A primeira palavra de Cristo na Cruz (Lc 23.34)

Palavras de Cristo na Cruz  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Das sete palavras (sentenças) de Cristo na Cruz, três delas são tertinentes ao bem dos outros, três ao bem próprio e, uma é comum. O primeiro cuidado do Senhor foi com os outros, o último consigo.

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Introdução:

Das sete palavras (sentenças) de Cristo na Cruz, três delas são pertinentes ao bem dos outros, três ao bem próprio e, uma é comum. O primeiro cuidado do Senhor foi com os outros, o último consigo. A primeira palavra, foi pregada pelo profeta Isaias: “e pelos transgressores intercedeu” (Is 53.12), ela dirige-se aos inimigos. A ordem do amor divino é socorrer primeiro os mais necessitados, os inimigos (os mais crueis). Cristo orou não a sangue frio depois de ter esquecido o ferimento, mas orou enquanto as primeiras gotas de sangue jorravam de suas mãos e pés pregados na cruz; enquanto o martelo ainda estava manchado pelo sangue carmesim, sua boca bendita profere: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Não houve oração como essa antes. Abraão e Moisés oraram por ímpios, mas não por homens ímpios que haviam perfurado suas mãos e pés. Lições:

1 - A Paternidade de Deus (“Pai”).

A termo “Pai” está na primeira e na última palavra na cruz. A Palavra Encarnada vivia da Palavra Inspirada! Na última, Ele cita o Sl 31.5, porém Davi não citou o termo “Pai”. Jesus tem o poder de alterar as palavras do salmista, e Ele não disse: “Ó Deus...”, mas disse: “Pai”. Ó que palavra doce! Desde menino, Jesus sabia que ele era o Filho do Altissimo (Lc 2.49).
Meus irmãos e irmãs, como é bom ter a consciência de que somos filhos de Deus! Ó como é doce, na vida e na morte, sentir em nossa alma o espírito de adoção pelo qual chamamos: “Aba, Pai”. Não foi em vão que ele nos ensinou a dizer: “Pai nosso”, quando orarmos, pois sob severas circunstâncias, pensamos que Deus não está lidando conosco como um pai lida com um filho, mas como um juiz severo lida com um criminoso. Jesus no extremo sofrimento, ora desde o Getsêmani: “Pai...” (Lc 22.42).
Ó que o Espírito que nos faz bradar “Aba, Pai” nunca deixe de agir em nós!

2 - A Intercessão do Filho (“Pai, pedoa-lhes, porque não sabem o que fazem”).

Aquele “Pai” parece significar: “Eu, teu filho, que sofro, perdoo. Perdoa tu também, Pai, embora eles não mereçam. Mostra-lhes o teu paterno amor”. E por quem pediu:
a) Primeiramente, pelos algozes;
b) Pelas autoridades religiosas e civis;
c) Pelas testemunhas falsas;
d) Pela multidão, que gritou: “Crucifque-o”;
e) Em suma, por Judeus e Gentios, representados pelo primeiro homem e sua posteridade, que, pecando, deram causa à paixão (morte) de Cristo.
O Sumo sacerdote (Hb 7.25, 26) continua diante de trono eterno intercedendo em nome de homens culpados, bradando: “Pai. perdoa-lhes”. Por homens culpados, meus ouvintes! Não há ninguém no mundo que mereça sua intercessão; O Justo pelos injustos!; Não esta escrito: se alguém for justo, mas “se, todavia, alguém pecar...”(1Jo 2.1).

3 - A primeira palavra é uma instrução da obra da Igreja (Jo 13.15).

Como Cristo foi, também sua Igreja deve ser!
Cristo veio não para ser servido mas, para servir. Para buscar e Salvar o perdido!
A Igreja nunca deveria viver por seus ministros! Ou vocês acham que a Igreja foi chamada para manter benefícios eclesiásticos? os templos não foram feitos para que vocês se sentem e ouçam algo prazeroso! Não!
Uma igreja no Brasil, que não existe para fazer o bem nas favelas, comunidades, ruas e becos, sargetas, cracolandias, hospitais, asilos, etc, é uma igreja que não tem razão para justificar a sua existência! Uma igreja que não fica do lado dos pobres, para denunciar injustiças e manter a justiça, é uma igreja que não tem o direito de existir!
Quando a Igreja entender a sua obra, perceberá que não está aqui para juntar riqueza ou honra para si mesma, engrandecimento e posição temporais; ela está aqui para viver altruisticamente (pelos outros), e, se necessário, para morrer altruisticamente pelas ovelhas perdidas, pela salvação de homens impios. Ó Igreja, você não existe para si mesma da mesma forma que Cristo não viveu para si próprio! A glória de Cristo foi que Ele pôs de lado a sua própria glória! A glória da Igreja é quando ela põe de lado sua individualidade, e conta como sua glória buscar, em meio à lama mais suja, as joias de valor inestimável pelas quais Jesus derramou Seu Sangue! Essa é a sua missão celestial!
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