Mais que uma Simples Parceria (parte 1)

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Leitura Bíblica

1 Cor7.1-6

Introdução

“Quanto as coisas às quais escrevestes” Paulo se correspondia frequentemente com a igreja de Corinto. Uma dessas cartas, mencionada em 5.9, tratava da imoralidade sexual em Corinto. Embora o conteúdo exato desta carta perdida seja desconhecido, possivelmente abordava temas como idolatria e outros assuntos. A maior parte de 1 Coríntios (cap 7 ao 16) consiste nas respostas de Paulo a essas perguntas.
Podemos, com com alguma clareza, identificar as perguntas feitas pelos coríntios. Uma pista é a frase recorrente "agora com respeito a" (v. 1,25; 8.1; 12.1; 16.1,12 com variações).
Por isso Paulo passa a abordar questões relacionadas ao casamento (7.1–24, 39,40), celibato (7.25–38), consumo de carne oferecida a ídolos (8.1–11.1), conduta no culto (11.2–34), uso dos dons espirituais (12–14), a coleta para os cristãos de Jerusalém (16.1–4) e a presença de Apolo (16.12).

Proposição

Minha proposta é simples: Que estes sermões sobre o casamento, mesmo para os não casados, possam nos ensinar mais sobre o tipo de compromisso que devemos desenvolver em nossos relacionamentos fraternais e conjugais a fim de glorificar a Cristo com os nossos dons. E como somos a sua noiva, eu julgo que seja apropriado que iniciemos este tema no dia em que celebramos uma outra sagrada união, de Cristo com a sua igreja, através da Ceia do Senhor.

Ponto 1 - O Casamento e o Celibato são dons

Na passagem lida, os comentadores nos dão uma informação significativa:
que havia dois extremos na igreja de Corinto.
O primeiro grupo pensava que o sexo é pecado, mesmo no casamento. Esse grupo defendia que o celibato é um estado moralmente superior ao casamento.
E havia o segundo grupo, talvez formado pela maioria dos judeus, julgava que o casamento não era opcional, mas obrigatório. Para eles, o celibato era uma posição moralmente inferior ao casamento.
Os versículos primeiro e segundo trazem algo que aparentemente pode soar estranho, ou mesmo contraditório. Isso porque Paulo afirma que é bom que homem e mulher não tenham relações e ao mesmo tempo (aparaentemente) afirma que cada homem tenha sua mulher e cada mulher o seu marido. Mas não há tanta dificuldade em entender o que ele apresenta aqui.
A primeira coisa que precisamos recuperar em nossa mente é que Paulo não está expressando todo o seu entendimento sobre o casamento nesta passagem, nem mesmo colocando o casamento como uma condição menor do que o celibato, mas se pronuciando em relações a assuntos específicos. Nesta perspectiva, a afirmação do versículo 1, deve ser entendida como uma referência ao assunto proposto pelo Coríntios e não como aquilo que Paulo defende. Então a leitura deve ser feita da seguinte maneira: Quanto às coisas que escrevestes: que é bom que o homem não tenha relações com mulher. E aí começa a apresentar suas considerações.
Sendo assim, tenha em mente que: o casamento é uma instutiçõa divina que não é menor do que o celibato,
Afinal, se nós podemos lembrar que
Gênesis 2.18 “18 O Senhor Deus disse ainda: — Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma auxiliadora que seja semelhante a ele.”
Gênesis 2.24 “24 Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Imagine o autor inspirado pelo Espírito Santo?
Se nós também podemos lembrar que:
em Mateus 19.4–6 “4 Jesus respondeu: — Vocês não leram que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 5 e que disse: “Por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”?
Como Paulo poderia defender outra coisa?
E em terceiro lugar, Não se vê nenhuma indicação de que o apóstolo desmereça o casamento de qualquer forma.
Na carta de Timóteo, ele escreve que os apóstatas são aqueles que proíbem as pessoas de se casarem
1Timóteo 4.3 “3 que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com gratidão pelos que creem e conhecem a verdade.”
Em resumo, Paulo não está confuso, nem está afirmando que o homem não deva tocar em mulher, ou vice-versa, mas especificando o assunto ao qual se refere e sobre qual se posicionará.
O segundo destaque, como consequência do primeiro, é que o apóstolo Paulo também não está afirmando que o casamento seja superior ao celibato. Seria o erro oposto. Apesar de ter um monte de gente defendo isso até os dias de hoje, inclusive como condição clerical.
mas sem aumentar demais esta questão, no versículo 7 nós lemos:
1Coríntios 7.7 “7 Gostaria que todos os homens fossem como eu. No entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro.”
Wow! Como diria o pb. Cláudio. Casamento e Celibato são dons distribuídos por Deus.
A palavra grega para definir este tipo de dom é a mesma utilizada para descrever outros dons, incluindo os dons “de poder”.
Propositalmente faço esta comparação aqui porque temos a tendência a valorizar alguns dons espirituais como os dons de curar, os dons de operação de maravilhas, discernimento de espíritos, em detrimento de outros dons que chamamos de naturais, como administração, pastor-mestre, contribuição, serviço...
Mas o que o texto Bíblico nos diz em Tiago 1.17 é que “17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”
1Coríntios 12.4–10 “4 Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. 5 E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. 6 E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. 7 A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso.
Este texto de coríntios segue com a famosa lista de dons, que se o Senhor permitir poderemos falar detalhamente daqui a algum tempo, mas esquecemos, ou nunca fomos informados de que esta lista não é exaustiva.
Há seis listas de dons no Novo Testamento: 5 Delas escritas por Paulo, mais uma que eu gosto demais, que é a lista de dons que Pedro descreve em sua 1 epístola:
1Pedro 4.11 “11 Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus lhe dá, para que, em todas as coisas, Deus seja glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio para todo o sempre. Amém!”
Sendo assim, “Dom espiritual é qualquer talento potencializado pelo Espírito Santo e usado no ministério da igreja e foram dados para equipar a igreja afim de que ela desenvolva seu ministério até que Cristo volte e também para o nosso usufruto.
O terceiro e último destaque (deste primeiro ponto) é a relação de causalidade que Paulo estabelece entre a imoralidade (pornéia) e o casamento. Aqui eu preciso de um pouco mais da sua atenção. vs 2.
De maneira muito simples, é mais ou menos assim,
se você tem o dom do celibato, não procure se casar porque será mais fácil fazer a obra de Deus neste estado do que casando.
Mas como muita gente não consegue permanecer no estado de Paulo, porque não recebeu este dom, casar será melhor do que viver “caliente”.
O que não está em questão é guardar-se da imorlalidade e o servir a Cristo.
De maneira mais sofisticada,
Se você se lembra alguma coisa das última série de exposições, Paulo exortou os Coríntios a fugirem da imoralidade.
Além de ter mencionado o absurdo de um homem dormir com sua madrasta sem que a igreja tomasse uma atitude, foi também nos textos anteriores que aprendemos “Não se associeis com os imorais!. (5.9)
Lembro ainda que o corpo não é para imoralidade (6.13); que nossos corpos são membros de Cristo (6.15); que a prática da imoralidade é pecado contra o corpo e que o corpo é o templo do Espírito Santo que habita em nós(6.19); A Imoralidade é oposta à santificação.
Paulo vai direto ao cerne do problema que existia na comunidade coríntia. Ele aponta para as relações sexuais ilícitas que alguns dos cristãos tinham; afinal, eles eram parte de uma sociedade pagã que nenhuma objeção fazia à fornicação, ao menos a parte gentia. Kistemaker.
Percebam, neste contexto, o contraste entre aquilo que os Coríntios indicavam como solução para combater a imoralidade, que era a privação do sexo, e a solução de Paulo, “Case-se, se for o seu dom”, cada homem com sua mulher e cada mulher com seu marido.
Sem poligamia, sem fornicação, sem adultério, sem celibato inflamado, sem casamento forçado.
Em suma, se você tem o dom do celibato ou se tem o dom do casamento, conforme Pedro nos orientou, se você fala, fale os oráculos de Deus, se você serve, sirva!
Agora... se você decidiu se casar... Paulo vai mostrar que o casamento não deve ser do seu jeito, mas do jeito de Deus.

Ponto 2 -O Casamento tem cláusulas divinas

Percebam que “não são profundidades especiais ou mistérios teológicos que a igreja quer que o apóstolo explique, mas sobre a condução da vida na prática”.
“-Paulo, como você se posicionas em relação ao casamento? É mandamento, ou não é? E os solteiros? O que fazer com as filhas solteiras nos lares cristãos (v. 25ss)? Será que como cristãos podemos participar de refeições em que é servida carne de sacrifícios a ídolos (1 Co 8:1ss). E Paulo não deixaria por menos. Responderia a todas, pois esta é também a função das Escrituras.
Reforcem a seguinte ideia, por favor:
Você não precisa se casar, é até mais fácil permanecer sem se casar, segundo Paulo,
1Coríntios 7.32–34 “32 O que eu realmente quero é que vocês fiquem livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor. 33 Mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, 34 e assim está dividido. ” A gente vai voltar nisso na próxima pregação.
Então tenha em mente que Você não precisa se casar, mas se casar eu sei que pode soar óbvio, mas não é: (vs3-5)
O marido tem que se relacionar sexualmente com a sua esposa
A mulher tem que se relacionar sexualmente com o marido.
Se quer um conselho, Não faça deste texto uma acusação, porque é aí mesmo que não vai “rolar mermo”.
Ou pode ser que você pense: “Ah, mas é que eu nem sinto falta”… Situação difícil para o seu cônjuge, não?
Há é claro, uma série de fatores, como problemas de saúde, mudança hormonal, stress, fadiga, me refiro às coisas que você não tem controle. Por isso dizemos que o casamento é na alegria e na triteza, na saúde na doença.
Mas Isto não inclui
fadiga por video-game
Stress porque quer sempre o que não tem e trabalha até à fadiga.
Gostando você ou não, nas regras divinas, quando nos casamos, perdermos o direito sobre o nosso corpo, que passa a pertencer ao nosso cônjuge.
E se você pensa que acabou de receber a autoridade para exigir que o seu cônjuge “se vire” para dar o que você quer, leia o texto comigo novamente. vs.4
A obrigação é cumprir a própria responsabilidade conjugal que é, doar não exigir.
Sendo assim, há uma dívida de amor mútua que não deve ser cobrada por nenhum dos dois, mas que os dois devem ter prazer no pagamento, portanto o amor deve ser oferecido voluntariamente.
“Ah, mas é que eu sou espiritual prefiro me dedicar à Palavra de Deus e à oração”. Minha pergunta neste caso é: Você é solteiro, ou solteira? Senão,
vs. 5
Não seja o motivo da tentação do seu cônjuge.
A sua “busca espiritual”, salvo por mútuo consentimento, será instrumento nas mãos de satanás para tentar o seu cônjuge. Você estará negando a regra divina em nome de uma espiritualidade ascética, contrária às Escrituras.
A não ser que seja por mútuo consentimento e por algum tempo,
Ou seja, acabou o período de jejum e oração, “uni-vos de novo”.
Os tradutores interpretam esse verbo unir como uma ordem. Está aí na sua Bíblia como um imperativo. É contrato de adesão. A gente não discute cláusula com Deus.
É neste sentido que o vs 6 deve ser considerado.
Não é um mandamento que vocês se abstenham, pois é uma concessão, mas é imperativo que se unam de novo.
Porque a falta de controle é uma realidade que Paulo não ignora e todos nós estamos sujeitos a ela.
Não foi à toa que ele passou dois capítulos falando de imoralidadesm, no plural.
HDL, “Quando um casal brinca com essa arma do sexo no casamento e chantageia o cônjuge, privando-o da satisfação a que tem direito, Satanás entra nessa história para colocar uma terceira pessoa na jogada e arrebentar com o casamento. Cabe aqui alertar sobre uma grande ameaça à vida sexual dos casais: a pornografia!”
Ainda sobre o versículo vs 6.
Há bastante controvérsia quanto a interpretação deste versículo, pois do que Paulo estaria falando?
William MacDonald, sintetizou aquilo que entendo ser a correta interpretação do texto: “A nosso ver, o apóstolo está dizendo que, em determinadas circunstâncias, é permitido a um casal abster-se do ato conjugal, mas que essa abstinência é uma permissão, e não um mandamento.
Os cristãos não são obrigados a abster-se desse ato a fim de se dedicarem inteiramente à oração.
Na opinião de outros, o versículo 6 se refere ao conceito geral de casamento.
Os cristãos têm permissão de casar, mas não são ordenados a fazê-lo.
Em síntese, não é um mandamento que os cristãos se casem, mas quando se casarem é mandamento que não se abstenham.
HDL. “A mesma Bíblia que condena o sexo antes do casamento, o pecado da fornicação; e também o sexo fora do casamento, o pecado do adultério; está dizendo que a ausência de sexo no casamento é pecado.

Conclusão

Até aqui, consideramos que tanto o casamento quanto o celibato são dons. Não havendo primazia de um sobre o outro porque ambos são dádivas divinas.
Consideramos também que, caso tenhamos decidido, ou ainda decidamos nos casar, não temos o direito de alterar aquilo que Deus estabeleceu como norma através de sua palavra.
Deus é quem estabelece as cláusulas deste contrato e todas elas são irrevogáveis. Incluindo a relação conjugal que é direito do seu cônjuge.
Perguntas para Aplicação.
Com que respeito a Deus, você vivido o seu dom?
Aos solteiros eu pergunto: Vocês têm se guardado da imoralidade? Incluindo pornografia e fornicação?
Se está vivendo abrasado, melhor é que case, mas não se case somente por viver abrasado. Pois casamento é uma instituição divina.
Aos casados: Nossos casamentos têm honrado o Deus da nossa vida, ou estamos tristemente vivendo casamentos de fachada?
Antes de fazer a terceira pergunta eu quero ler o texto de
Efésios 5.22–32 NAA
22 Esposas, que cada uma de vocês se sujeite a seu próprio marido, como ao Senhor; 23 porque o marido é o cabeça da esposa, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também a esposa se sujeite em tudo ao seu próprio marido. 25 Maridos, que cada um de vocês ame a sua esposa, como também Cristo amou a igreja e se entregou por ela, 26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. 28 Assim também o marido deve amar a sua esposa como ama o próprio corpo. Quem ama a esposa ama a si mesmo. 29 Porque ninguém jamais odiou o seu próprio corpo. Ao contrário, o alimenta e cuida dele, como também Cristo faz com a igreja; 30 porque somos membros do seu corpo. 31 Eis por que “o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. 32 Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.
3. Será que você ainda se lembra que o seu casamento deve ser uma analogia do tipo de relação que Cristo tem com a sua igreja?
Todos juntos, coloquemo-nos diante de Deus. Eu recomendo que você não tome esta ceia sem a devida contrição. Mas encontrando pecado, confesse-o, e pariticipe do pão que foi partido pelos coríntios e também por nós.
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