Tema geral: A necessidade universal do evangelho (1:18–3:20)
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Entregue a reprováveis sentimentos
texto: Romanos 1.28-31
texto: Romanos 1.28-31
Introdução: A justiça de Deus é revelada no evangelho. Primeiro, ele mostra que a justiça de Deus exige a punição dos pecados com a morte eterna. Em seguida, porém, informa que, em seu amor, Deus proveu um modo de cumprir essa exigência de sua justiça. Enviou seu Filho para morrer como substituto dos pecadores e pagar a pena em sua totalidade. Agora, uma vez que sua exigência justa foi cumprida, Deus pode salvar de forma justa os que se valem da obra de Cristo.
Introdução: A justiça de Deus é revelada no evangelho. Primeiro, ele mostra que a justiça de Deus exige a punição dos pecados com a morte eterna. Em seguida, porém, informa que, em seu amor, Deus proveu um modo de cumprir essa exigência de sua justiça. Enviou seu Filho para morrer como substituto dos pecadores e pagar a pena em sua totalidade. Agora, uma vez que sua exigência justa foi cumprida, Deus pode salvar de forma justa os que se valem da obra de Cristo.
A necessidade universal do evangelho (1:18–3:20)
1:18 “Por que os homens precisam do evangelho?” Como vemos aqui, sem o evangelho os homens estão perdidos, e a ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça e pelo seu modo de vida iníquo. De que maneira, porém, a ira de Deus se revela? Uma das respostas é fornecida pelo contexto. Deus entrega os homens à imundícia (1:24), a paixões infames (1:26) e a uma disposição mental reprovável (1:28). Além disso, em algumas ocasiões, Deus intervém na história humana a fim de mostrar seu desprazer extremo com o pecado do homem, como fez no dilúvio (Gn 7), na destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19) e ao castigar Corá, Datã e Abirão (Nm 16:32).
1:19 “Os pagãos que nunca ouviram falar do evangelho estão perdidos?” Paulo mostra que estão, não por sua falta de conhecimento, e sim devido à recusa da luz que possuem. As coisas que de Deus se pode conhecer na criação foram manifestadas entre eles. Deus não os deixou desprovidos de revelação acerca de si mesmo.
1:20 Desde o princípio do mundo, dois atributos invisíveis de Deus podem ser reconhecidos claramente por todos: seu eterno poder e sua […] divindade. O termo divindade sugere o caráter de Deus, e não sua essência; diz respeito aos atributos gloriosos, e não à sua divindade inerente, pois essa última já é pressuposta.
O argumento é claro: a criação pressupõe um Criador. Um projeto pressupõe um projetista. Ao olhar para o sol, a lua e as estrelas, qualquer um pode dizer que existe um Deus.
A resposta à pergunta “E quanto aos pagãos?” é: Tais homens são […] indesculpáveis. Deus se revelou a eles na criação, mas eles não responderam a essa revelação. Assim, as pessoas não são condenadas por rejeitar um Salvador do qual nunca ouviram falar, mas por não viver de acordo com o conhecimento de Deus ao qual elas têm acesso.
1:21 Apesar de terem conhecimento de Deus por meio de suas obras, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças por tudo o que ele fez. Antes, entregaram-se a filosofias e especulações fúteis acerca de outros deuses e, em decorrência disso, perderam a capacidade de compreender e pensar claramente. “Quem rejeita a luz é privado da luz.” Os que não querem ver ficam cegos.
1:22 Ao se tornarem cada vez mais presunçosos em seus pretensos conhecimentos, esses homens mergulharam mais profundamente em ignorância e absurdidade. Os indivíduos que rejeitam o conhecimento de Deus são sempre caracterizados por duas coisas: tornam-se insuportavelmente presunçosos e, ao mesmo tempo, terrivelmente ignorantes.
1:23 O “ser humano primitivo” não se desenvolveu a partir de formas inferiores; antes, fazia parte desde o princípio de uma ordem moral superior. Ao recusar o conhecimento do Deus incorruptível, verdadeiro e infinito, involuíram à insensatez e depravação que acompanham a idolatria. Essa passagem torna patente a falsidade do conceito de evolução.
O ser humano é religioso por instinto e precisa de um objeto de adoração. Ao se recusar a adorar o verdadeiro Deus vivo, fez para si deuses de madeira e pedra, representações de homem corruptível […] aves, quadrúpedes e répteis. Observe o retrocesso: homem corruptível […], aves, quadrúpedes e répteis, lembrando que o ser humano torna-se semelhante ao objeto da sua adoração. A moralidade humana se deteriora em proporção direta à degeneração do conceito de divindade. Se o deus de uma pessoa é um réptil, ela se sente no direito de viver como bem entender. Convém lembrar, também, que o adorador se considera inferior ao objeto de sua adoração. Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem se coloca numa posição inferior à das serpentes!
Ao adorar ídolos, o ser humano adora demônios. Paulo afirma expressamente que os sacrifícios oferecidos pelos gentios aos ídolos são sacrifícios feitos a demônios, e não a Deus (1Co 10:20).
1:24 Em três ocasiões, diz-se que Deus entregou os homens. Ele os entregou […] à imundícia (1:24), a paixões infames (1:26) e a uma disposição mental reprovável (1:28). Em outras palavras, a ira de Deus se voltou contra toda a personalidade do ser humano.
Em resposta à concupiscência perversa do coração dos homens, Deus os entregou à impureza heterossexual: adultério, relações ilícitas, lascívia, prostituição etc. A vida de tais indivíduos se tornou uma sucessão de orgias nas quais desonram o seu corpo entre si.
1:25 Esses homens foram abandonados por Deus porque abandonaram a verdade de Deus, colocando em seu lugar a mentira da idolatria. O ídolo é uma mentira, uma representação falsa de Deus. O idólatra adora a imagem de uma criatura; desse modo, insulta e desonra o Criador, o qual é […] eternamente digno de honra e glória, e não de afronta.
1:26 Por esse mesmo motivo, os entregou Deus a relações eróticas com membros de seu próprio sexo. As mulheres se tornaram lésbicas e se entregaram à prática do sexo inatural, sem se envergonhar disso.
1:27 Os homens se tornaram sodomitas, pervertendo totalmente as funções sexuais naturais. Ao abandonarem o relacionamento conjugal determinado por Deus, eles se inflamaram mutuamente em sua sensualidade por outros homens e praticaram a homossexualidade. Seu pecado, porém, trouxe consequências para o corpo e a alma. Foram acometidos por doenças, culpa e distorções da personalidade. Tal fato desmente a ideia de que qualquer um pode cometer esse pecado e ficar impune.
Para alguns, hoje, a homossexualidade é uma doença; para outros, é apenas um legítimo estilo alternativo de vida. Os cristãos devem ter o cuidado de não aceitar os padrões morais do mundo, mas devem se nortear pela palavra de Deus. No AT, o castigo para esse pecado era a pena de morte (Lv 18:29; 20:13); no NT, os que o praticam também são julgados passíveis de morte por Deus (Rm 1:32). A Bíblia considera a homossexualidade um pecado extremamente sério, como fica evidente no fato de Deus ter destruído Sodoma e Gomorra, cidades onde a devassidão homossexual era corriqueira (Gn 19:4–25).
O evangelho oferece aos homossexuais a mesma graça e o mesmo perdão concedidos a todos os pecadores que se arrependem e creem no Senhor Jesus Cristo. Os cristãos que caíram nesse pecado hediondo podem ser perdoados e restaurados ao confessar e abandonar o pecado. Os que estão dispostos a obedecer à palavra de Deus são inteiramente libertos da homossexualidade. Na maioria dos casos, porém, é de suma importância que recebam assistência contínua por meio do aconselhamento.
É verdade que algumas pessoas parecem ter uma tendência natural para a homossexualidade. Esse fato não deve surpreender, pois a natureza humana decaída é capaz de iniquidades e perversões de todos os tipos. O pecado não consiste na inclinação em si, mas no ato de se entregar à prática em questão. O Espírito Santo concede poder para resistir à tentação e ter vitória duradoura (1Co 10:13). Alguns dos cristãos de Corinto eram prova de que os homossexuais não precisam ser escravos desse estilo de vida para sempre (1Co 6:9–11).
1:28 Em razão da recusa dos seres humanos em reconhecer Deus como seu Criador, Sustentador e Libertador, Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para cometerem inúmeras formas de iniquidade. Esse versículo ajuda a entender melhor por que o homem natural considera o conceito de evolução tão atraente. A disposição não reside no intelecto, mas na vontade dos homens que desprezam o conhecimento de Deus. A evolução não é aceita porque dispõe de evidências irrefutáveis, mas porque satisfaz o desejo humano de encontrar uma explicação para suas origens inteiramente dissociadas de Deus. Afinal, a existência de Deus implica responsabilidade moral diante dele.
1:29 Eis, portanto, o triste rol de pecados que caracterizam o indivíduo alienado de Deus. Observe que não se trata apenas de pecados ocasionais; o homem sem Deus está cheio deles. Entrega-se com frequência a práticas impróprias ao ser humano: injustiça (iniquidade), malícia (o desejo de fazer mal a outros; ódio), avareza (ou ganância, o desejo incessante de ter cada vez mais) e maldade (a perversidade ativa) […] inveja (desejo de possuir aquilo que pertence a outrem), homicídio (ato premeditado e contrário à lei de matar outrem por raiva ou como parte de outro crime), contenda (briga, discórdia, espírito contencioso), dolo (logro, traição, intriga) e malignidade (rancor, hostilidade, amargura); sendo difamadores (aqueles que falam mal em segredo, fofoqueiros).
1:30 A lista continua: caluniadores (aqueles que falam mal abertamente, que fazem acusações falsas), aborrecidos de Deus (ou inimigos de Deus), insolentes (acintosos, insultuosos), soberbos (vaidosos, arrogantes), presunçosos (pretensiosos, jactanciosos), inventores de males (aqueles que maquinam novas formas de perversidade), desobedientes aos pais (rebeldes à autoridade dos pais).
1:31 E mais: insensatos (desprovidos de discernimento moral e espiritual, sem consciência), pérfidos (desleais, os que quebram promessas, acordos e contratos quando isso lhes convém), sem afeição natural (os que agem sem nenhuma consideração pelos vínculos naturais e respectivas obrigações) e sem misericórdia (cruéis, vingativos, desapiedados).
1:32 Os que abusam do sexo (1:24) e o pervertem (1:26–27) e praticam os outros pecados descritos (1:29–31) possuem um conhecimento inato não apenas de que tais coisas são erradas, mas também de que são passíveis de morte. Por mais que procurem racionalizar ou justificar seus pecados, conhecem o veredicto de Deus. Isso não os impede, porém, de se entregar a tais formas de iniquidade. Antes, unem-se a outros para promovêlas e desenvolvem um sentimento de camaradagem com seus companheiros de pecado.