A vida da Igreja! - Preservando a unidade! | Efésios 4.1-6

Introdução!

Na semana passada falamos sobre a continuação da oração do Ap. Paulo.

Uma oração por PODER e AMOR. A ênfase na semana passada foi pela ORAÇÃO POR AMOR.

Vimos que precisamos do poder do Espírito e da Habitação de Cristo em nós para sermos capacitados a amar uns aos outros.

Precisamos estar firmes, enraizados, edificados no amor de Deus para amar as pessoas.

Agora vamos para a segunda metade da carta. Os últimos 3 capítulos.

Agora o AP. Paulo se volta para uma exortação ética de sua carta. Lança uma série de desafios para nós vivermos a vida Cristã à maneira de Deus.

Ler o texto: Efésios 4.1-6.

Esses versículos iniciais dessa nova seção da carta do Ap. Paulo aos Efésios fala sobre UNIDADE.

Ap. Paulo reafirma que não existe conflito que possa fraturar/quebrar a unidade da Igreja.

Se realmente cada cristão estiver unido com Cristo, estarão também unidos uns aos outros.

A reconciliação de Jesus por meio da cruz derrubou todo e qualquer conflito. Nós somos a Igreja de Cristo.

A vida da igreja é vivida PRESERVANDO A UNIDADE.

Uma unidade trabalhada internamente. Não é imposta por força exterior, mas sim pela virtude do poder de Cristo que habita em cada um de nós.

Esses 6 versículos que lemos atesta para esse fato: a Igreja é uma.

Não se pode ter divisão na igreja. Ela só tem um propósito, uma missão e uma visão.

Tornar o evangelho de Cristo visível.

Há muito trabalho para ser feito na Igreja de Cristo. Para concluir esses trabalhos cada um de nós, em unidade, devemos cooperar.

Preservando a unidade!

Paulo começa a segunda metade da sua carta com “Por isso”. O que ele utiliza muitas vezes em sua carta pois sempre está fazendo referência a algo que já escreveu.

Ap. Paulo agora está tirando as conclusões a respeito do tipo de vida que Deus quer que seu novo povo viva.

Trouxe os ensinamentos a respeito do pecado e da salvação, do mistério da unidade de judeus e gentios na igreja. Agora é a hora de VIVER esses ensinamentos.

É a hora de fazer com que esses ensinamentos cheguem as outras pessoas.

Ap. Paulo diz: …eu, o prisioneiro no Senhor… para enfatizar sua unidade com Cristo.

Ele se utiliza dessas palavras para dizer que por mais que estivesse realmente preso, não era Roma que o dominava, mas Cristo.

Ele não era prisioneiro de Roma, mas prisioneiro de Cristo.

Quem estava no comando da vida do Ap. Paulo não era Roma e sim Jesus Cristo.

Mostrando assim o custo do discipulado, o custo de ser um seguidor de Cristo é estar totalmente sujeito ao que ele tem e quer fazer através da sua vida na sua Igreja.

Ele mostra a sua fidelidade a missão que foi dada pelo Senhor. Por isso ele continua e faz a sua exortação: peço que vocês vivam de maneira digna da vocação a que foram chamados. (v.1)

A salvação precisava estar na vista dos efésios. Viver de uma maneira digna da vocação a que foram chamados é ter a salvação em vista sempre.

Ter sempre na mente o preço que Cristo pagou por nós na Cruz do calvário.

Osborne, um teólogo americano, diz que “a crença cristã vem antes da vida cristã”.

Primeiro devemos crer em Cristo como Senhor e Salvador da nossa vida, como consequência viveremos uma vida DIGNA que o AGRADE.

A metanoia, mudança de vida começa na mente e é externada em atitudes. É um conjunto.

A crença correta produz uma vida correta.

Devemos nos comportar como filhos que somos. Os filhos adotivos de Deus creem nos seus ensinos, confiam nas suas promessas e obedecem a sua vontade.

Que vivamos uma vida digna e que agrademos a Deus com ela.

O v.2-3 expandem o v.1. Nesses versículos somos ensinados como viver uma vida digna da vocação a que fomos chamados.

A ênfase está nos atributos cristãos que nos ajudam a viver em UNIDADE.

Esses atributos precisam estar vivos dentro de nós e na nossa comunidade de fé.

Cada um de nós como membro do corpo de Cristo estamos destinados a viver como uma família.

O primeiro atributo mencionado é a HUMILDADE.

Hendriksen, teólogo holandês e professor de literatura do Novo Testamento, vai dizer que essa é a primeira, segunda e terceira essência da vida Cristã.

A condução natural da HUMILDADE se dá na MANSIDÃO.

Não existe lugar para o orgulho entre os seguidores de JESUS CRISTO.

Cristo é o nosso maior exemplo de SERVO. Devemos imita-lo.

A ordem que Cristo da aos seus 12 discípulos em Marcos 9.35 é: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos.

O chamado do Ap. Paulo para uma vida de HUMILDADE e MANSIDÃO é tornando esse mandato de JESUS uma verdade na vida prática da Igreja.

Ser humilde e manso era contra as práticas GRECO-ROMANAS da época. Eles acreditavam de que a “mansidão é fraqueza”.

Enquanto JESUS nos ENSINA que “Bem aventurado os mansos...” - Mateus 5.5.

Humildade e mansidão nos levam a pensar sobre a vida voltada para os outros e não para a autovalorização.

Devemos tratar as pessoas com gentileza e preocupação.

Logo depois das virtudes HUMILDADE E MANSIDÃO, ele cita a LONGANIMIDADE.

Longanimidade é PACIÊNCIA. O termo grego makrothymia significa literalmente “MUITO TEMPO ANTES DE SE FICAR COM RAIVA”.

Na igreja primitiva era muitíssimo necessário enfatizar essa virtude pois os crentes sofriam incompreensões e crueldade por parte dos que não compartilhavam da mesma fé.

A graça da longanimidade precisa estar presente em nossa vida em todo o tempo.

Precisamos ser pacientes com as pessoas e UNS COM OS OUTROS.

Todos nós temos as nossas faltas e fraquezas.

Em muitos momentos no Novo Testamento a necessidade de paciência nos relacionamentos da igreja é discutido como uma virtude chave.

Na sua carta a Igreja de Tessalônica, Paulo exorta para serem pacientes com todos (1Tessalonicenses 5.14)

Para a Igreja de Coríntios ele vai dizer que “O amor é paciente...” (1Coríntios 13.4) definindo esta qualidade como um aspecto central do amor.

Por isso ele diz que devemos SUPORTAR UNS AOS OUTROS EM AMOR. (v.2)

Devemos ter paciência com os outros em amor. Isso mostra como a paciência funciona dentro das nossas interações sociais dentro da igreja.

O povo de Deus exerce HUMILDADE, MANSIDÃO (GENTILEZA) E PACIÊNCIA ao ser o SUPORTE uns dos outros em AMOR.

Lembro-me de Barnabé que suportou em amor JOÃO MARCOS. (Atos 15.37-38), não só o suportou como também o levou para Chipre para discipula-lo.

Por causa desse cuidado, dessa paciência, desse amor de Barnabé, quem ganhou foi a IGREJA DE CRISTO, pois JOÃO MARCOS foi um grande líder CRISTÃO que naquele momento precisava de um tratamento espiritual.

Considerado o autor do Evangelho de Cristo segundo Marcos.

Devemos exercitar essas virtudes na nossa vida e na nossa comunidade de fé.

Ele segue no v.3: “fazendo tudo para preservar a UNIDADE do Espírito no vínculo da paz.”.

Buscando essas virtudes, fazendo de tudo para PRESERVAR A UNIDADE DO ESPÍRITO.

Mantemos a unidade do Espírito por meio do vínculo da paz.

A unidade espiritual é indicada como um pré-requisito indispensável para promover a saúde e a felicidade da igreja.

Essa unidade é promovida pela PAZ.

Quando há contenda, há desunião. Onde há paz, há perpetuação da unidade.

Devemos fazer de tudo para PRESERVAR A UNIDADE DO ESPÍRITO.

Não podemos ser o criador de contendas e brigas.

Não podemos ser o disseminador de fofoca.

Vamos usar a nossa vida para abençoar. Vamos usar a nossa vida para bendizer.

Vamos usar a nossa vida para TORNAR O EVANGELHO VISÍVEL.

Devemos buscar viver em paz, devemos ser humildes, pacientes, gentis, irmãos, suporte.

Se somos a morada do Espírito Santo devemos nos esforçar para preservar a UNIDADE.

O v.4-6 é a afirmação da nossa unidade. Não lutamos em 2 frentes. Somos UM CORPO ou seja, a IGREJA DE CRISTO.

Esse corpo, essa igreja não é de origem terrena, mas é um produto do Espírito Santo.

Por isso “Há somente um corpo e um só Espírito.”.

Ele termina o v.4 dizendo que “é uma só a esperança para qual vocês foram chamados.”.

Essa esperança é embasada nas promessas de Deus as quais não podem fracassar. (Hebreus 10.23 - o que prometeu é fiel para cumprir)

Todos nós compartilhamos a mesma esperança e devemos celebra-la em unidade. Nossa esperança é JESUS CRISTO.

O v.5 ele diz que “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo...”.

Evidências claras da UNIDADE. Não temos outro Senhor a não ser Jesus Cristo.

Não temos outra fé a não ser no FILHO DE DEUS.

Cremos na comunhão dos crentes com seu Senhor no batismo, simbolizando a união com Cristo em sua morte e ressurreição. (Romanos 6.1-3).

O v.6 o Ap. Paulo tem o intuito de mostrar a unidade dentro da Trindade: “um só Deus e Pai de todos.”.

Mas o que mais nos chama atenção é o termo “TODOS”.

Aparecendo 4 vezes nesse verso. “Pai de TODOS”; “é sobre TODOS”, “age por meio de TODOS; “e está em TODOS”.

Aqui nos é mostrado a AUTORIDADE e compaixão de Deus com os CRISTÃOS.

Muito semelhante com a doxologia de Romanos 11.36.

Romans 11:36 NAA

36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!

Deus é o nosso Senhor supremo e dono das nossas vidas.

Ele é SOBRE nós.

Na sua misericórdia, nos da o privilégio de sermos agentes da sua graça e compartilhadores da Salvação em Cristo.

E ainda mais, quando recebemos Jesus Cristo em nosso coração Ele faz morada dentro de nós através do seu Espírito Santo.

E na sua autoridade o que Ele deseja dos seus filhos é a UNIDADE.

Conclusão!

Esses versículos nos ensinam a necessidade de como igreja vivermos para agradar a Deus.

Nós, como parte da Igreja de Cristo, devemos viver uma vida que agrade ao Senhor.

Como igreja do Senhor o nosso desejo deve ser viver a vida preservando a unidade do Espírito no corpo de Cristo.