Discípulos são pescadores de homens
Pregações Avulsas • Sermon • Submitted • Presented
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Transcript
I. INTRODUÇÃO
Falar sobre a série de estudos que está acontecendo nos cultos de oração às quartas-feiras.
II. INFORMAÇÕES CONTEXTUAIS
III. EXPOSIÇÃO
18 Caminhando junto ao mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André. Eles lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Primeiro, vamos analisar o cenário que temos aqui no texto. O texto nos diz que Jesus está se dirigindo a pescadores, portanto, devemos considerar o que era um pescador naqueles dias.
Na época de Jesus, a maioria dos moradores da Palestina sobreviviam da pesca. Eram homens que dedicavam as suas vidas a ganhar o pão do seu dia a dia e movimentavam a economia da palestina.
Mas nós não devemos olhar para os pescadores na Bíblia assim como olhamos para os pescadores do Mucuripe. Aqui a coisa é bem diferente.
Pescadores ocupavam um lugar de proeminência naquela cultura. Eles “ocupavam o centro da economia galileia e levavam uma vida confortável pelos padrões de sua cultura. [Eles viviam] Bem melhor, na verdade, que a da grande multidão de camponeses que trabalhavam na terra durante boa parte do Império Romano.” [Craig Keener, Comentário Atos do Novo Testamento]
Ou seja, nós não estamos nos referindo a pessoinhas que eram humildes, no sentido econômico falando, que passavam necessidades. Definitivamente não! Estamos falando de pessoas abastardas, que se dispuseram a servir e seguir o mestre.
19 Jesus lhes disse: — Venham comigo, e eu os farei pescadores de gente.
A pergunta principal que precisamos fazer aqui, por mais que óbvia, é: quem fará?
O texto é bastante claro! Jesus!
Ele não está falando que a vida é quem os tornariam pescadores de gente.
Ele não está falando que eles no decorrer do tempo, se tornariam pescadores de gente.
Jesus diz que ele próprio tornaria aqueles pescadores de peixes em pescadores de gente.
A única coisa que Cristo pede a eles é que eles o seguissem. Nada mais. Toda responsabilidade seria de Cristo. Jesus assumiria o risco e o resultado por qualquer situação.
Existe um pregador norte-americano que eu gosto bastante chamado Charles Stanley. E ele tem um frase que diz o seguinte: “Obedeça a Deus e deixe todas as consequências com ele”.
É exatamente o Cristo está convidando esses homens a fazer: obedecerem a Deus, confiar nele e deixar todas as consequências com Ele. Nada mais.
Cristo chama esses homens a deixar as suas vidas. E, como vimos na explicação do versículo anterior, eles tinham vidas confortáveis, tinham posses, como os barcos os quais estavam pescando, certamente tinham uma família bem estruturada.
Cristo os chama a deixar essas coisas para trás e irem com ele.
Não é mais uma questão de tirar peixes do lago, mas de tirar os homens do abismo do pecado e da morte, apanhando-os na grande rede de Deus! Os discípulos de Jesus não apenas aprenderiam com ele, mas levariam outros a um contato vivo com Deus.
O ato de seguir a Cristo envolveria mais que uma aproximação física. Incluía imitar o caráter de Cristo. O ministério deles era para ser um ministério de caráter. Mais importante do que diziam ou faziam era o que eles eram. [Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento (E. Jesus Chama Quatro Pescadores (4:18–22))]
20 Então eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.
Observe a atitude desses discípulos: eles foram imediatamente. Não teve essa de esperar estabilidade financeira, esperar os filhos crescerem, esperar se formar. Eles receberam o chamado e foram!
É um grande contraste com o que encontramos em Mateus 8.21–22, observe:
“21 Outro discípulo lhe disse: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. 22 Mas Jesus lhe disse: “Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos”.”
O chamado de Jesus é urgente e precisa de pessoas com senso de urgência. Jesus não precisa de pessoas que queiram colocar suas preocupações em outras coisas. Ele precisa de pessoas que se disponham a atender seu chamado e ir.
21 Pouco mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, o irmão dele. Eles estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e Jesus os chamou. 22 Então eles, no mesmo instante, deixaram o barco e seu pai e seguiram Jesus.
O mesmo chamado dado a Pedro e André é agora dado a Tiago e João.
E note uma outra informação interessante nesse texto: eles estavam na companhia de seu pai.
Tiago e João literalmente deixaram suas famílias para ir logo após o Mestre.
Isso ecoa as palavras de Cristo em Mateus 19.29, as quais ele disse muito mais a frente, mas certamente Tiago e João a aplicaram em suas vidas, observe:
“29 E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.”
IV. APLICAÇÃO
Como Pedro e André, temos também de evitar a tentação de substituir a verdadeira espiritualidade por argumentos eloquentes e personalidades capazes. Ao seguir a Cristo, o discípulo aprende a ir onde os peixes estão nadando, a usar uma isca apropriada, enfrentar o desconforto e a inconveniência, a ser paciente e ficar fora da vista. [Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento (E. Jesus Chama Quatro Pescadores (4:18–22))]
O ato de Pedro e André terem seguido a Cristo imediatamente não demonstra apenas um ato corajoso e disposto a servir, mas também revela uma fé e uma devoção genuínas.
E é dessa fé e devoção que necessitamos.
A igreja está cheia de falsos crentes fingindo terem fé em Deus;
A igreja está cheia de falsos crentes fingindo terem devoção verdadeira para com Deus;
A igreja não precisa de mais um falso crente. Ela precisa de um crente verdadeiro.
Outra coisa que precisamos entender também é que ser pescador de homens é muito mais do que abrir a boca e falar...
É acreditar que Deus está trabalhando no mundo através da sua Missão
É entender que somos chamados a ir e anunciar, e não a ir e converter
Exemplo do Uber Gustavo
É acreditar que a obra para a qual Jesus nos chamou é uma obra excelente.
Quem nos fará pescadores de gente? Jesus! Ele é quem nos capacitará para a sua obra.
Devemos confiar nele e acreditar que ele nos capacitará
Devemos pedir para que ele nos capacite
Devemos buscar meios pelos quais ele possa nos capacitar
Por último, meus irmãos, não se esqueçam das ricas promessas que a Bíblia nos dá ao nos dispormos a sermos pescadores de gente, observe:
Provérbios 11.30 “30 O fruto da retidão é árvore de vida, e aquele que conquista almas é sábio.”
Daniel 12.3 “3 Aqueles que são sábios reluzirão como o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre.”
Anunciar o evangelho e pescar homens para o Reino não é uma tarefa banal. Ao contrário, muito será agraciado aquele que se dispor a isso e se empenhar nisso.
Encerro com uma frase do reverendo J.C. Ryle, bispo anglicano que viveu no século 19:
Os dias mais resplandecentes da Igreja de Cristo sempre foram aqueles em que a pregação do evangelho foi mais honrada. Por outro lado, os dias mais negros da Igreja sempre têm sido aqueles em que a prédica foi desvalorizada. [Meditações no Evangelho de Mateus (Começo do Ministério de Cristo e a Chamada dos Primeiros Discípulos (Leia Mateus 4.12–25))]
Não deixemos de anunciar o evangelho.
Que o Senhor nos abençoe. Amém!
João Pedro Martins