Pai, Perdoa-lhes
As últimas declarações de Cristo na Cruz • Sermon • Submitted • Presented
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· 7 viewsA primeira declaração de Cristo ele olha para os outros
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Introdução
Introdução
Cruz e Crucificação
Cruz e Crucificação
Cruz - esta palavra não se encontra no Antigo Testamento, apesar de que a crucificação era praticada por vários povos da antigüidade.
As cruzes eram de três feitios: a de S. André tinha a forma de um X, outra, a forma de um T, e a terceira assemelhava-se a uma espada romana. A cruz de Cristo era talvez, como os artistas a têm imaginado, a do terceiro tipo, que mais facilmente se prestava a receber a inscrição que Pilatos mandou colocar sobre a cabeça de Jesus
ser condenado à cruz era incorrer no escárnio e na maior desonra pública.
CRUCIFICAÇÃO – ato ou operação, pelo qual uma vítima condenada à morte era fixada na cruz, atando-lhe as mãos e os pés ou cravando-os com pregos, para dar-lhe morte mais cruel.
Entre os romanos, a crucificação era pena infligida somente aos escravos ou aos libertos que haviam cometido crimes hediondos.
Eram muito comuns as crueldades que precediam o ato da crucificação: açoitavam o condenado, e depois de lacerado o corpo, obrigavam-no a carregar a cruz
Depois da morte e ressurreição de Cristo, os mais zelosos de seus seguidores consideraram a cruz de modo inteiramente diferente.
O apóstolo Paulo gloriava-se na cruz de Cristo, (Gálatas 6.14 “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” )
Descrição da Cruz
Descrição da Cruz
Naquele momento, nosso Senhor estava suportando as primeiras dores da crucificação; os carrascos tinham acabado de pregar os cravos através de Suas mãos e pés;
Ele devia estar extremamente abatido e imerso em uma condição de extrema fraqueza pela agonia que passou no Getsêmani na noite anterior e pelo açoite e zombaria cruel que sofrera durante a manhã toda causados por Caifás, Pilatos, Herodes e a guarda pretoriana.
No Jardim do Getsêmani, quando o suor de sangue caiu rapidamente no chão, Seu brado mais amargo começou com “Meu Pai”, pedindo para que, se fosse possível, o cálice amargo passasse dele.
No entanto, nem a fraqueza do passado, nem a dor do presente poderiam tê-lo impedido de continuar em oração! O Cordeiro de Deus ficou em silêncio perante os homens, mas Ele não estava em silêncio diante de Deus!
Mais notável, porém, é o fato de que a oração de nosso Senhor a Seu Pai não foi em favor de si mesmo;
Ele continuou a orar por si próprio na cruz, é verdade, e Seu brado de lamento “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” mostra a personalidade de Sua oração,
mas o primeiro dos sete grandes brados na cruz não possui sequer uma referência indireta a si mesmo. É “Pai, perdoa-lhes”. A petição toda é em favor dos outros.
a oração não era apenas pelos outros, mas também pelos Seus inimigos mais cruéis.
Jesus parece perder de vista o fato de que seus executores estavam fazendo algo de errado a Ele; é o mal que estavam fazendo ao Pai que está em Sua mente.
Não digo que essa oração foi limitada apenas aos Seus executores imediatos; acredito que foi uma oração de longo alcance, que incluía escribas e fariseus, Pilatos e Herodes, judeus e gentios – sim, toda a raça humana,
Em certo sentido, é uma oração por todos nós, uma vez que todos nós participamos daquele assassinato, mas, seguramente, as pessoas imediatas sobre as quais aquela oração foi derramada como nardo precioso foram aquelas que ali estavam cometendo o ato brutal de pregá-lo no madeiro amaldiçoado!
É interessante notar que a oração de Jesus começa a ser atendida, ali, imediatamente, na pessoa do ladrão crucificado ao seu lado — que se converte e ganha a vida eterna — e do centurião e dos soldados que crucificaram o Senhor — que reconhecem: “Este homem era verdadeiramente o Filho de Deus!” (Mt 27.54). Não somente ali, mas, ao longo da história, Deus vem chamando e trazendo pessoas ao conhecimento da verdade em resposta à oração de Jesus, que orou por aqueles que o rejeitaram, perseguiram e mataram.
Precisamos adorá-lo! Eu o louvo de coração por aquela oração! Se eu não soubesse mais nada sobre Ele, apenas esta oração, eu deveria adorá-lo, pois aquela súplica incomparável por misericórdia me convence mais decisivamente de Sua divindade que a ofereceu e enche meu coração com afeição reverente.
Quanto ao primeiro brado: Primeiramente, vamos vê-la como ilustração da intercessão de nosso Salvador; em segundo lugar, vamos considerar o texto como instrução da obra da Igreja; e, em terceiro lugar, vamos considerá-la como sugestão para os que não são convertidos.
Começaremos olhando para esse maravilhoso texto como uma
1. Ilustração de Intercessão do Nosso Senhor
1. Ilustração de Intercessão do Nosso Senhor
Ele orou por Seus inimigos naquele momento; Ele está orando por Seus inimigos agora.
Ele está em um lugar mais elevado e em uma condição mais nobre, mas Sua função é a mesma — Ele ainda continua diante do trono eterno para apresentar súplicas em nome de homens culpados, bradando: “Ó Pai, perdoa-lhes”.
a. A primeira qualidade de Sua intercessão é extremamente graciosa
a. A primeira qualidade de Sua intercessão é extremamente graciosa
Aqueles por quem nosso Senhor orou, de acordo com o texto, não mereciam Sua oração; eles não tinham feito nada que pudesse suscitar dele uma bênção como recompensa por seus esforços em Seu serviço. Pelo contrário, eles eram pessoas mais indignas que haviam conspirado para o matarem;
certamente nunca pediram para que Ele orasse em seu favor
Atrevo-me a crer que a própria oração, quando a ouviram, ou foi desconsiderada e ignorada com desdenhosa indiferença, ou talvez tenha sido recebida como um tema para piada.
Ainda assim, nosso Salvador não só orou por pessoas que não mereciam Sua oração, antes, mereciam uma maldição.
Pessoas que não pediram a oração e até mesmo zombaram dela quando a ouviram.
Lembre-se, se não há nada de bom em você, nada que seja aproveitável, ainda assim nenhuma dessas coisas pode ser barreira que impeça Cristo de exercer o ofício de intercessor por você!
Mesmo por você Ele intercederá! Venha, entregue sua causa em Suas mãos. Em seu favor, Ele encontrará súplicas que você não pode descobrir por si mesmo e entregará a causa a Deus em seu lugar como fez por Seus assassinos: “Pai, perdoa-lhes”.
b. Uma segunda qualidade de Sua intercessão é o seu espírito cuidadoso
b. Uma segunda qualidade de Sua intercessão é o seu espírito cuidadoso
Seus olhos sabiamente afetuosos repousaram sobre a ignorância deles – Ele disse: “eles não sabem o que fazem”.
Deus considerou isso, ao nos levar ao evagelho
Efésios 4.18 “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração,”
Atos 17.30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;”
1Timóteo 1.13–14 “a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade. Transbordou, porém, a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus.”
Jesus conhece a sua exata condição neste momento e a exata condição de seu coração no que diz respeito à tentação pela qual vocês estão passando
Lucas 22.31–32 “Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça”
O Senhor Jesus tem as súplicas prontas, e petições já elaboradas, e Ele pode apresentá-las de forma aceitável diante do propiciatório.
Você observará, portanto, que Sua intercessão é muito graciosa e, também, muito atenciosa.
c. A terceira qualidade de sua intercessão é a seriedade
c. A terceira qualidade de sua intercessão é a seriedade
Ninguém que leia estas palavras: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” duvida que elas tocaram os Céus em seu fervor.
-Ele lançou mão de um argumento para a misericórdia que um espírito menos aflito não teria pensado: “Eles não sabem o que fazem”.
-uma razão insuficiente para misericórdia! E realmente, a ignorância, se for intencional, não atenua o pecado, e a ignorância de muitos ao redor da cruz era intencional
Eles deveriam saber que Jesus era o Senhor da glória.
Moisés não foi claro o suficiente? Elias não foi ousado o suficiente em seu discurso? Os sinais e símbolos em relação às reivindicações de Jesus ser o Messias são tão claros que não se pode duvidar deles, como não se pode duvidar qual estrela no céu é o Sol.
No entanto, o Salvador, com maravilhosa sinceridade e habilidade, transforma sua súplica em uma séria intercessão aos ignorantes perdidos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”
A primeira qualidade é que ela é extremamente graciosa, a segunda é o seu espírito cuidadoso, a terceira é a sua seriedade e...
d. A quarta qualidade de sua intercessão é a continuidade, perseverança e perpetuidade no céu
d. A quarta qualidade de sua intercessão é a continuidade, perseverança e perpetuidade no céu
Jesus poderia ter parado de apresentar petições em favor deles ao ser pregado no madeiro, mas o pecado e o erro dos homens não podem amarrar a língua do nosso Intercessor.
Nada poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Pecador, deixe-me lhe informar algo importante: você provocou a Deus por ter rejeitado Sua misericórdia por muito tempo, e vai de mal a pior, mas nem a blasfêmia, nem a injustiça, nem a infidelidade deterão o Cristo de Deus de encorajar a conversão do pior dos pecadores!
Jesus vive e, enquanto viver, suplicará; e enquanto houver um pecador na Terra para ser salvo, haverá um intercessor no Céu para suplicar por ele.
Saiba que a primeira misericórdia que é necessária a pecadores culpados é ter o pecado perdoado; Cristo sabiamente ora pela bênção mais necessária.
Em Atos 2 Jesus disse aos Seus discípulos quando lhes ordenou que pregassem: “começando em Jerusalém”; e naquele dia em que Pedro se levantou com os onze e acusou o povo de que, com mãos perversas, haviam crucificado e matado o Salvador, 3.000 dessas pessoas que foram justamente acusadas de Sua crucificação se tornaram cristãs e foram batizadas em Seu nome.
Essas almas convertidas compreenderam que o seu pecado levou Cristo para aquela Cruz, e de lá Ele intercedeu o perdão para cada um.
Todas essas conversões e as que vieram depois dela foi a resposta de Deus à oração de Jesus.
em primeiro lugar o texto é Ilustração de Intercessão do Nosso Senhor e...
2. Em segundo lugar, o texto é uma INSTRUÇÃO DA OBRA DA IGREJA.
2. Em segundo lugar, o texto é uma INSTRUÇÃO DA OBRA DA IGREJA.
Assim como Cristo foi no mundo, assim também deve ser Sua igreja no mundo.
Cristo veio a este mundo não para ser servido, mas para servir; não para ser honrado, mas para salvar os outros.
Quando Sua Igreja entender a sua obra, perceberá que não está aqui para juntar riqueza ou honra para si mesma, ou buscar qualquer engrandecimento e posição temporais; ela está aqui para viver altruisticamente, e, se necessário, para morrer altruisticamente pelas ovelhas perdidas, pela salvação dos homens perdidos.
A oração de Cristo na cruz, de fato, foi totalmente altruísta;
Ele não se inclui nela, e assim deveria ser a vida de oração da Igreja, a interposição ativa da Igreja por amor dos pecadores.
Nossa oração está cheia de “eu, para mim, meu, minha, nossa” e raramente ele e eles, por eles e para eles.
A igreja não existe para si mesma da mesma forma que Cristo não viveu para si próprio!
Seu propósito é resgatar almas do inferno e levá-las a Deus, à esperança, e ao Céu. Essa é a sua função celestial!
a. A oração de Cristo tinha um objetivo grandemente espiritual.
a. A oração de Cristo tinha um objetivo grandemente espiritual.
Vocês percebem que nada se busca para essas pessoas a não ser o que diz respeito a suas almas: “Pai, perdoa-lhes”
Creio que quanto mais a Igreja se esforça diante de Deus pelo perdão dos pecadores, e quanto mais ela busca em sua vida de oração ensinar a estes o que é o pecado, o que é o sangue de Cristo, que o inferno é o que vem depois se o pecado não for retirado e que o Céu é assegurado a todos aqueles que são purificados do pecado — quanto mais ela se mantiver nisso, melhor.
Devemos perceber que O evangelho também é destinado àqueles que perseguem a religião;
ele aponta suas flechas do amor de Deus contra os corações de seus inimigos; se houver alguém a quem devemos procurar para trazer a Jesus primeiro, devem ser justamente esses que estão mais distantes, e que mais se opõem ao evangelho de Cristo.
Não temos nós ao nosso redor centenas de milhares de pessoas a quem as verdades mais simples do evangelho seriam a maior das novidades?
É assunto de interesse da Igreja o ir atrás dos mais caídos e mais ignorantes e procurá-los com perseverança; ela nunca deve parar de fazer o bem.
Cristo irá voltar um dia, e não importa qual dia Ele voltará, enquanto trabalhamos para Ele, estamos prontos para a sua vinda!
Se você continuar seu trabalho e com incessante labor procurar pelas joias preciosas de seu Senhor, você não se envergonhará quando seu Noivo vier!
De bom grado, eu encorajaria cada cristão aqui e despertaria nele uma ideia correta de que seu trabalho é como uma parte da Igreja de Cristo.
Meus irmãos e irmãs, vocês não devem viver para si mesmos! O acúmulo de dinheiro, a criação de seus filhos, a construção de casas, o ganho do seu pão de cada dia, tudo isso você pode fazer, mas deve haver um objetivo maior do que isso se vocês quiserem ser à semelhança de Cristo como devem ser, já que são comprados pelo sangue de Jesus.
em primeiro lugar o texto é Ilustração de Intercessão do Nosso Senhor, em sugundo é uma instrução da obra da Igreja e Por fim...
3. uma SUGESTÃO AOS QUE NÃO SÃO CONVERTIDOS.
3. uma SUGESTÃO AOS QUE NÃO SÃO CONVERTIDOS.
Alguns de vocês aqui não ser salvo; alguns de vocês têm sido muito ignorantes, e quando vocês pecaram, não sabiam o que faziam; sabiam que eram pecadores, sabiam disso, mas não sabiam a extensão da culpa do pecado.
Vocês não frequentam uma igreja bíblica há muito tempo; não leem suas Bíblias; não têm pais cristãos. Agora vocês estão começando a ficar ansiosos por suas almas;
lembrem-se de que sua ignorância não os desculpa, ou então Cristo não diria: “Perdoa-lhes”.
Todos podem ser perdoados, mesmo aqueles que não sabem o que fazem e, portanto, são individualmente culpados.
Deus não levou em conta os tempos de sua ignorância, mas agora Ele ordena que todos os homens em todos os lugares se arrependam. Produzam, pois, frutos dignos de arrependimento!
O Deus de quem vocês, por ignorância, esqueceram-se está disposto e pronto a perdoar; o evangelho é exatamente isso — confiem em Jesus Cristo, que morreu pelos culpados, e serão salvos! Que Deus os ajude a fazer isso esta noite, e vocês se tornarão novos homens e novas mulheres;
uma mudança acontecerá em vocês igual a um novo nascimento — vocês serão novas criaturas em Cristo Jesus!
Entretanto, meus amigos, há alguns aqui por quem Cristo orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, mas seu duro coração não permite essa mensagem entrar.
Todo sermão que vocês ouvem, e especialmente toda impressão que é causada em seu entendimento e consciência pelo evangelho, aumenta sua responsabilidade e tira de vocês a desculpa de não saberem o que fazem!
Vocês sabem que há o mundo e há Cristo, e que vocês não podem ter os dois;
Sabem que há pecado e Deus, e que vocês não podem servir a ambos;
vocês sabem que há os prazeres do mal e os prazeres do Céu, e que vocês não podem ter ambos!
A luz que Deus lhes deu, que Seu Espírito também venha e os ajude a escolher o que a verdadeira sabedoria os levaria a escolher.
PORTANTO, Decidam-se hoje por Deus, por Cristo, pelo Céu! Que o Senhor os julgue pelo amor de Seu nome. Amém.