LEPROSOS EM MISSÃO
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LEPROSOS EM MISSÃO
Texto – II Reis 7.3-15
Tema – Missão
INTRODUÇÃO
Ilustração – Você já viveu o momento em que precisou tomar uma decisão importante, mas todas as suas opções eram ruins? Eu sim. Nunca fui um garoto peralta, porém tinha as minhas travessuras, e quando eu aprontava, minha mãe chegava perto de mim com o chinelo na mão para me dar uma coça, obviamente eu me preparava para correr, pois não queria apanhar, mas ela dizia: SE CORRER VAI SER PIOR, nesse momento, acontecia a maior indecisão na minha vida.
O texto bíblico de hoje mostra esse instante de indecisão na vida de quatro homens, em que todas as decisões deles eram ruins, LEIAMOS II REIS 7.3-4.
Esses leprosos tinham três opções: ficar e morrer, entrar em Samaria e morrer ou ir até ao arraial dos sírios e talvez morrer. A primeira lição neste relato é: Você sempre tem opções na vida, mas as vezes até a melhor das opções é uma droga.
II – NUNCA FIQUE SÓ COM OS SEUS PROBLEMAS
Às vezes passamos por situações complicadas na vida, e nestes momentos de dificuldades não podemos carregar o fardo sozinho, por isso é importante encontrar alguém de sua confiança e se abrir a ela, pode ser que essa pessoa não te ajude muito, porém ela pode te encaminhar a outra pessoa que irá te auxiliar. Mas não fale para qualquer um, pois infelizmente existem também na igreja os fofoqueiros que estão prontos a espalhar a noticia para todos ao redor. O importante é não ficarem sozinho, esses leprosos entenderam isso e ficaram unidos mesmo em meio aos problemas.
O contexto deste relato é a guerra siro-efraimita, esse era o período do cerco de Samaria pelo rei Ben-Hadade II da Síria, no período em que o profeta Eliseu ministrava, no reinado de Jorão rei de Israel, filho de Acabe. Ben-Hadade II tentou novamente derrotar Israel. Desta vez não enviou grupos de assalto (“bandos” v. 23), nem houve uma guerra em campo aberto, ele mobilizou todo o seu exército e sitiou Samaria. Como ninguém podia sair ou entrar na capital, uma grande fome começou. Era tão severo que a cabeça de um jumento, uma das partes menos nutritivas e mais repulsivas desse animal, imundo para os israelitas, tornou-se uma mercadoria altamente valorizada, vendida por 80 siclos (cerca de dois quilos de prata). Algumas versões bíblicas dizem: meio litro de esterco de pombo era vendido por 5 ciclos de prata (57 gramas, 2 moedas de prata). Uma interpretação mais recente tenta encontrar na expressão “esterco de pomba” uma referência a algum tipo forragens de animais, um produto vegetal indesejável e barato, o pior tipo de vegetal que poderia ser utilizado para consumo humano. Essa identificação não foi comprovada.
O interessante é que Plutarco registra que, no tempo de fome durante o reinado de Artaxerxes Mnemon, a cabeça de um jumento era vendida por 60 dracmas, embora normalmente o animal inteiro fosse comprado pela metade do valor, em algum período fora da crise. Plínio relata que, durante o cerco de Casalinum, um rato foi vendido por 200 denários. E difícil de acreditar que seres humanos se alimentariam de coisas tão horríveis, mas Josefo menciona que durante o cerco de Jerusalém, por Tito, "algumas pessoas foram levadas a mexer nos esgotos e monturos de gado para comer o esterco que encontraram lá” (Guerras, vol. 13. Pág. 7).
A situação estava tão complicada que uma mulher começou a se queixar com o rei Jorão. Ela disse que uma amiga a persuadiu a cozinhar o próprio filho, e assim no dia seguinte a amiga cozinharia o seu filho também, mas a mulher não cumpriu com o trato. Vendo a extensão desesperada a que o cerco tinha conduzido seu povo, o rei rasgou furiosamente suas vestes, uma expressão de profundo sofrimento e tristeza. Em vez de lidar com a verdadeira causa da disciplina de Deus, que era a sua própria apostasia, Jorão culpou Eliseu que talvez tivesse apenas explicado o motivo da condição de Israel. Em juramento o rei prometeu matar o profeta naquele mesmo dia. Ele enviou um carrasco para executar Eliseu, o próprio rei foi logo após para saber se a ordem seria cumprida.
Quando o rei chegou com o carrasco, Eliseu já tinha sido avisado por Deus sobre as intenções do monarca, Eliseu então anunciou uma profecia. Dentro de 24 horas o cerco terminaria e haveria muito que comer. Em um dia se pagava 5 siclos de prata por ½ litro de esterco de pombo, no entanto, no dia seguinte, 12 litros de trigo seria vendida por um quinto desse mesmo preço. Em outras palavras, a quantia de dinheiro que, durante a fome, comprava um pouco do produto mais barato e mais simples, apenas para manter a vida, no dia seguinte compraria 120 vezes mais da melhor farinha. Estes preços não eram incomumente baixos, mas comparados com o que as pessoas estavam pagando durante a fome, eram grandes barganhas.
Neste contexto aparecem os quatros leprosos com a difícil decisão de ficar parado e morrer, ir para Samaria e morrer ou ainda procurar o arraial dos sírios e talvez morrer.
III – TIRANDO A SORTE GRANDE
Os quatro leprosos podem ter sido alojados em cabanas perto do portão da cidade; eles foram isolados do contato com o povo em Israel. De suas três opções ruins, eles concluíram corretamente que sua melhor escolha era entregar-se aos sírios. Eles poderiam ser mortos, mas, eles raciocinaram isso seria melhor do que morrer gradualmente de fome.
No crepúsculo, início da noite, eles entraram no acampamento. Os leprosos esperaram até ao anoitecer, quando poderiam se dirigir ao acampamento inimigo na escuridão sem serem notados pelos compatriotas sobre os muros, que talvez considerassem o plano deles como um ato de deserção (traição). Ao entrar no arraial do exército constataram que os sírios haviam fugido, assim, muito desconfiado eles entraram em uma barraca e ali comeram, beberam e pegaram muitas coisas valiosas. Entraram em outra barraca e procederam da mesma forma.
O escritor bíblico explica o que ocorreu: O Senhor fez com que os sírios ouvissem ruídos do Norte e do Sul que os faziam pensar estarem envolvidos em uma grande batalha com os exércitos dos heteus e os egípcios. Eles supunham que estes eram reforços contratados pelos israelitas. Eles recuaram para o leste, em direção à sua terra natal. O quadro é de fuga precipitada. Crendo que estavam cercados por inimigos de todos os lados, os siros correram do acampamento, cada um pensando somente em sua segurança. Tão grande foi à pressa deles que deixaram muitos de seus animais e suprimentos para trás.
No início, os leprosos enchiam seus próprios estômagos e bolsos e até escondiam parte de seu tesouro para que pudessem recuperá-lo mais tarde. Eles não estavam agindo bem, mas não demoraram a perceber isso. Dentro da cidade, homens, mulheres e crianças estavam famintos, enquanto os leprosos estavam interessados somente em si mesmos. Ao permitir que os conterrâneos morressem, tendo ao alcance toda essa abundância, os leprosos trariam sobre suas mãos o sangue dos moribundos. Eles finalmente perceberam que a boa sorte lhes dera uma responsabilidade e oportunidade. Também raciocinaram que, se deixassem de relatar a situação, outros descobririam pela manhã que o inimigo fugira seriam punidos por não anunciar a situação à população faminta. Em vez de sofrer como criminosos preferiam ser tratados como heróis. Então decidiram voltar a Samaria e proclamar as boas novas.
IV – É BOM DEMAIS PARA SER VERDADE
Jorão não acreditava que tinha acontecido o que o profeta de Deus predissera. Em sua descrença, ele apenas podia pensar mal na hora do livramento e da bênção. Os siros se foram, mas ele não acreditava. O alimento estava à disposição, mas ele não queria acreditar. Deus foi bondoso e manteve Sua palavra, mas o rei se recusava a reconhecer. Sua natureza má e desconfiada o impedia de perceber que os horrores do cerco terminaram e que bênçãos nunca sonhadas foram dadas a todos os que creram.
Um dos seus servos mostrou mais sabedoria que o rei. Sua reação foi a de alguém que possuía fé e bom senso. Havia a possibilidade dá informação dos leprosos ser verdadeira. Por que não fazer um esforço para descobrir, especialmente quando o esforço poderia ser realizado com baixo custo? Uns poucos cavalos ainda foram deixados na cidade. Por que não os utilizar numa aventura como essa?
Todas as evidências demonstravam que os siros tinham ido embora. Tanto quanto possível, eles seguiram a estrada que os levaria ao Jordão e a Damasco. A menor distância até o Jordão era de 32 km, um longo percurso considerando as circunstâncias, mas os mensageiros hebreus estavam determinados a verificar os fatos. Tudo indicava que os siros tinham fugido em grande horror, descartando tudo o que pudesse embaraçar a fuga.
Irmãos vale a pena conhecer a palavra de Deus. Essa palavra é sempre verdadeira. O que Deus diz certamente acontecerá. Quem confia em Deus pode andar por caminho completamente seguro. A descrença é constantemente repreendida pela profecia cumprida. Se tivesse se voltado para o Senhor, Jorão poderia ter dado uma mensagem de esperança ao povo. Se tivesse aceitado as palavras de Eliseu, poderia ter descansado em paz e sido um exemplo de coragem e confiança para seus súditos. As pessoas sempre perdem quando recusam acreditar na palavra do Senhor. Fé em Deus é o caminho da sabedoria e da vida. Traz alegria e paz aos seres humanos e aponta a direção para uma eternidade de paz no mundo porvir.
Por meio de experiências como essa o Senhor lentamente atraía os filhos de Israel de volta à fé, à obediência e à religião de seus pais. Por muitos anos o povo adorou ídolos. Os sacerdotes e governantes eram maus. Os reis assumiram papel de liderança na apostasia e iniquidade. Injustiça, imoralidade, intemperança e crueldade eram vistas em toda a parte. Os templos de adoração se tornaram em pontos de iniquidade. Os escolhidos de Deus se desviaram da justiça e dos caminhos de santidade e paz. Precisavam aprender sobre Deus de outro modo, que Ele é amável e bom, que ama Seus filhos e deseja que andem nos caminhos da misericórdia, justiça e verdade.
IV – CONCLUSÃO
Meus irmãos, vejo nesse momento uma demonstração do que é a proclamação do evangelho, nós éramos leprosos, a ainda estamos infectados da lepra do pecado, necessitamos da graça de Deus, encontramos a verdade que Jesus nos ama, nos liberta, nos curar e nos traz paz; Por isso não podemos ficar parados com as boas novas em nossas mãos desfrutando das bênçãos que o senhor tem nos dado, enquanto outros estão morrendo de fome da palavra, preso nos próprios erros, estão perdidos no pecado. Precisamos ter coragem e disposição de dizer para as pessoas que Deus mudou a nossa vida e que pode mudar a vida delas também, você pode ainda ser um leproso e continuar contaminado, até porque só receberemos a glorificação na volta de Jesus. Mas precisamos anunciar.
É verdade que muitos não vão acreditar, eles poderiam ser apedrejados ao levar as boas novas, inclusive o próprio rei não acreditou, olha que ele tinha a palavra profética, ele duvidou do que os leprosos estavam falando.
Eu gostaria que os leprosos tivessem sido curados, recebido uma medalha de honra do rei, mas a Bíblia nem menciona esses homens mais. Os leprosos morreram, assim como Eliseu, o rei e todos os samaritanos e os sírios, mas Deus registrou nas páginas deste livro sagrado trabalho desses homens leprosos que cumprir uma missão.
A bíblia diz: Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! Isaías 52:7 Esses são pés feridos, sujos, sem beleza, mas trazem boas novas. Precisamos sair e dizer para as pessoas que existe um ambiente de milagre aguardando elas aqui, precisamos falar do amor e da graça de Jesus, precisamos anunciar seu breve retorno e a necessidade para esse encontro com o nosso Salvador.
APELO
Você gostaria de se envolver nesta missão? Nossa mensagem peculiar é sobre os nossos ombros uma imensa RESPONSABILIDADE e não um privilégio como alguns dizem. E o tempo que vivemos é a oportunidade que temos de anuncia ao mundo que está em trevas a luz de Jesus. Aceite e convite e se envolva na missão de salvar.