O maior dos mandamentos - Mt 22.34-40

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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
Março/2024
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 17/03: Mt 22.34-40 O maior dos mandamentos
Deus fala: Saudação – Deuteronômio 6.4
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 101 - A voz da salvação
Deus fala: Deuteronômio 6.1-9
Nós falamos: Oração de louvor
Nós cantamos: Hino 112 - Rica promessa
INTERCESSÃO POR MISSIONÁRIOS E SEUS CAMPOS, NOSSA IGREJA, CONGREGAÇÕES, OFICIAIS E MEMBRESIA
Deus fala: Deuteronômio 6.10-25
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 335 - Júbilo no céu
LOUVOR
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 22.34-40 O maior dos mandamentos
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Os irmãos certamente recordam sobre essa mesma passagem ter sido registrada por Lucas, contudo, entendemos que são momentos diferentes, de modo que, lá, Jesus ouça a resposta do mestre da lei e enfoque principalmente na questão de como herdar a vida eterna, enquanto, aqui, declara o ensino de modo rápido e objetivo.
Vamos ao texto: Mt 22.34-40 O maior dos mandamentos
Pelo verso 34, notamos Mateus relatar que os fariseus, opositores de Jesus, mas também dos saduceus, retornam a Jesus, agora em grupo, de modo que um deles questione Jesus (35) para “experimentá-lo”. Depois de enviarem seus discípulos (22.16), os fariseus novamente vão até Jesus, por isso, Mateus mantem seu relato mais denso, revelando as emoções dos opositores de Jesus, para que saibamos suas reais intensões com a forma de tratamento “Mestre”, que inicia o verso 36.
Ao denominar o fariseu de “intérprete da Lei”, Mateus fornece o título que remete especialmente a “perito", ou seja, um escriba na realidade, que estava unido àquele grupo fariseus. Em sua pergunta, temos o tema do sermão de hoje: “Qual é o maior dos mandamentos?” (36B).
A cena que Mateus pinta para nós exige imaginação, pois envolve certa pressão. Imagine comigo a cena: Mateus cita fariseus que souberam que Jesus calou os saduceus, ou seja, que intencionam provar que são superiores aos fariseus, mas também ao próprio Jesus, de modo que levam consigo um escriba, que sai do meio deles como um perito da Lei para indagar de Jesus uma resposta da qual ele - o escriba -, supostamente, teria na ponta da língua.
Imagine as emoções que essa situação causaria hoje entre nós. As irmãs precisam fazer um almoço que outras irmãs cozinheiras comerão. Os presbíteros ou diáconos precisam palestrar para outros oficiais sobre sua função na Igreja. As professoras vão apresentar o modo como lecionam suas lições para outras professoras. O pastor vai pregar para pastores. O membro comum da Igreja é convidado para orar por alguém imediatamente. Tudo isso gera uma tensão em nós, seres humanos. É comum ficarmos amedrontados diante de um poder do público presente, julgando nossa atitude e palavras.
Mas está escrito em Jeremias 17.5: “Maldito aquele que confia no ser humano, que faz da carne mortal o seu braço e cujo coração se desvia do Senhor!”
Nós somos este tipo, irmãos. Pensamos demais no que as pessoas vão falar de nós e, por isso, tememos a opinião delas. Não que sejamos malditos, mas que sobre nós existe essa maldição, que louvamos a Deus imensamente por não ter poder contra Jesus Cristo. Jesus não temia homens, mas somente não fazer a vontade do Seu Pai.
A partir de agora temos os detalhes da resposta de Jesus (37-40), que inicia sua resposta com Deuteronômio 6.5 “Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força.” Capítulo que usamos na liturgia de hoje. Este é uma capítulo central na Bíblia e ensina que nosso amor por Deus deve envolver o coração, alma e entendimento (37).
Coração, alma e entendimento não são coisas sinônimas, nem excludentes, mas complementares e juntas exigem que nosso amor por Deus seja manifesto por todo nosso ser. Assim, com toda nossa força e dedicação, amamos a Deus e cumprimos o maior dos mandamentos (38), porém, por amarmos a Deus, obedecemos também o segundo, que não é denominado “grande” ou “maior”, mas “semelhante”.
Você nunca se questionou sobre isso? Por que Jesus diz que o segundo mandamento é semelhante? Porque também diz respeito ao amor que exige empenho de coração, alma e entendimento, portanto, toda nossa força e dedicação (39): “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.”. Aqui, Jesus remete a Lv 19.18, quando o povo de Deus é exortado a não rejeitar os estrangeiros, mas recebê-los como parte integrante de seu próprio povo, por isso, “como a si mesmo”, ou seja, como sangue do seu sangue; uma família.
Dificilmente Jesus revelaria mandamento novo, irmãos. Até aqui temos visto inúmeras referências ao Antigo Testamento. No início das exposições em Mateus, comentei com os irmãos que uma das minhas intensões ao escolher este livro, inclusive, eram suas inúmeras citações do Antigo Testamento, de modo que, embora ficássemos detidos neste único livro do Novo Testamento, não ficássemos detidos no Novo Testamento em si, mas fôssemos nutridos por Deus através de toda a Bíblia por causa dessas citações.
Hoje, mais uma vez, isso se cumpre. Jesus cita Dt 6 e Lv 19, para nos ensinar sobre algo que exige de nós um comportamento dedicado, diferente dos rituais mecânicos e das regras legalistas e farisaicas, que pesam sobre os ombros e atormentam a alma. Jesus une os dois mandamentos em um só ensino, como nenhum Rabino havia feito até então. Jesus une as duas tábuas como as duas traves da cruz - vertical e horizontal.
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos sobre o maior dos mandamentos, que nos ensina a amar a Deus e como Deus nos amou. Para entendermos isso, precisamos enxergar o propósito de Mateus com seu livro, que foi ensinar a respeito de ter Jesus morrido pelos nossos pecados e ressuscitado com uma boa notícia de salvação. Somente assim esses mandamentos fazem sentido: quando forem vistos como ordens a serem obedecidas não por nossa própria força, mas conforme a força dada por aquele que nos promete salvação, porque muito nos amou.
Leiamos juntos 1João 4.7–8: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.”
Ouviremos a música Vem Reinar com nosso Coral
Oração final e bênção.
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