O Sal Nunca Perde o Seu Sabor (Lc 14.34-35a)

Introdução

Nas multidões que ouviam a Jesus, havia todo tipo de gente:

Curiosos - ver milagres, ouvir a sabedoria;

Simpatizantes;

Indiferentes - Jesus passou pela minha porta;

Pessoas necessitadas que criam em Jesus, o Filho de Deus;

Adversários.

Provavelmente pessoas de todos esses grupos ouviram Jesus dizer: “se o sal se tornar insípido, serve apenas para ser jogado fora”.

Talvez alguns da multidão achavam que Jesus iria suavizar Sua mensagem. Ele não fez isso. E até hoje a mensagem do evangelho continua a mesma: é agridoce.

Será que Jesus aceita servos que entregam apenas metade do que são?

Todo verdadeiro crente em Jesus é um discípulo. E Jesus falou do preço do discipulado nessa passagem. Custa tudo. Essas palavras não são difíceis de entender. São difíceis de aceitar.

Até hoje, a exigência de Cristo continua a mesma pra você. Não foi apenas para aquele público original.

Destacar 3 verdades principais:

1. O sal é bom.

“O sal é certamente bom” (v. 34). Usos do sal no mundo antigo:

Conservante. Carne;

Realçador do sabor;

Fertilizante do solo - coqueiros. Por causa do Cloro. Perigoso por causa da absorção da água e do sódio;

Purificador de impurezas. Limpa a ferida e até cura uma ferida aberta;

AT: acompanhava toda oferta de cereais (grãos).

Os discípulos são comparados ao sal:

Matthew 5:13 NAA

13 — Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.

Ensino principal: influenciar o mundo. Seja qual for o seu uso, ele não passa despercebido. Como essa figura se aplica aos discípulos?

Como conservantes, preservar o mundo para que não se estrague por completo e seja destruído;

Como fertilizantes, preparamos o solo que são as pessoas para frutificar - especialmente os irmãos em Cristo;

Como purificadores - incomodam o mundo caído. Interessante que Jesus nunca chamou o discípulo de açúcar, mas de sal da terra. Açúcar é gostoso, mas não purifica nem conserva. Não é saudável. Nós, como sal, atormentamos as feridas abertas da imoralidade do mundo.

2. O verdadeiro sal não perde o sabor.

A declaração inicial de Jesus foi seguida por uma séria advertência: “se o sal se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor?”

O sal verdadeiro nunca perde sua salinidade.

Peguei o pacote de sal, curioso, vi que tinha validade. Não entendi. Por quê? Iodo. O sal puro pode até perder um pouco do sabor com o tempo, mas nunca perde suas propriedades por completo.

Como entender então a pergunta feita por Jesus?

Nem todo sal é legítimo. Naquela região, no Mar Morto, ao sul, muitas vezes o sal vinha misturado com “carnallita” ou gesso. Parecia igual ao sal puro; mas não era. Era uma imitação. Quando esse falso sal era provado, não tinha gosto do sal autêntico.

Então qual é o sal que se torna insípido?

O falso sal.

Jesus estava tocando num ponto crítico: há verdadeiros e falsos discípulos.

O verdadeiro discípulo de Jesus continua influenciando o mundo. Conserva, fertiliza, purifica.

O falso sal não é capaz de manter essas propriedades.

Qual é a diferença entre o verdadeiro do falso discípulo?

O comprometimento com Cristo.

O falso discípulo permanece com o coração dividido. Com reservas, áreas da sua vida que não aceita o tratamento de Deus. Não frutifica. Não amadurece. Os falsos discípulos não têm poder de influenciar o mundo.

O verdadeiro discípulo confia em Jesus para ser salvo, e não em suas obras. Já entregou sua vida a Jesus. Luta contra seus pecados diariamente. Adora a Deus com sua obediência. Continua firme em Jesus mesmo quando tudo vai mal. Ele persevera. Ele insiste, persiste. Por quê? Ele é um verdadeiro discípulo, e todo verdadeiro seguidor de Jesus tem um comprometimento total com Jesus.

3. O falso sal não tem utilidade.

Jesus continua no v. 35: “Não presta mais nem para a terra nem para o monte de estrume; lançam-no fora”.

Outro uso do sal: jogavam ele sobre estrume humano para cortar o mal cheiro. Os dejetos eram feitos em pote de barro e levados para fora, jogados em uma pilha. Em seguida, sal era jogado por cima. O sal falso não servia nem para isso.

Os falsos discípulos eram completamente inúteis para Deus.

Mas a pergunta feita no final do v. 34 permanece: “como então lhe restaurar o sabor?”

Não é possível. Sal falsificado não serve para nada; nem para salgar adequadamente. Pois o sal insípido não pode se tornar verdadeiro, e o verdadeiro não pode ser tornar insípido.

Muitos na multidão que ouviam a Jesus eram assim: pareciam sais insípidos. Não se converteram genuinamente a Jesus. Eram cumpridores de deveres religiosos.

Mas Deus é Deus de impossíveis. Isso pode ser mudado através do milagre da conversão. Do novo nascimento.

O evangelho produz histórias de transformação: ladrões que agora trabalha para doar aos necessitados; orgulhosos que se tornam humildes; rudes que se tornam dóceis; amargurados e feridos que se tornam curados, tudo isso para a glória de Deus.

Considerações finais

Você que já tem uma caminhada com Cristo, membro da igreja, pense em nosso contexto da congregação.

Nós precisamos nos envolver de verdade. Precisamos nos comprometer com a causa do Senhor. Devemos ser cuidadosos no testemunho. Decididos a servir uns aos outros como Cristo nos servir. Precisamos contribuir financeiramente para que haja investimento na obra. Precisamos nos dedicar no amor uns aos outros.

Em essência, precisamos nos comprometer com Cristo. Um verdadeiro discípulo de Jesus é comprometido com Ele e com Sua obra.

Se você ainda não recebeu a Jesus como Senhor e Salvador, precisa fazer isso. Ele não é apenas um mestre, um sábio, um benfeitor ou um curandeiro. É o Filho de Deus que morreu na cruz em seu lugar. Para receber a bênção da salvação, é preciso se arrepender dos seus pecados e entregar sua vida a Ele. Você precisa se comprometer com Ele.

Apelo

Se você identificou uma caminhada superficial com Jesus, é hora de se arrepender. Uma vida superficial com Cristo é a raiz do problema.

Talvez você ainda nunca entregou sua vida a Cristo. Ele nunca rejeita quem vai até Ele com arrependimento e dependência.