PILATOS - Que farei de Jesus?
Semana Santa - O Drama da Paixão • Sermon • Submitted • Presented
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Semana do Calvário
O Drama da Paixão
Estes o viram morrer...
PILATOS
Que farei de Jesus?
Texto – João 18:28-19:16
INTRODUÇÃO
Você conhece alguém com o nome de Pilatos? Eu sim, meu tio por parte de pai tem esse nome. Um dia perguntei a meu pai se ele sabia o porquê de meu avô ter colocado esse nome em seu filho. Ele me disse que meu avô entendia que Pilatos tinha feito a coisa certa durante o julgamento de Jesus, Por ele ter lavado as mãos, não tinha culpa no sangue de Cristo. Mas será mesmo?
Pilatos, o governador romano, foi rudemente acordado naquela sexta-feira, bem cedo. Era Páscoa e os líderes judaicos se recusaram a entrar no tribunal pagão para evitar contaminação cerimonial. Isso pode ter irritado Pilatos, mas ele havia aprendido a conviver com esses judeus.
Eles trazem consigo um Prisioneiro, entregam-no à guarda do pretório e tratam da questão à distância (João 18:28).
Quem era Pilatos, o representante de Roma nesta região afastada dos grandes centros? Realmente não temos informações sobre suas origens. Segundo a tradição, Pilatos fora um soldado que cresceu em campos de batalhas dos exércitos romanos, decidido a fazer carreira e a se destacar como militar.
Sua bravura atraiu a atenção do imperador Tibério César e, afinal, recebeu como recompensa o posto de governador da Judeia, e serviu por 10 anos, nessa posição, entre 26 e 36 A.D. Adquiriu a reputação de administrador capaz. Contudo, era odiado pelos judeus. Ele sabia que se falhasse ali, sua carreira estaria terminada. Se por outro lado, fosse bem-sucedido em manter a pax romana nessa difícil província, não haveria limites para suas ambições.
II – O PRISIONEIRO É ENTREGUE A PILATOS
Nesta sexta-feira, pela manhã, como representante de César, Pilatos encontra-se em sua cadeira para administrar um julgamento complicado. Soldados romanos estavam a postos para impor sua decisão. O julgamento envolve o Prisioneiro, sobre quem, certamente, ele já ouvira falar. Provavelmente todos, em Jerusalém e na Judeia, já haviam ouvido falar de Jesus. Seus milagres, Seus ensinos em parábolas, Sua doutrina, Sua lógica desafiadora e desconcertante, Seu intrigante carisma e autoridade haviam se espalhado por toda parte. Por onde Ele passara, uma verdadeira convulsão se estabelecia (Mateus 21:10 e 11). Pilatos provavelmente sabia que este misterioso Profeta atraía o ódio dos judeus religiosos.
O historiador Flávio Josefo menciona que Pilatos apropriou-se do dinheiro do templo para construir um aqueduto. De acordo com Filo, Agripa I numa carta ao imperador Calígula, descreve Pilatos como um homem inflexível, cruel e obstinado. Valia-se de qualquer recurso para manter "a lei e a ordem". Duro em sufocar insurreições e ameaças ao império, ele conseguia manter a simpatia dos líderes de Roma.
O quadro de Pilatos que surge dos evangelhos parece confirmar ou revelar tais características. Quando os judeus lhe entregaram Jesus, sob a acusação de subversor da paz, opondo-se ao pagamento de tributos a César (Lucas 23:2), Pilatos não se deixou enganar pelo malabarismo político dos líderes judaicos. Ele conhecia a deslealdade e a malicia desses maiorais da nação judaica, e sabia do que eram capazes para alcançarem seus objetivos.
Com certo desdém e ironia, Pilatos pergunta sob que acusações eles traziam o Réu para seu julgamento: "Que acusação trazeis contra esse homem?" (João 18:29). Sua pergunta e o tom dela soam como um tipo de repúdio e certa incredulidade quanto aos motivos desses judeus. Os representantes religiosos devem ter discernido a indiferença de Pilatos, e que ele, possivelmente, não acreditava que as acusações deles pudessem ser aceitas perante a lei, em seu tribunal. A resposta não demora a ser ouvida, em tom desafiador: "Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos" (João 18:30).
Eles já tinham determinado a condenação religiosa de Jesus, buscavam agora o veredicto legal de Roma, sem o que não poderiam executar Jesus. Quando Pilatos sugere, "Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei" (João 18:31), os judeus respondem, admitindo sua submissão ao império: "A nós não é lícito matar ninguém" (v. 31).
II – JESUS PERANTE PILATOS
Provavelmente, pela primeira vez, Pilatos defronta-se com Jesus, face a face. Os inimigos do Prisioneiro não tentam esconder seus motivos assassinos. A gritaria é ensurdecedora. O ódio é evidente na voz rouca dos acusadores.
Em voz áspera, Pilatos pergunta, no evangelho de João, "Qual acusação vocês têm contra Ele?" O evangelho de Lucas registra a trama da acusação, buscando colocar Jesus em oposição ao império: "Encontramos esse homem pervertendo a nossa nação, vedando o tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei" (Lucas 23:2). A acusação sem dúvida era séria, mas pouco convincente para o representante de Roma.
Segundo ainda o evangelho de João, "Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e Lhe perguntou: És tu o rei dos judeus?" (João 18:33). Educado por Roma, Pilatos era um homem pragmático. Tudo o que ele queria era uma resposta breve, simples. Preto no branco, no estilo "V" ou "F". "Verdadeiro ou Falso". Não podemos deixar de pensar que Pilatos estava estarrecido. À sua frente estava Jesus, enfraquecido pela noite anterior não dormida. Não tinha se alimentado ou bebido água. As marcas do abuso eram evidentes. Lábios inchados, por uma bofetada (João 18:22), desacompanhado, sem qualquer comitiva, ou defesa em Seu favor, o que era, sem dúvida, uma clara violação dos princípios legais vigentes. Certamente não havia nada nEle que parecesse ameaçador ou representasse uma ameaça.
Sem dúvida, Pilatos estava familiarizado com a saga de assassinatos e traições que caracterizavam a Herodes o Grande, rei judeu e seus sucessores. Ele deveria conhecer melhor ainda, Tibério César, que não hesitara em mandar matar seus rivais. A violenta história dos césares que haviam precedido Tibério devia ser familiar a Pilatos. É nesse contexto que ele pergunta a Jesus se era um rei (João 18:32).
III – "MEU REINO NÃO E DESTE MUNDO"
Não poderia haver resposta simples à pergunta de Pilatos, que não produzisse mal-entendido ainda maior acerca da verdade. Muitos preconceitos deveriam ser removidos da cabeça de Pilatos. Jesus testa o homem que o julga: "Dizeis isto de ti mesmo, ou outros te disseram isto de Mim"? (verso 34).
Embaraçado, Pilatos muda de estratégia: "Que fizeste?" (verso 35). A resposta de Jesus o deixa ainda mais perplexo: "O meu reino não é deste mundo. Se fosse, os meus súditos, combateriam para que eu não fosse entregue aos judeus..." (verso 36). "Meu reino não é deste mundo". Nenhum domínio para ser protegido. Nenhuma fronteira para ser guardada. Nenhum exército para ser treinado. Nenhuma submissão a ser imposta. Que reino é esse? Esse é o Reino de Cristo. Este é o reino da Graça.
Jesus desmente que o poder começa no fim do cano de uma arma, na ponta de uma espada ou com imposições de tirania. Para Ele, o poder vem pela submissão a Deus. De fato, nos lábios de Cristo, o Reino de Deus não é primariamente um lugar, mas um relacionamento com a Pessoa do Rei.
Pilatos está perplexo! Ali, perante seus olhos está a demonstração de um tipo de autoridade que o governador romano desconhece. Pilatos jamais vira alguém assim. Seu timbre de voz comunica, além de autoridade, paz infinita. Seu olhar parece penetrar nos recessos mais íntimos de sua alma, e isto certamente o incomoda ainda mais.
Há algo neste Galileu que impressiona e desarma em Pilatos sua sofisticada formação romana e rígida disciplina militar. A liberdade de Cristo é desconcertante. Teria Pilatos levado Jesus para uma sala de audiências para conversar com Ele? Talvez. Há algo a respeito da voz, da Sua aparência, e de Sua imperturbável e calma conduta, que grandemente impressionam o representante de Roma. É nesta conversa que Jesus afirma ter "vindo ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (João 18:37).
Pilatos conhecia os longos discursos da filosofia sobre a verdade e não perde a oportunidade para, com certo cinismo, perguntar: "Que é a verdade?" (João 19:38). Em sua carreira, o procurador havia conhecido pessoas para quem a verdade era "moeda estrangeira", algo desconhecido. Pilatos, contudo, não espera a resposta de Cristo, sobre a verdade (João 18:39). Em outro contexto, Jesus já apresentara a essência da verdade. "Eu Sou o Caminho, a verdade e a Vida." (João 14:6). A verdade não é um conceito filosófico abstrato, mas uma Pessoa.
Posteriormente, para impor sua autoridade, demonstrar segurança ou impor-se diante do Réu que o desconcerta, Pilatos observa irritado: "Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar"? (19:10). Mas ele não consegue impressionar Jesus, que em absoluto controle responde calmamente: "Nenhuma autoridade tens sobre mim, se de cima não fosse dada" (v.11). Certamente, pela primeira vez em sua vida, Pilatos encontra um Homem livre. Jesus era livre. Livre de medos, de inseguranças, livre diante de ameaças, livre da corrupção, livre da cobiça da ganância, da arrogância. Livre, sobretudo, para cumprir a grande missão de Sua breve visita ao planeta Terra.
Os quatro Evangelhos deixam claro duas coisas da atitude de Pilatos: Primeiro, ele estava convencido que Jesus era inocente. Ele estava impressionado com o porte nobre do prisioneiro, seu autocontrole e inofensividade política. Três vezes o procurador romano publicamente declarou que não encontrava nenhuma razão para condená-Lo.
A convicção pessoal de Pilatos quanto a inocência de Jesus, foi confirmada por uma mensagem de sua esposa, a quem a tradição cristã chamou de Cláudia. Neste momento dramático, confuso e inseguro, Pilatos é surpreendido por algo inesperado: "Estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo, porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito" (Mateus 27:19).
A mensagem de sua esposa não estava baseada em intuição feminina, mas numa advertência sobrenatural. Segundo Ellen White (O Desejado de Todas as Nações, p 546), um anjo foi-lhe enviado do Céu. Em um sonho, a mulher de Pilatos testemunhou a cena do julgamento. Ela olhou além disto. Num futuro distante, ela viu Jesus Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, em Seu retorno à Terra. Ela viu o Juiz, o Onipotente, pronto para condenar seu marido. Horror encheu o seu coração. Rapidamente ela escreveu uma nota. Um mensageiro apressou-se em levar sua mensagem a Pilatos. O governador de Roma, assustado e estremecido, leu a breve carta da esposa, narrando sua experiência. Exatamente que lhe passou na mente, nunca saberemos. Mas ele buscou ainda, com mais empenho, libertar Jesus.
O segundo elemento, nas narrativas dos evangelhos sobre Pilatos, são suas engenhosas tentativas de evitar ter que tomar uma decisão clara, de um lado ou de outro. Ele desejava evitar sentenciar Jesus Cristo uma vez que ele cria na Sua inocência. Mas, por outro lado, ele não tinha coragem para libertá-Lo, uma vez que os lideres judeus insistiam em Sua condenação. O livro de Atos 3:13, chega a dizer que Pilatos esteve "decidido a soltá-Lo",
IV – O PECADO DA COVARDIA
Qual o pecado de Pilatos? Covardia. Covardia em decidir-se pelo que ele, no fundo, achava ser o correto. Como poderia o governador romano conciliar o que claramente parecia irreconciliável? Nossos maiores enganos espirituais surgem quando estamos tentando reconciliar o contraditório. A impossível tentativa de agradar a Deus e ao diabo é evidente em nossos fracassos.
Pilatos tentou quatro diferentes rotas de evasão, frutos de sua covardia. Primeiro: como ouvira que Jesus era da Galiléia, ele enviou Jesus para Herodes, rei da Galileia que estava em seu palácio em Jerusalém, para a celebração da Páscoa, buscando transferir a responsabilidade da decisão. Herodes enviou Jesus de volta para ele decidir. Segundo, Pilatos tentou "meias medidas," permitindo que Jesus fosse açoitado, para então libertá-lo (Lu-23:16, 22). Ele julgou que a multidão ficaria satisfeita com algo menor que a pena de morte. Sabemos o que ele deveria ter feito: libertar o Réu, uma vez que Ele era inocente, nem açoites deveria receber. Terceiro, Pilatos tentou, com Barrabás, transferir a decisão para a multidão sedenta de sangue. Em sua fraqueza, ele buscou libertar o Prisioneiro, como um ato de clemência, em lugar de o fazer com uma atitude de ética. Uma alternativa astuta, mas ao mesmo tempo vergonhosa e infame. Os gritos por Barrabás fizeram Pilatos congelar. O inesperado estava acontecendo diante de seus olhos. Por que tal escolha? Barrabás não era uma ameaça real ao sistema. A multidão age guiada pelos sacerdotes e por seres demoníacos.
Finalmente, em quarto lugar: A última tentativa de Pilatos foi lavar as mãos, protestando ser inocente do sangue desse Homem (Mateus 27:24-25). Antes que suas mãos estivessem secas, ele entregou Jesus para ser crucificado. Como poderia ele pretender inocência diante da monstruosa injustiça? Algumas vezes há mais impiedade em não fazer nada do que a pior das nossas ações.
CONCLUSÃO
Aqueles que buscam evitar as consequências de um aberto compromisso com Cristo, buscam subterfúgios convenientes. Deixam decisões intransferíveis para outros, ou se contentam com alternativas precárias. Tomam, às vezes, decisões de lealdade aparente, mas negam a Ele o centro do controle de sua vida e vontade.
As vezes encontro pessoas que dizem: –Vou me batizar, mas só quando meu esposo ou esposa aceitar Jesus. Vou entregar a vida a Cristo, mas preciso ver se meus pais deixam.
Pilatos, contemplou Jesus, ridicularizado, coroado de espinhos, com filetes de sangue vivo, ainda a escorrer em Sua fronte, ouviu as zombarias e abandonado por todos. Viu-O, com uma capa vermelha colocada sobre seus ombros com gozação (João 19:2). Sua condição não parecia adequada a um rei. Mas o Homem à sua frente intrigou grandemente o procurador romano. Em todo este ultraje, Jesus, nunca parecera mais belo, e mantinha dignidade de um rei no trono.
Detalhes na narrativa de Lucas iluminam o que a multidão queria (Lucas 23:23-25): "Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado". E o clamor da multidão prevaleceu. Então Pilatos decidiu atender o pedido deles. Soltou Barrabás aquele que estava encarcerado, por causa de sedição e homicídio, a quem eles pediam, e quanto a Jesus, entregou-O à vontade deles. O que lemos aqui? O que prevalece? Os gritos e as demandas da multidão.
A escolha era entre honra e ambição, entre princípio e conveniência. Diante disso. Pilatos covardemente cedeu. Lemos em Marcos 15:15: "Então Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado".
Os judeus haviam tocado na fraqueza e insegurança de Pilatos: "Se o libertas, torna-te inimigo de César. Qualquer um que reclama ser rei se opõe a César" (João19:2). A escolha era simples: entre a honra e a ambição, entre a verdade e a conveniência. Certamente Jesus era inocente, Pilatos sabia disto. Certamente a justiça exigia que Ele fosse liberto. Mas como Pilatos poderia defender a inocência e a justiça, sem negar a vontade do povo? Como libertar Jesus sem, ao mesmo tempo, provocar um levante e cair no desprezo do imperador? – Jesus já havia ensinado que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:26). Jesus dissera também que aquele que não estiver disposto a negar seus gostos, achismos e conveniências, "não pode ser Seu discípulo" (Mateus 10:38; Lucas 14:24).
Como todos sabemos, a covardia pergunta: "E seguro"? A conveniência pergunta: "é politicamente correto"? A vaidade pergunta, "é popular"? O mercenarismo pergunta: "quanto vou ganhar"? O materialismo, pergunta: "é lucrativo"? Mas é consciência e o dever que perguntam simplesmente: "é correto"? Sempre chega o momento em que uma pessoa deve tomar uma decisão, que não é segura, nem "politicamente correta, popular ou lucrativa, mas que deve ser assumida simplesmente porque ela é correta.
Sobre ele repousa a enorme culpa, semelhante ao pecado de Judas, Anás, Caifás, Herodes, dos líderes religiosos e escribas. Curiosamente, para cada pessoa ou grupo envolvido no drama da paixão, o mesmo verbo grego é utilizado – paradidomi, que significa "entregar" ou "trair":
Judas O "entregou" por cobiça.
Caifás O "entregou" por inveja.
Pilatos O "entregou" por covardia".
"E Ele foi crucificado".
No passado, o antissemitismo costumava perseguir os judeus, motivado pela ideia de que eles foram os responsáveis pela morte de Jesus Cristo. Hoje isso já não está mais em moda. Não ousamos dizer que os judeus são inocentes, mas eles não são os únicos culpados. Nós todos estávamos lá. Lembre-se de que os personagens e histórias das Escrituras são representativos. Assim, Judas, Caifás, Pilatos e todos os demais que testemunharam o drama da paixão, não são apenas eles. Eles representam outros, em seu encontro com Cristo. As Escrituras retratam como eles reagiram diante do Condenado. Todos eles são representantes das atitudes de toda a humanidade,
Quando o hino dos escravos americanos, o Nigro Spiritual, pergunta "Estavas lá quando crucificaram meu Senhor?" A única resposta correta é: "Sim, todos estávamos lá". E não como meros expectadores, mas como participantes da culpa, do complô, do esquema, da traição, da barganha. Nossas mãos também estão manchadas do sangue inocente. Também nós O entregamos para ser crucificado. Por avareza, como Judas. Por malícia e inveja, como Caifás. Por covardia, ambições e conveniência, como Pilatos. Podemos, como o governador romano em seu tribunal, lavar as mãos da responsabilidade. Mas nossa tentativa é tão inútil como a dele.
Antes de podermos ver a cruz como algo feito em nosso favor, levando-nos à fé, devemos vê-la como algo feito por nós, levando-nos ao arrependimento.
APELO
Segundo a tradição, Pilatos, assim como Judas cometeu suicídio, depois de sua exoneração. Um dos seus últimos momentos na bíblia é relatado em Mateus 27:22, Diante da multidão alucinada que escolhera Barrabás, ele faz a pergunta mais importante da história: "Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado o Cristo?" Esta é a pergunta que ninguém pode responder em seu lugar. Deus ou os anjos não podem respondê-la, senão você mesmo. A questão é nossa, e essencialmente decisiva: "Que farei, então, de Jesus chamado Cristo"?