A SANTA CEIA

1. DEFINIÇÃO

“Ceia do Senhor, Santa Ceia ou Eucaristia é o sacramento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Cristo, anuncia-se a sua morte, e aqueles que participam dignamente, não de maneira temporal e carnal, tornam-se participantes do corpo e do sangue, com todas as suas bênçãos, para o seu alimento espiritual e crescimento na graça” (Breve Catecismo, resposta a pergunta 96). Ler: (1 Coríntios 11.23-26; Atos 3.21 e 1 Coríntios 10.16).

1.1. TRANSUBSTANCIAÇÃO

Esta visão acredita que a Santa Ceia é uma repetição do sacrifício de Jesus. O pão e o vinho são realmente transformados no corpo e no sangue de Jesus, e eles são consumidos como um meio de receber o perdão dos pecados.

Igrejas que adotam essa linha:

Católica Romana

Católica Ortodoxa*

Anglicana

1.2. UNIÃO SACRAMENTAL

O corpo e o sangue de Cristo estão "verdadeiramente e substancialmente presentes em, com e sob as formas" do pão e vinho consagrados, deste modo os se come e bebe o corpo e sangue do próprio Cristo tanto quanto se come o pão e se bebe o vinho através deste sacramento. Essa doutrina muitas vezes é incorretamente chamada de consubstanciação, termo rejeitado pelas Igrejas Luteranas por cria uma confusão e aproximação de uma compreensão católica romana tido pelo Luteranismo como anti-bíblico e filosófico.

Igrejas que adotam essa linha:

Luterana

Congregacionalista

1.3. A VISÃO REFORMADA

Dentro dos princípios Reformados, são duas visões principais:

Zuínglio: a ceia é apenas uma lembrança do sacrifício de Cristo - essa posição é chamada de "memorialismo".

Calvino: na ceia ocorre a presença real de Jesus, não nos elementos, mas espiritualmente e posteriormente comunicada aos comungantes. A essa forma dá-se o nome de “presença espiritual”

Igrejas que adotam essas linhas:

Presbiteriana

Metodista

Batista

Episcopais

2. SUA NATUREZA

Assim como a Páscoa representava, no Velho Testamento a libertação dos judeus do cativeiro egípcio, assim a Santa Ceia, no Novo Testamento, simboliza a nossa libertação do poder do pecado, mediante o sacrifício de Jesus Cristo. Este sacramento é, portanto, um símbolo ou memorial da morte redentora de Jesus. E é como tal que o celebramos, em obediência a ordem de Jesus (Lucas 22.19). Repudiamos a doutrina da transubstanciação, pois onde há memorial, não há presença. A ausência física, porém, não conflita com a presença espiritual. Cremos, por isso, na presença real de Cristo na Celebração da Santa Ceia, apreendida pelo crente mediante os olhos da fé.

3. PREPARAÇÃO, SINAL E MEIO DE GRAÇA

A participação da Ceia exige preparo prévio e cuidadoso por parte do crente, para que a receba de maneira digna. Paulo adverte que comer o pão ou beber o cálice indignamente nos torna culpados do corpo e do sangue do Senhor Jesus (I Coríntios 11.27).

--------------------------------------------------------------------------------------

Essas palavras, porém não foram escritas para nos assustar, afastando-nos da participação da Ceia. Elas nos são dirigidas para nos tornar conscientes do caráter sagrado do sacramento e da necessidade de buscarmos, na presença de Deus, o perdão e a graça indispensáveis para que participemos de maneira própria.

--------------------------------------------------------------------------------------

O apóstolo deixa bem claro que era este o propósito da sua exortação quando acrescentou: “examine-se, pois, o homem a si mesmo e assim coma do pão e beba do cálice” (1 Coríntios 11.28). A participação na Santa Ceia é um dos ricos privilégios na vida do crente, que tem neste sacramento não apenas um sinal, mas também um precioso meio de graça instituído pro Cristo para o robustecimento espiritual dos que nele crêem.

4. QUESTÕES DE FIXAÇÃO

Qual é a definição de Ceia do Senhor?

O que simbolizava a Páscoa no Antigo Testamento?

O que simbolizava a Ceia no Novo Testamento?

Qual a preparação que deve ocorrer para participarmos da Ceia?