A fidelidade Deus na promessa do Reino Messianico - Salmo 89 - Parte 1

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Introdução

Etã é mencionado junto com Hemã entre os cantores de Davi (1Cr 15:17,19), ainda que figure também um Etã entre os sábios de Israel (1Rs 4:31).
Neste salmo, um hino ao SENHOR, Rei do universo (vs. 1-18), e uma evocação das promessas feitas a Davi e à sua descendência (vs. 19-37) servem de base para uma súplica em favor do rei (vs. 38-52). O salmo foi composto, provavelmente, ao final da época dos reis, quando o crescente poderio da Babilônia se havia convertido numa grave ameaça ao reino de Judá. Cf. 2Rs 24.
Aqui, é descrita a tentativa do autor de reconciliar as aparentes contradições entre sua teologia e a realidade das condições de sua nação.
Ao longo dos 37 versos iniciais, ele ensaia o que sabe ser teologicamente correto: Deus, soberanamente, escolheu Israel para ser sua nação, e os descendentes de Davi, para governar. O último terço do salmo reflete o desgosto do salmista, porque a nação havia sido devastada e a monarquia davídica, aparentemente, chegara a um fim vergonhoso.

I — A FIDELIDADE DO SEHOR COMO O UNIVERSO (V.1-18)

1. O Senhor é louvado por sua fidelidade na aliança com Davi (v.1-4)

O Salmisata louva pela bondade e fidelidade - v1 O salmista reconhece a benignidade e a fidelidade de Deus - v.2 Tudo isso é demostrado na aliança de Deus para com Davi, seu servo. Deus conceder a Israel um rei. Alusão à profecia de Natã (2Sm 7:12–16), que é comentada poeticamente na segunda parte do salmo (vs. 19-37).
O salmista apela, repetidamente, à benignidade e à fidelidade de Deus, manifestadas de um modo especial na aliança ou pacto com Davi: O povo precisava de um Rei e Deus havia graciosamente concedido um bom rei, Davi. Mas aqui a promessa se estende as gerações futuras e para sempre.

2. O Semhor é glorioso e temivel nos céus por sua fidelidade (v.5-7)

Nos ceus a assembleia dos anjos louva a esse Deus por seus feitos e sua fidelidade - v.5.
A palavra sugere ações constantes e habituais; aqui significa que Deus era confiável. Se Deus violasse essa consistência de ações, violaria sua própria natureza
A glória de Deus é incoparavel, nem mesmo no céu se acha alguem que seja superior.
Ele é temido por todso os seus servos celestiais.

3. Deus é poderoso e temível na Terra por sua fidelidade (v.8-18)

Mais uma vez a fidelidade de Deus é exaltada, agora pelo seu grande poder - v.8.
Ele domina o mar - v.9
Ele julgou o Egito com grande poder - v.10
Ele é o criador dos ceus, da terra, dos montes... - v.11-12.
Ele é poderoso para intervir com justiça pelo seu povo - v.13-14
Por isso seu povo que se alegra e se refugia nele - v.15-18.
No v.15 “aclamar-te” refere-se a um brado, um grito alegre em homenagem a Deus (cf. Salmos 3:3; 47:5; 95:1; 98:4; 100:1.)
SENHOR, tu és o nosso escudo. O escudo era uma metáfora para rei (ver nota em Salmos 84:9
Salmo 84.9 ARA
Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.

CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES

A aliança davídica, cujo ápice está no reinado do Messias, foi estabelecida em 2Samuel 7 (cf. 1Reis 8:23; 1Crônicas 17; 2Crônicas 21:7; Salmos 110; 132). A aliança tinha a forma de um pacto de concessão real, pois Deus, o grande rei, escolheu Davi como seu servo-rei. Nesse tipo de aliança, a pessoa com quem o Senhor estabeleceu o pacto poderia violar os respectivos termos e o Senhor, ainda assim, seria obrigado a mantê-lo.
A aliança com Davi foi estendida aos seus descendentes. A promessa do trono garantia que o herdeiro legítimo do trono sempre seria descendente de Davi (cf. vv. 29,36; ver também 2Samuel 7:13,16,18; Lucas 1:31-33). As genealogias de Jesus o qualificam para o trono (cf. Mateus 1:1-17; Lucas 3:23-38).
Em Jesus a aliança de Davidica tem um cumprimento eterno. Deus é fiel na sua aliança. (Atos 2.29-36)
Em Cristo também temos motivo de alegria, pois ele exercerá a sua justiça pelo seu povo, ele é nosso escudo, devemos nós aclama-lo como nosso Senhor e Rei!
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