O Rei responde à pergunta hipócrita - Mt 22.15-22
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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
Março/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 03/03: Mt 22.15-22 O Rei responde à pergunta hipócrita
Deus fala: Saudação – Provérbios 8.15
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 21 - Ao Deus de Abrão
Deus fala: Salmo 19
Nós falamos: Oração de louvor
Nós cantamos: Hino 10 - A criação e o Criador
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, NOSSA IGREJA, CONGREGAÇÕES, OFICIAIS E MEMBRESIA
Deus fala: Daniel 2.19-23
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 110 A - Crer e observar
LOUVOR
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 22.15-22 O Rei responde à pergunta hipócrita
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Comentei com os irmãos nas semanas passadas, que ler um trecho bíblico fora de contexto sempre produz interpretações equivocadas, por isso, precisamos notar as dicas que as referências bíblicas nos dão.
Estamos num bloco em Mateus que se iniciou em Mt 21 com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, cumprindo a profecia de Zacarias 9.9“Alegre-se muito, ó filha de Sião! Exulte, ó filha de Jerusalém! Eis que o seu rei vem até você, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”
Isso continua importante, para compreendermos as intenções de Jesus em Jerusalém, que não são iguais às que ele tinha enquanto estava aos arredores da Cidade Santa. Em Jerusalém, Jesus tem sido mais firme em seu posicionamento e mais duro em suas palavras.
Vamos ao texto: Mt 22.15-22 O Rei responde à pergunta hipócrita
Nos primeiros versículos (1-2A), lemos que, depois de se dirigir diretamente aos sacerdotes e anciãos, Jesus é questionado por fariseus, que, como especialistas em discussões, assumirão a conversa a partir de agora. Algo importante, é que o texto também cita os herodianos. Herodianos são basicamente um grupo de apoio ao governo romano a partir das decisões de Herodes. Então, Mateus deixa evidente que os fariseus, contrários ao governo romano e os herodianos, favoráveis ao governo romano, se uniram contra Jesus.
Embora, fariseus e herodianos, não tivessem acordo sobre o governo romano na Judeia, aqui, são enviados até Jesus para que, juntos, em sua discussão possam tirá-lo do Templo.
Pela segunda parte do verso 2, notamos a=uma linguagem doce, que deseja persuadir Jesus: Mateus 22.16 “— Mestre, sabemos que o senhor é verdadeiro e que ensina o caminho de Deus de acordo com a verdade, sem se importar com a opinião dos outros, porque não olha para a aparência das pessoas.”
A isso denominamos: Bajuladores. Os bajuladores sempre usam palavras doces para conseguirem o que querem, que jamais será de fato elogiar, mas o que vem a seguir. Depois da bajulação é que eles demonstram de fato o que desejam, e, normalmente, não é boa coisa.
Mestre, dizem eles, para que Jesus fosse pressionado a responder diante da humildade dos fariseus e herodianos em considerá-lo professor diante de todos que estavam ao redor. Assim, questionam: Mateus 22.17 “é lícito pagar imposto a César ou não?”
Para entendermos, aprendamos que a questão de pagar impostos ao imperador romano era um dos assuntos mais delicados nos dias de Jesus. Lembremos que chamavam os publicanos de pecadores. Para entendermos isso, busquemos o sentimento deles, imagine acordar amanhã com a notícia de que outro país invadiu o Brasil e, agora, exige o pagamento de altos impostos como recompensa por sua terra ter sido roubada. Hoje, isso ainda causaria muito tumulto e revolução, e exatamente isso estava acontecendo naqueles dias.
Agora, notemos como eles perguntam. Usam o termo “lícito”, ou seja, além de correto, é legal, no sentido de ser o dever social do cumprimento de alguma lei, o pagamento do imposto ao governo romano.
Os irmãos recordam que César não é um nome, mas um título, de modo que a pergunta aguarde um sim, que agradará os herodianos ou um não, que agradará os fariseus. Contudo, mesmo agradando os fariseus, Jesus causaria sobre si um mal e isso certamente faria o que ambos desejavam. Ou um movimento contrário por parte dos fariseus que o levariam ao Sinédrio ou um movimento contrário dos herodianos que o levariam a Pilatos.
Então, antes de informar qual foi a resposta de Jesus, Mateus faz questão de nos fazer enxergar o sentimento de Jesus. Se nos fez enxergar o sentimento de bajulação na pergunta dos opositores, agora, nos faz enxergar o sentimento de Jesus em sua resposta: Mateus 22.18 “Mas Jesus, percebendo a maldade deles, respondeu: — Hipócritas,”.
Irmãos, Jesus jamais será forçado a falar ou fazer o que desejamos. Ele é o Rei, só fala ou faz o que quer e tudo o que falar ou fizer é santo.
Diante disso, ele reconhece a bajulação dos fariseus e herodianos como meio de testar Jesus. Por isso é firme e os chama de atores. A palavra hipócrita vem da palavra máscara, e indica os atores que em suas encenações estavam sempre mascarados.
Bajulação é uma máscara usada pelos opositores de Jesus para receber o que queriam: uma resposta que o levaria a fazer o que desejavam. O desejo deles era que Jesus respondesse de modo que agradasse o povo e assim dissesse que não deviam pagar tributo a César e ao fazer isso terminasse numa cruz, o modo como os romanos puniam os que se revoltavam contre o império.
É provável que esse embate tenha ocorrido no pátio do Templo numa terça-feira da semana da paixão. Mas ainda não é o tempo de ir à cruz.
Por isso, em sua resposta Jesus diz: Mateus 22.18–21 “— Hipócritas, por que vocês estão me pondo à prova? Mostrem-me a moeda do imposto. Trouxeram-lhe um denário. E Jesus lhes perguntou: — De quem é esta figura e esta inscrição? Eles responderam: — De César. Então Jesus lhes disse: — Deem, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”
Na moeda estava o busto do imperador e uma inscrição: “Tibério César, filho do divino Augusto” de um lado e “pontífice máximo” do outro.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos hoje sobre a resposta do Rei à pergunta hipócrita. Em sua resposta Jesus disse: Mateus 22.21“Eles responderam: — Deem, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” O que isso pode nos ensinar hoje, irmãos?
Em primeiro lugar, que Jesus concorda com o ensino antigo de que o povo de Deus deve se sujeitar às autoridades humanas, porque reconhecem que são instituídas por Deus (Pv 8.15) e usadas por ele para exaltar ou punir. Contudo, em segundo lugar, aprendemos que em sua resposta, Jesus trata de um tema além desse: isso não obriga o povo de Deus a concordar com o governo ou subjulgar-se ao governante mais do que a Deus. Então, em terceiro lugar, aprende-se que o povo cristão ao recusar-se prestar culto a César foi punido, contudo, essa punição causada pela persaguição não era a mão de Deus, portanto, a César damos impostos, mas somente a Deus nossa adoração.
De modo prático, irmãos, não tenham políticos de estimação. Não usem da sua fé para defender a índole de pessoas que vocês não conhecem, nem são mão de Deus para real salvação. Somente Cristo foi, é e para sempre será. Somente Cristo merece sua devoção, seu argumento de defesa na evangelização, sua dedicação em fazer com que todos O conheçam por meio do seu amor por ele e por meio de sua apologética, sua defesa da fé, que oferece somente Cristo como suficiente Senhor e Salvador.
Alguém duvida que Pedro, Paulo e outros discípulos aprenderam esse ensino? Mas e você, quando aprenderá a dar a César somente o que é de César? Por fim, irmãos, fica minha exortação pessoal: Enquanto Jesus não for o motivo de você se apartar da família, amigos, trabalho ou governo, você não devia defender ideologias nem mesmo uma figura política. Pois, ao fazer isso, você equipara César a figura ao seu Salvador, único que deveria receber seus esforços de modo tão profundo.
SANTA CEIA (1Co 11.23-26)
A mesa da comunhão está posta. Nela, Deus requer de nós comunhão com o seu Filho amado e comunhão com os irmãos. Essa é a vontade de Deus para nós. Sabemos que quando se reuniam os coríntios não tinham comunhão, mas bebedeira e comilança. Havia necessidade de mudar isso, então, o Espírito Santo ensina que a deviam comer juntos para que a unidade prevaleça na celebração da Santa Ceia do SENHOR.
Oração final e bênção.