ENCONTROS COM JESUS - MULHER SAMARITANA
INTRODUÇÃO
Leia João 4.7–26
A história da mulher samaritana é uma das mais interessantes e instrutivas no Evangelho de João. O evangelista nos mostrou, no caso de Nicodemos, como nosso Senhor abordou um homem formalista e cheio de justiça própria. Agora nos mostra como o Senhor lidou com uma mulher a quem faltava conhecimento e que tinha uma mente carnal, uma mulher cujo caráter era péssimo. Nessa passagem, há lições que devem ser ponderadas pelos ministros e ensinadores do evangelho.
Destaquemos, em primeiro lugar, a condescendência de Cristo ao lidar com uma pecadora indiferente. O Senhor estava assentado junto à fonte de Jacó quando uma mulher de Samaria veio em busca de água. Imediatamente, Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. Ele não esperou ser abordado por ela, não iniciou repreendendo-a por seus pecados, embora os conhecesse muito bem. Jesus abriu o canal de comunicação, fazendo-lhe um pedido. Ele se aproximou da mulher, falando a respeito de “água”, que era, naturalmente, a maior preocupação para ela naquele momento. Esse pedido pode parecer simples, mas abriu as portas para uma conversa espiritual, serviu de ponte para eliminar a distância que havia entre ambos e culminou na conversão daquela alma.
A conduta do Senhor Jesus, demonstrada naquela oportunidade, deve ser relembrada com especial atenção por todos os que desejam levar benefícios aos ignorantes e indiferentes às coisas espirituais. É inútil esperar que as pessoas venham a nós em busca de conhecimento. Nós é que devemos abordá-las, chegando-nos a elas com um espírito cortês e amigável, sendo, ao mesmo tempo, firmes e ousados. É inútil pensar que estarão preparadas para receber nossa instrução e que entenderão e reconhecerão de imediato a sabedoria que há em tudo o que fazemos. É preciso agir com prudência. Devemos considerar qual a melhor maneira de atingir seus corações e despertar-lhes a atenção. Cada pessoa tem uma chave que dá acesso aos seus pensamentos; nosso objetivo principal deve ser lançar mão dessa chave. E, acima de tudo, devemos ser amáveis e cautelosos, para não demonstrar que somos conscientes de ter um conhecimento superior. Se as pessoas sem entendimento espiritual pensarem que, ao lhes anunciarmos o evangelho, achamos que, com isso, prestamos um grande favor, haverá pouca esperança de estarmos fazendo bem às suas almas.