Acampamento IPBV, sermão 1 - Urgência na vida do Evangelho

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Urgência na vida do Evangelho -
É bem possível, que Efésios tenha sido concebido como uma carta circular e que os crentes de Éfeso não eram seu único público-alvo.
A carta de Paulo aos Efésios é uma celebração do propósito eterno de Deus — redimir e unir pecadores e toda a criação em Cristo — e uma exortação à Igreja para incorporar esse propósito na vida diária.
Assim, esta carta trata sobre o “evangelho da paz” (6:15), que é simultaneamente o evangelho da maravilhosa e generosa graça de Deus.
Esse propósito divino e sua incorporação estão focados na cruz de Cristo, que agora é exaltado aos “lugares celestiais”.
1) Abençoados pelos favores celestiais em Cristo - Ef 1:3-14.
Essa perícope fala das bênçãos espirituais que deus nos dá, nas regiões celestiais, em Cristo.
Os termos “em Cristo” e “nele” não devem ser entendidos meramente como ‘por meio de Cristo’, mas como bênçãos que derivam do dom gracioso de compartilhar intimamente a vida do Messias ao fazer parte do seu ‘corpo’.
Toda o texto se baseia na suposição de que Jesus é o exaltado Filho de Deus (2:6; 4:9-10; cf. Sl 110) que compartilha o seu status e bem-aventurança com seu povo.
“Nas regiões celestiais” não sugere que os crentes são de alguma forma transportados para o céu nem para longe das lutas deste mundo (de fato, “as forças espirituais do mal” também estão “nas regiões celestiais” [6:12]).
Mas que, pelo fato de estarem em Cristo, eles compartilham da poderosa graça de Deus que está em ação para derrotar as forças cósmicas do mal. Portanto, os crentes levam sua vida na terra, no presente, à luz das realidades celestiais e escatológicas.
A lista de bênçãos enfatiza a riqueza da graça de Deus no passado, presente e futuro.
Essa amplitude explica a frase “todas as bênçãos espirituais” (1:3).
As bênçãos de Deus em Cristo listadas nesses versículos incluem: eleição (1:4) adoção (1:5) graça (1:6) redenção/perdão (1:7-8) revelação (1:9-10) herança/esperança (1:11-12) o Espírito Santo (1:13-14).
A primeira bênção, a eleição (1:4-5), é um termo bíblico para o chamado de Deus, em Cristo, do seu povo. Ela é um propósito eterno de Deus (1:11).
A eleição da Igreja é para estar em uma aliança com Deus, e nela, viver uma vida a partir de uma cultura alternativa (‘santa’, ‘gloriosa’), caracterizada pelo amor e por uma vida “irrepreensível”.
As bênçãos seguintes, adoção e graça (1:5-6), estão relacionadas à eleição (“nos predestinou”, 1:5).
O povo de Deus tem Deus como seu pai amoroso que os abençoa e protege, e que espera a imitação de seu amor em resposta.
Como resposta dessa graciosa dádiva de adoção, a Igreja deve a Deus a honra devida a um pai. Isso explica o chamado à santidade em 1:4, pois o Deus-Pai da aliança diz: “Sejam santos, porque eu sou santo” (Lv 11:45; 19:2).
A santidade, então, é imitação pelos filhos do amor de Deus, revelado em Cristo (4:32—5:2).
A próxima bênção mencionada é “a redenção” (1:7-8), uma metáfora do reino da escravidão e da narrativa do êxodo, definida aqui como perdão.
A bênção seguinte (1:9-10) é a revelação do “mistério da sua vontade”, a ser cumprido em Cristo, que é “convergir” ou unificar toda a criação em Cristo.
O próximo benefício é que aqueles que estão em Cristo são parte, agora e também no futuro, desse mistério que se desdobra, já tendo recebido uma “herança” (como filhos de Deus, com base na morte de Cristo) que garante seu lugar (1:11).
Essa herança não é ainda plenamente concretizada e desse modo gera a bênção da esperança (1:12) marcada por uma vida de louvor no presente.
O dom do Espírito Santo é a bênção final mencionada (1:13-14), sendo caracterizada em duas imagens que conectam o presente e o futuro.
Como o “selo” de Deus, o Espírito marca e protege os crentes como propriedade divina.
O Espírito é também “a garantia (arrabōn) da nossa herança”, a futura redenção.
Essa passagem exortam os crentes a oferecerem louvor a Deus (1:6, 12, 14) por suas graciosas e generosas bênçãos, que são para a Igreja uma participação na obra trinitária.
Esse plano de Deus é de graça e paz oferecida pelo Pai, em Cristo, por meio do Espírito.
Deus está fazendo algo no mundo… o curso da história não está a deriva…
esse agir divino já nos alcançou… Deus nos chama para sermos instrumentos para mudar o mundo, como Corpo de Cristo.
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