10 O TEOSOFISMO

Apologética: Seitas e Heresias  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 29 views
Notes
Transcript
10 O Teosofismo
A palavra teosofia vem de duas outras palavras gregas: Theos, "Deus", e sofia, "sabedoria"; isto é, sabedoria de Deus. Essa falsa religião ensina que a aquisição da sabedoria divina não é dada através da revelação de Deus — a Bíblia, nem por inspira­ção, estudo, ou revelação concedida pelo Espírito Santo. O teosofismo crê que Deus é um ser impessoal identificado com a humanidade. É um sistema panteísta a mais. Desse modo, os panteístas crêem possuir a chave do saber divino, admitindo, in­clusive, serem superiores às demais pessoas.
O teosofismo é, sem dúvida, uma ramificação do espiritismo, e igualmente diabólico.
I. RESUMO HISTÓRICO
Como é conhecido hoje, o teosofismo teve sua origem históri­ca no ano de 1875, porém suas crenças de inspiração satânica remontam a séculos, originárias do Oriente, mais precisamente da índia e do Tibete. São crenças pagas aliadas a um sistema falsa­mente chamado filosófico, também oriental.
1.1. Helena Petrovna Blavatsky
A origem do teosofismo é atribuída à senhora Helena Petrovna Blavatsky, nascida na Rússia, mas naturalizada norte-americana. Era médium espírita, e por dez anos esteve sob o domínio de um espírito demoníaco que se fazia passar por João King. Com o pro­pósito de disseminar a sua nova religião, Helena viajou por vários países. A princípio esteve no Cairo, capital do Egito, onde tentou fundar, sem êxito, uma sociedade espírita. Daí seguiu para Nova York e aliou-se a um grupo de médiuns. Sentindo-se chocada com o surgimento de pesquisas que denunciavam as fraudes do espiri­tismo, a senhora Blavatsky, coadjuvada por outras médiuns, fun­dou em Nova York, a 17 de novembro de 1875, a Sociedade Teosófica.
1.2. Expansão do Teosofismo
Helena deixou os EUA em 1882 e partiu para a índia, aconpanhada pelo Coronel Olcott, veterano da guerra civil ameri­cana e adepto do teosofismo, a fim de penetrar no conhecimento das crenças hindus e budistas. Na índia, escolheu a cidade de Madras como sede do teosofismo.
Deste modo, o teosofismo cresceu de braços dados com o paga­nismo oriental, hindu e budista. Os princípios falsamente chamados "filosóficos", adotados pelo teosofismo, foram tomados empresta­dos das obras dos filósofos alemães João Eckhart e Jacó Boheme.
Com o falecimento de Helena, outra mulher, de nome Annie Besant (1847-1933), assumiu a liderança do teosofismo. Sua ati­tude mais ousada foi afirmar que seu filho adotivo Krishnamurti, também chamado Krishnaji, era o mais recente Messias reencarnado, ou seja, o Cristo reencarnado. Esta infeliz "descoberta" aconteceu em 1931. Mas toda esta fantasia foi desmentida pelo próprio Krishnamurti, que declarou não ser nenhum messias e, inclusive, recusou-se a receber qualquer tipo de adoração.
Helena Petrovna Blavatsky, fundadora do teosofismo
II. PRINCÍPIOS E ENSINOS DO TEOSOFISMO
Em princípio, o teosofismo é um sistema religioso completa­mente sincretista, isto é, reúne um pouco de cada religião. Desta forma, ele pretende ser o fundamento das demais religiões. Alega ser a um só tempo uma religião, um sistema filosófico e uma ciên­cia. Contudo, para saber o que o teosofismo realmente é, atente para os seus ensinamentos acerca dos seguintes assuntos:
2.1. Deus
O teosofismo ensina que Deus é impessoal e que a Trindade é de nomes apenas. É constituída de Força, Sabedoria e Atividade. Deus tem ainda uma quarta pessoa, sendo esta feminina. Trata-se da matéria, de que Ele se utiliza para manifestar-se. Os adeptos citam Lucas 1.38 e, por meio de explicações sutis, relacionam a encarnação do Filho de Deus, por meio da virgem Maria, a esse falso ensino da quarta pessoa da Divindade. A segunda pessoa da Trindade — Sabedoria, teria duas naturezas, uma espiritual: a Razão, e outra mate­rial: o Amor. Em suma, este falso ensino diz que Deus, no sentido espiritual, é composto de três pessoas: Força, Sabedoria e Ativida­de, e no sentido material, manifesta-se na Matéria.
2.2.0 Homem
Segundo o teosofismo, o homem tem dois corpos, um natural e outro espiritual. O espiritual é constituído das mesmas pessoas da Trindade: Força, Sabedoria e Atividade. O corpo natural seria mais complexo; teria quatro partes, a saber:
a. O corpo físico, duplamente constituído. Não há detalhes a respeito desta duplicidade. Ensina-se apenas que há aqui duas partes.
b. O corpo astral, que encerra os afetos, as emoções e os desejos.
c. O corpo mental, que se ocupa do Pensamento.
Para o teosofismo, o corpo mental é o mais importante dos três, pois pode habitar no mundo mental, que corresponde ao céu. Esse mundo é habitado pelos devas (palavra hindu e brâmane cor­respondente a "anjo"). Daí chamarem o mundo mental de devachan = "lugar dos devas". Desse modo, no teosofismo, os anjos são espíritos que se aperfeiçoaram no mundo astral. Para os teosofistas adiantados, um meio de apressar a perfeição é a prática do yoguismo e outros tipos de ascetismo físico-mental, como faquirismo e con­trole do pensamento.
2.3. A Reencarnação
"Reencarnação", na linguagem teosófica, é chamada Carma. É uma palavra hindu e brâmane usada para exprimir a Lei de Causa e Efeito. A lei do "Carma" ensina o seguinte: as ações e intenções atuais do homem são efeito daquelas que o precede­ram e causa das que se seguirão. Firmado nessa crença, o ho­mem pode operar sua salvação com uma precisão matemática mediante o aperfeiçoamento crescente de cada vida que viver aqui. Em busca de apoio nas Escrituras à lei do Carma, o teosofismo, erroneamente, lança mão de passagens como Gálatas 6.7 e João 9.2.
A senhora Besant, por exemplo, ensinou que a morte prema­tura de uma criança tão-somente significa que seus pais foram maus para alguma criança, na encarnação anterior.
O teosofismo ensina ainda que o homem não fica permanente­mente no devachan. Mais cedo ou mais tarde ele volta à Terra, nas­cendo como criança para dar prosseguimento ao seu Carma. Cada existência vivida na Terra eqüivale a um dia na escola do Carma. Um elemento muito imperfeito logo volta do céu. Fica lá uns cem anos somente, enquanto alguém mais perfeito permanece até dois mil anos.
2.4. A Raça Humana
O teosofismo ensina que o homem é um "fragmento divino", e seu destino final é voltar para Deus de modo permanente. Isso é chamado "Nirvane", ou seja, o fim das reencarnações. Na lingua­gem teosófica, são "os homens divinos feitos perfeitos". São cha­mados mahatmas, que significa "mestres, sábios". Os mahatmas podem viver sempre no céu, mas podem também habitar nos "mon­tes sagrados" do Tibete. Isso fazem para auxiliar na evolução da humanidade. Um mahatma pode também encarnar-se num teosofista proeminente. Toda sabedoria oculta do teosofismo deri­va desses mahatmas. Há um chefe acima de todos os mahatmas chamado "Supremo Mestre". Quando este se encarna, temos um Cristo. Assim sendo, de acordo com o ensino teosófico, todo ho­mem é um Cristo em potencial.
Firmado na lei do Carma, o teosofismo dá à humanidade uma origem remotíssima e pontilhada de detalhes portentosos para impressionar o povo crédulo e sem fé na Palavra de Deus.
A humanidade está na terceira raça-tronco. Cada uma dessas raças conteve várias sub-raças. Por sua vez, cada sub-raça levou muitos milênios para dar lugar à seguinte. A primeira raça humana foi a lemúria; a segunda, a atlante, e a terceira e atual é a ariana. A humanidade atual é a quinta sub-raça, chamada "teutônica", pro­veniente da raça-tronco ariana. Com isso em vista, a senhora Blavatsky confere dezoito milhões de anos à história da humani­dade. Publicam também um mapa do mundo, segundo dizem, re­cebido dos devas, de dezoito mil anos atrás. Deles provém a ori­gem da história da raça atlante que habitou o continente de mes­mo nome por oitocentos mil anos.
Segundo o ensino teosófico, o continente Atlante ocupava parte do atual leito do oceano Atlântico. O continente Lemúrio situava-se entre a índia e Austrália. Por meios "ocultos", os teosofistas aprenderam que há onze mil e quinhentos anos houve uma grande catástrofe que submergiu os referidos continentes, levando para o fundo do mar sessenta e quatro milhões de pessoas.
2.5- Cristo
Diz o teosofismo que cada sub-raça presta uma contribuição especial à humanidade. A contribuição da sub-raça atual (a 5a) é prover o homem intelectual. A próxima sub-raça apresentará o ho­mem espiritual.
Ao iniciar-se cada sub-raça, surge um Cristo. Em outras pala­vras: o Supremo Mestre do Mundo encarna em alguém. Por conse­guinte, a atual raça-trono ariana já teve até agora cinco Cristos, ou seja cinco encarnações do Supremo Mestre do Mundo, que foram:
• Buda, na índia (Ia sub-raça).
• Hermes, no Egito (2a sub-raça).
• Zoroastro, na Pérsia (3a sub-raça).
• Orfeu, na Grécia (4a sub-raça).
• Jesus, na Palestina (5a sub-raça).
Acrescenta o teosofismo que Cristo usou o corpo do discípulo chamado Jesus. Ora, se a sexta sub-raça está para surgir, significa que daqui a pouco teremos um novo Cristo. Dizem ainda os teosofistas que esse novo Cristo será muito mais poderoso do que o Senhor Jesus Cristo, pois será o Cristo da sub-raça espiritual, muito superior à intelectual. Será esse o Cristo que unirá todas as religiões numa só, ensino transmitido pelo teosofismo desde a sua origem, segundo o qual todas as religiões têm algo certo, que, jun­tando-se, formam a religião perfeita.
Note que essa infinidade de Mahatmas e Cristos faz do teosofismo não só uma religião panteísta, mas também eminente­mente politeísta.
III. A BÍBLIA REFUTA O TEOSOFISMO
Grande parte da resposta bíblica ao teosofismo é a mesma dada ao espiritismo, estudado neste livro. Mas aqui estão algumas com o propósito específico de refutar o ensino teosófico.
• O teosofismo tem os seus fundamentos em princípios religi­osos e filosóficos pagãos do Oriente, e não nas Escrituras Sagra­das, a inerrante Palavra de Deus (cf. Is 2.6).
• A entrada no Reino dos céus não é pelo processo da reencarnação ou lei do Carma, mas pelo novo nascimento em Cristo (Mt 7.21; Jo 1.12,13; 3.3 (refs4)).
• A união de todas as religiões, a pretexto de formar uma só religião com o propósito de congregar todas as pessoas, é espúria e antibíblica (Gl 1.8; 2 Jo 10,11 (refs3)).
• O ensino de que Jesus e Cristo são duas pessoas distintas é de origem diabólica (1 Jo 2.22).
• Não há revelação de Deus mais completa e perfeita do que Cristo e a Palavra de Deus, escrita (Jo 14.9; Cl 1.19; Hb 1.2; Ap 22.18,19 (refs5)).
• O ensino sobre o homem desencarnado no mundo astral é estranho às Escrituras (2 Co 5.1-4; Fp 3.21 (refs2)).
• A reencarnação de Jesus como o Cristo da atual sub-raça é uma heresia demoníaca e uma afronta à Palavra de Deus (Hb 9.27).
• Mahatmas e Cristos habitando no Tibete são invenções des­cabidas de ímpios alienados de Deus (Mt 24.24-26).
• É Deus quem liberta o homem dos seus pecados e não a lei do Carma (Is 1.18; 1 Jo 1.9 (refs2)).
Está mais do que claro que o teosofismo tem por base doutri­nas de demônios, de acordo com o que escreveu o apóstolo Paulo em 1 Timóteo 4.1. Este texto bíblico registra que nos últimos tem­pos surgirão "filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Cl 2.8); são "filosofias" disseminadas por homens ignorantes do fato de que em Cristo "habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9).
<<Ant.InícioPróx.>>
Related Media
See more
Related Sermons
See more