A Origem e o Propósito da Família: Uma Reflexão a partir de Gênesis 1.26-28
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Texto bíblico: Gênesis 1.26-28.
Introdução: Confissão de Fé de Westminster (Capítulo IV: Da Criação)
II. Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com alma racional e imortal, e dotou-os de inteligência, retidão e perfeita santidade, segundo a sua própria imagem, tendo a lei de Deus escrita no seu coração e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade de sua própria vontade, que era mutável. Além dessa lei escrita no coração, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas.
**Desenvolvimento:**
1. Criação à Imagem de Deus (Gênesis 1.26): A coroa da obra de Deus foi a criação do homem à sua imagem e semelhança. Isso significa que o homem foi colocado na terra como representante de Deus e, de certa forma, partilha características semelhantes com o Senhor. Não há indicação de semelhança física no texto. Ao contrário dos animais, o homem é um ser criador e adorador, e se comunica com clareza. Sendo assim nossas características únicas que refletem Sua natureza. Somos chamados a refletir a Sua santidade, amor, justiça e sabedoria em todas as áreas da nossa vida.
2. Domínio e Responsabilidade (Gênesis 1.28): Deus nos deu a responsabilidade de dominar sobre a criação, indicando uma autoridade que deve ser exercida com sabedoria e cuidado. Somos chamados a ser mordomos fiéis dos recursos que Deus nos confiou.
3. A Instituição da Família (Gênesis 2.18-25): O relato da criação da mulher como companheira para o homem, presente em Gênesis 2.18-25, oferece uma rica exploração da instituição da família, destacando a ênfase na união e complementaridade entre os gêneros. Em Gn 18, Deus afirma que "não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". Essa declaração expressa a consciência divina da necessidade do homem por uma parceira, uma companheira que o complete e esteja em sintonia com ele. A escolha de criar a mulher a partir da costela do homem destaca a proximidade e a intimidade inerentes à relação entre os dois. A mulher não é uma criação independente, mas uma parte intrínseca do homem. Essa proximidade sugere não apenas a unidade física, mas também a conexão emocional e espiritual entre eles. A complementaridade é evidente na própria forma como a mulher é concebida - para ser uma auxiliadora e correspondente ao homem. Em Gn1. 24 acontece a instituição do casamento e a formação da família: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." Aqui, a união é enfatizada como uma fusão profunda e indivisível. A expressão "uma só carne" destaca não apenas a dimensão física do relacionamento, mas também a unidade emocional, espiritual e social. A instituição da família, portanto, é concebida como resultante da união indivisível entre homem e mulher.
Em resumo, o relato da criação da mulher como companheira para o homem, destaca a intenção divina de união, proximidade, complementaridade e a instituição da família como elementos fundamentais no plano de Deus para a humanidade.
4. **Propósito da Família (Gênesis 1.28):**
O propósito da família, está relacionado à multiplicação e ao povoamento da terra. O versículo diz: "Deus os abençoou e lhes disse: 'Sejam férteis e multipliquem-se! Povoem a terra e a sujeitem. Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os seres vivos que se movem pela terra.'" Essas palavras indicam a responsabilidade dada por Deus aos seres humanos de crescerem em número e de governarem sobre a criação. 1) Multiplicação e Povoamento da Terra, a multiplicação refere-se não apenas à reprodução física, mas também ao crescimento e desenvolvimento da comunidade espiritual. 2) Transmissão do evangelho e a glória de Deus.
Ao compreender e viver de acordo com esse propósito divino, a família pode se tornar uma fonte de bênção para a sociedade e um reflexo tangível do plano de Deus para a salvação, visando sempre a glória de Jesus Cristo.