13 A MAÇONARIA

Apologética: Seitas e Heresias  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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13 A Maçonaria
A Maçonaria é um assunto sobre o qual praticamente todas as pessoas gostariam de ler, mas sobre o qual pouquíssimas têm a coragem de escrever e comentar abertamente. Um misto de ver­dade e mitos sobre a Maçonaria tem feito surgir grande inquieta­ção entre os não-maçons. Algo como uma presença temficante permeia a alma do não-maçom que se aventura a estudar e questi­onar a Maçonaria.
Apesar de tudo isso, tomei a decisão de escrever este capítulo sobre a Maçonaria, e o fiz partindo de dois princípios: 1) Se a Maçonaria arroga a si o direito e o poder de impor medo às pesso­as, não merece o respeito dos não-maçons, e 2) se a Maçonaria busca o respeito dos não-maçons, então não tenho por que temê-la. Nada mais lógico, não acha?
Abordarei a Maçonaria estritamente do ponto de vista das Escrituras, e à luz da questão da legitimidade ou não do cristão filiar-se a essa entidade.
I. O QUE É A MAÇONARIA?
A Maçonaria é uma sociedade secreta e ritualística, incluindo em sua filosofia a auto-salvação do homem. É paga quando anali­sada à luz das Escrituras Sagradas. Ainda que não seja uma igreja como conhecemos, constitui-se num movimento religioso e sincretista.
1.1. Resumo Histórico da Maçonaria
Alguns historiadores afirmam provir a Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem que ela tenha se originado por ocasião da cons­trução do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C), e apontam como fundador, Hiram Abif, suposta arquiteto do citado templo.
A maioria dos escritores maçons, porém, é de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pe­dreiros, criada por Numa, em 715 a.C, que viajava pela Europa e mais tarde construiu basílicas. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à arquitetura nela foram admitidas.
1.2. SÍMBOLOS DA MAÇONARIA
Apesar da aceitação de pessoas estranhas à arquitetura na Maçonaria, instrumentos da arte de construir foram conservados como símbolos, dentro da entidade. Entre os instrumentos da simbologia maçônica, destacam-se: o compasso, a régua, o esqua­dro, o nível, o prumo, o escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da arquitetura.
O esquadro significa a necessidade de o maçom afastar-se de tudo aquilo cujo nível esteja em desacordo com a Sabedoria, Força e Beleza, palavras de grande significado dentro do vocabulário maçônico. Ele significa, outrossim, que o maçom deve regular a sua conduta e ações, sobretudo como tributo ao supremo Grande Arquiteto do Universo, que os maçons dizem ser Deus.
A Maçonaria atribui as suas origens aos antigos ritos da Babilônia
O nível ensina que todos os maçons são da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes da mesma essência.
O prumo é o critério da retidão moral e da verdade, que ensi­na o maçom a marchar, desviando-se da inveja, da perversidade e da injustiça.
Segundo a orientação maçônica, todos os maçons têm o dever de ensinar e praticar essas virtudes, e outras mais, conforme a ori­entação dos mestres da Maçonaria.
1.3. A Trilogia Maçônica
Sabedoria, Força e Beleza são três palavras de efeito cabalístico no vocabulário maçônico. Formam como que uma tríplice virtu­de. Segundo esta trilogia, o maçom precisa levar em consideração a Sabedoria, para conduzi-lo em seus projetos; a Força, para sustentá-lo em suas dificuldades; e a Beleza, para revelar a delica­deza dos sentimentos nobres e fraternais do verdadeiro maçom.
1.4. Objetivos da Maçonaria
A Maçonaria alega ter como objetivo a busca da Verdade, o estudo da Moral e da Solidariedade Fraternal. Diz trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, a fim de que os seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredo­res, graças a uma maior compreensão mútua, pela prática constan­te da Fraternidade.
Tem por princípio a tolerância e o respeito recíprocos, sem impor dogmas ou exigir subserviência espiritual, concedendo aos seus adeptos amplo direito de pensar e discutir livremente. Con­sidera as concepções metafísicas como sendo de domínio exclu­sivo da apreciação individual dos seus membros, não admitindo afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racional­mente.
Tem por divisa "Liberdade", "Igualdade" e "Fraternidade", e por lema "Justiça" — "Verdade" e "Trabalho". Os seus compo­nentes devem esforçar-se para se aprimorarem espiritualmente, devotando-se à prática do bem, sem ostentação; não por vaidade, e sim como imperioso dever de solidariedade humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento de um dever. O maçom trai o seu juramento quando perde uma oportunidade de praticar o bem. O que para muitos "profanos" é um ato meritório, para o maçom é um dever imperioso, sagrado.
A Maçonaria considera seu principal dever estender a toda a humanidade os laços fraternais que unem os maçons dos diversos ritos dispersos pela superfície do Globo. Recomenda aos seus adep­tos a propaganda pela palavra oral, pela escrita e pelo exemplo de seus ensinamentos, sem distinção de raça, nacionalidade ou reli­gião. O essencial é que o homem creia; que acredite em um Ser Supremo. Se o indivíduo é ateu, é um descrente; cumpre ao maçom mostrar-lhe o caminho da crença, fazer-lhe ver que não podemos viver sem ter confiança, sem acreditar em um Ser Supremo, Deus, um Deus bondoso, perfeito, justiceiro, que sabe perdoar.
Os maçons têm por dever, em todas as circunstâncias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças dos homens. Embora haja vários ritos na Maçonaria, um maçom deve tratar fraternalmente outro maçom como irmãos que são, sem procurar inteirar-se do seu rito, ou da obediência a que pertence. Considera o trabalho como um dos deveres essenci­ais do homem honrado, tanto o manual como o intelectual.
II. INICIAÇÃO MAÇÔNICA
Não é maçom quem quer e sim quem pode ser.
"O maçom é obrigado por seu caráter a obedecer à lei moral e, se devidamente compreende a Arte, não será jamais um estúpido ateu nem um libertino religioso. Embora nos tempos antigos os
maçons fossem obrigados a pertencer à religião dominante no seu país, qualquer que fosse ela, considera-se hoje muito mais conve­niente obrigá-los a professar apenas a religião que todo homem aceita, deixando cada um livre em suas opiniões individuais, isto é, devem ser homens probos e retos, de honra e honradez, qual­quer que seja o credo ou denominação que os distinga." (Da Cons­tituição de 1723, feita por Anderson.)
2.1. O Candidato a Maçom
No seu livro O Que E a Maçonaria, diz A. Tenório d'Albuquerque: "A Maçonaria só deve admitir em seu seio quem é livre e de bons costumes, quem dispõe de recursos financeiros e tem qualidades morais consideráveis e um grau de instrução que lhe permita compreender, interpretar as belezas incomparáveis que a Maçonaria apresenta, os seus elevados fins humanitários e o seu simbolismo."
2.2. A Proposta de Filiação
O candidato, em linguagem maçônica denominado profano, assina uma proposta de filiação à Maçonaria. O proponente é o padrinho.
Na proposta, o profano é obrigado a declarar quanto ganha mensalmente, nome, profissão, estado civil, grau de instrução, re­sidência, procedência, etc. Haverá casos em que será exigida a apresentação de atestado de bons antecedentes fornecido pela au­toridade competente.
Recebida a proposta, três maçons são indicados, pelo Venerá-vel (Presidente) da Loja, para fazer sindicância em torno da vida do profano. Essas indicações devem ser feitas sigilosamente e sem que um saiba quais os outros indicados. Cada um recebe uma fo­lha de sindicância, já impressa, com um questionário sobre a vida do profano. A sindicância deve ser feita com o maior rigor possí­vel, investigando-se os antecedentes do candidato, os seus hábitos, se tem vícios, o conceito em que é tido na sociedade, o seu grau de instrução, se tem algum defeito físico incompatível com a Maçonaria.
A constrangedora situação em que fica o "neófito" em busca de "luz" na Maçonaria
É um meio de selecionar os elementos, de não permitir o in­gresso na Maçonaria de pessoas destituídas de condições impres­cindíveis.
Como se vê, não é maçom quem deseja e sim quem pode ser, isto é, quem dispõe de certa soma de requisitos morais, intelectu­ais e financeiros.
2.3. O Processo de Iniciação
Uma vez satisfeitas as exigências pelo pretendente a maçom, é marcada a cerimônia de iniciação do candidato.
O "profano" começa por ser introduzido a um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal: dinheiro, decorações, armas, jóias, etc. Levam-no, em seguida, para uma sala isolada, chamada "Câmara de Reflexão". É um lugar sinistro. As paredes são completamente negras e, como decoração, apre­sentam esqueletos, cabeças de mortos e lágrimas como as que se vêem nas cortinas funerárias. Vêem-se, também, uma foice, um galo e uma ampulheta, todos de grande significado dentro da Ma­çonaria.
Na parede estão gravadas reflexões solenes, dentre as quais se destaca a seguinte: "Se perseveras, serás purificado pelos Elemen­tos; sairás do abismo das trevas e verás a Luz".
A pessoa que conduziu o neófito à sala de reflexão tira-lhe a venda dos olhos e diz: "Breve passareis para uma vida nova... Respondei por escrito às questões que vos são apresentadas e fazei o vosso testamento".
Este testamento não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia sua vida passada; é um ato pelo qual se dispõe a outras concepções, a uma vida que se harmoniza com os dados novos.
Prosseguindo a cerimônia de iniciação, o neófito é levado a despojar-se de uma parte de suas vestimentas. A perna de sua cal­ça é erguida alto do lado direito e a meia abaixada de maneira que o joelho direito esteja descoberto. O pé esquerdo está completa­mente descalço. O braço esquerdo e o peito desnudo. O profano tem novamente os olhos vendados e é conduzido para a porta da Loja que está fechada. Vai em busca da Luz.
Apresentam ao neófito um malhete, com o qual dá três rápi­das pancadas na porta. Com as pancadas a porta se abre, mas o profano é detido pelo Guarda do Templo, que só lhe permite a entrada quando o irmão que o conduz lhe faz a apresentação: "É um profano em estado de cegueira, que deseja ser indicado nos Augustos Mistérios da Maçonaria".
O candidato se aproxima da mesa do Venerável Mestre, que o convida a refletir novamente sobre a gravidade do passo que pre­tende dar, e insta para que se retire, se ainda não possui suficiente decisão; se o profano insiste em ser recebido, o Venerável Mestre ordena-lhe que se ajoelhe e pronuncia uma oração.
2.4. Os Juramentos
Dependendo do rito em que o neófito está sendo iniciado (seja o Escocês, Adoniramita, ou Francês), ele será levado a fazer jura­mentos.
2.4.1. Rito escocês
O neófito tem o joelho direito em terra, os olhos vendados, a mão esquerda sobre o coração, a direita sobre a Bíblia, a espada, o compasso e a esquadria. A um golpe de malhete todos os presen­tes ficam em pé e o neófito repete o seguinte juramento:
"Eu, E, juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, sem constrangimento ou coação, sob minha honra e segundo os preceitos de minha religião, em presença do Sup.: Arq.: do Univ.: que é Deus, e perante esta assembléia de MMaç.: solene e sinceramente jamais revelar os mistérios, símbolos ou alegorias que me forem explicados e que me forem confiados, senão a um Maç.: regular ou em Loj.: regularmente constituída, não podendo revelá-los a prof.: nem mesmo a MMaç.: irregulares, e de nunca os escre­ver, gravar, bordar ou imprimir, ou empregar outro qualquer meio idêntico, pelo qual possam ser conhecidos; de cumprir todos os deveres impostos pela Maçon.: com minha pessoa e bens: de res­peitar as mulheres, filhas, mães ou irmãs de Maçons; de reconhe­cer como de fato reconheço, por único chefe da Ordem, no Brasil, o Supr.: Cons.: do Gr.: Or.: brasileiro, ao qual guardarei inteira e fiel obediência, bem como aos Deleg.: e a todos os atos dele ema­nados direta ou indiretamente. Se eu faltar a este juramento, ainda mesmo com medo da morte, desde o momento em que cometa tal crime, seja declarado infame sacrílego para com Deus e desonra­do para com os homens. Amém. — Amém. — Amem".
2.4.2. Rito adoniramita
Neste rito, no momento em que o neófito vai prestar seu jura­mento, o Venerável brada: "Irmão sacrificador, apresente ao pro­fano a taça sagrada, tão fatal aos perjuros".
O neófito bebe um gole e o Venerável dita o seguinte jura­mento:
"Juro guardar o silêncio mais profundo sobre todas as provas a que for exposta minha coragem. Se eu for perjuro e trair meus deveres... consinto que a doçura desta bebida se converta em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno".
2.4.3. Rito francês
Neste rito o neófito profere o seguinte juramento, de joelhos, por duas vezes:
"Juro e prometo sobre os estatutos gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo de honra, etc, etc. Consinto, se eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e as entranhas arrancadas, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas, e minhas cinzas lançadas ao vento, e que a minha memória fique em execração entre todos os MM.: O Gr.: Arq.: do Univ.: me ajude!"
III. MAÇONARIA E RELIGIÃO
Muito se tem perguntado: Será a Maçonaria simplesmente uma associação beneficente formada por homens de bem, ou é ela mais uma religião disfarçada?
3.1. A Maçonaria é Religião
Que a Maçonaria é religião, dão provas os seus escritores e grandes mestres. Atente para as seguintes asseverações:
• "A Maçonaria não é, pois, uma simples instituição filantró­pica e social: é uma ciência, uma filosofia, um sistema moral, uma religião" (Estudos Sobre a Maçonaria Americana, p. 25, A. Preuss).
• "Filha da ciência e mãe da caridade, fossem todas as institui­ções como tu, ó Santa Maçonaria, e os povos viveriam numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na Terra e Deus teria em cada homem um eleito" (A Maçonaria do Centenário 1822-1922, Antônio Giusti, p. 33).
• "A reunião de uma Loja Maçônica é estritamente religiosa. Os dogmas religiosos da Maçonaria são poucos, simples, porém funda­mentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente aberta ou encerrada sem oração" (The FreemasonsMonitor, I.S. Weed, p. 284).
• "A Maçonaria é a religião universal porque abrange todas as religiões e o será enquanto assim fizer. E por esta razão, unica­mente por ela, que é universal e eterna" (Antiga Maçonaria Místi­ca Oriental, p. 67).
3-2. Maçonaria e Salvação
O escritor maçom L.U. Santos, na sua obra intitulada Litera­tura Maçônica Contemporânea, edição de 1948, página 32, escreveu: "Somente a Maçonaria é capaz de redimir a humanidade, meus irmãos".
A salvação maçônica fundamenta-se na prática das boas obras que o homem possa praticar. Por isso a Maçonaria estimula os seus adeptos a progredir até atingirem um padrão moral tal que, ao morrerem, estejam em condição de habitar na glória.
IV. O CRENTE E A MAÇONARIA
Fazendo nossas as palavras de Jesus Cristo, o Mestre da Galiléia, quando disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22.21), queremos dizer que não nega­mos à Maçonaria os benefícios que tem proporcionado à humani­dade. Não podemos negar o que ela tem feito em benefício de nossa Pátria, e a contribuição que deu à nossa independência, à extinção da escravatura, à secularização dos cemitérios, à regula­mentação do casamento civil, à proclamação da República, ao ensino leigo e à separação entre igreja e Estado.
Em geral, os maçons são homens dotados das mais destacadas qualidades morais e sociais. São bons cidadãos e exemplares pais de família, porém, as boas qualidades de seus adeptos não fazem a Maçonaria uma instituição sagrada e intocável quando tem de ser analisada à luz da Bíblia Sagrada e da moral pregada e vivida por Jesus Cristo.
Apesar disto, surge a pergunta: O crente pode ser maçom? Certamente que não; e me permita dizer por que assim creio:
4.1. A Maçonaria é uma Instituição Paga
O ensino de que a Maçonaria se originou na construção do templo de Salomão é uma afirmação suspeita e sem fundamento. Por exemplo, o pastor presbiteriano e maçom Jorge Buarque Lira, em seu livro A Maçonaria e o Cristianismo, no qual defende elo­qüentemente a Maçonaria, diz que esta teve o seu início nas religi­ões místicas do Oriente (pp. 340,41). Albert Pike, outro conhecido escritor maçom, em seu livro Moral and Dogma of the Ancient and Accepted Scotüsh Rite, diz o seguinte:
"Embora a Maçonaria seja identificada com os mistérios anti­gos, o é somente em um sentido qualificado, isto é, que representa uma imagem imperfeita do seu brilho; são apenas ruínas da sua grandeza e de um sistema que tem experimentado alterações pro­gressivas, frutos dos eventos sociais, circunstâncias políticas e ambições imbélicas dos seus reformadores... A Maçonaria, a su­cessora dos mistérios, ainda segue a antiga maneira de ensino. Quem deseja ser um maçom dedicado não pode se contentar em ouvir somente, e nem tampouco em compreender as palestras; pre­cisa, ajudado por elas, estudar, interpretar e desenvolver estes sím­bolos por si mesmo."
Aqui está uma das maiores autoridades da Maçonaria afirman­do não somente o início da Maçonaria nas religiões místicas da antigüidade como também a continuação dos símbolos, ensinos e princípios de misticismo na Maçonaria hoje em dia.
Veja outro problema aqui existente. O templo de Salomão foi construído para defender o princípio de um Deus que exclui todos os outros. A leitura de 2 Crônicas deixa isto bem claro. O templo que Salomão construiu defendia a tese de um só Deus e um Deus específico, com um nome específico. E este Deus excluiu todos os outros deuses como falsos. Porém, no ritual do primeiro grau da Maçonaria, lemos o seguinte: "Como os maçons podem pertencer a qualquer religião, é de desejar que tenha sido uma das escrituras de cada fé, mas não se deve procurar impor qualquer interpretação particular do ritual a nenhum irmão da ordem".
O templo de Salomão determina: "Um só Deus, Jeová, e mais nenhum outro". O templo dos maçons determina: "Qualquer Deus, à sua escolha".
4.2. A Maçonaria é Religiosamente Sincretista
É muito comum se ler e ouvir, principalmente da parte dos crentes maçons ou simpatizantes com a Maçonaria, que a Maçonaria não é religião. Evidentemente, a afirmação de que a Maço­naria não é religião entra em choque com a asseveração da maio­ria esmagadora dos escritores maçons sobre o assunto.
Note, por exemplo: a Maçonaria tem templos (chamados "Lo­jas"), tem membros, tem doutrina, tem batismo, tem um deus (ou deuses) e ofícios sacramentais, cerimônias fúnebres, e tem reuni­ões. O que mais lhe falta para vir a ser religião? É curioso que um outro ramo de misticismo, o espiritismo, também alegue não ser religião, mas uma ciência. Entretanto, uma simples declaração não modifica fatos.
Analisar todos os elementos místicos da Maçonaria e ainda assim concluir que ela não é religião é comparável a analisar um animal com as seguintes características: tem rabo de porco, patas de porco, corpo de porco, focinho de porco, cheiro de porco, mas é uma girafa. Nada poderia ser mais absurdo.
Podemos gastar toda a nossa vida proclamando que maçã é tomate, contudo maçã continuará sendo maçã e tomate continuará sendo tomate. Uma simples conclusão, por espantosa e fantástica que possa parecer, não muda em nada a realidade dos fatos e a natureza das coisas.
O fato é simples: a Maçonaria, para muitos dos seus adeptos, é, em todos os sentidos, uma religião, mas não a religião centrali­zada em Jesus Cristo, embora incorporando alguns dos ensinos de Jesus nas suas doutrinas, como faz a maioria das religiões falsas. Jorge Buarque Lira, em sua defesa da Maçonaria, no seu livro A Maçonaria e o Cristianismo, não esconde o fato de que "o que a Maçonaria não admite é que as doutrinas de Cristo com referência à vida de além túmulo, bem como qualquer doutrina sobre esse assunto, sejam pregadas nos seus templos".
Cabe, pois, perguntar: Um templo onde é proibido falar sobre a ressurreição de Jesus Cristo, a ressurreição dos santos, a vida eterna, a esperança da glória vindoura, é um templo do Deus ver­dadeiro? É um lugar onde o verdadeiro crente se sinta bem, "em casa"? (Leia as seguintes referências bíblicas e tire suas próprias conclusões: 2 Jo vv. 7-11; Jd v. 4; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9; 2 Tm 4.3,4; 1 Tm 6.3-5 (refs5).)
4.3. A Maçonaria Promove a Idolatria
A índole idolátrica da Maçonaria é mostrada no fato de ela admitir um tal de "São João da Escócia" ou "São João de Jerusa­lém" como patrono, e abrir os seus trabalhos em seu nome.
Atente para o que diz Jorge Buarque Lira sobre a importância desse "santo" para a Maçonaria: "O santo que a Maç.: adotou como patrono, não é São João Batista, nem São João Evangelista, pois nenhum deles tem relação alguma com a instituição filantrópica da Maç.: É de crer — e essa é a opinião dos irmãos mais filósofos e mais conhecedores — o verdadeiro patrono é São João Esmoler, filho do rei de Chipre, que, no tempo das Cruzadas, abandonou sua pátria, renunciou à esperança de ocupar um trono e foi a Jerusalém dar mais generosos socorros aos peregrinos e aos cavaleiros.
"João fundou um hospital, onde organizou uma instituição de irmãos que cuidassem dos doentes, dos cristãos feridos, e distri­buíssem socorros pecuniários aos viajantes que iam visitar o San­to Sepulcro.
"João, digno já, por suas virtudes, de ser o patrono de uma sociedade que tem por um dos seus fins a beneficência, expôs mil vezes a sua vida para fazer o bem. A peste, a guerra, o furor dos infiéis, nada, em uma palavra, o impedia de prosseguir nessa bri­lhante carreira; mas, no meio dos seus trabalhos, veio a morte cor­tar o fio de ouro de sua existência; contudo, o exemplo de suas virtudes ficou gravado indelevelmente na memória dos seus ir­mãos, que consideram dever imitá-lo.
"Roma o canonizou com o nome de S. João Esmoler ou S. João de Jerusalém, e os maçons — cujos templos ele tinha reedificado (depois de terem sido destruídos) — o escolheram unanimemente para seu protetor e inspirador" (A Maçonaria e o Cristianismo, p. 128).
Como é possível que um cristão se sinta bem num lugar, cujas cerimônias são iniciadas em nome de um "santo" qualquer, verda­deiro vilipendio e desrespeito ao mandamento de Deus, que diz: "Não terás outros deuses além de mim" (Êx 20.3)?
4.4. A Maçonaria Tem uma Visão Distorcida da História
Um dos argumentos usados mais comumente no esforço proselitizante da Maçonaria é o seguinte: "A Maçonaria tem influ­enciado decisivamente nos destinos do Brasil e do mundo". Qual a pessoa de bem que se atreveria a desconhecer isto? A Revolução Francesa foi, em grande parte, planejada e financiada pelos maçons das 600 lojas existentes na França, no final do século XVIII. Não podemos esquecer também que dois "maçons iluminados" pouco mais tarde iniciaram uma outra revolução que veio à tona em 1848, e continua tendo grande efeito no mundo até o dia de hoje. Seus nomes: Engels e Karl Marx, autores intelectuais do materialismo comunista.
Apesar de admitirmos a ação muitas vezes benéfica da Ma­çonaria, isto não se constitui, de forma alguma, em motivo para que um crente em Jesus Cristo seja membro de tal ordem. Deus freqüentemente tem usado indivíduos e organizações para a rea­lização dos seus planos no mundo: Ele usou o rei Assuero (um incrédulo) para livrar os judeus do extermínio. Deus usou Faraó e o governo do Egito para salvar Jacó, e seus descendentes da fome. Deus usou o rei Ciro, da Pérsia, para financiar a restaura­ção do templo de Deus, em Jerusalém. Deus usou o governo ro­mano para salvar a vida do apóstolo Paulo em várias ocasiões. Deus, afinal, controla tudo. Mas isto não implica que um filho de Deus deva tornar-se adepto de um movimento liderado por in­crédulos.
Em termos de ilustração, poderemos dizer que quase todos os regimes e filosofias do passado têm realizado alguma coisa boa.
Até o nazismo de Hitler desenvolveu um carro popular ao alcance do povo comum, o conhecido Fusca. Deste modo, qualquer pes­soa hoje pode dirigir um Volkswagen, sem ser um nazista. Os es­píritas mantêm muitos orfanatos para cuidar de crianças abando­nadas, isto é uma coisa muito boa, mas não é motivo suficiente­mente forte para eu me fazer um espírita.
Visto que a maioria dos maçons não é composta de crentes, bastam as ordens explícitas das Escrituras que dizem: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Co 6.14,15 (refs2)).
Vale reafirmar o nosso reconhecimento do fato de que a Maçonaria, em várias ocasiões, defendeu missionários e pastores dos ataques do zelo cego do clero católico-romano no Brasil. É preci­so dizer, todavia, que o interesse da Maçonaria nisso não era tanto seu fervor evangelístico ou os ideais maçônicos, mas o fato de a Maçonaria e o protestantismo terem no Catolicismo um inimigo comum. Enquanto os primeiros missionários e pastores lutavam contra a superstição e as falsas doutrinas da Igreja Romana, a Maçonaria lutava contra a tirania do seu poder político. Desse modo, protestantismo e Maçonaria tiveram um inimigo em co­mum. Foi isto que uniu as duas forças.
Esse fenômeno se repete freqüentemente na história. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, uma potência ca­pitalista, era um aliado da Rússia comunista, contra um inimigo comum — o nazismo de Adolf Hitler. Mas isto não significou em nenhum instante que os Estados Unidos capitularam a favor do comunismo.
V. NÃO! À MAÇONARIA
Se podemos crer na afirmação de Jesus de que ninguém pode servir a dois senhores, sem devotar mais atenção a um do que ao outro, haveremos de concordar com a impossibilidade de o crente ser fiel a Deus e à sua Igreja, e à sua Loja maçônica ao mesmo tempo.
Contra o envolvimento do crente com a Maçonaria, levantam-se vozes as mais respeitáveis no seio da Igreja de Cristo, dentre os quais se destacam pastores, teólogos e mestres.
5.1. Dwight L. Moody
Moody, fundador da Church Moody, do Instituto Bíblico Moody e das Escolas Northfield, o mais famoso evangelista do seu século, com base em 2 Coríntios 6.14: "Não vos ponhais de­baixo de um jugo desigual com os incrédulos", disse o seguinte sobre o envolvimento do crente com a Maçonaria:
"Deveis abandonar as sociedades secretas, se quiserdes obe­decer a este versículo. Crentes e incrédulos se confundem ali; por­tanto os cristãos ficam debaixo de um jugo desigual...
"Não posso compreender como um cristão, e acima de tudo um ministro do Evangelho, pode assentar-se nessas sociedades secretas com os incrédulos. Os que assim procedem afirmam que o fazem para exercer influência em favor do bem; afirmo, po­rém, que poderiam exercer melhor influência em favor do bem, permanecendo fora delas e reprovando as suas más ações. Abraão teve mais influência para beneficiar Sodoma do que Ló. Se 25 cristãos se reúnem numa loja com 50 não-cristãos, estes poderão votar algo que lhes agrade e os 25 cristãos serão participantes dos seus pecados. Estão debaixo de um jugo desigual com os incrédulos...
"Abandonai a Maçonaria. E melhor um com Deus que mil sem Ele. Devemos andar com Deus; e se somente um ou dois nos acompanharem, tudo está bem. Não deixemos cair o pendão real para agradar a homens que amam as suas lojas secretas, ou que, tendo pecados prediletos, não os querem abandonar".
5-2. J. H. Harwood
Interpretando Salmo 1.1, Harwood desaconselha o envolvimento do cristão com a Maçonaria, nos seguintes termos:
"Sou e sempre fui contrário às sociedades secretas... Ao iniciar a luta pela vida, vendo a espécie de homens que pertenciam às soci­edades secretas existentes, e as suas disparatadas parvoíces em reu­niões públicas, e a qualidade moral dos homens que eram os seus guias religiosos, e ouvindo as suas opiniões sobre religião, sobre a Igreja de nosso Senhor e as suas reivindicações tolas — pois colo­cam as suas instituições ao lado, ou acima, da Igreja de Cristo —, eu percebi que a sua influência era positivamente má, e essencialmente contrária à verdadeira vida religiosa ou à experiência religiosa...
"Não pude ver nenhuma vantagem que não fosse igualada ou sobrepujada na Igreja de Cristo, ou no lar... As sociedades secretas são essencialmente egoístas, limitando os seus atos beneficentes aos sócios e às suas respectivas famílias, enquanto Cristo e sua Igreja procuravam praticar o bem diretamente a todos, sem fazer distinção...
Não há lugar para a Loja ou para a sociedade secreta e privati­va na economia que Jesus Cristo implantou".
5.3. W. J. Erdman
Erdman, famoso expositor da Bíblia, disse categoricamente: "Um cristão não pode pertencer a uma sociedade secreta, à qual se liga por juramento, e ser fiel à Igreja de Cristo, porque passará a ter íntima comunhão com homens, muitos dos quais não são regenerados e rejeitam a Cristo como Senhor e Salvador.
Tais sociedades criam relações artificiais e fictícias inteira­mente estranhas ao Cristianismo, e são exóticas, quando observa­das de um ponto de vista humanitário".
5.4. R. A. TORREY
Indagado se "Deve um cristão continuar como membro de uma organização secreta?", respondeu o doutor Torrey, escritor e evangelista mundialmente famoso:
"Não. Não compreendo como um cristão que estuda inteli­gentemente a Bíblia, assim proceda. A Palavra de Deus diz cla­ramente em 2 Coríntios 6.14: 'Não vos ponhais debaixo de um jugo desigual com os incrédulos, pois que sociedade pode haver entre a justiça e a injustiça, ou que comunhão tem a luz com as trevas?'
"Todas as sociedades secretas, de que tenho tido conhecimen­to, são constituídas, em parte pelo menos, de incrédulos, isto é, de pessoas que não aceitaram a Jesus Cristo e nem entregaram a sua vontade a Deus. A luz deste mandamento expresso na Palavra de Deus, não percebo como um cristão continue como membro de­las. Não estou afirmando que não haja cristãos entre os maçons; conheço muitos cristãos excelentes que foram membros de socie­dades secretas; mas como puderam eles conciliar os dois interes­ses é que eu não posso entender. Muitos continuaram como mem­bros da Maçonaria e de ordens similares, simplesmente porque não estavam familiarizados com os ensinos da Palavra de Deus sobre o assunto.
"Além disso, as Sagradas Escrituras são mutiladas no ritual maçônico, em algumas sociedades secretas. O nome de Jesus Cristo é omitido nas passagens em que ocorre, a fim de não melindrar os judeus e os incrédulos. Como um cristão pode ser membro de uma sociedade, que manuseia fraudulentamente a Palavra de Deus, e acima de tudo, omite o nome de seu Senhor e Mestre, eu não pos­so compreender.
"Ainda mais, juramentos, de caráter horrível, são exigidos em algumas lojas, e há cerimônias que são simplesmente caricaturas das verdades bíblicas, como por exemplo a cena de uma simulada ressurreição".
5.5. Charles Herald
Charles Herald, por muitos anos pastor de uma Igreja Congregacional no Brooklin, Nova Iorque, disse o seguinte sobre a cumplicidade de alguns cristãos com a Maçonaria:
"É difícil criticar os melhores amigos e muitos dos meus per­tencem a Sociedades Secretas. Embora não seja meu desejo julgá-los, considero-os como homens desviados. Posso apenas falar so­bre a minha experiência atual com respeito a estas sociedades se­cretas.
"Em primeiro lugar, vi uma igreja inteiramente arruinada em sua espiritualidade e em seu eficiente serviço cristão, porque o seu conselho se compunha principalmente de maçons e de homens pertencentes a outras ordens secretas.
"Em segundo lugar, vi crentes, às dezenas, tornarem-se mun­danos e abandonarem a igreja, quando começaram a freqüentar regularmente as reuniões da Loja.
"Em terceiro lugar, eu ouvi dos lábios de dezenas mais, que a religião da Loja era suficientemente boa para eles. A Bíblia, como plano divino de salvação, é rejeitada e substituída pelo cartaz — "Nova Religião".
5.6. C. A. Blanchard
O doutor Blanchard foi um respeitado mestre cristão. Sobre a Maçonaria face à Igreja de Cristo, disse ele certa ocasião:
"Há três grandes inimigos da Igreja de Jesus Cristo neste mun­do: o dragão, a besta e o falso profeta. O dragão é a velha serpente, o demônio; é Satanás. É também chamado o destruidor e o acusa­dor. A besta, autoridade ímpia. Em Daniel e Apocalipse são feitas várias referências que justificam esta interpretação. Os estandar­tes nas nações nunca trazem figuras de aves ou animais domésti­cos, mas sempre representações de aves e animais de rapina. O falso profeta representa a religião sem Cristo. E uma personifica­ção de todos aqueles sistemas de fé e prática, que têm ensinado que o homem pode justificar-se pelos seus próprios esforços. O seu característico distintivo é professar a Deus e ter esperança numa imortalidade abençoada, sem necessidade de arrependimento ou de sacrifício vicário.
"A Bíblia mostra a relação que estes três inimigos da Igreja mantêm entre si e a Igreja. O dragão anima a besta e o falso profe­ta, e a besta carrega a prostituta e a mãe das prostitutas, isto é, os sistemas religiosos não-cristãos do mundo. O falso profeta guia a besta; Satanás, as nações ímpias, e os sistemas religiosos não-cris­tãos procuram juntamente a destruição das almas, o aniquilamen-to da Igreja Cristã, tornando impossível o estabelecimento perma­nente do Reino de Deus.
"As associações secretas, nos nossos dias, são as representa­ções mais típicas destes três adversários que o mundo já conhe­ceu. São despóticas e assassinas na sua atitude governamental; e, no seu caráter religioso, são anticristãs, falsas e hipócritas.
"Estou cada vez mais crente de que o Anticristo da Grande Tribulação será escolhido pelas lojas secretas do mundo. Não é preciso argumento para demonstrar qual a atitude que as organiza­ções cristãs devem ter para com estes seres monstruosos."
5.7. James M. Gray
O reverendo Grey foi por muitos anos pastor da Igreja Moody, Deão do Instituto Bíblico Moody, escritor e teólogo de grande reputação. Sobre o tema: "A Loja - Uma Contrafação Espiritual", disse o seguinte:
"Há mais de 1.200 anos, Satanás tem tido uma igreja falsificada na Terra e somente bem poucos são capazes de distinguir os traços característicos da prostituta, dos traços da Esposa do Cordeiro. O espiritualismo, com as suas doutrinas diabólicas, os seus templos, os seus oráculos, e com os seus fenômenos misteriosos; o racionalismo, com a sua deificação dos poderes humanos, e a subs­tituição da vida espiritual pelo intelectualismo; o romanismo, com a sua invocação de santos, a sua adoração de relíquias, os seus altares, a sua casta sacerdotal e tradições; todos estes são religiões falsas, que o príncipe das trevas faz circular no mundo como moe­das legítimas.
"Faremos a devida distinção a quem se opuser à classifica­ção do sistema maçônico nesta categoria. Notamos o caráter be­nevolente do sistema, a moralidade dos seus ensinos, e a boa reputação de que gozam muitos dos seus membros. Sem estas coisas, a Maçonaria não podia ser classificada como impostora. Elas são o sine qua non para a sua circulação e o arqui-impostor é muito hábil para negligenciá-las. Mas, por outro lado, o sistema das ordens secretas, pelo menos a Maçonaria, tem a sua origem numa fonte paga, pois os seus símbolos, ritos e regras são os mesmos dos antigos mistérios do paganismo. Não adora o Deus das Escrituras, mas, sim, um 'ideal' da sua própria concepção. A Maçonaria tem os seus batismos e o seu novo nascimento, as suas orações e cerimônias, os seus castigos e recompensas. Os homens proclamam-na 'como uma igreja toda suficiente' para eles. Os cristãos maçônicos preferem as suas assembléias às reu­niões de oração. As suas reivindicações são absurdas, quando não blasfemas; os seus métodos, em certos casos são fraudulen­tos e os seus ensinamentos heréticos. As características essenci­ais de todos os outros impostores encontram-se no sistema ma­çônico, e, embora isto não seja remate de todos eles, contudo é tão perigoso como qualquer deles em sua tendência para roubar dos homens a sua herança clara e satisfatória, em Cristo, o seu único Salvador...
"Este testemunho não é escrito como remédio, mas como pre­ventivo. Espero que ele possa despertar os crentes moços, levan­do-os a investigar o sistema maçônico sob o ponto de vista bíblico e espiritual, antes de se tornarem corrompidos e confundidos por essa sociedade.
"Jesus Cristo disse: 'Se alguém me segue, meu Pai o honrará'. E difícil servir a Cristo em um sistema que proíbe pronunciar o seu nome na oração. Como consideramos a 'honra que vem so­mente de Deus', separamo-nos de tudo o que oculta o genuíno e agradável serviço de Jesus Cristo".
5.8. O Salmista Davi
"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conse­lho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de água, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer pros­perará. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios con­duz à ruína" (Sl 1).
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