O equilíbrio moral para uma vida pura. - 1 Jo. 3.1-10

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Introdução.

O que a palavra de Deus nos fala sobre MORAL, qual o seu conceito? Como podemos observar a sua aplicação na vida cristã? O apóstolo João trata claramente a questão moral da igreja já de cara, falando do amor de Deus para conosco e que devemos ser recíprocos, altruístas, para com nosso “próximo”.
Definições Importantes.
1ª perspectiva (mundo) - Moral: Preceitos e regras estabelecidos e admitidos por uma sociedade que regulam o comportamento das pessoas que fazem parte dessa sociedade. (Dic. Online de Poruguês).
2ª perspectiva (Reino de Deus) - A moral é expressa nas escrituras demonstrando uma conduta ética Cristã, conjunto de princípios morais, que tem como prisma a vida e obra de Jesus Cristo. Esse conjunto de normas morais norteiam o convívio do homem com seu próximo e consigo mesmo. (MT. 5/Mt. 6/Mt. 7) - Regra áurea: Mt. 7.12.
3ª perspectiva (Reino de Deus) - A Ética é um conjunto absolutos inegociáveis de valores morais, esses conjuntos norteiam os “costumes” de uma sociedade que são expressas em ÊX. 20:1-17/MT. 5-7.
4ª perspectiva: Valores morais: Princípios, preceitos, regras morais ou sociais que, transmitidas de uma pessoa, sociedade, grupo ou cultura, para outras, guiam as ações dos indivíduos, seguindo a justiça e a equidade social: a sociedade indica os valores morais e éticos que guiam o cidadão em relação ao que é certo e errado. (Dic. Online de Poruguês).
O apóstolo João busca trazer uma prova aplicável na vida regular de cada crente onde cada um se apropria e recebe logo o resultado de sua crença, essa prova nos possibilita dizer a quem de fato pertencemos, se somos de fato filhos de Deus em Cristo Jesus. Ele sabe o quanto é importante termos uma moral equilibrada, sempre seguindo o modelo correto, se apropriando das orientações que a palavra nos traz.
João continua sua incessante batalha de cravar nos corações dos irmãos a verdade do evangelho em contraste com os falsos que vivem na igreja a relativizar a fé e trazer ensinos que não condizem com a sagrada escritura. João deu pistas de seu método nos capítulos anteriores e agora ele vai trabalhar cada prova que por ele foi levantada para se saber quem é quem na obra do Senhor. No capítulo 3 João vai tratar das três provas já mencionadas, são elas: A PROVA MORAL, SOCIAL e DOUTRINÁRIA. Veremos hoje a prova moral buscando sempre o equilíbrio dessa relação que nos prova a uma vida em santidade.
João para tratar esse assunto ele ressalta UMA GRANDE OBRA, e que essa grande obra exige de nós SANTIDADE e OBEDIÊNCIA, onde essas são as primícias de um verdadeiro salvo. Vamos ao texto.
Precisamos CRER e perceber que o grande amor de Deus existe e é demonstrado: Ele é imenso, sacrificial e eterno.
Vamos ao texto e contexto.
v.1 Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu (NAA)
Um expressão de amor misericordioso, somente Deus poderia fazer por nos.
Misericordia: Aquilo que mereciamos (juizo) mais ele nos livrou.
Graça: Não mereciamos (a salvaçao), mais ele nos deu por mei de seu filho Jesus.
João aqui nos mostrar que o amor de Deus foi demonstrado com o envio do seu próprio filho, para morrer por todos nós, o sacrifício vicário foi o castigo levado por Cristo que nos trouxe a paz. (LER IS 52:13-15/Is. 53:1-12);
A adoção é bem percebida em suas palavras, “ser chamado filhos de Deus” é a maior prova que Deus nos ama. O apóstolo Paulo em RM 8:14-16 nos fala sobre essa filiação. A adoção no império Romano era algo real e Paulo faz essa analogia, João usa esse “termo filho” para acentuar mais ainda essa relação.
Paulo vai dizer a igreja de Éfesos que por meio de Cristo, somo membros de uma grande família. ¹⁸ porque, por meio dele, ambos temos acesso ao Pai em um só Espírito. ¹⁹ Assim, vocês não são mais estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
Efésios 2.18–19 NTLH
18 É por meio de Cristo que todos nós, judeus e não-judeus, podemos ir, pelo poder de um só Espírito, até a presença do Pai. 19 Portanto, vocês, os não-judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele.
A adoção nos dá a chave para entender o ministério do Espírito Santo. Todos nós estamos cientes de que o Espírito nos ensina segundo a mente de Deus e glorifica o Filho de Deus. Estamos cientes de que ele é o agente do novo nascimento, dando-nos não apenas compreensão para conhecermos a Deus, mas também um novo coração para obedecer a ele. Sabemos que ele habita nos cristãos, santifica-os e fortalece-os para sua peregrinação diária.
Fonte: J. I. Packer, Conhecendo a Deus ao Longo do Ano, ed. Carolyn Nystrom, trans. Eliseu Pereira, Segunda edição. (Viçosa, MG: Ultimato, 2020), 248.
v.2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
João reforça dizendo, “somos filhos de Deus”, isso significa que somos filhos em três esferas, filhos da criação, filhos por adoção e filhos de nascimento (nascer de novo);
Criação: Gênesis 2.4–17
Adoção: Ef. 1.5
Novo nascimento: Jo. 3.1-15
“e ainda não se manifestou o que haveremos de ser” João aqui nos mostra que existe um processo do qual Deus nos coloca, mesmo agora sendo filho, temos falhas, e sua graça nos capacita a sermos moldados a sua imagem e semelhança, ou seja, a santificação. HB 12.14-15 nos diz que sem ela nós não veremos a Deus;
Entender o processo de Deus nos faz amá-lo, obedecê-lo e buscá-lo, sem interesse, sem barganha, mais por motivo de ser uma nova criatura.
(Ler: 2CO 5.15-17)
v.3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.
Somente por meio de Jesus Cristo é possível perceber o amor de Deus;
Somente por meio de Jesus Cristo é que vivemos de forma ética numa sociedade relativista;
Somente por meio de Jesus Cristo é que somos purificados (Ler: 1JO 1:9).
Podemos entender “esta esperança” da seguinte forma:
Um sentimento: At. 2.25-28 nos mostra um retrato de uma pessoa com um sentimento de felicidade por está na presença de Deusm descrevendo o que em Sl. 16.8-11 fala do hino de Davi expressando que a gurada de Deus nos trás refúgio.
Um chamado: Ef. 1.18 Paulo pede a igreja que “abram a mente” para que a sua luz, Cristo, seja conhecida por nós.
Um resultado glorioso: 1Ts2.17-20 Paulo expressa a igreja que a nova vida deles em Cristo é um resultado que glorifica a Deus e alegra o coração daqueles que transmitiram o evangelho da salvação.
v.4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
v.5 Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.
A lei era um guia (Ler: GL 3:23-26) para cada um de nós, mas não tinha a capacidade de sermos libertos do pecado, apenas nos mostravam o quanto não éramos capazes de contê-lo, em Cristo Jesus a lei foi cumprida e um novo mandamento nos foi dado (Ler: JO 13.34/1JO 1:7-8), sua graça, agora ela nos capacita a viver como pecadores remidos, livre do domínio do pecado. O próprio Jesus nos diz para sermos santos como ele é SANTO. (Ler: 1PE 1:15-16/LV 16-20)
v.6 Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.
João mostra claramente a seus ouvintes o reflexo daqueles que vivem na prática do pecado.
Somos libertos do domínio do pecado, e com isso agora no processo de santificação, devemos andar conforme as orientações de Jesus, porque é possivel viver sem ser dominado, aquele que ainda é dominada é porque nunca foi liberto.
v.7 Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo.
v.8 Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.
Às vezes achamos que pecado é aquilo que está exposto, mas o próprio Jesus nos mostra que o pecado nasce em nosso coração (MT.5:27-29). Muitos da época de João viviam assim, porque ele não haveria necessidade de instruir, as vezes as questões morais de alguns são recheadas de pecados e estes são sutilmente transmitidos a outros.
A prática de justica no verso 7 quer dizer: OBEDIÊNCIA A DEUS nos faz sermos tementes e corretos. Lc.1.75
Lucas 1.75 NTLH
75 para que sejamos somente dele e façamos o que ele quer em todos os dias da nossa vida.
Atos dos Apóstolos 10.35 NTLH
35 pois ele aceita todos os que o temem e fazem o que é direito, seja qual for a sua raça.
v.9 Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.
Nascido de Deus por meio de seu Filho Jesus Cristo, “o que tira o pecado do mundo”, essa é a divina semente.

No dia seguinte, João viu Jesus vindo na direção dele e disse:

— Aí está o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

João fala algo muito importante, “a dívida semente”, as nossas ações morais dirá que tipo de “solo” essa semente está plantada, qual a sua origem. Jesus contando a parábola da semente exemplifica muito bem os tipos de solos que as sementes são lançadas e suas respectivas ocasiões. (Ler: MT.13).
v.10 Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.
João termina esse bloco de comparações entre os filhos de Deus e os filhos do diabo, dizendo que as filiações ficaram “aparentes” seram percebidos por todos.
Mt. 7.15-20 Mateus trás o relato dos falsos profetas, suas dissimulaçoes, macios, educados, mas que pelo resultado (fruto) de sua vida é que conheceremos quem de fato são.
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