O CUSTO DE SEGUIR A CRISTO (2)

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O CUSTO DO DISCIPULADO (2)

Matthew 19:16–22 ARA
16 E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? 17 Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. 18 E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; 19 honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. 20 Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? 21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. 22 Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS DA INTRODUÇÃO:
Ilustre a necessadade do sermão ser ministrado
Dizer claramente sobre o que será dito (afirmação teológica + setença de transição)
“Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Essas coisas tendem por interpor-se entre nós e o Senhor, e a nossa atitude para com elas é que, afinal de contas, determina a qualidade de nosso relacionamento com Deus. O mero fato que acreditamos em Deus e que O chamamos de “Senhor, Senhor!”, e que assim também fazemos com relação a Jesus Cristo, não serve de prova conclusiva de que O estamos servindo, ou de que reconhecemos a Sua exigência totalitária, entregando-nos total e alegremente a Ele. “Examine-se, pois, o homem a si mesmo…” (I Coríntios 11:28).
D. Martyn Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, ed. Tiago J. Santos Filho, trans. João Bentes, Segunda Edição. (São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2017), 548.

AFIRMAÇÃO TEOLÓGICA: SEGUIR A CRISTO NOS CUSTA TUDO

A versão de Mateus da história do homem rico, que aqui pela primeira vez se torna um "jovem", contém uma ênfase que se tornou muito importante para a história da igreja, ou seja, o conceito de perfeição (v. 21*). Essa ênfase nos permite fazer duas perguntas básicas que a interpretação de nosso texto deve responder. (1) O que a perfeição que Jesus exige do homem rico no v. 21* tem a ver com o cumprimento dos mandamentos? (2) Os "perfeitos" são um grupo específico de pessoas que receberão uma recompensa especial (v. 28*)? Ou, fazendo a pergunta na outra direção: Até que ponto o que Jesus diz ao homem rico (vv. 16-21*) se aplica a todos os discípulos (vv. 23-30*)?
PERFEITO: 5046 τελειος teleios ( 1) levado a seu fim, finalizado 2) que não carece de nada necessário para estar completo 3) perfeito 4) aquilo que é perfeito 4a) integridade e virtude humana consumados 4b) de homens 4b1) adulto, maturo, maior idade
Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volumes I & II (téleios)
téleios
A. Fora da Bíblia. Esse adjetivo significa “completo”, “sem mácula”, “pleno”, “perfeito”, “realizado”, “eficaz”, “maduro”, “supremo” e, talvez, “dedicado”.
B. O conceito filosófico de perfeição.
1. Na filosofia, tèleios tem o sentido de plena humanidade com uma orientação para o que é conveniente e eticamente bom. Em Platão, isto requer a obtenção do discernimento pela lembrança e a consequente realização do verdadeiro ser. Considerando que a perfeição do cosmos é sua inteireza, o tèleion, na esfera ética, é a bondade intrínseca ou o bem absoluto.
2. Em Aristóteles, a perfeição está presente com uma correta escolha ética, ou seja, com a escolha, para seu próprio interesse, do bem num sentido absoluto.
3. Para os estoicos, só é téleios a pessoa que possui todas as virtudes, e a ação na qual todas as virtudes cooperam.
4. Filo admite várias influências. A visão acadêmica é o bem perfeito, mas a sabedoria divinamente concedida é o caminho perfeito para Deus. No sentido estrito, o próprio Deus é o bem perfeito e o doador de bens perfeitos. A lei significa que a piedade vem através da virtude perfeita, cujo uso é felicidade, e cuja fertilidade depende de Deus. O auge da mais perfeita felicidade é o próprio Deus. Possuir uma natureza inteiramente perfeita é ser livre de paixão e de desejo. A pessoa perfeita só considera bom aquilo que é eticamente belo, estando entre Deus e a humanidade, embora não totalmente livre de erros como Deus está. Considerar a lei é o caminho para a perfeição. Os antepassados são perfeitos, e para o perfeito Abraão (depois da troca de nome) Deus dá a promessa de Gn 22.16–17. Moisés é o sábio perfeito e o mais perfeito dos profetas; sua alma perfeita vai diretamente para Deus, à parte de qualquer evento visível.
C. A LXX e os rolos do mar Morto
1. Na LXX, téleios tem significados tais como “sem mácula”, “não dividido” (cf. o coração obediente em 1Rs 8.61; 11.4), “total” (cf. Jr 13.19).
2. Os termos equivalentes nos rolos do mar Morto têm os sentidos de “sem defeito”, “sem mácula”, “inteiro” e “não dividido”.
D. O NT
1. O uso em Mateus possui o sentido da LXX de “inteiro” ou “não dividido”. Assim, o jovem rico ainda não está “não dividido” em sua obediência a Deus (19.20). Deus é não dividido em sua conduta para conosco, e assim devemos ser em nossa conduta para com ele e os outros (5.48). Nosso amor total deve incluir até mesmo os inimigos.
2. O sentido de “inteiro” ou “completo” também ocorre em Tg 1.4. São completos aqueles que fazem a obra completa e cuja firmeza se desenvolve de maneira completa. Isso significa atentar para “toda” a lei da liberdade (1.25) e praticá-la. Esta lei traz liberdade com sua observância. Ela encontra cumprimento no amor, mas também no domínio próprio, pois a pessoa completa controla todo o corpo, inclusive a língua (3.2ss.) Aquilo que é “completo” e sem defeito vem de Deus (1.17). O amor “pleno” e “ilimitado” não dá lugar ao medo (1Jo 4.18). Esse amor vem de Deus (v. 16), no envio de seu Filho que remove o temor do julgamento (v. 10). A ordem para ser “completamente” sóbrio em 1Pe 1.13 está eticamente relacionada e escatologicamente fundamentada.
3. No corpo paulino, “completo” parece o sentido em 1Co 13.10. Os dons não concedem o pleno conhecimento que está por vir. Cl 4.12 se refere à posição sólida daqueles que são “completos” na vontade total de Deus. Contudo, a ideia de maturidade também está presente, como em 1.28, onde o objetivo de Paulo é apresentar os crentes “maduros” sob a direção e no poder da cruz e ressurreição de Cristo. Assim, téleios pode ser o oposto de nḗpios, etc. (1Co 14.20; cf. Fp 3.15 e talvez 1Co 2.6, onde os que são realmente maduros entendem a mensagem da cruz como a sabedoria de Deus). Em Rm 12.2, o conhecimento da inteira ou perfeita vontade de Deus vem por intermédio da renovação da mente pelo Espírito.
4. Hb 5.14 faz distinção entre doutrinas iniciais para os nḗpioi e o alimento sólido para os maduros (téleioi), que conhecem a vontade de Deus e podem distinguir entre o bem e o mal. Em 9.11, o santuário celestial é “mais perfeito” que o templo provisório.
5. O NT parece nunca usar téleios para um avanço gradual à perfeição cristã, nem para um ideal duplo de perfeição ética. O termo claramente significa “completo” ou “inteiro” em Mateus, Paulo e nas Cartas Gerais, e também possui o sentido de “maduro” em algumas passagens em Paulo.
E. Os pais apostólicos. Aqui também o termo tem os sentidos de “total”, “completo”, “pleno”, “supremo” e, então, “perfeito” (cf. jejum em Hermas Similitudes 5.3.6, a igreja como um templo perfeito em Barn. 4.11, Ester em 1Clem. 55.6, e Cristo, o “homem perfeito” em Inácio Esmirnenses 4.2).
James Strong, Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong (Sociedade Bíblica do Brasil, 2002).

SENTENÇA DE TRANSIÇÃO: VAMOS ANALISAR 3 MOTIVOS PELOS QUAIS SEGUIR A CRISTO NOS CUSTA TUDO

PRIMEIRO: É UMA GUERRA DE AMORES

EXPLICAÇÃO
Matthew 19:21 ARA
21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.
Nesse sentido, para Mateus, o fato de o jovem abrir mão de suas posses, como ele foi desafiado a fazer, foi uma expressão radical do mandamento de amor que, para Jesus, não conhece limites. Em primeiro lugar, portanto, a perfeição é amor.
DEUZ X RIQUEZAS
Matthew 6:24 ARA
24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Destacamos quatro realidades solenes no texto: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecerse de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas (6.24). Vejamos.
Em primeiro lugar, Jesus diz que o dinheiro não é neutro (6.24). Jesus diz que as riquezas são uma entidade, e não uma coisa. Chama as riquezas de Mamom, e não de moedas. As riquezas têm poder de subjugar as pessoas e torná-las escravas. A palavra Mamom é uma transliteração de um termo hebraico que significa “o que se armazena”, ou de outro termo hebraico que significa “no que se confia”. Portanto, essa palavra refere-se à personificação da riqueza.
Em segundo lugar, Jesus diz que o dinheiro é um senhor que exige dedicação exclusiva (6.24). Jesus não chamou o diabo, o mundo nem mesmo César de “senhor”, mas chamou as riquezas, Mamom, de “senhor”. Esse senhor é carrasco. Escraviza seus súditos. Por amor ao dinheiro, pessoas se casam e se divorciam, matam e morrem, corrompem e são corrompidas. O dinheiro é um senhor que exige devoção exclusiva de seus súditos.
Em terceiro lugar, Jesus diz que nem Deus nem as riquezas aceitam devoção parcial (6.24). Deus não aceita dividir sua glória com ninguém. Ele não aceita coração dividido entre duas devoções. É possível um indivíduo ser empregado de dois patrões, mas não é possível um servo servir a dois senhores.
Em quarto lugar, Jesus diz que não se pode servir a Deus e às riquezas (6.24). Jesus é categórico: Não podeis servir a Deus e às riquezas. Quem serve a Deus, não pode viver mais debaixo do jugo de Mamom. Quem é escravo de Mamom, não pode ser servo de Deus.
Marcos 12.30 “30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.”
Marcos 10.21 “21 E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.”
Mateus 10.37 “37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim;”

ILUSTRAÇÃO

Mamom é um ídolo
Acts 8:14–23 ARA
14 Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; 15 os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; 16 porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus. 17 Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. 18 Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito [Santo], ofereceu-lhes dinheiro, 19 propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo. 20 Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. 21 Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. 22 Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração; 23 pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniquidade.
Há uma ilustração perfeita desse fato nas páginas do Antigo Testamento. Estude cuidadosamente o trecho de II Reis 17:24–41. Eis o que ali nos é ensinado. Os assírios vieram e conquistaram determinada área de Israel; então tomaram de sua própria gente e estabeleceram-se no local. Aqueles assírios, naturalmente, não adoravam ao Senhor Deus. Em seguida, apareceram leões que destruíram suas propriedades. E os assírios refletiram: “Isso nos aconteceu porque não adoramos a divindade desta região. Buscaremos instruções sacerdotais a esse respeito”. Desse modo, encontraram alguns sacerdotes judeus que se dispuseram a instruí-los de maneira geral quanto à religião de Israel. E então os assírios imaginaram que tudo lhes correria bem dali por diante. Porém, o que as Escrituras disseram acerca deles? “Assim, estas nações temiam o Senhor e serviam as suas próprias imagens de escultura…” (v. 41).
2 Kings 17:41 ARA
41 Assim, estas nações temiam o Senhor e serviam as suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos e os filhos de seus filhos, até ao dia de hoje.

APLICAÇÃO

A quem você esta servindo? Pois você está servindo a Deus ou as Riquezas.
Isso se revela em nosso estilo de vida.

SEGUNDO: NOS LEVA A UMA OBEDIÊNCIA COMPLETA

EXPLICAÇÃO

Matthew 19:20 ARA
20 Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?
Tornar-se perfeito é ir além do que é normal e costumeiro. Nesse sentido, a pergunta quantitativa do jovem foi justificada quando ele perguntou o que ainda lhe faltava. Por essa razão, Jesus lhe dá um mandamento que torna o amor concreto e radical. Assim, a perfeição é, em segundo lugar, a obediência completa. Nesse caso, é abrir mão de suas posses em favor dos pobres.
QUANDO NÃO OBEDECEMOS COMPLETAMENTE, NÃO OBEDECEMOS NADA PORTANTO EXISTEM CONSEQUENCIAS DO PECADO:
A primeira coisa que nos cumpre observar é que o pecado, como é perfeitamente óbvio, é algo que exerce um efeito inteiramente perturbador e desorganizador no equilíbrio normal de um homem, bem como no funcionamento normal de suas qualidades de ser humano.
Os homens passam a ser controlados pelos seus desejos, afetos e concupiscencias
No entanto, aprendemos que o ser humano acha-se em uma horrenda situação, porque não está mais sendo govemado pela sua mais elevada faculdade, e sim, por alguma outra coisa, que é apenas secundária.
O segundo resultado do pecado é que ele cega o ser humano no tocante a determinadas questões vitais
2Coríntios 4.3–4 “3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”
O pecado cega a mente dos homens para coisas que são perfeitamente óbvias; e assim, embora elas sejam tão óbvias, o homem, imerso em seu pecado, não é capaz de percebê-las. Tomemos, portanto, essa questão dos tesouros terrenos. O fato indiscutível é que nenhum desses tesouros perdura.
Não poderemos levá-lo conosco, ao morrermos; e sempre corremos o perigo de perdê-lo, aqui mesmo. Todas essas coisas acabam perecendo; elas são passíveis de destruição. Se um homem se sentasse para verdadeiramente meditar sobre isso, teria de admitir que essa é a pura verdade
O efeito seguinte do pecado sobre o homem consiste em reduzi-lo a um escravo daquelas coisas que foram criadas justamente para servi-lo
Nós as servimos, nós as amamos. O nosso coração é cativado por elas; e ficamos a seu serviço. Que são essas coisas? São as próprias coisas que Deus, em Sua bondade, proporcionou ao homem a fim de que lhe prestassem bom serviço, e a fim de que ele melhor usufruísse a sua vida, enquanto estivesse neste mundo
O último ponto, entretanto, é o mais sério e solene de todos. O efeito final do pecado sobre a humanidade é que arruina inteiramente o homem
Como é que o pecado arruina o homem? Encontramos a resposta nestes versículos. O pecado arruina o homem no sentido que, tendo gasto a sua vida inteira acumulando certas coisas neste mundo, no final da vida ele se encontra de mãos vazias

ILUSTRAÇÃO

Quando jovem somos mandados por nossos pais (quando você estiver aqui em casa quem manda sou eu), quando saimos de casa temos um patrão e quando empreendemos temos um cliente.

APLICAÇÃO

Escolha obedecer alguém amoroso e misericordioso.
Estudos no Sermão do Monte Capítulo XXXIX: A Imunda Servidão ao Pecado (6:19–24)

Poderíamos contemplar a questão pelo ângulo seguinte. O homem moderno, conforme temos dito, e conforme sabemos perfeitamente bem, não somente acredita que está sendo dirigido pela sua mente, mas também rejeita a Deus em virtude de sua mentalidade e compreensão. Ele zomba da religião cristã e despreza aqueles que denunciam o ponto de vista mundano da vida. Vive exclusivamente para o presente, como se isso fosse a única coisa que importasse. E crê que esse deve ser o ponto de vista racional a ser assumido. Ele pensa que é capaz de comprovar sua opinião para sua própria satisfação, e está convencido de que é conduzido pela sua elevada mentalidade. Não percebe que a luz que nele existe se obscureceu. Não nota que as suas faculdades foram transtornadas pelo pecado. Não vê que diversas forças estão controlando e drogando a sua mente, e que ele, por isso mesmo, não está mais agindo livre e racionalmente. No fim de sua carreira, entretanto, haverá de tomar consciência de tudo isso; no fim, haverá de cair em si, a exemplo do filho pródigo da parábola de Cristo. Repentinamente, perceberá que as coisas que mereciam a sua confiança eram trevas, e que elas o desviaram do rumo certo, e que ele perdeu tudo – a luz que nele havia eram trevas, e quão espessas eram essas trevas! Nada existe pior do que isso, ou seja, descobrir, somente no fim, que a própria coisa a que jungíamos nossa fé é aquilo que nos derrubou.

Tudo isso pode ser visto no quadro sobre Lázaro e o rico, em Lucas 16. Estou certo que o rico dia após dia se justificava a si mesmo, dizendo: “Tudo está bem comigo!” Mas, depois que morreu e se encontrou no inferno, de súbito viu corretamente a sua realidade. Percebeu que fora um insensato a vida toda. Agira de modo deliberado, mas isso tão somente o conduzira até ali. Viu quão tolo havia sido e rogou a Abraão que enviasse alguém a seus irmãos, que estavam fazendo a mesma coisa. Descobriu, portanto, que a luz que nele havia eram trevas, e que essas trevas eram profundas. Essa é uma das mais sutis façanhas de Satanás. O diabo persuade ao ser humano de que se negar a Deus estará sendo um indivíduo racional; entretanto, conforme já verificamos por diversas vezes, o que está realmente acontecendo é que o diabo faz do ser humano uma criatura dominada pela concupiscência e pelos desejos distorcidos, cuja mente ficou cega e cujo olho não é mais bom. A maior de todas as faculdades do homem fica assim corrompida.

Estudos no Sermão do Monte Capítulo XXXIX: A Imunda Servidão ao Pecado (6:19–24)

Resta-nos dizer uma palavra final. Esse mísero indivíduo que foi arruinado pelo pecado não somente chegou a descobrir que está de mãos vazias, mas também chegou a descobrir que enganou a si mesmo, que foi desviado do reto caminho por sua suposta luz, e que agora está do lado de fora da vida divina, e debaixo da ira de Deus. “Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Isso posto, se um homem ficou servindo às riquezas nesta vida, até morrer, no além-túmulo ver-se-á separado eternamente de Deus. Visto não ter servido ao Senhor, só há uma coisa a ser dita a seu respeito, de conformidade com as Escrituras, ou seja, que “… sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36). Tudo aquilo pelo que ele havia vivido já se foi; na eternidade, a sua alma encontra-se desnuda, e agora precisa defrontar-se com Deus, o Deus que é amor, que é gracioso e bondoso. O Pai, aquele que conta os próprios fios de cabelo da cabeça de um crente, para tal indivíduo não passa de um estranho. Ele está sem Deus, e não somente sem Deus neste mundo, mas também está sem Deus por toda a eternidade, em sua miséria e remorso, em sua desgraça e lamentações. O pecado envolve uma perda completa. Se você porventura não está vivendo para servir ao Senhor, então esse será, igualmente, o seu destino final. Você terminará sem nada ter de seu, e habitará naquelas dimensões da negatividade, naquela desesperadora negatividade por toda a eternidade. Que Deus não permita que essa seja a sorte de qualquer um daqueles que estão ao alcance destas minhas palavras. Se você quiser evitar tão amarga sorte, então avizinhe-se de Deus e Lhe confesse que você tem servido somente às coisas terrenas, que você só tem acumulado tesouros sobre esta terra. Confesse tudo isso a Ele, entregue-se definitivamente a Ele, coloque-se sem reservas em Suas misericordiosas mãos, e, acima de tudo, peça-Lhe para enchê-lo com o Seu Santo Espírito, o único que é capaz de nos iluminar a mente, de nos aclarar a compreensão e de fazer-nos o olho tornar-se bom e apto a divisar a verdade – a verdade acerca do pecado, a verdade acerca do único caminho de salvação, que é através do sangue de Cristo. O Espírito Santo é aquele que pode mostrar-nos como nos convém ser libertos das perversões e da poluição do pecado, tornando-nos homens e mulheres inteiramente renovados, criados segundo o molde e o padrão do próprio Filho de Deus, capazes de amar as realidades divinas, capazes de servir a Deus, e a Deus somente.

TERCEIRO: SEGUIR A CRISTO É UMA AÇÃO DE APEGO TOTAL

EXPLICAÇÃO

Matthew 19:21 ARA
21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.
Por fim, a perfeição é uma questão de total apego a Jesus. Assim, em terceiro lugar - e esse é o elemento mais importante - a perfeição é uma questão de seguir Jesus. Para Mateus, a "perfeição" não é o estágio mais elevado da vida cristã, uma posição para a qual apenas alguns cristãos "melhores" são chamados. Para Matthew, o discipulado não é algo reservado a apenas alguns cristãos especiais; é, antes, a chave para ser um cristão de fato. Assim, o jovem é chamado a uma perfeição para a qual todos são chamados. Não é a "alternativa decisiva" para a "justiça legalista (...) do judaísmo". É antes o aumento dessa justiça por aquele que veio para cumprir a Lei e os Profetas (5:17*).
Sincretismo e a mistura no evangelho;
IDOLATRIA
Isso é Idolatria: Ido = ídolo + latria = culto, que significa: culto a um idolo para conseguir algo em troca Ídolo, um deus que o homem pode controlar
O que chamamos de culto, muitas vezes pode ser idolatria!
Porque cultuar a Deus para conseguir algo em troca pode ser idolatria? Porque na verdade queremos o que o nosso ego deseja; podemos estar usando Jesus como meio para algo
Deus é Pai, não ídolo! Não trate Deus como ídolo, mas como um Pai bondoso.
Mateus 7:11 "11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? "
EGOCENTRISMO:
Vontade Própria, em vez de Submissão
Ambição, em vez de benevolência (bondade de ânimo para com outrem)
Autojustiça, em vez de humildade e reverência
Autossuficiência, em vez de fé

ILUSTRAÇÃO

JUDAS
John 12:5 ARA
5 Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?

APLICAÇÃO

CONCLUSÃO

O QUE EU ESPERO DE QUEM ME OUVE? (promova engajamento; faça um chamado a ação; dê uma palavra de ordem; seja diretivo e assertivo)
O que SABER ou ACREDITAR
Seguir a Cristo nos custa tudo
O que SENTIR ou EXPERIMENTAR
A alegria que é entregar tudo ao Senhor!
O que FAZER ou RESPONDER
Entregue tudo hoje!
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