(1Pe 3:8-22) A nova vida em Cristo

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Pedro deixa de falar a grupos específicos e passa a falar a toda a igreja, concluindo suas exortações. Ele fala de uma nova vida, e de uma vida vitoriasa em Cristo.
v. 8-12 >>
Pedro passa a falar, mais uma vez, sobre relacionamentos. Ele estava falando de relacionamentos específicos - o senhor e o servo, marido e mulher - agora fala dos relacionamentos gerais. Fala do amor entre os irmãos como prova do nosso amor por Deus.
Se antes, no capítulo dois, ele começou a primeira exortação falando de vícios e deveríamos abandonar - maldade, dolo, hipocrisia, inveja e malediência - agora ele começa a última exortação falando de virtudes que deveríamos cultivar.
Quando ele diz “finalmente” ele quer dizer que o amor é a conclusão, é o clímax de todo seu argumento. Como Paulo diz:
Romanos 13.8–10A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.”
A primeira dessas manifestações do amor é unidade de pensamento: “Sede de igual ânimo” ou “tenham todos o mesmo modo de pensar”. O que é essa unidade que a igreja promove? Primeiro um exemplo vivo:
Atos dos Apóstolos 4.32 “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.”
Filipenses 2.2 “completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.”
Essa unidade não é uma uniformidade absoluta, como se não tivéssemos diferenças. Mas é uma “cooperação em meio à diversidade”. Nós nunca somos completamente iguais, a não ser naquilo que é essencial. Devemos buscar sim ser iguais o máximo que pudermos, mas sempre haverá difereça de opiniões. Temos de lidar com isso.
Warren Wiersbe: “Os cristãos podem discordar quanto à forma de certas coisas, mas devem concordar quanto ao conteúdo e à motivação. Somos um corpo com diferentes membros. Não competimos uns com os outros; cooperamos mutuamente. Entre os membros da igreja de Deus não deve existir partidarismo nem vanglória. Em vez de pensar apenas no que é propriamente seu, cada irmão deve pensar no que é do outro, em como honrá-lo.”
“compaixão”. Compaixão é sentir a dor do outro. Alguém disse que era mais do que estar ao lado, era estar dentro.
1Coríntios 12.26 “De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam.”
“amor fraternal”… “fraternalmente amigos”. Aqui Pedro mostra que a intensidade da amizade cristã chega ao nível da fraternidade. Isso não deve ser apenas sentimento. Deve ser algo real, e é. Se você acredita que fomos realmente adotados por Deus, e somos seus filhos, então com a mesmo instensidade você deve acreditar que somos realmente irmãos.
Eu e minha esposa estamos no processo de adoção, e estamos terminando de ler um livro que fala sobre isso. Nesse livro o autor explica como a igreja ajuda na realidade da adoção, pela própria natureza da igreja. Devemos amar e acreditar na adoção porque nós fomos adotados:
Russel Moore: “Se sua igreja local começar a adquirir as marcas espirituais de uma família, um verdadeiro grupo de parentes unidos em Cristo, vocês perceberão. Vocês começarão a ver as pessoas orando umas pelas outras, abraçando umas às outras, beijando umas às outras, colocando os interesses umas das outras acima de seus próprios interesses. Quando nossas igrejas forem postos do reino contrários à cultura, começaremos a ver a alegria de uma vida que é mais significativa que uma garagem para dois carros e férias no parque temático que está na moda neste ano. Uma vez que as pessoas aprendem a ver seus irmãos e suas irmãs, seus pais e suas mães de modo mais significativo do que simplesmente os relacionados à carne, a adoção simplesmente não parece mais tão estranha.”
“Misericordiosos”. É você amar o outro quando ele está em estado de miséria. Meu pastor sempre dizia a igreja: “me amem quando eu mais precisar”. É certo que há aqueles que não querem mais amor, que não querem mais ouvir. Mas há aqueles onde existe ainda uma fagulha que precisa ser provocada. Onde ainda há fé e amor. Precisamos ter misericórdia.
“Humildade”. A humildade é a consequência imediata da fé. Se você entendeu que Cristo morreu por você quando você era fraco, ímpio, pecador e inimigo de Deus, como o seu coração não quer se inclinar em humildade, como você ainda pode se ver grande? Como você pode achar que é digno de aplausos, de louvor? Se Jesus e a sua cruz não for a tua glória, então você não entendeu quem você é, do que você precisa, e você não entendeu o evangelho.
v. 9 >>> O relacionamento com os inimigos
não paguem mal com mal...”.
Mateus 5.44 “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;”
Romanos 12.17 “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;”
1Coríntios 4.12 “e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos;”
Alguém disse: “Retribuir o bem com o mal é perversidade; retribuir o bem com o bem ou o mal com o mal é justiça; mas retribuir o mal com o bem é graça.”
Bêncão por herança...”. “Aqueles que sofrem por causa da justiça recebem como herança bênçãos celestiais”. Kistemaker diz acertadamente que o cristão não trabalha para ganhar as bênçãos; ele as recebe por herança. Ernest Best acrescenta que nunca se trabalha para receber uma herança. Trata-se de um presente. A herança que o autor tem em mente é a salvação, a salvação eterna, e não o gozo dessa salvação no presente. Warren Wiersbe conclui afirmando que as perseguições que sofremos na terra hoje enriquecem a bendita herança de glória que desfrutaremos um dia no céu.
Mateus 5.10–12 “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”
vv. 10,11 >>
Viver para o fututo não é negligenciar o presente. Muito pelo contrário. Viver pra vida eterna é viver bem no presente. Na verdade essas as pessoas que vivem melhor. Os que vivem melhor, são aqueles que estão prontos pra partir. Pedro então orienta àqueles que querem viver bem devem obedecer ao Senhor: Não falando dolosamente; apartando-se do mal; praticando o que é bom; buscando a paz...
Refreie a língua do mal. Salmo 141.3 “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.”
Não fale com dolo. João 8.44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”
Aparte-se do mal e pratique o bem. Quem é capaz disso? Romanos 3.12 “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” Só em Cristo podemos praticar o que é bom. Por praticar o bem é viver para a glória de Deus, cumprir seus mandamentos, pela influência do seu Espírito, em nome de Jesus.
Busque a paz. A paz deve ser almejada e buscada por nós. Nós devemos batalhar para estabelecer a paz. Não a falsa paz. A paz do falso tolerante que tolera todo tipo de pecado. Mas busca a verdadeira paz, a paz de Cristo, a paz que o mundo não pode dar, que é fruto do amor a Deus, da piedade e do temor ao Senhor. Não se contente com uma falsa paz. Nem diga como os falsos profetas: “paz, paz, quando não há paz”. Busque a paz que vem de Deus.
Romanos 12.18 “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;”
Romanos 14.19 “Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.”
2Coríntios 13.11 “Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz estará convosco.”
1Tessalonicenses 5.13 “e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros.”
2Timóteo 2.22 “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.”
Hebreus 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”
Mateus 5.9 “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”
v. 12 >>
Os olhos do Senhor… sobre os justos. O Senhor volta seus olhos e seus ouvidos, ou seja, seu favor, para o seu povo. Quando fazemos essas coisas, obedecemos ao Senhor em meio ao sofrimento, não pense que não haverá recompensa. Deus tem seus olhos e ouvidos sobre nós. Ele nos amparará. Escute isso. É uma promessa! Creia nisso. Ele diz que seus ouvidos abertos às tuas súplicas. Ore! Ore!
Quanto aos que praticam a maldade, o Senhor tem seu rosto contra eles. Veja a ironia. Os crentes eram perseguidos pelos homens. Mas não há nada pior e mais assustador do que ser perseguido por Deus. Ter o desfavor do Senhor dos Exércitos. Para aqueles que ignoram essas coisas nessa noite, escute, o rosto do Senhor se tornará contra você. Se arrependa!
vv. 13-17 >>
Então Pedro orienta quanto ao sofrimento. Ele diz que fazendo o bem, evitaremos sofrimentos. Mas haverá aqueles que perseguirão os crentes por causa do bem que eles praticavam. Sendo assim, ele diz, se alegre. Se alegre se forem perseguidos por causa da justiça. Não desanimem nem abandodem o seu propósito. Ele diz: “sedes zelosos”. Sejam radicais. Sejam zelosos do que é bom. Essa palavra é usada pra descrever pessoas extremistas. É a raiz da palavra “zelotes”. Eram radcais políticos que se rebelavam contra o poder romano. Sejam radicais por aquilo que é bom. Apaixonados. Revolucionários. Não abandonem o cristianismo. O estilo de vida que devem seguir. Deus vai recompensar vocês. É grande o vosso galardão nos céus.
“Um garoto de 12 anos, durante a Segunda Guerra Mundial, recusou juntar-se a certo movimento na Europa. Os carrascos perguntaram-lhe: “Você não sabe que temos poder para lhe matar?”. O jovem respondeu: “E vocês não sabem que eu tenho o poder de morrer por Jesus?”. Quando Policarpo foi preso em Esmirna por causa de sua fé, o procônsul romano prometeu soltar-lhe se ele negasse sua fé e blasfemasse contra Cristo. Policarpo respondeu: “Há 86 anos tenho servido a Cristo e ele jamais me desamparou. Como posso agora blasfemar contra o meu Rei e Salvador?”
(v.15) “Santificai a Cristo…”. Pedro cita indiretamente Isaías 8.13 “Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto.” O sofrimento é uma oportunidade para mostrar a quem servimos. Quem é nosso Senhor. Dêem razão da fé de vocês. Expliquem que manda em vocês. Quando perguntarem: “por que vocês vivem assim?” “Por que vocês não faz isso?” Você dirá: “Por o meu Senhor ordenou” “Por que eu amo o meu Senhor; que morreu por mim; que me tirou da lama; do inferno; que me salvou” SANTIFICAI A CRISTO EM VOSSOS CORAÇÕES! Expliquem quem vocês são. Não apenas pra debater, pra discutir. Ele diz “com mansidão”. Fale para que saibam e talvez sejam convencidos, e sajam ganhos. Sejam persuadidos. Colossenses 4.6 “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.”
v. 18 >>
Pedro faz então a transição do sofrimento do cristão para o sofrimento de Cristo.
Sua eficácia: “Uma única vez”.
Sua forma: “O justo pelos inustos”.
Seu propósito. “conduzir-vos a Deus”.
“Vivificado NO espírito [ou PELO Espírito”]. Talvez queira dizer a nova natureza espiritual de Cristo após a ressurreição ou a obra do Espírito Santo na ressurreição de Cristo.
Pregou aos espíritos em prisão...”. É provável que se refira à pregação de Noé que era “pregador de justiça” (2Pedro 2.5 “e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios;”).
“Figurando o batismo”. “da mesma forma que as águas do dilúvio limparam a terra da perversidade humana, assim também a água do batismo indica a purificação do ser humano dos pecados. Da mesma forma que o dilúvio separou Noé e sua família do mundo perverso da época, assim também o batismo separa os crentes do mundo perverso de nossos tempos.”
Subordinados anjos...”. Pedro termina então falando da gloriosa posição de Cristo, Mediador e Rei. Os principados estão subordinados a ele. Não tema!
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