rejeitar esse princípio, porque, se o fizermos, estaremos rejeitando nossa única esperança de salvação.”
Sproul: “A própria essência do evangelho é a justiça de outra pessoa contada como se fosse nossa”.
v. 20-21 >>
Então Paulo finaliza a seção falando do propósito da Lei. “Foi introduiza para que a transgressão fosse ressaltada” (Romanos 3.20 “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.”). A lei transforma o pecado em transgressão (Romanos 4.15 “porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.”). Paulo explica que a lei ressaltou o pecado em vez de atenuá-lo, provocou o pecado em vez de evitá-lo.
Isso porque a lei serve de aio, professor, guia, para nos levar a Cristo. Esse é o uso evangélico da lei. Então descobrimos como somos pecadores, e como precisamos da graça de Deus, e quanto mais vemos, mais precisamos, quanto mais somos perdoados, mais amamos
Lucas 7.47–48 “Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.”
APLICAÇÕES
Leia Bíblia de maneira correta. A doutrina da Aliança nos ajuda a entender muitas coisas. A primeira delas é a própria Bíblia. Adão prefigurava Cristo, isso quer dizer que desde o início a Bíblia começou a ser escrita com um único propósito, que era revelar a sabedoria, justiça e misericórdia de Deus em Jesus Cristo. Por isso devemos aprender a ler a Bíblia, não como um simples manual de regras, uma lista do que fazer e de exemplos morais, mas como a Revelação da Vontade de Deus em Seu Filho Jesus, como a Palavra inspirada de Deus que é perfeita e harmônica, em que não há contradição. A doutrina da Aliança nos ajuda a entender que a Bíblia é uma unidade, e que o centro da sua mensagem é Jesus, sempre foi Jesus, desde Adão. Adão nunca foi o centro da história, Jesus já era o centro da história no Éden. E após a queda de Adão isso ficou ainda mais evidente, porque surge a grande necessidade de um segundo Adão que fizesse aquilo que o primeiro Adão não fez. Isso é tão importante pelo fato de as igrejas evangélicas hoje serem dispensacionalistas, ou seja, de lerem a Bíblia como partes desconectadas e lerem especialmente o Antigo Testamento como se fosse apenas apenas um compêndio de de histórias para trazer lições para a igreja. Não é assim. O Antigo Testamento tem a mesma mengagem do Novo - O Evangelho já era pregado lá. A Bíblia não deve ser rasgada, você lê-la por inteiro, e interpretá-la usando ela mesma. Um versículo explica o outro. Essa é a visão aliancista, pactual e reformada da Bíblia. São 66 livros, mas na verdade é uma única revelação, uma única vontade, uma única mensagem.
Tenha compromissos pactuais. Saiba que essa relação que nós temos com Adão e com Cristo, a relação federal, é também está em nossas relações cotidianas. Especialmente em três formas de relação que estabelecemos, que são: família, igreja e sociedade. O pacto sustenta a relação entre pais e filhos, maridos e esposas; a relação entre líderes eclesiásticos e os fiés, os fiés entre si; e a relação entre os cidadão e o Estado. Isso quer dizer que sempre somos representados, estamos unidos uns aos outros, e tudo o que fazemos tem efeito sobre a vida de outra pessoa. Não existe a solidão absoluta. Você não pode simplesmente quebrar a sua relação com seus pais, com seu cônjuge ou com o Estado. Somos sempre dependentes, e outros dependem de nós, física, emocional e espiritualmente. Então tudo o que você fizer, lembre disso: você está em um pacto. A vida de outros depende da sua. Não seja egoísta. Pare de pensar sempre em você em primeiro lugar. A sua alegria depende da alegria de outras pessoas. O seu bem-estar depende do bem-estar da sua família, da sua igreja, e do mundo onde você vive. Quer dizer que você responsabilidades pactuas. Você precisa cumprir com essas responsabilidades para o bem do lugar onde você vive, para o bem das pessoas que você ama. Você está em aliança. Quando a aliança é quebra, você sofre os efeitos das maldições da aliança. Assim como quando você sua responsabilidade pacutal, você traz bênçãos da aliança. Então honre seus pais, honre seus filhos, honre seu marido e sua esposa, honre sua igreja, cumpra seus votos, honre as autoridades consituídas, ainda que sejam ímpias, foi Deus quem as colocou ali, você está sob juramento. Desobeça apenas quando exigirem de voce que você desonre o nome de Deus. Antes importa obedecer a Deus do que aos homens. Lembre de seus comprimissos. Honre sua palavra. Assim, acima de tudo, honre o pacto da graça. O sangue da nova aliança foi derramado, pra que você tivesse vida, e vivesse para o Senhor. Você pertence a ele por contrato. Nós somos povo deve, assim também ele é o nosso Deus. Amém!
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