Salvou os outros, mas não pôde salvar a si mesmo!

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Legenda de Cores:

Estrutura do sermão;
Texto da pregação;
Texto bíblico citado;
Coisas para ler na íntegra;
Aplicações;
Secções da exposição;
Frases de transição.

TEXTO BASE:

Marcos 15.31–32 “De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se; desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam.”

INTRODUÇÃO:

O Filme de guerra norte-americano “Resgate do Soldado Ryan” conta uma história ambientada na 2ª Guerra Mundial em que um comboio de soldados liderados pelo capitão John H. Miller recebem a ordem de retornar ao campo de batalha para salvar o paraquedista James Francis Ryan, o único sobrevivente de quatro irmãos militares, os quais tinham morrido na guerra. Quando o general George Marshal descobre que uma mãe receberia três telegramas informando a morte de seus três filhos em ação e que o 4º filho estava desaparecido em algum lugar da Normândia, resolve mandar buscá-lo imediatamente.
Numa trama sangrenta de muita dificuldade e perdas de vidas, Ryan é achado; ele lamenta a morte dos irmãos, mas não acha justo que tantas pessoas possam se arriscar por ele e decide ficar. O combio tenta convencê-lo, mas acaba ficando para ajudá-los na resistência aos ataques alemães; muitos soldados morrem, inclusive o capitão Miler, cujas últimas palavras para o soldado Ryan foi: “Faça por merecer”.
A história é baseada no momnumento dedicado a quatro filhos de uma senhora da Pensilvânia que foram mortos na guerra.
No filme, muitos morrem para salvar um; fora das telas, na narrativa bíblica, deparamo-nos com uma pessoa que morreu para salvar os outros; ele salvou os outros, mas não pode salvar-se a si mesmo. É a mais clara e pura manifestação do amor de Deus por todos nós, em que uma pessoa, o próprio Deus feito carne morreu para salvar a todos nós.
Nesta noite, nós veremos exatamente o que significa a morte de Jesus em relação ao seu povo.

ELUCIDAÇÃO:

Na manhã da sexta-feira, os sacerdotes e líderes religiosos, com os mestres da lei e todo o sinédrio levaram Jesus amarrado até Pilatos para que o julgasse.
Eles não poderiam matar Jesus porque esta era uma atribuição exclusiva do Império Romano: exercer a pena capital.
Pilatos avaliou Jesus que não se defendia de nada, mas claramente se percebia que ele não tinha nenhuma culpa e o governador pensou em libertá-lo por causa da semana da Páscoa, como costumava fazer. Então deu-lhes a opção de escolher entre Jesus e Barrabás, um homem acusado de participar de uma rebelião.
Marcos 15.9–10 “E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus? Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado.”
Mas a multidão, incitada pelos religiosos pediram que soltasse Barrabás e crucificasse a Jesus. Então, Pilatos soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e crucificá-lo.
Antes disso, os soldados o levaram para dentro do palácio e zombaram de Jesus; fizeram uma coroa de espinhos e colocaram sobre sua cabeça; vestiram-no de um manto de púrpura, zombando dele como rei dos judeus, enquanto se ajoelhavam diante dele, como se prestassem alguma adoração. Zombaram dele, bateram na sua cabeça com uma vara e o cuspiram.
Depois vestiram suas próprias roupas e o conduziram para crucificá-lo no Gólgota, levando a sua própria cruz. Nesse interim Simão, cirineu, levou parte do percurso.
No local, deram vinho misturado com mirra, mas ele não o bebeu; então, o crucificaram, por volta das 9 horas da manhã, entre dois ladrões, com a seguinte acusação na placa da cruz: O Rei dos Judeus.
Assim, cumpriu-se a Escritura do Isaías 53.12 “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”
Nesse interim, Marcos nos diz que muitos dos que passavam o insultavam e zombavam:
Marcos 15.29–32 “Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas! Salva-te a ti mesmo, descendo da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se; desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam.”
A fala que lemos, portanto, é uma zombaria dos escribas e principais sacerdotes em relação a Jesus. Eles haviam entendido a mensagem de Jesus de que ele salvava pessoas e veio para salvar, pois diversas vezes ele afirmou isso:
Marcos 10.45 “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
Lucas 19.10 “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.”
À mulher do fluxo de sangue, Jesus lhe disse: Marcos 5.34 “E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.”
Ainda que estivessem zombando de Jesus, sua fala transmitia uma grande verdade, a saber, que JEsus não poderia salvar os pecadores e a si mesmo; ele teria de morrer para livrar os pecadores.

PROPOSIÇÃO:

Jesus não poderia salvar-se a si mesmo e salvar a nós, ao mesmo tempo.

DIVISÕES:

1. O que os zombadores queriam dizer?

As palavras fazem parte de um conjunto de zombaria contra Jesus;
Desde o momento em que Jesus foi preso, foi submetido a uma série de zombarias.
Os soldados que o cuspiam e surravam, colocaram uma coroa de espinhos, escarneciam dele, ajoelhando-se e dizendo: “Salve, rei dos Judeus”.
Mateus 27.37 diz que por cima da cruz colocaram a acusação de que ele era o Rei dos Judeus;
Mateus nos diz ainda que os que passavam meneavam a cabeça, dizendo: Mateus 27.40 “Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!”
Segundo o relato de Mateus 27.42–43 a zombaria dos líderes religiosos incluia outros elementos: “Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.”
Tratavam Ele como rei porque, de fato, as predições do Messias apontavam que ele era o legítimo sucessor de Davi no trono de ISrael e que ele governaria para sempre a casa de Israel.
Prometiam crer nele, porque a mensagem de Jesus era autocentralizadora, exigindo que as pessoas cressem efetivamente nele. “Quem crer em mim, ainda que morra viverá”
Com elas, acusavam Jesus de não crer em vão sinceramente, nem muito menos ser o Filho de Deus, genuíno, já que seria impossível que Deus submetesse seus filhos a tamanho sofrimento.
Mateus e Marcos nos informa ainda que os dois ladrões que estavam ao lado de JEsus também diziam os mesmos impropérios. Marcos 15.32 “desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam.” .
Qual a resposta que você dá à crucificação de Cristo?

2. O que o diabo queria com aquelas palavras?

Ao contrário do que muitos dizem, a cruz de Cristo não foi a derrota de Cristo, foi sua vitória sobre o império das trevas.
Colossenses 2.13–15 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
Hernandes Dias Lopes chama este versículo de “a última cartada de Satanás”. Sabemos pelos relatos dos Evangelhos que por diversas vezes, o diabo tentou evitar que Jesus fosse à cruz.
Na tentação do deserto, propôs que ele o adorasse e tudo lhe daria. Mateus 4.9 “e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”
Quando notificou os apóstolos sobre sua morte, Pedro deu evasão ao diabo e disse: Mateus 16.22–23 “E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” .
Agora a multidão está gritando que ele deve se salvar e os religiosos também

3. Por que Jesus não pode salvar a si mesmo?

De todo modo, sem o saber, aqueles homens apontavam para uma realidade relacionada a morte do Senhor Jesus Cristo: ele morreu em nosso lugar e não tinha como salvar a si mesmo.
As profecias bíblicas apontavam para a morte substitutiva do Messias:
Isaías 53.4–12 “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quan…”
2Coríntios 5.18–21 “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
Ilustração:
Em agosto de 2023, uma mulher de 44 anos morreu afogada ao tentar salvar o próprio filho, de 10 anos, em uma cachoeira localizada nas Cataratas de Franconia, na Floresta Nacional de White Mountain, em New Hampshire (EUA). A vítima foi identificada como Melissa Bagley e fazia um passeio com seus filhos e o marido nas cataratas em New Hampshire, quando a tragédia aconteceu.
De acordo com o sargento Heidi Murphy, do Departamento de Pesca e Caça, o menino escorregou, caiu no poço da cachoeira e se afogou, então a mãe “pulou na água para ajudá-lo, mas foi arrastada pela correnteza”.
Apesar da morte da mãe, o menino conseguiu ser resgatado com vida pelo pai. O homem, que é também policial em Massachusetts, tentou realizar uma manobra de reanimação cardiorrespiratória na mulher, mas ela não resistiu e morreu no local.
O catecismo de Heidelbergue na pergunta 37, indaga:
As Três Formas de Unidade das Igrejas Reformadas — A Confissão Belga, O Catecismo de Heidelberg e Os Cânones de Dort (P. 37)
P. 37. O que você confessa quando diz que Ele “padeceu”?
R. Durante todo o tempo em que viveu sobre a terra, e especialmente no final, Cristo suportou no corpo e na alma a ira de Deus contra o pecado de toda a raça humana. Assim, por Seu sofrimento, como o único sacrifício de expiação, Ele redimiu o nosso corpo e a nossa alma da condenação eterna e conquistou para nós a graça de Deus, a justiça e a vida eterna.
1Timóteo 2.6 “o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.”
; 1Pedro 2.24 “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”
1Pedro 3.18 “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”
Aplicar o texto

CONCLUSÃO:

Comentários Gerais
Aplicações

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RASCUNHO:

X

Marcos: O Evangelho dos Milagres Jesus no Calvário (15.21–41)

Naquele tempo, os criminosos condenados à morte de cruz não tinham o direito de um sepultamento digno. Muitos deles eram deixados apodrecendo na cruz. Talvez esse monte tenha recebido esse nome não apenas por causa da sua aparência de caveira, mas também, por causa do horror de ter sempre ali, corpos putrefatos.

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