A CURA DO PECADO (PARTE 2) Pág. 35 – 38

O PEREGRINO, John Bunnyan:

Casa do Intérprete

O Intérprete o levou para um salão cheio de poeira, nunca havia sido varrido. O servo começou a varre e o Cristão ficou sufocado pela poeira, em seguida uma donzela borrifou água para conseguirem limpar com prazer.

A tradução disso é: a sala é o coração nunca santificado pela doce graça do evangelho. A poeira é o pecado original. O 1º varrer representa a lei, que ao invés de limpar, faz o pecado reviver, o fortalece, aumenta na alma, não tem poder para subjugá-lo.

Rm 7:9 — Conhecia a lei e estava vivo, conhecendo o mandamento o pecado começou a viver e morri. Por meio do mandamento o pecado se mostra mais terrível ainda, pois agora conhecendo o erro, ele se aproveita para despertar.

1 Co 15:56 — A morte fere com o pecado, pois o resultado do pecado é a morte, e a lei dá ao pecado o poder de ferir.

Rm 5:20 — A lei veio para aumentar o mal. Mas onde aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou ainda mais.

A moça que trouxe a água e a borrifou representa o evangelho, que quando entra no coração com sua influência doce e valiosa, vence e subjuga o pecado. A alma é limpa pela fé e então assim é preparada para ser habitada pelo Senhor da Glória.

Ef 5:26 — Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela.. 26 Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra.

Jo 15:3 — Vocês já estão limpos (podados) por meio dos ensinamentos que eu lhes tenho dado.

At 15:9 — Deus não faz diferença entre pessoas, perdoa quem crê.

Rm 16:25,26 — Louvemos a Deus! Pois ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. E de acordo também com a verdade secreta que nunca foi revelada no passado. Porém essa verdade foi revelada agora por meio daquilo que os profetas escreveram. E, por ordem do Deus eterno, ela se tornou conhecida em todas as nações, para que todos creiam e obedeçam.

3. Saber que Deus não me culpa mais pelo pecado me oferece duas certezas.

3.1. Primeiro, assegura-me de que Deus está comigo, e não contra mim. Não estou sozinho nessa batalha contra o pecado. Romanos 8:31

Deus não está me olhando lá do trono celeste e admoestando: “Quando é que você vai se endireitar? Quando é que vai dar um basta nesse pecado?”

Pelo contrário, ele se coloca ao meu lado, e me incentiva: “Vamos trabalhar nesse pecado, mas saiba que não tenho nada contra você.”

Deus não é mais o meu Juiz; agora ele é meu Pai celeste que me ama, mesmo em face do meu pecado, com amor infinito gerado em seu próprio coração. Essa certeza me encoraja grandemente e me motiva a lutar contra o pecado.

3.2. Além disso, ter certeza de que Deus não me atribui mais o pecado, e que está ao meu lado na luta contra ele, produz em mim uma enorme gratidão pelo que ele fez e está fazendo em minha vida por intermédio de Cristo.

3.3. Juntos, o encorajamento e a gratidão geram em nós o desejo de lutar contra o pecado. Não se engane: lutar contra o pecado não é uma opção. Matar o pecado é uma ordem. Todavia, obrigação sem disposição logo resulta em canseira.

3.4. É a verdade do evangelho, reafirmada em nossos corações diariamente, que planta em nós o desejo de realizar a tarefa. É o evangelho que alimenta o fogo de nossa motivação para lidar com nossos pecados intocáveis e sutis. É o evangelho que nos motiva a viver diariamente o que somos aos olhos de Deus.

3.5. Vemos, então, que a apropriação diária do evangelho que nos assegura o perdão dos pecados é uma parte significativa de nossa luta contra o pecado. Não é a única parte, mas, por ora, o incentivo a apoderar-se do evangelho todos os dias de modo consciente.

4. Alguém disse: “Pregue o evangelho a você mesmo todos os dias.” É assim que nos apropriamos diariamente, e de modo consciente, do evangelho.

4.1. Temos de anunciá-lo a nós mesmos dia a dia. Além disso, temos de personificá-lo, como Paulo fez ao escrever Gálatas 2:20

4.2. Também é bom personificar o amor do Pai de maneira semelhante. I João 4:10

4.3. A boa notícia de que Deus não vai jogar os meus pecados na minha cara, que ele me perdoou de verdade, é tão espetacular e tão contrária à nossa forma de pensar que, francamente, parece boa demais para ser verdade.

Particularmente num dia em que os acontecimentos escancaram seu egoísmo, sua impaciência ou seus ressentimentos, aí é que a notícia parece mesmo boa demais para ser verdade.

Contudo, não importa se o dia está “ruim” ou “bom”, mesmo nos melhores dias temos de pregar o evangelho a nós mesmos. A verdade é que nunca existe um dia em nossas vidas em que somos tão “bons” que não precisamos do evangelho.

5. Você deve estar perguntando: “Se pregar o evangelho a mim mesmo é tão importante, como faço isso?”

5.1. Não existe um jeito certo, então vou explicar como faço. Sou metódico por natureza, então meu jeito não servirá para todo mundo, mas tomara que faça brotar em sua cabeça alguma ideia sobre como é pregar o evangelho a nós mesmos. Lá vai.

Como o evangelho é coisa para pecadores, começo o dia admitindo que, apesar de eu ser santo, peco diariamente em pensamentos, palavras, ações e motivos.

Se estou ciente de qualquer pecado sutil – ou nem tanto – em minha vida, confesso-o a Deus.

Mesmo se minha consciência não me acusa de nada, confesso a Deus que não chego nem perto de amá-lo de todo o coração ou de amar o próximo como a mim mesmo.

Arrependo-me desses pecados, e aplico alguns versículos específicos que me asseguram do perdão de Deus aos pecados que acabei de confessar.

A seguir, estendo as promessas do perdão de Deus, apresentadas nesses versículos, para toda a minha vida e admito que minha única esperança de ficar bem com ele naquele dia é por meio do sangue de Jesus derramado por meus pecados, e por sua vida de retidão em meu favor.

Alguns textos: Salmo 103:12; Isaías 43:25; 53:6; Romanos 4:7,8 e 8:1

Sejam quais forem os versículos que usaremos para nos certificar do perdão de Deus, precisamos entender que, afirmando claramente ou não, a única base para o perdão de Deus é o sangue de Cristo derramado na cruz por nós. Hebreus 9:22

CONCLUSÃO:

Está é, então, a primeira parte da boa notícia do evangelho: Deus perdoou todos os nossos pecados por intermédio da morte de seu Filho na cruz. No entanto, a “cura dupla” inclui ser purificado do poder do pecado, e esse é o assunto do próximo capítulo.

A Minha Fé e o Meu Amor HCC - Hinário Para o Culto Cristão

Minha esperança, até o fim, é Cristo, que morreu por mim Eu creio só no meu Senhor, no nome do bom Redentor

A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor Estão firmados no Senhor

Se lhe não posso a face ver, na sua graça vou viver Em cada crise, sem falhar, sempre hei de nele confiar

Jamais falhou ao prometer; nas lutas vem me socorrer Ao sobrevir a tentação, é Cristo e minha salvação